Santa Catarina – Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), em parceria com o Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU/SAMU), realizou nesta terça-feira (23), uma transferência aeromédica de Uberaba, Minas Gerais, até Curitibanos, em Santa Catarina.
Uma menina de 3 anos, que é de Curitibanos, estava internada em hospital do município mineiro há 70 dias, após sofrer traumatismo cranioencefálico grave, em decorrência de acidente automobilístico e passar por procedimento médico neurológico.
O transporte foi realizado no avião, modelo Carajá, cedido pelo Governo do Estado para a realização da missão. Como a aeronave dispõe de espaço interno maior, foi possível que a mãe acompanhasse a paciente até o destino. O trajeto, com mais de 1.000 quilômetros de distância, foi realizado em aproximadamente 2h30min, proporcionando conforto à paciente, acompanhante e tripulação.
Chapecó, SC – Há três anos, a região Oeste conta com uma importante ferramenta para ajudar pacientes em situação grave – necessitando de transferências para centros de especialidades ou ainda vítimas de graves acidentes de trânsito.
Com a intervenção médica rápida e a redução do tempo de deslocamento para o hospital, pelo uso do helicóptero, o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico (Sara), contribui para aumentar as chances de recuperação e sobrevivência dos pacientes.
Neste sábado (15), o Sara completa três anos de atuação. Ele é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Chapecó com a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio do Serviço Aeropolicial de Fronteira (SaerFron), onde mantém um médico e um enfermeiro diariamente na unidade.
Como funciona?
A equipe do Sara é composta por uma equipe fixa de seis médicos e quatro enfermeiros, com um coordenador médico, que atuam em escalas junto à equipe do SaerFron. Sobre o perfil das ocorrências, o coordenador explica que os atendimentos se equivalem, com 50% das missões para transferências de pacientes graves e outros 50% para atendimentos primários – acidentes, ferimento por arma de fogo, quedas, paradas cardíacas entre outras.
Desafios
Rosa conta que vários desafios fazem parte da rotina de um resgate ou socorro feito em situações críticas. A primeira delas já é na chegada da aeronave, com pouso em locais de difícil acesso, áreas de mata, ou ainda descida por cordas enquanto a aeronave ainda está no ar, cuidando com os riscos para a equipe e também com pessoas que estão próximas e animais.
Outro desafio é conseguir fazer o atendimento e a estabilização do paciente. “Dentro do helicóptero a área de atuação é muito reduzida, por isso é muito importante que façamos todos os procedimentos principais antes do transporte. Temos que deixar o paciente totalmente monitorado, drogas já preparadas, aparelhos todos a mão, e em situações extremas pousarmos a aeronave para alguns procedimentos médicos”, enfatiza.
Preservação da vida e economia de recursos públicos
Como o deslocamento é feito com o helicóptero, o tempo de chegada nas ocorrências e, consequentemente, aos hospitais mais próximos é drasticamente reduzido. “O atendimento rápido além de ajudar a preservar a vida contribui para a diminuição das sequelas pós tratamento. Os benefícios são evidentes para o paciente e para o poder público”, reforça.
O médico explica que cada dia a menos de internação em uma UTI, o estado poupa, em média, R$ 10 mil, sem contar com custos de reabilitação ambulatorial, previdência, tempo afastado do trabalho, entre outras. “O gestor tem que pensar para frente. Além do principal, que é resguardar a vida da sua comunidade, tem que pensar na grande redução de custos para o sistema com um atendimento pré-hospitalar rápido e de extrema qualidade, sobrando recursos para O médico estima que devido ao rápido atendimento e a redução de tempo de internação/recuperação e retorno a vida normal, a economia pode passar da casa dos milhões na soma dos pacientes atendidos. “A administração de Chapecó foi visionária e, por isso, tornou-se uma referência estadual neste sentido”, destaca o médico.
Especialização e treinamento diário
Outro aspecto enfatizado pelo coordenador é a especialização constante dos médicos e enfermeiros que atuam junto ao serviço. “Os profissionais são capacitados, realizam treinamentos diariamente, fazem pós-graduações na área, para cada vez mais prestar um serviço melhor à comunidade. A população de Chapecó e região acostumou-se e confiar no Sara, demonstrando que os gestores chapecoenses acertaram em cheio na implantação do serviço”.
Parcerias
Apesar do Sara ser resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Chapecó e a Polícia Civil de SC, inúmeras entidades da região têm contribuído com a melhoria nos trabalhos, por meio de doações de equipamentos e outras melhorias. “Temos o auxílio e o reconhecimento de vários setores da sociedade, inclusive o serviço aeromédico foi agraciado pela Justiça de Chapecó com verba para a compra de um moderno Ventilador Mecânico Artificial”, conta a coordenação do SaerFron. O aparelho é destinado a manter a respiração adequada de pacientes graves e que não conseguem respirar espontaneamente.
“Não bastasse o atendimento realizado em razão do convênio com o município de Chapecó, as equipes do Sara se disponibilizam para outras missões aeromédicas juntamente com a equipe do SaerFron.
Essa disponibilização extra da equipe possibilitou que o número de atendimentos fosse ampliado, beneficiando ainda mais a população, tendo em vista que a área de abrangência do SaerFron não se restringe a Chapecó”, reforça a coordenação do SaerFron.
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