A Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (ABRAPAVAA) realizará o 1º Congresso ABRAPAVAA nos dias 15 e 16 de março de 2022, das 8h às 18:30h, no Hotel Meliá Ibirapuera, zona sul de São Paulo. O tema do evento será “Gerenciamento de Crise e a Assistência aos Familiares de Vítimas em Eventos Traumáticos”.
Cada participante credenciado receberá um certificado com carga horária de 20 horas-aula. Serão 24 painéis e 70 palestrantes. Temas como ação inicial das equipes resgate e da polícia, busca e salvamento, luto, imprensa, investigação, gerenciamento de crise, processo identificatório, saúde mental, seguro, depoimentos e indenizações serão abordados durante o Congresso.
Para Sandra Assali, presidente da ABRAPAVAA, o evento é um marco para o setor. “É necessário debater tema tão relevante, especialmente porque lidamos com o sofrimento das pessoas. Além disso, é muito importante aprender com as tragédias que envolvem um acidente, conhecer sua complexidade. Gerenciamento e assistência são as tônicas do evento”, complementou.
A Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (ABRAPAVAA) foi fundada em maio de 1997, em função do acidente com o voo TAM 402 de 31 de outubro de 1996 no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A ABRAPAVAA hoje é referência em assistência aos familiares de vítimas de acidentes no Brasil, com reconhecimento no Brasil, EUA e Europa.
Em março 2021 foi lançado o livro “Acidente Aéreo – O que todo familiar de vítima pode e deve saber“. A obra conta conta 30 autores, 21 capítulos e 4 depoimentos.
Para Sandra Assali, coordenadora do livro e presidente da Associação Brasileira Parentes e Amigos Vitimas Acidentes Aéreos (ABRAPAVAA), a necessidade de escrever esta obra surgiu após 24 anos de trabalho em mais de 200 acidentes aéreos por todo o Brasil, da aviação regular, geral ou experimental.
Após identificar nos familiares das vitimas uma profunda dificuldade em encontrarem e compreenderem informações pós-acidente, o projeto do livro resultou em capítulos que levam entendimento de forma clara e objetiva para as pessoas.
“Foi então, que decidi escrever este livro, convidando 30 autores, referências e especialistas em suas áreas, que trazem, numa linguagem clara e simples, todas as informações de que os familiares de vitimas, fatais ou não, tanto necessitam para que se sintam atendidos, assistidos e respeitados”, complementou Sandra Assali.
A obra conta ainda com depoimentos de familiares de vítimas de 4 acidentes assistidos pela ABRAPAVAA. Temas como ação inicial das equipes de resgate e da polícia; atuação dos legistas e a identificação de vítimas; gerenciamento de crise; assistência aos familiares de vitimas; luto; investigações; responsabilidade do operador aéreo; atuação da imprensa; seguros; foram tratados pelo livro, além de muitas outras abordagens de interesse.
Eduardo Beni, veterano da Polícia Militar de São Paulo e editor do Portal Resgate Aeromédico, é um dos autores do livro com o capítulo sobre “ação inicial das equipes de resgate e da polícia”. O trabalho no momento do acidente é uma atividade complexa e muitas vezes pouco conhecida das pessoas. “O livro tem esse objetivo: levar informação de qualidade para as pessoas”, complementou Beni.
Sandra também é autora do livro “O dia que mudou a minha vida“, onde trata do acidente que envolveu o avião Fokker 100 da TAM, voo 402, ocorrido em 31 de outubro de 1996 e que vitimou 99 pessoas.
Toda vez que acontece um acidente, via de regra, tratamos com muito afinco a busca das possíveis causas e não damos a mesma atenção para as pessoas que sofrem com a perda do ente querido. O fato é que o movimento de apoio e ajuda surge das pessoas que também sofreram essa dor.
Para falar um pouco sobre isso, na quinta-feira (03), às 20h, o canal no Instagram Hangar Café (@hangarcafe10) fará uma live com Sandra Assali, presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (ABRAPAVAA).
Dentre os assuntos estará a história da ABRAPAVAA criada em maio de 1997, depois do acidente com o voo TAM 402, em outubro de 1996, em São Paulo. Sandra Assali contará um pouco sobre essa experiência e como isso transformou as pessoas e organizações, tornando indispensável e necessária uma abordagem humanizada.
O projeto do novo livro “O que todo familiar de vítima pode e deve saber”, além de temas como gerenciamento crise, deveres da empresa aérea na assistência aos familiares das vítimas e indenizações também farão parte da conversa.
São Paulo – Na sexta-feira (23) aconteceu no Hotel Grand Mercure, em São Paulo, o Fórum de Regulação da Assistência a Vítimas e aos Familiares das Vítimas de Acidentes Aeronáuticos. O evento foi organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e teve a participação de profissionais do setor que puderam discutir o gerenciamento de crises e os fatores humanitários envolvidos.
Logo após a abertura do Fórum, Janet K. Benini, atual professora da Universidade George Washington e do International Institute of Global Resilience falou sobre sua experiência em catástrofes. Foi uma abordagem técnica e humana sobre o tema “Ampliando o Horizonte: Além dos Serviços de Suporte às Famílias em Desastres Aéreos.
Em seguida falou a professora Maria Helena Pereira Franco, PhD especialista em resposta a emergência e assistência humanitária. Elias Kontanis, Diretor NTSB – Transportation Disaster Assistance, abordou a importância e o preparo para a Assistência às Famílias em Desastres com Transportes nos E.U.A.: Situação Atual e Desafios.
O período da tarde foi destinado a debates e respostas a perguntas pré-formuladas pela ANAC e em tempo real pela plateia. O debate contou com diferentes visões sobre a assistência a vítimas e aos familiares das vítimas de acidentes aéreos, bem como regulação do tema.
Participaram Maurício Pontes, Consultor de Gerenciamento de Crises; Sandra Assali, Presidente da ABRAPAVAA; Raul de Souza, Consultor Técnico da ABEAR; Júlio Costa Advogado, sócio do escritório Tauil & Chequer; Antônio José e Silva, Presidente da Comissão de Direito Aeronáutico da OAB/RJ e Dra. Maria Helena Pereira Franco.
Os debates trataram muito sobre possíveis melhorias e aprimoramentos ao Plano de assistência às vítimas de acidentes aeronáuticos e apoio aos seus familiares descrito na IAC-200/1001de 2005, bem como a importância do acolhimento e assistência às famílias.
Segundo Sandra Assali, presidente da Abrapavaa, “A troca de experiências com personalidades e referências no assunto foi importante para mostrar e aprimorar o Plano de Assistência IAC-200/1001 quanto as necessidades para melhor resposta em emergência e acolhimento aos familiares atingidos pela perda de entes queridos de forma tão difícil e dolorosa. Há muito para se fazer mas a iniciativa de hoje foi de suma importância”, comentou.
Durante o evento também foi colocado pelos debatedores e platéia a importância da coordenação e cooperação entre os órgãos públicos que gerenciam a crise, além da necessidade de trazer para o debate profissionais da Saúde, Corpos de Bombeiros, Defesa Civil e Polícias, pois invariavelmente são os primeiros que chegam no local do desastre.
“Trazer para o debate os profissionais da segurança pública e da saúde é fundamental, pois além de proporcionar mais eficiência para o atendimento, dará mas condições de preparo e acolhimento das vítimas do acidente. Esses são os profissionais que fazem o primeiro atendimento e precisam conhecer e participar do processo”, comentou Eduardo Beni, Consultor em Aviação Pública e editor do site Resgate Aeromédico.
Esse foi o primeiro evento realizado pela ANAC e segundo seus idealizadores a ideia é ampliar o debate e a participação do órgãos que gerenciam desastres para que o processos nos acidentes aéreas sejam cada vez mais eficientes e humanizados.
No encerramento, o Superintendente de Ação Fiscal da ANAC, Claudio Ianelli, agradeceu e disse que tudo que foi discutido pode ser adotado em uma eventual atualização da norma que trata do tema. Também participou do evento o Secretário Nacional de Aviação Civil (SAC), Dario Lopes, que agradeceu pela oportunidade de conhecer mais sobre o assunto.
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