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Ação conjunta

Força Tarefa agilizou captação e transporte de órgãos de Araçatuba para Rio Preto, São Paulo e Ribeirão Preto

São Paulo – Os órgãos do menino de 11 anos, que teve morte cerebral constatada na terça-feira (18), foram captados em Araçatuba na quarta-feira (19) e encaminhados para as cidades de São Paulo, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Para o transporte foi necessária a mobilização de uma força-tarefa composta por equipes médicas de captação, SAMU, helicóptero Águia da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e jato da AllJet Táxi Aéreo.

O paciente deu entrada na Santa Casa de Araçatuba na segunda-feira (17) e após exames foi constatado AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico). O garoto passou mal em sala de aula da Escola Estadual Doutor Joubert de Carvalho. Ele estava sentado na carteira, durante a aula, quando avisou a professora que não se sentia bem. A Diretoria de Ensino de Araçatuba disse que, assim que ele passou mal, foi socorrido pelo SAMU e levado para a Santa Casa.

De acordo com o hospital, os familiares aceitaram doar os órgãos. A compatibilidade da sorologia confrontada pela Central Nacional de Órgãos já havia encontrado pacientes que estavam na fila de espera e compatíveis para o pulmão, fígado, rins e córneas.

O fígado foi direcionado para Ribeirão Preto e o pulmão levado para o INCOR (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), em São Paulo, com apoio do helicóptero Águia da PM de Araçatuba e da AllJet Táxi Aéreo.

Os órgãos e a equipe de captação foram levados pelo Águia até Penápolis, onde um jato fretado da AllJet aguardava para transportá-los até o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os rins, válvulas do coração e córnea foram encaminhados ao Hospital de Base de São José do Rio Preto.

Avião e helicópteros do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar são utilizados para transportar cinco órgãos em Santa Catarina

Santa Catarina – Na quarta-feira (04), helicóptero e avião Arcanjo do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, com apoio do helicóptero Águia do Batalhão de Aviação da Policia Militar, realizaram uma operação conjunta de transporte de órgãos.

A operação de captação iniciou em Florianópolis. Logo após, iniciou a corrida contra o tempo para transporte dos órgãos coletados para sua destinação final no Hospital Santa Isabel, em Blumenau.

Helicóptero Águia 02 da PMSC leva orgão e médico para o Arcanjo 02, aeroporto Hercilío Luz
Helicóptero Águia 02 da PMSC leva órgão e médico para o Arcanjo 02, aeroporto Hercílio Luz

Ao todo, foram utilizados três aeronaves para o transporte. O Águia 02 realizou o translado do médico e dos órgãos do Hospital Florianópolis para o Aeroporto Hercílio Luz. No aeroporto, aguardava a equipe do Arcanjo 02 (avião) para realizar o transporte de Florianópolis ao aeroporto de Blumenau.

Em Blumenau, aguardava o helicóptero Arcanjo 03 que finalizou o transporte do médico cirurgião e dos órgãos ao Hospital Santa Isabel, para serem transplantados. Ao todo foram transportados cinco órgãos: coração, dois rins, pâncreas e figado, para quatro pessoas receptoras.

Segundo o Cel BM Edupércio Pratts do Corpo de Bombeiros e piloto de aeronave, a operação de transporte de órgão é muito delicada e requer muita atenção na manipulação do órgão coletado que será transplantado em outro paciente, bem como, o tempo resposta é crucial para esse tipo de operação. O órgão fora do corpo tem uma vida útil curta e por isso o transporte rápido é de fundamental importância, dependendo do órgão a ser transplantado.

Médico saindo do Arcanjo 03 com órgão para transplante já no hospital.
Médico saindo do Arcanjo 03 com órgão para transplante já no hospital.

A situação clínica do paciente receptor também deve ser levada em conta, visto que há pacientes que devido ao estágio avançado de degeneração do seu órgão requer um atendimento prioritário e rápido.

“É importante que tenhamos um grande grupo de doadores, no mundo inteiro há uma grande falta de doadores e isso faz com que surja grandes listas de espera. Muitos pacientes que esperam um coração, um fígado ou um pulmão morrem, pois não há nenhum órgão à disposição”, disse o Cel BM Edupércio.

“Seja você um doador, basta informar aos seus familiares sobre sua intenção de doar seus órgãos, pois serão eles quem irão tomar a decisão caso isso seja necessário”, complementou Edupércio.

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