Alemanha – Com 55.675 missões, os helicópteros da operadora alemã de resgate aéreo ADAC registraram um aumento de quase 7% em 2022. Foram 3.441 missões a mais em comparação com o ano anterior (52.234). Em média, os helicópteros das 37 bases decolaram para cerca de 153 emergências por dia.
Além dos números impressionantes de atendimentos do ano passado, a operadora alemã de resgate aéreo também investiu em seus projetos de inovação. Em parceria com o serviço de doação de sangue da Cruz Vermelha Alemã (DRK-Blutspendedienst), desenvolveram a logística de drones para a transporte de sangue, medicamentos e tecidos, no projeto chamado de “MediCargo“.
Em uma fase inicial de testes, já concluíram com sucesso mais de 300 voos no Hospital Universitário de Ulm, uma cidade localizada no Estado de Baden-Württemberg. Processos claros e o uso de software inteligente permitiram operações seguras, mesmo com movimentos adicionais das aeronaves no ar.
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Segundo dados da pesquisa, o drone é até cinco vezes mais rápido do que os serviços de transporte convencionais terrestres, o alcance é de até seis quilômetros, e o peso máximo de transporte é de 1.000 gramas.
A partir de junho de 2023, a ADAC planeja realizar operação experimental com o transporte de amostras de sangue por drone em operações hospitalares diárias na cidade de Ulm. No futuro, os drones serão controlados por pilotos de drones especialmente treinados com um tablet, com uma tela sensível ao toque.
Segundo a ADAC, o projeto de pesquisa conjunto “MediCargo” serve como um importante modelo para o transporte médico de mercadorias com drones e pode ser facilmente transferido para toda a Alemanha.
VoloCity
A ADAC também é a primeira organização do mundo a testar a operação de multicópteros movidos a eletricidade para o transporte aeromédico, chamados de “VoloCity”. Juntamente com o fabricante Volocopter de Bruchsal, o primeiro voo de teste público para resgate aéreo com um e-VTOL estatá programada para acontecer esse ano no Aeroporto de Lahr.
Um e-VTOL está programado para entrar em operação real em 2024 como parte de testes operacionais na Baviera e na Renânia-Palatinado.
Alemanha – Um helicóptero de resgate voou com combustível de aviação sustentável (SAF) pela primeira vez, alcançando um novo marco na aviação internacional. Operado pela organização sem fins lucrativos alemã ADAC Luftrettung, o helicóptero de resgate Airbus H145 teve seus motores Arriel 2E da SAFRAN reabastecidos com biocombustível, um tipo de SAF (Sustainable Aviation Fuel).
O voo aconteceu a partir da base de resgate aéreo da Clínica Harlaching de Munique. ADAC, SAFRAN, Airbus Helicopters e a empresa de energia TotalEnergies uniram forças para a descarbonização do voo de helicópteros, desenvolvendo alternativas aos combustíveis convencionais para aviação.
O H145 usou biocombustível de segunda geração, que reduz as emissões de CO2 em até 90% em relação ao seu equivalente fóssil, pois é produzido a partir de materiais residuais e de resíduos da economia circular, como óleos e gorduras já utilizados. Como resultado, o combustível não tem impacto na produção de alimentos agrícolas.
O combustível usado para o primeiro voo de helicóptero de resgate em Munique foi produzido pela TotalEnergies em suas instalações na França a partir de óleo de cozinha usado, sem usar nenhum óleo vegetal virgem.
Com este SAF, a frota da operadora de Resgate Aéreo ADAC poderia atingir uma redução de 33% nas emissões de CO2, o que, com mais de 50.000 missões de resgate e mais de 3,3 milhões de quilômetros voados por ano, equivale a uma redução de cerca de 6.000 toneladas de CO2.
A ADAC e a fabricante dos motores SAFRAN lançaram projeto em Colônia que estudará todos os aspectos do uso de biocombustíveis no H145, com uma campanha operacional para começar no verão de 2021. Após a estreia do biocombustível, as empresas assinaram um acordo de longo prazo que prevê aumentar a proporção de mistura de biocombustível para até 100% nos próximos anos.
Além disso, também promoverão o uso de e-combustível sintético, também conhecido como Power-to-Liquid (PTL), outra alternativa drop-in aos combustíveis fósseis. PTL refere-se à geração de combustíveis líquidos produzidos a partir de energia elétrica de fontes renováveis, que, juntamente com o uso de biocombustíveis, permitirá que a aviação se aproxime da aviação neutra para o clima.
O biocombustível (bioquerosene) está atualmente certificado e aprovado para uso na aviação em uma mistura máxima de 50% com querosene convencional do tipo JET-A1. O helicóptero de resgate ADAC voou com uma mistura de 40%.
Alemanha – Os helicópteros de resgate das bases de Ulm e Kolenz da ADAC iniciaram projeto piloto e passaram a transportar produtos derivados de sangue em suas missões aeromédicas. Desta forma, as pessoas gravemente feridas já podem receber sangue no local da emergência, principalmente nos casos de acidentes em áreas rurais ou remotas.
Outras bases do ADAC Air Rescue devem se beneficiar com os resultados desse projeto. “Com sua experiência no setor militar, os Hospitais das Forças Armadas de Ulm e de Koblenz, são parceiros na introdução dos produtos derivados de sangue no transporte aeromédico”, enfatiza Frédéric Bruder, Diretor Administrativo da ADAC Air Rescue.
As tripulações do “Christoph 22” e do “Christoph 23” são formadas por médicos de emergência que já obtiveram experiência no campo da transfusão precoce no curso de missões militares no exterior nos últimos anos. Estudos militares mostraram que administrar sangue em um estágio inicial pode ajudar a garantir que pacientes significativamente mais graves cheguem vivos ao hospital.
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Como resultado dessa experiência, amostras de sangue foram coletadas de pacientes gravemente feridos no hospital de Ulm desde agosto de 2015, a fim de analisar a necessidade de hemoderivados com mais precisão como parte de um estudo científico. O projeto atual foi iniciado com base nesses dados.
“O sangramento descontrolado em decorrência de uma lesão grave em acidentes é a principal causa de morte em pacientes com menos de 45 anos”, explica o médico sênior Prof. Matthias Helm. O diretor da Clínica de Anestesiologia, Medicina Intensiva, Medicina de Emergência e Terapia da Dor do hospital militar de Ulm, e sua equipe iniciaram o projeto piloto em agosto de 2020.
“Podemos chegar a esses pacientes muito rapidamente de helicóptero e, com a administração precoce de produtos derivados de sangue, podemos realocar outro componente da medicina intensiva hospitalar, diretamente para o local de implantação”.
O Hospital Central das Forças Armadas, em Koblenz, iniciou o projeto em outubro. As pesquisas científicas também estão sendo realizadas para verificar até que ponto a forma e o formato dos produtos derivados de sangue mudam devido às vibrações quando são transportados em um helicóptero.
Aos primeiros resultados do projeto deverão ser divulgados a partir de junho de 2021. No futuro, as pesquisas podem ser complementadas em outras bases, de modo que o projeto seria colocado em uma base científica ainda maior. Os centros de estudo esperam cerca de dez utilizações de hemoderivados em missões, a cada ano.
Os helicópteros de resgate carregam não apenas concentrados de eritrócitos (glóbulos vermelhos), mas também fatores de coagulação. São utilizados glóbulos vermelhos (eritrócitos) do grupo sangüíneo zero com fator de Rhesus negativo, pois são tolerados por todas as pessoas. Como o sangue doado só pode ser guardado por algumas semanas, os dois hospitais das Forças Armadas dependem de doações de sangue.
Os produtos derivados de sangue são fornecidos por meio dos bancos de sangue das clínicas e do serviço médico de transfusão das Forças Armadas e, se não forem necessários, serão disponibilizados para outros pacientes em tempo hábil, antes que seu prazo de validade expire. Dessa forma, o sangue não se deteriora, mesmo que não seja usado nos dois helicópteros de resgate da ADAC.
Em 2019, os dois helicópteros foram acionados cerca de 3.600 vezes. As bases do helicóptero “Christoph 22” e “Christoph 23” operam com três pilotos cada, 40 médicos de emergência e 13 paramédicos de emergência (TC HEMS). Os helicópteros de resgate da ADAC decolam em todo o país cerca de 54.000 vezes. Isso corresponde a cerca de 150 emergências por dia.
No final da primavera de 1969, um menino chamado Björn Steiger passava o dia na piscina em sua cidade natal, Winnenden, Alemanha. No caminho para casa naquela tarde, ele é atropelado por um carro. A polícia local e a Cruz Vermelha são acionadas, mas leva quase uma hora para que uma ambulância cheguasse ao local. Björn Steiger morreu a caminho do hospital.
Esta história e muitos outras eram a realidade dos serviços de emergência médica da época. Seja sofrendo um ferimento no topo de uma montanha ou no meio de uma rodovia, a falta de um sistema de atendimento pré-hospitalar fez com que muitas vítimas não recebessem os cuidados de que precisavam com a rapidez necessária.
Na Europa e nos EUA, os chamados sistemas de Helicopter Emergency Medical Services (HEMS) amadureceram muito e em diversos países ao redor do mundo, como o Brasil, o serviço vem se consolidando. A maior vantagem é que os helicópteros podem chegar em um local, três a cinco vezes mais rápido do que uma ambulância e, às vezes, é a única maneira de acessar um local inóspito. Os pacientes recebem tratamento médico mais cedo e a chance de sobrevivência em casos críticos aumenta significativamente.
HEMS para uso civil
A evacuação aeromédica começou sua história com aeronaves de asa fixa e foi nas guerras da Coréia e do Vietnã que o uso de helicópteros se tornou padrão para evacuação aeromédica (MEDEVAC). Com um impacto tão positivo, o HEMS logo foi introduzido na esfera civil.
Vários países abriram caminho na adoção do uso de helicópteros nessas operações. A Flight for Life tornou-se a primeira operadora HEMS civil dos Estados Unidos em 1972, com base no Hospital Central St. Anthony em Denver, Colorado.
A francesa Sécurité Civile começou missões de resgate em 1959, quando pela primeira vez resgatou um montanhista vítima de um ataque cardíaco no ponto de descanso mais alto do Monte Branco (e de fato o mais alto de toda a Europa), o refúgio Vallot, a 4.362 metros.
Na Alemanha, as autoridades tomaram a decisão de iniciar um período de teste com um helicóptero tripulado com um médico e um paramédico, a fim de encurtar o tempo de resposta aos acidentes, sendo pioneiro no conceito de levar o médico ao local do acidente. Esta abordagem forneceu cuidados primários dentro de 10-20 minutos após soar o alarme.
Helicópteros pioneiros
O Alouette III foi fundamental para o crescimento de HEMS e atividades de resgate de montanha em todo o mundo. Foi o helicóptero no qual a operadora suíça REGA, a austríaca ÖAMTC, a Flight for Life dos Estados Unidos, a Sécurité Civile da França e a DRF Luftrettung da Alemanha desenvolveram suas atividades.
Nas décadas seguintes, o Bo105 e o BK117, desenvolvidos no final dos anos 1970, foram alguns dos helicópteros de maior sucesso em HEMS. O design especial do Bo105, com recursos como piso plano da cabine, embarque traseiro e um rotor principal e de cauda altos, facilitou o embarque de pacientes e contribuiu para seu sucesso.
Quando a ADAC, clube automobilístico da Alemanha, montou sua primeira base HEMS permanente em Munique em 1970, um helicóptero Bo105, batizado de “Christoph 1”, foi usado para suas operações. O helicóptero foi desenvolvido pela empresa predecessora da Airbus Helicopters, MBB, e em estreita cooperação com a ADAC.
Hoje, 55% do total de 2.750 helicópteros que estão em operações HEMS em todo o mundo são helicópteros Airbus, dentre eles o H135 e o H145.
HEMS modernos
Muitos modelos diferentes para atividades HEMS existem em todo o mundo. Em alguns países, as operações são administradas pelo governo, em outros são baseadas em organizações sem fins lucrativos, empresas privadas, ou uma combinação de ambos. O nível de cobertura também difere, dependendo da geografia, dos recursos financeiros e do nível de maturidade da organização no respectivo país.
O sistema HEMS na Europa hoje oferece cobertura em quase todos os países da União Europeia. A maioria das bases do HEMS trabalha com o princípio de intervenção rápida com equipes de emergência especializadas para atendimento primário.
Geralmente, há uma proporção de 1 a 1,5 helicópteros por um milhão de residentes, mas em áreas onde as populações estão espalhadas por regiões montanhosas ou fiordes, como na Áustria ou na Noruega, a proporção pode chegar a cinco helicópteros por um milhão de residentes.
Nos Estados Unidos, existem mais de 1.000 helicópteros HEMS transportando cerca de 400.000 pacientes anualmente. Os modelos HEMS variam, incluindo operadoras sem e com fins lucrativos que oferecem opções de sistemas baseados em hospitais, onde eles operam o programa, a modelos de fornecedores independentes e programas administrados pelo governo. Em 2016, 86,4% da população dos EUA estava coberta por um serviço aeromédico, em uma área de resposta de 15-20 minutos.
Mercados emergentes para HEMS
O interesse pelas operações HEMS cresceu nos mercados emergentes. Malásia e China, entre outros, iniciaram com sucesso suas primeiras atividades HEMS. Como os programas continuam a ser lançados em mercados emergentes ao redor do mundo, os desafios iniciais precisam ser superados.
Antes de os helicópteros serem introduzidos, as autoridades devem garantir que a infraestrutura esteja pronta, como ter pessoal qualificado disponível e informar a população sobre os procedimentos de emergência. Países como Índia, Brasil, México e Indonésia são candidatos potenciais para um forte desenvolvimento de HEMS nas próximas décadas.
No Brasil, o serviço aeromédico possui características próprias e há muito espaço para o seu desenvolvimento. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o transporte aeromédico (transporte inter-hospitalar) é realizado por cerca de 40 empresas de táxi-aéreo(RBAC 135). São empresas privadas que possuem autorização do Estado para realizarem o transporte aeromédico, mediante remuneração.
Já o resgate aeromédico ou resgate aéreo (atendimento pré-hospitalar) é uma atividade gratuita e realizada por operadores públicos e que seguem regulamentação específica (RBAC 90), como os Corpos de Bombeiros Militares, SAMU, Secretarias de Saúde, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública. (saiba mais: Aeromédico do Brasil)
Melhorias futuras do HEMS
Uma série de inovações está em andamento para melhorar a segurança das missões HEMS. De sistemas de visão sintética a comunicações por satélite e algoritmos de inteligência artificial, todas essas tecnologias visam facilitar a carga de trabalho do piloto e melhorar a segurança operacional.
Plataformas de decolagem e pouso vertical (VTOL) estão sendo estudadas para o uso aeromédico e podem desempenhar um papel complementar no futuro das operações. As tecnologias e inovações para as operações aeromédicas são ilimitadas.
Esses equipamentos estão desenhando um futuro promissor para as operações que salvam vidas. (saiba mais sobre o eVTOL)
Alemanha – A operadora ADAC Air Rescue apresentou preocupações sobre o número crescente de pacientes com COVID-19. Não apenas na Itália, o aumento de casos está ocorrendo em muitos países, especialmente na Europa. É o caso da Alemanha, onde a organização sem fins lucrativos ADAC está intensificando suas atividades.
O serviço adotou protocolos que permitem a cobertura completa do território. “O serviço de resgate aéreo está atualmente totalmente assegurado na Alemanha”, enfatizou o Diretor Executivo da ADAC, Frédéric Bruder. “Com a nossa experiência da primeira onda, estamos melhor preparados para o aumento dos voos de transferência da COVID-19. Transportamos nossos pacientes, tenham eles COVID-19 ou não, com segurança e confiabilidade em nossos helicópteros, como de costume ”.
A operadora de resgate aéreo ADAC esta preparada para o aumento de casos de COVID-19 na Alemanha. Houve elogios da ADAC Air Rescue sobre os procedimentos do Governo na transferência de pacientes. Quando as capacidades são limitadas, os governos federal e estadual querem distribuir os pacientes de terapia intensiva que sofrem de COVID-19 entre os estados federais.
“Esta é uma etapa importante e correta para prevenir gargalos regionais no tratamento de pacientes em terapia intensiva em um estágio inicial. Dessa forma, podemos reagir melhor e mais rápido a essas sobrecargas no sistema de saúde”, explicou Bruder.
Primeira organização de resgate alemã com selo da TÜV
A ADAC Luftrettung foi recentemente a primeira organização de serviço de resgate na Alemanha a receber o selo de qualidade “Seguro contra Corona” da TÜV Hessen. Atualmente ninguém, exceto as tripulações, cada uma composta por um piloto, médico de emergência e paramédico, tem acesso às 37 estações de resgate aéreo.
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Há uma minimização consistente de contato dentro das tripulações. A fim de protegê-los, assim como os pacientes, os gastos com roupas de proteção, máscaras e óculos, bem como desinfetantes aumentaram de cerca de € 20.000 por ano para mais de € 1,2 milhões desde o surto da pandemia.
Para proteger as tripulações e, assim, manter os cuidados médicos de emergência para a população, os chamados ionizadores de plasma também são usados para purificação do ar na ADAC HEMS Academy, o centro de treinamento para pilotos de helicóptero, médicos de emergência e paramédicos, em Bonn. A recompensa pelo investimento foi que devido às infecções por COVID-19, não houve restrições quanto à prontidão operacional até o momento.
Ajustes nos processos e investimentos
Os desenvolvimentos atuais são analisados diariamente na ADAC Luftrettung, de forma a fazer imediatamente quaisquer ajustes aos processos ou investimentos necessários. Fundos foram disponibilizados no início da pandemia para que os pagamentos adiantados pudessem ser feitos de forma rápida e pragmática.
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Na fase de alta da pandemia, de meados de março ao final de junho, as equipes realizaram cerca de 450 missões de COVID-19 e forneceram ajuda transfronteiriça com transportes especiais de realocação da França e Itália. A fim de criar capacidades adicionais para emergências e transferências, o primeiro helicóptero de resgate e transporte em todo o país foi ativado em Ludwigshafen, em meados de abril.
Devido ao seus equipamentos instalados, o “Christoph 112” é ideal para o transporte de pacientes com doença pulmonar grave e pode, portanto, ser usado para transferências de pacientes com COVID-19, pois precisam ser ventilados durante a transferência.
Na Baviera, Hesse e Renânia-Palatinado, as equipes também treinaram o esquadrão de helicópteros da polícia sobre as medidas especiais de higiene necessárias para o transporte de infecções. Agora, os pacientes com COVID-19 também podem ser transportados pela polícia em caso de emergência.
Recentemente, o ADAC Luftrettung comemorou seu 50º aniversário, lembrando décadas de missões que salvaram vidas.
São Paulo – Nos dias 12 e 13 de junho a Helibras e a Airbus realizaram a primeira edição do Simpósio de Transporte Aeromédico. O encontro reuniu em São Paulo 104 profissionais que trabalham com atividades aeromédicas ou HEMS (Helicopter Emergency Medical Service), incluindo operadores dos segmentos civil, governamental, oil & gas, militar, autoridades e associações, como a ABAG.
O simpósio aconteceu no auditório da INFRAERO no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo e foram dois dias de palestras e demonstrações estáticas de aeronaves configuradas para essa missão. Foram 09 palestras sobre temas diversos e dois debates, todos relacionados com a atividade aeromédica no Brasil e na Europa. O evento teve o apoio daMapfre,Indumed,Air Jet Taxi Aéreo.
A sexta palestra do evento foi apresentada por Thomas Gassmann, Diretor da ADAC Training Academy. O tema da palestra foi “Características do Transporte Aeromédico (HEMS) na Alemanha.” As palestras em inglês foram traduzidas simultaneamente pelo tradutoresMalcolm Forest e Raphi Kutchukian.
O site Resgate Aeromédico disponibiliza aos seus leitores o vídeo da sexta palestra. Essa apresentação aconteceu no segundo dia do Simpósio, realizada no dia 13/06.
A Filmagem, Edição e Finalização dos Vídeos das palestras tiveram a produção do Site Resgate Aeromédico (Evoluigi) em parceria com a AC Produções Cinematográficas.
Saiba mais:
9ª Palestra: Dr. Cristiano Nascimento e Marcelo Graciotti – Airjet – “Operação Aeromédica de Táxi Aéreo”. (Não divulgada)
Thomas Gassmann, diretor de desenvolvimento de negócios e vendas da Academia de Serviços de Helicópteros de Emergência Médica (HEMS) para o Automóvel Clube Alemão (ADAC) no aeroporto de Bonn, na Alemanha, está a frente do Encontro Internacional Anual de Networking da ADAC, agora em seu terceiro ano, para operadores de EC135/EC145.
A Academia fornece o que ela afirma ser: “o primeiro centro civil de treinamento integrado do mundo para pilotos de helicóptero, em conjunto com médicos emergencistas e paramédicos de resgate.”
Após ter atraído pessoas de vários países para treinamentos na Academia, Gassmann teve a ideia, há três anos, de realizar um evento especial onde todos pudessem se reunir para fazer contatos e compartilhar experiências. O evento recebeu este ano a sua maior participação internacional até hoje, com participantes vindo da sua própria organização, na Alemanha, como também da Argentina, do Brasil, da Finlândia, da Holanda, da Rússia, da Suíça e do Reino Unido.
Gassman também incentivou os colegas alemães do serviço de resgate aeromédico DRF Luftrettung a trazerem os seus recém entregues EC145 T2 da Airbus Helicopter para os participantes os examinarem em um dos hangares do ADAC no local. Ele esperava poder mostrar o EC145 T2 do próprio ADAC, mas a entrega estava prevista para daqui a duas semanas.
A Academia começou a operar em julho de 2009 e consiste de uma sala de simulador que abriga um EC135 e um simulador de EC145 (FFS classificado em nível A, de acordo com JAR-FSTD H) e também possui outros sistemas de treinamento baseados em computador para a formação individual e grupal.
Os temas das apresentações do primeiro dia incluíram uma sessão informativa da Pekka Autere sobre a decisão do serviço de Ambulância Aérea da Escandinávia de comprar o novo T2 EC145 para o HEMS da Finlândia; uma demonstração visual apresentada por Klaus Mader da versão do ADAC do sistema de mapeamento Euronav 7; e Chris Polich, do Peters Software, demonstrando como as animações 3D em movimento nos sistemas de aeronaves foram criadas para treinamentos baseados em computador.
Uma discussão sobre os Sistemas de Visão Noturna na Alemanha, liderada por Ricardo Frollo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), revelou que os operadores europeus haviam solicitado que organizações externas fossem autorizadas a instalar alterações de visão noturna no cockpit para interromper a exploração e o monopólio das fabricantes de equipamentos originais (OEM). Frollo argumentou que quaisquer modificações precisam ser sinalizadas e precisam ser verificadas cuidadosamente já que um pequeno vazamento pode causar grandes problemas.
Ollie Dismore, representante do Serviço Nacional de Aviação Policial (NPAS) do Reino Unido, apresentou uma sessão de atualização dizendo que agora haviam 19 bases de helicóptero dentro da Inglaterra e do país de Gales com 23 helicópteros disponíveis (16 EC135, um EC145 e um MD Explorer).
A força [policial] voou 16.000 horas em 2014, mas por causa da expansão da organização, espera-se um registro de aproximadamente 26.000 horas no próximo ano. Ele também acrescentou que a Polícia Metropolitana, com os seus três EC135, deveria se juntar no dia 1º de outubro de 2014. A próxima etapa no desenvolvimento da força [policial] era a racionalização.
“As bases precisam ser localizadas para apoiar as necessidades locais. Nós agora sabemos onde as verdadeiras demandas estão,” disse ele, acrescentando que havia capacidade a mais em algumas áreas, especialmente onde as unidades de apoio aéreo das diferentes forças policiais tinham sido geograficamente localizadas nas proximidades umas das outras.
Ele disse que por receber todos os contratos dentro de uma mesma agência, o NPAS estava atualmente economizando cerca de US$ 3,2 milhões por ano. No entanto, uma organização nacional deste porte poderia agora trabalhar com os benefícios de se ter aeronaves de asa fixa e estavam inclusive considerando a compra de seis aeronaves, marcando uma mudança de estratégia, embora eles ainda fossem trabalhar com aeronaves de asa rotativa.
No segundo dia, Thomas Gnägi da empresa suíca Rega discutiu o planejamento de uma nova rede de voo baixo na Suíça e Nilton Alves, diretor de ensino da EFAI (Escola de Aviação Civil Ltda) no Brasil, deu uma visão geral das operações aéreas de helicóptero do país, onde a média é de 500 horas de voo por ano, por aeronave, entre as unidades da polícia aérea. Ele cronometrou 5.800 horas de voo, das quais 3.400 horas foram auferidas voando 25 tipos diferentes de helicópteros. Alves representou um dos clientes do ADAC da América do Sul.
Konstantin Chudnyy, piloto-chefe adjunto do Centro de Aviação de Moscou revelou como uma decisão no ano de 2000, após um grande incêndio de um arranha-céu, passou a ver o estabelecimento da capacidade de helicópteros dedicados para o combate a incêndios e para resgates no centro da cidade de Moscou. Encontram-se à sua disposição helicópteros que vão desde o Kamov 32A, o BK117 e o Bell 429, até o Mi-26T, o qual pode coletar e distribuir até 15 toneladas de água através do dispositivo de lavagem de água VSU-15A.
Duas discussões no final do segundo dia concentraram nos perigos colocados para os pilotos de helicóptero pelas aeronaves pilotadas remotamente, principalmente em espaços aéreos mais baixos.
Tobias Schönherr da Polícia Federal Alemã disse que haviam no ano passado 2000 ‘permissões’, na Alemanha, para o voo de aeronaves não tripuladas de entre 5 a 25 kg, mas que, na verdade, haviam muito mais voos do que isto. Estes voos variavam de uso comercial a proprietários privados.
Ele disse que as aeronaves não tripuladas não foram autorizadas a voar acima de pessoas, acidentes ou grandes incidentes onde as autoridades tinham o controle. Baseado nos dados de 2013 do Ministério dos Transportes, ele disse que 98 porcento eram plataformas rotativas não tripuladas, com pouquíssimos elementos de asa fixa.
Mas, para o momento, apenas um porcento do total estava acima de 25 kg, apesar de não haver ainda nenhuma licença para operar com este peso ou acima dele. Marc Fahning do ADAC Luftrettung disse, “Na Alemanha, uma diferenciação teve que ser feita entre o uso recreativo e o comercial” deste tipo de aeronave. Um dos modelos que ele trouxe tinha um pouco menos de 5 kgs, mas podia viajar 185 km/h. A permissão foi requisitada para aeronaves pilotadas remotamente com entre 5-25 kg. Acima disso é necessária uma licença.
Uma surpresa para a maioria dos participantes foi que, de acordo com Fahning, “tudo o que voa fora da área precisa de seguro… e até mesmo as aeronaves tripuladas têm de lhes dar o direito de passagem”. Ele disse que um grupo de trabalho tinha sido criado dentro da empresa, juntamente com militares e operadores policiais, para discutir as ameaças e sensibilizar o público sobre os problemas que estas aeronaves não tripuladas podem causar.
Veículos não tripulados precisam ser integrados no espaço aéreo civil, afirmou. “Neste momento, os fabricantes destas aeronaves querem vender os seus produtos e estão contentes por nós estarmos frequentando suas reuniões e seus encontros”, ele disse. “Todas as coisas que voam devem possuir luzes anticolisão e marcação de propriedade,” para que cada sistema no ar possa ser identificado.
No final da parte formal da conferência, os participantes foram levados para o Instituto de Computação Visual da Universidade de Bonn-Rhein-Sieg, em Bonn, para terem uma ideia do que pode vir a ser, no futuro, o treinamento visual. O diretor do Instituto, o Professor André Hinkenjann, montou um banco extraordinário de telas de alta definição 7 x 5 em 72 megapixels de resolução.
As imagens mostradas eram tão excepcionalmente detalhadas que os participantes familiarizados com os sistemas de simulação de voo ficaram completamente impressionados com o nível de resolução que um sistema tão grande pôde fornecer. Do espaço, o sistema pôde identificar ruas em Nova York ou mostrar os contornos em volta da montanha sobre a qual o Cristo Redentor encontra-se no Rio de Janeiro, Brasil.
A conferência do ADAC do próximo ano será realizada mais uma vez durante a primeira semana de setembro de 2015.
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