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Aeródromo de Porto Walter recebe o primeiro voo aeromédico noturno

Acre – Na segunda-feira (21), foi realizado o primeiro voo aeromédico noturno no aeródromo da cidade de Porto Walter. Uma criança de onze meses, com quadro de pneumonia e desconforto respiratório grave, foi transportada para o Hospital Regional do Juruá, no município de Cruzeiro do Sul. A criança foi avaliada pelo pediatra local, que liberou o paciente para o voo.

O transporte foi realizado por empresa de Táxi Aéreo regional em um avião EMB-810D Seneca. Essa operação noturna em Porto Walter é uma conquista recente do município. O governo do Estado investiu mais de R$ 4 milhões na recuperação da pista do aeródromo e na sua iluminação. O novo balizamento foi projetado por energia solar e acionamento por controle remoto, permitindo o recebimento de voos noturnos.

O aeródromo está inscrito no cadastro da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), por meio da Portaria nº 6.060/SIA, de 30 de setembro de 2021, com liberação de operações noturnas e diurnas, com validade de dez anos.

PAMA de Lagoa Santa promove Treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves

Força Aérea Brasileira

Minas Gerais – O Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS), por meio do Pelotão de Contraincêndio, promoveu, no início de abril, um treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves, com o objetivo de preparar integrantes do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais para atuar em acidentes aeronáuticos.

O treinamento de 20 horas contemplou disciplinas teóricas e práticas que possibilitaram aos participantes compreender as diferentes situações de emergência envolvendo aeronaves e como empregar de maneira racional e eficiente pessoal, agentes extintores, materiais e equipamentos no local do acidente.

“A integração entre as Forças Armadas e Auxiliares é um ganho para a sociedade. A troca de experiências é muito importante para que seja prestado o melhor atendimento no momento de uma ocorrência. Ninguém atua sozinho. Se todos falarmos a mesma língua, melhor será o êxito da ocorrência”, ressaltou o Tenente Bombeiro Igor Rédua, um dos participantes do treinamento.

O Diretor do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa, Coronel Aviador Cláudio Luís da Silva Nishio, também destacou a importância da união de esforços e conhecimentos entre as forças. “Com certeza temos muito a aprender com o Corpo de Bombeiros sobre combate a incêndio, por outro lado temos mais conhecimento na parte aeronáutica e, nessa junção de conhecimentos, todos ganham”, afirmou.

Os militares receberam orientações sobre Organização e Funcionamento do Sistema Contraincêndio da Aeronáutica (SISCON), Equipamentos de Arrombamento e Salvamento, Assentos Ejetáveis em Aeronaves Militares, Tática de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves e Situações de Emergência em Aeródromos.

Foram realizadas visitas técnicas às Instalações Operacionais do Aeródromo e ao Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Lagoa Santa (DTCEA-LS), além de instruções práticas de Salvamento em Aeronaves.

A última atividade do treinamento, o Simulado de Combate a Incêndio e Salvamento em Aeronaves, foi realizado em conjunto com o Simulado de Atendimento a Múltiplas Vítimas, do Curso de Adaptação em Saúde Operacional (CASOP), ministrado para os alunos do Curso de Adaptação de Médicos, Dentistas e Farmacêuticos da Aeronáutica.

No encerramento, os bombeiros militares que participaram do resgate das vítimas em Brumadinho foram homenageados pelos participantes. “Vocês fazem parte da nossa história. Temos muito orgulho dos senhores”, enfatizou o 1º Tenente Médico Paulo Pires Junior, coordenador executivo do CASOP.

Geometria de aeródromo e sua importância para a segurança de voo

PreviNE – Edição nº 14

Ao utilizarmos as infraestruturas aeroportuárias, muitas das vezes não nos damos conta da existência de mecanismos de segurança que provêem suporte e apoio à Segurança da Aviação. Um desses dispositivos é conhecido como a geometria do aeródromo.

O Regulamento Brasileiro da Aviação Civil – RBAC 154 (ANAC, 2012) e o Anexo 14 (ICAO, 2006) são as referências legais para se estabelecer a geometria do aeródromo, a qual se divide em duas partes: a Geometria do Lado Aéreo e do Lado Terrestre.

A Geometria do Lado Aéreo, objeto deste artigo, constitui as pistas de pouso e decolagem, as faixas de pista, as pistas de táxi ou rolamento e o pátio de estacionamento das aeronaves, enquanto que a Geometria do Lado Terrestre constitui-se das “outras instalações”, tais como: áreas de apoio destinadas a suprir as necessidades associadas ao transporte aéreo, hangares, parque de combustíveis, instalações para o grupo contra incêndios, comissaria, torre de controle, sala de tráfego, infraestrutura básica destinada a garantir os serviços de abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, gás e coleta de lixo, e sistemas de acesso e estacionamento de veículos.

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Para facilitar o entendimento de geometria do lado aéreo, faz-se necessário o conhecimento das seguintes áreas de segurança:

STOPWAY (ZONA DE PARADA)

É uma área existente ao prolongamento da pista e com a mesma largura, na qual seja capaz de suportar a completa desaceleração, em caso de uma abortiva na decolagem, sem causar danos estruturais à aeronave. A principal diferença entre a pista e a stopway geralmente é verificada na estrutura do pavimento, sendo a da stopway consideravelmente mais econômica.

CLEARWAY (ZONA LIVRE DE OBSTÁCULOS)

É uma área além da pista pavimentada, livre de obstáculos e sob o controle da autoridade aeroportuária. É recomendada que a clearway comece no extremo da pista oposta à cabeceira de decolagem e seu comprimento deve ser no máximo igual a metade do comprimento da pista e estender-se lateralmente a partir do eixo da pista, a uma distância mínima de 75 m.

RESA (RUNWAY END SAFETY AREA)

Conhecida no Brasil como “área de escape”, a RESA é uma área simetricamente estendida do final da faixa de pista para a maior distância que for praticável. Sua largura deve ser no mínimo duas vezes a da pista associada. A principal finalidade é reduzir os riscos de danos à aeronave no caso de uma aterragem antes da pista ou de uma ultrapassagem dos seus limites.

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DISTÂNCIAS DECLARADAS

No planejamento de um voo, a tripulação deve conhecer as seguintes distâncias disponíveis para pousos e decolagens:

TORA – Take-off runway available (pista disponível para corrida de decolagem) – É o comprimento declarado da pista, disponível para a corrida no solo de uma aeronave que decola. Quando a pista não é provida de uma stopway (SWY) ou clearway (CWY) e a threshold (THD) estiver localizada na extremidade da pista, as quatro distâncias declaradas normalmente devem ser iguais ao comprimento da pista.

TODA – Take-off distance available (distância disponível para a decolagem) – É o comprimento da TORA, somado ao comprimento da zona livre de obstáculos (clearway), se existente.

ASDA – Acelerate and stop distance available (distância disponível para aceleração e parada) – É o comprimento da TORA, somado ao comprimento da zona de parada (stopway), se existente.

LDA – Landing distance available (distância disponível para pouso) – É o comprimento declarado da pista, disponível para corrida no solo durante o pouso.

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

As Geometrias do Lado Aéreo, anteriormente apresentadas, são apenas fontes ilustrativas de informação para aumentar a consciência situacional de todos os usuários do sistema da infraestrutura aeroportuária. Vale lembrar que, para o planejamento de cada voo (decolagem e pouso), as fontes primárias de consulta e análise são as Cartas de Aeródromo (ADC).

Os NOTAM, bem como o Serviço Automático de Informação de Terminal (ATIS), quando disponíveis, também devem ser consultados, com o objetivo de verificar possíveis alterações nas distâncias declaradas.

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Referências:

ALVES, C. J. P. Geometria do Lado Aéreo. Artigo Científico – São Paulo, 2012.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Projeto de aeródromos. Regulamento Brasileiro de Aviação Civil, RBAC-154, Brasília, 2012.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Carta de Aeródromo – ADC. Rio de Janeiro, 2013.
CANADA, INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION. Annex 14. Montreal, 2006.
SKYBRARY. Disponível em: < http://www.skybrary.aero/index.php/Category:Glossary >. Acesso em: 25 fev. 2014.


Fonte: Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Boletim Informativo de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste – PreviNE- Edição nº 14.

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