Na quarta-feira, dia 12 de maio, às 19h30, Wagner Teixeira, Gestor de Operações da Unimed Aeromédica e Décio Galvão, Diretor de Negócios de Operações Onshore da Omni Táxi Aéreo, serão protagonistas de live sobre “Mercado Aeromédico Brasileiro – Desafios e Oportunidades“.
Será uma conversa com Eduardo Beni, editor do Portal Resgate Aeromédico, e abordarão temas sobre regulamentação, infraestrutura aeroportuária, crescimento da atividade em razão da pandemia, treinamento padronizado e atuação em outros segmentos de mercado.
Wagner é piloto de linha aérea de helicóptero; professor universitário; advogado; Primeiro Secretário da Comissão de Direito Aeronáutico da OAB/MG, Diretor Financeiro da ABOA e Gestor Operacional da Unimed Aeromédica.
Décio é formado em administração de empresas pela Universidade Mackenzie e possui MBA Executivo em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Acumula 24 anos de experiência profissional na aviação e em abril de 2021 assumiu a função de Diretor para Negócios Onshore da empresa Omni Táxi Aéreo.
SORTEIO
Durante a live será sorteado um torniquete T-APH da DESMODUS (Envios somente no Brasil). Para participar do sorteio, você precisará fazer um comentário na foto (banner) da live no Instagram: https://www.instagram.com/p/COqxukbr6g1/
Na quarta-feira, dia 31 de março, às 19h30, o médico de vooNathan Almeida Milward de Azevedo e o enfermeiro de voo Herberth Jessie Martins serão os protagonistas de live sobre “Operações Aeromédicas no Distrito Federal“. Será uma conversa com Eduardo Beni, editor do Portal Resgate Aeromédico.
Integração, treinamento, requisitos das equipes de saúde e atuação aeromédica nos atendimentos de vítimas de paradas cardiorrespiratórias (PCR), serão assuntos no bate-papo com o médico de voo Nathan e o enfermeiro de voo Herberth.
Nathan é Major do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Possui Curso de Formação de Oficiais e graduação em medicina pela Universidade de Brasília. É médico emergencista há 10 anos. Trabalha no Resgate Aéreo desde 2015. Atualmente é chefe da Seção Aeromédica do Grupamento de Aviação Operacional (GAvOp) do CBMDF.
Herberth é enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) desde 2012. É enfermeiro de voo no GAVOP desde 2014. Atualmente é Coordenador de Enfermagem do serviço. Possui Pós Graduação em enfermagem aeroespacial concluída em 2019.
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Aeromédico do Brasil – Em entrevista exclusiva com o Portal Resgate Aeromédico a Sete Táxi Aéreo falou sobre sua operação e apresentou alguns números. A empresa foi criada em 1976 e é autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para prestar o serviço de transporte aeromédico. Além disso, segue as normas do CRM (Conselho Regional de Medicina), Coren (Conselho Regional de Enfermagem) e ANS (Agência Nacional de Saúde).
Desde 1989 a empresa realiza o serviço de UTI Aérea com o avião turboélice Mitsubishi MU2. Atualmente possuem aviões bimotores Sêneca III, turboélices Mitsubishi MU2 e jatos Learjet 35A. Dessas aeronaves, oito turboélices e três jatos são destinados ao transporte aeromédico e três aeronaves bimotoras Sêneca III são utilizadas no transporte executivo regional.
No dia 16 de janeiro a empresa realizou em seu Mitsubishi MU2, o transporte de um paciente de 71 anos de idade da cidade de Manaus (AM) para Ribeirão Preto (SP). Com essa mesma aeronave também transportaram no dia 04 de janeiro um paciente de 45 anos de Manaus para Brasília (DF).
Com o aumento das necessidades de transferências entre hospitais, pela crescente demanda no Amazonas por leitos de UTI ou busca por melhores recursos, a empresa intensificou os voos com UTI Aérea na região.
“Aumentamos significativamente nossas operações no norte do país. Nossos tipos de aeronaves e bases permitem atendermos de forma ampla diversas regiões, isso tem sido um grande diferencial para ajudar a salvar vidas e proporcionar mensalmente as centenas de pacientes uma melhor acomodação com a troca hospitalar, ou até mesmo o acesso aos recursos básicos necessários para recuperação”, destacou Diogo Vilella, diretor comercial.
Para realizar os transportes a Sete possui uma estrutura de atendimento ao cliente. Para regulação, a empresa possui um contrato de terceirização com uma empresa de atendimento médico, que oferece todo o suporte para regulação do paciente, integração entre o médico da origem e do destino, disponibilização de equipes médicas para remoção e gestão dos equipamentos de UTI.
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Durante todo o transporte, o paciente é acompanhado por um médico especializado em UTI, com conhecimento em Medicina Aeroespacial, e um enfermeiro com nível superior e experiência em UTI Aérea.
Em 2020 a sete realizou mais de 1.600 transportes aeromédicos, sendo que mais de 70% deles foram de pacientes com COVID-19. Segundo a empresa, em relação a 2019, tiveram um aumento expressivo nos voos, aumentando a demanda em mais de 100%.
Para encarar a pandemia a empresa treinou suas equipes, adquiriu equipamentos, cápsulas de isolamento e realizou a higienização de suas aeronaves em suas 06 bases: Goiânia (GO), São Paulo (SP), Salvador (BA), Brasília (DF), Belém (PA) e Carajás (PA). Como a empresa também realiza voos internacionais, possui um ponto de apoio em Miami, com colaborador que facilita toda a operação.
“Estamos sempre em uma corrida contra o tempo. Mas nunca deixando de fazer isso com segurança e focando principalmente em manter a vida. A qualidade das aeronaves e das tripulações de voo; a eficiente da regulação; os equipamentos e especialmente a competência da equipe de saúde, são fatores fundamentais na operação de transporte aeromédico”, complementou Diogo Vilela.
A Líder Aviação e o maior rally das Américas firmaram parceria para garantir atendimento aeromédico aos competidores da 28ª edição dos Sertões. A saída acontecerá na Fazenda Velocittà, em Mogi Guaçu (SP) no dia 31 de outubro, e tem chegada prevista em Barreirinhas (MA) no dia 7 de novembro, passando por Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás e Tocantins.
No Rally dos Sertões a operadora Líder Aviação estará com duas aeronaves configuradas como UTI Aérea para oferecer cuidados médicos a todas as equipes da competição. A empresa é pioneira no serviço de transporte aeromédico no Brasil e já realizou mais de 7.500 remoções de pacientes.
Além disso, o Táxi Aéreo oferecerá serviço de contratação de voos fretados, através do site sertoes.lideraviacao.com.br. A página é destinada aos participantes do Rally dos Sertões que quiserem registrar o seu interesse em uma compra de assentos para a volta do evento.
“As pessoas poderão contar com toda a expertise e a segurança da nossa operação, principalmente em momentos como este, que requer cuidados especiais. Para isso, reforçamos os protocolos de higienização, desinfecção e assepsia das aeronaves, seguindo todas as orientações de prevenção dos órgãos de saúde nacionais e internacionais”, frisou Bruna Assumpção, diretora superintendente de Manutenção, Fretamento e Gerenciamento de Aeronaves.
Para Joaquim Monteiro, CEO do Sertões, esta parceria tem total sinergia com o Sertões. “Nos movemos por locais remotos, distantes dos grandes centros, portanto precisamos ser auto suficientes para o caso de resgate aeromédico. A equipe aérea do Sertões tem uma grande responsabilidade, que é dar segurança aos competidores. Com a Lider, além de segurança, agregamos o conforto, com a disponibilização de assentos e de voos fretados. Portanto, é uma grande satisfação anunciar essa parceria e poder contar com toda a experiência da Líder”, destacou.
Segundo os organizadores será um “Rally da Solidariedade”. Pretendem levar acesso à medicina para as comunidades remotas e carentes do Brasil. O projeto social prevê instalação de cabines de telemedicina para atendimento médico gratuito de qualidade e aquisição de cestas básicas de pequenos produtores locais que serão distribuídas nas regiões, aos que estão sem trabalho e renda.
Aeromédico do Brasil – O site Resgate Aeromédico iniciou uma série de entrevistas com os protagonistas do aeromédico brasileiro. Segundo a ANAC, existem cerca de 39 empresas de táxi-aéreo(RBAC 135) que realizam o transporte aeromédico. Nesse setor há também operadores públicos (RBAC 90) que incluem os Corpos de Bombeiros, SAMU 192, Secretarias de Saúde, Polícias e Secretarias de Segurança Pública.
Nessa entrevista vamos falar com o Deputado Estadual Paulo Trabalho (PSL) sobre o projeto de sua criação chamado Asas da Saúde, que a partir de novembro de 2019 passou a ser uma política instituída no Estado de Goiás, através da Lei nº Lei 20.625.
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Os deputados poderão destinar ao Corpo de Bombeiros Militar, recursos provindos de emendas parlamentares, para incrementar o custeio, aquisição de aeronaves e equipamentos relacionados ao transporte aeromédico, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). No Estado o Centro de Operações Aéreas (COA) do Corpo de Bombeiros Militar realiza esse serviço. Saiba mais sobre o COA.
Sabemos que existe muito potencial de desenvolvimento nesse setor no Brasil e por isso vamos conversar com o protagonista dessa ideia e que agora já é uma realidade em Goiás.
RA: Diga para nosso leitores quem é o Deputado Paulo Trabalho?
Paulo Trabalho: Sou produtor rural, filho de agricultores e formado em agropecuária. Fui professor de espanhol na cidade de Posse, em Goiás, para onde mudei com minha família em 2003, vindo do Paraguai, onde residi por 15 anos. Fui ainda pequeno para lá com os meus pais que eram de Santa Catarina e que buscavam terras para cultivo.
Sempre me indignei com as injustiças sociais e políticas do País e sem nunca ter disputado um pleito eleitoral arrisquei-me a sair candidato ao lado do Presidente Jair Bolsonaro e fui eleito deputado estadual em 2018, sendo o primeiro deputado em 147 anos de história da cidade de Posse.
RA: Qual foi sua motivação para elaborar e apresentar esse projeto de lei?
Paulo Trabalho: No ano de 2016, viria ao mundo o meu segundo filho, o Lorenzzo Krauspenhar, porém com uma gravidez de risco e muitos sangramentos durante a gestação, minha esposa Jaynara Eloi de Melo Krauspenhar foi internada em uma clínica da cidade de Posse.
Entrou em trabalho de parto com o bebê ainda prematuro. O socorro mais próximo seria em Brasília, a 350 Km de distância. O médico não autorizou a saída por meios terrestres, a recomendação foi sair de avião. Por sorte o dono da Clínica possuía uma aeronave particular que pode ser fretada naquele momento. O transporte até Brasília durou 40 minutos, o que levaria mais de 3 horas se fosse de carro
Instantes depois do pouso sua bolsa gestacional rompeu-se e mesmo sem vaga em nenhum hospital público ou privado, minha esposa foi socorrida pelo SAMU e levada ao pronto socorro do Hospital Materno Infantil de Brasília, que prontamente realizou uma cesariana, salvando a tempo a vida do pequeno Lorenzzo, no dia 17 de maio de 2016.
Assim que ingressei na Assembleia Legislativa, apresentei o projeto de lei 2255/19 que logo se tornou a Lei nº Lei 20.625, que instituiu a política estadual Asas da Saúde consistente no transporte aeromédico, no âmbito do SUS, para pacientes graves. A lei sancionada pelo governador Ronaldo Caiado em de 04 de Novembro de 2019, permanecendo assim para a posteridade.
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RA: Como surgiu a ideia do Asas da Saúde?
Paulo Trabalho: Durante a campanha, tive a preocupação de apresentar propostas de trabalho para um possível mandato. Estávamos eu e meu amigo Lucino Santana, consultor político, elaborando as propostas e pensamos na ideia de criar um programa aeromédico amplo, que pudesse chegar em qualquer parte do Estado com rapidez, a fim de socorrer pessoas que estivessem entre a vida e a morte, onde minutos poderiam fazer a diferença na vida dessas pessoas.
Baseado na história que vivi com minha família em 2016, sonhamos com esse programa sendo público, gratuito e de qualidade no âmbito do SUS a nível Estadual, o que chamaríamos de Asas da Saúde. Foi a mais importante e audaciosa proposta de campanha que apresentei, registrei em cartório e fiz em palanque ao lado do Governador Ronaldo Caiado.
RA: Como funciona a destinação dessas verbas de emendas parlamentares à política estadual?
Paulo Trabalho: Nós, como parlamentares estaduais em Goiás, temos um percentual de emendas impositivas ao orçamento, que podemos destinar para a saúde e educação. Como foi criado pelo governo do Estado em 2019 um convênio entre a Secretaria de Saúde e Secretaria de Segurança Pública, foi possível destinar emendas para dar suporte ao Corpo de Bombeiros, Corporação que ficou responsável pela execução do programa aeromédico Asas da Saúde. Já faziam o serviço com maestria apenas com um helicóptero AW119Ke – Koala e hoje também operam os aviões Seneca III e Baron 58.
Tivemos muito apoio do Governador Ronaldo Caiado e do Secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, que desde o início se sensibilizaram com esse projeto e não mediram esforços para fazer com que ele se tornasse realidade em nosso Estado. A pró-atividade e empenho do Tenente Coronel BM Carlos Alberto Faleiro, chefe do Comando de Operações Aéreas, bem como o Comando Geral do Corpo de Bombeiros foi fundamental nesse processo de implantação do Asas da Saúde.
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RA: Qual o valor que já foi destinado ao Corpo de Bombeiros através dessas emendas?
Paulo Trabalho: Estou no mandato há pouco mais de 1 ano e já destinei mais de R$ 2 milhões através de emenda parlamentar individual para o Corpo de Bombeiros. É o maior aporte já feito por um deputado estadual à Corporação.
O intuito é fortalecer e custear o programa Asas da Saúde, equipar aeronaves e treinar pilotos. Enquanto for deputado, o compromisso é destinar pelo menos mais R$1 milhão anualmente, garantindo assim a manutenção e ampliação do serviço aeromédico em nosso estado. Somente no ano de 2019 foram realizadas mais de 360 remoções aéreas de urgência, salvando portanto muitas vidas.
RA: Outros Deputados também destinaram emendas ao Asas da Saúde?
Paulo Trabalho: Muitos colegas parlamentares já se sensibilizaram com o Asas da Saúde, que visa salvar vidas em nosso Estado e estão ajudando. Assinaram comigo uma emenda coletiva no valor de R$ 12 milhões para aquisição de uma aeronave maior, pressurizada e mais moderna do que os atuais aviões que dispomos, porém, essa emenda ao orçamento, ao contrário da citada anteriormente, não é impositiva, e precisamos portanto do aval do governador para a sua execução.
RA: Pretendem apoiar a ampliação das bases de operação do serviço?
Paulo Trabalho: Nosso projeto é descentralizar as bases, fazendo com que cada cidade do Estado esteja a no máximo uma hora de distância de uma aeronave do programa, iniciando pelas regiões mais distante dos recursos de saúde que hoje se concentram na capital Goiânia ou próximos a ela. Queremos garantir assim um atendimento de primeiro mundo para nossa população em termos de resgate aeromédico, possibilitando o salvamento de inúmeras vidas.
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RA: Tem a intenção de transformar essa política estadual em uma política nacional?
Paulo Trabalho: Tenho conversado bastante com o deputado Federal Major Vitor Hugo, também de Goiás, líder do governo federal na Câmara, de quem sou muito amigo, para assim poder viabilizar o Asas da Saúde a nível Nacional.
RA: Conhece algum outro projeto no Brasil ou internacional semelhante ao que foi feito em Goiás?
Paulo Trabalho: Além do nosso em Goiás, desconheço outro, pode ser que haja, mas sei que em alguns países existem projetos como esse bastante evoluídos, pretendemos chegar lá também, através de grandes parcerias e de um trabalho sério voltado para o povo que paga muitos impostos e merece o melhor que a política possa oferecer.
RA: Nessa atual conjuntura do COVID-19, e muita discussão sobre o repasse do dinheiro do fundo eleitoral à saúde, entente que essa ação poderia salvar muitas vidas no Brasil?
Paulo Trabalho: Sou favorável que seja integralmente repassado o chamado “FUNDÃO ELEITORAL” para a área da saúde dos estados e dos municípios e nesse momento para contenção do novo coronavírus, inclusive já iniciei essa campanha em minhas redes sociais, creio que fui o pioneiro, hoje já vemos mais parlamentares estaduais e federais aderindo.
Mas é importante diferenciar as coisas, pois em relação a remoção aérea de pacientes portadores do coronavirus, ou qualquer outro agente biológico, sabemos que não pode ser feito em qualquer aeronave e é impositivo o cumprimento de protocolos rígidos quanto a isso, especialmente no que se refere à biossegurança em saúde.
Caso sua organização ou empresa queira participar do Aeromédico do Brasil, basta enviar um e-mail para [email protected].
Aeromédico do Brasil – O portal Resgate Aeromédico iniciou uma série de entrevistas com os protagonistas do aeromédico brasileiro para conhecer melhor o funcionamento dos operadores aeromédicos públicos e privados.
No Brasil, segundo a ANAC, o serviço aeromédico privado é explorado por cerca de 39 empresas de táxi-aéreo. A Air Jet Táxi Aéreo é uma delas. Nesse setor há também operadores públicos. Os Corpo de Bombeiros Militares, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública realizam atividades de resgate e transporte aeromédico.
Dessa vez vamos falar sobre a operadora aeromédica Air Jet Táxi Aéreo. O piloto Marcelo Jorge Graciotti, Gerente de Operações, e equipe, nos ajudaram com as respostas e com a matéria.
A Air Jet Táxi Aéreo, habilitada pela ANAC, atua desde 2012 sob nova direção e além de seguir rigorosamente as normas da ANAC, mantém equipe capacitada para transporte aéreo executivo, aeromédico e serviços aéreos especializados. Cada detalhe é cuidadosamente planejado para proporcionar a melhor experiência de voo, de acordo com as necessidades do cliente.
A empresa dispõe de modelos de aeronaves capazes de atender a diferentes missões e são homologados para a prestação dos serviços de táxi aéreo (TPX), transporte aeromédico e serviço especializado (SAE). Os comandantes são experientes e treinados anualmente em simuladores homologados no exterior.
RA: Quais aeronaves vocês operam? Quantas estão destinadas ao transporte aeromédico?
Air Jet: Atualmente, a Air Jet opera seis helicópteros e um jato, sendo um helicóptero AS365N2 (Dauphin) já habilitado para operações aeromédicas. Em breve, mais dois helicópteros e um jato vão ingressar no serviço aeromédico, pois estão em fase final de certificação. A frota atual é composta por um Bell 206 Jet Ranger, um AS350B3, um AS350B2, um AS365N2, um EC135, um EC155 e um avião Learjet 31.
RA: Como é a seleção e formação das tripulações?
Air Jet: A seleção é baseada na experiência necessária para o desempenho seguro de cada função. Todo tripulante admitido passa por uma série de treinamentos de voo e de solo antes de entrar em operação. Envolvem, inclusive, treinamentos em simuladores de voo fora do país para garantir a segurança e a excelência dos serviços prestados.
RA: Vocês possuem contratos com outros Estados para realizar a atividade aeromédica?
Air Jet: Realizamos voos por demanda, que são solicitados pelos próprios clientes.
RA: Vocês realizam atendimento aeromédico privado e/ou público? Como funciona?
Air Jet: No momento, realizamos apenas atendimento privado, que é solicitado pelo médico, familiar ou responsável pelo paciente em contato direto com a Air Jet. O processo é rápido e simples para que a agilidade no atendimento seja garantida, bem como a segurança.
RA: Como é feita a regulação do transporte aeromédico na Air Jet?
Air Jet: O médico responsável da Air Jet entra em contato com o médico responsável pelo paciente no hospital de origem, que realiza uma triagem para o estabelecimento dos protocolos, garantindo, assim, um atendimento focado nas necessidades daquele paciente durante o transporte.
RA: Vocês seguem a regulamentação da ANAC? Para voar na modalidade aeromédica é preciso autorização?
Air Jet: Sem dúvida. Seguimos rigorosamente as regulamentações da ANAC, até mesmo porque, para prestar serviço aeromédico, a empresa tem que estar certificada pela ANAC.
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RA: Como é formada a equipe aeromédica da aeronave?
Air Jet: A equipe é formada por um médico, um enfermeiro e até dois pilotos.
RA: Pretendem ampliar a frota de aeronaves?
Air Jet: Estamos prontos para isso, até mesmo como consequência do crescimento da demanda.
RA: Pretendem ampliar o serviço?
Air Jet: A Air Jet já possui em seu portfólio outros serviços, além do aeromédico, como táxi-aéreo, voo panorâmico e os Serviços Aéreos Especializados (SAE). A ampliação dos serviços é consequência da demanda de mercado.
RA: Onde fica a base de operações? São quantas bases?
Air Jet: A base da Air Jet Táxi Aéreo está localizada no Aeroporto Campo de Marte, em frente ao Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Sua localização permite fácil acesso à Marginal do Tietê e ao corredor norte-sul, uma das mais importantes vias de trânsito da cidade. Possui estacionamento próprio, com segurança 24 horas e sala VIP climatizada, com TV a cabo, Wi-Fi e banheiro privativo.
RA: Quais equipamentos aeromédicos possuem na aeronave? Pretendem adquirir algo específico?
Air Jet: As aeronaves adaptadas para o serviço aeromédico possuem todos os equipamentos avançados necessários para prestar um atendimento com toda a qualidade e segurança, como ventiladores, cardioversor, bomba de infusão adulto e pediátrica, incubadora e autopulse.
RA: Vocês fazem treinamento de CRM ou algum voltado para a segurança das operações?
Air Jet: Sempre! Nossa prioridade é a segurança; e os treinamentos constantes servem para garantir a segurança e a excelência dos nossos serviços.
RA: Vocês voam sempre com dois pilotos no aeromédico, por quê?
Air Jet: Sim. Seguimos rigorosamente às regras da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. Atualmente, a regra não permite que se faça voos por instrumento com apenas um piloto, com passageiros a bordo. O voo com apenas um piloto é realizado estritamente em condições visuais.
Aeromédico do Brasil – O portal Resgate Aeromédico iniciou uma série de entrevistas com os protagonistas do aeromédico brasileiro para conhecer melhor o funcionamento dos operadores aeromédicos públicos e privados.
No Brasil, segundo a ANAC, o serviço aeromédico privado é explorado por cerca de 39 empresas de táxi-aéreo. A UNIAIR é uma delas. Nesse setor há também operadores públicos. Os Corpo de Bombeiros Militares, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública realizam atividades de resgate e transporte aeromédico.
Dessa vez vamos falar sobre a operadora aeromédica UNIAIR. O Dr. Maurício Alberto Goldbaum, Diretor Presidente e sua equipe formada pela Gerente Operacional, Michelle Trindade; Piloto Chefe, Fabio Amaral e pelo Coordenador Médico, Dr. Adriano Garcia, nos ajudaram com as respostas e com a matéria.
A UNIAIR, habilitada pela ANAC, atua desde 1997 com transporte aeromédico e táxi aéreo (executivo) em todo território nacional e demais países da América do Sul, América Central e Caribe.
Vamos conhecer a UNIAIR!
RA: Quais aeronaves vocês operam?
UNIAIR: Possuímos 6 aeronaves em nossa frota, sendo 3 aviões King Air C90, 01 avião King Air B200GT e 02 helicópteros Esquilo AS350B2. Dessas aeronaves, cinco estão destinadas ao aeromédico. Essas aeronaves estão configuradas para UTI Adulta, Pediátrica e Neonatal. O avião king Air C90B, PT-WNF, está configurado executivo.
RA: Vocês possuem contratos com Estados para realizar a atividade aeromédica?
UNIAIR: Possuímos somente com estado do Rio Grande do Sul para atendimento a Secretaria de Saúde e transporte de órgãos. Em São Paulo nosso contrato é para voos executivos.
RA: Vocês realizam o atendimento aeromédico privado ou público?
UNIAIR: Realizamos somente atendimento aeromédico privado. Temos uma Central de Atendimento 24h que recebe as solicitações dos beneficiários de plano de saúde que temos contrato e demais clientes que necessitem de transporte aeromédico.
RA: Como é a seleção e formação das tripulações das aeronaves?
UNIAIR: O processo seletivo da UNIAIR consiste basicamente em análise curricular, entrevista, avaliação psicológica, avalização prática em simulador de voo, comprovação de experiência e certificados e avalização médica. Nossa tripulação possui formação e treinamentos conforme exige a legislação vigente, bem como o Programa de Treinamento aprovado pela ANAC.
RA: Como é composta a equipe aeromédica da aeronave?
UNIAIR: A nossa equipe aeromédica é composta por piloto, copiloto, médico(a) e enfermeiro(a). Todos têm treinamentos específicos em transporte aeromédico, como Fisiologia de Voo, embarque e desembarque, conhecimentos sobre os equipamentos embarcados e sistemas da aeronave.
RA: Vocês fazem treinamento de CRM ou algum voltado para a segurança das operações?
UNIAIR: Sim, realizamos o CRM, além de cursos e treinamentos relacionados ao Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), a Segurança Contra Atos de Interferência Ilícita (AVSEC – Aviation Security) e Artigos Perigosos.
RA: Como é feita a regulação do serviço aeromédico na UNIAIR?
UNIAIR: A grande maioria dos casos avaliados são beneficiários do plano de saúde. Sua situação é avaliada para definição se o transporte aeromédico está previsto na cobertura contratual de remoção.
A regulação é feita através de triagem médica entre médico plantonista da UNIAIR e o médico que está assistindo o paciente e solicitando a transferência. Analisa-se a patologia e quadro clínico do paciente, medidas terapêuticas já instituídas na origem, resposta ao tratamento, recursos e medidas de tratamento ainda disponíveis e o motivo da solicitação de encaminhamento para outro hospital.
Normalmente, a justificativa está no esgotamento de recursos no local, com necessidade de internação em hospitais mais avançados. Para isso, sempre levamos em consideração qual o local mais próximo com essa disponibilidade. Para desencadear o processo de remoção é necessária a confirmação de leito no local de destino.
RA: Vocês seguem regulamentação da ANAC? Para voar aeromédico é preciso autorização?
UNIAIR: Nosso serviço é prestado de acordo com as normas da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC e de regulação médica, respeitando as condições meteorológicas e de tráfego aéreo. Seguimos o Código Brasileiro de Aeronáutica, bem como a regulamentação vigente e pertinente ao Taxi-Aéreo (RBAC 135). É necessária autorização da ANAC para voos aeromédicos e treinamentos específicos.
RA: Onde fica a base de operações? Quantas bases vocês possuem?
UNIAIR: Estamos instalados em hangares próprios no Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre/RS) e no Aeroporto Governador José Richa (Londrina/PR), com base operacional no Aeroporto de Congonhas (São Paulo/SP), Campo de Marte (São Paulo/SP) e no Heliporto Heli-Rio (Rio de Janeiro/RJ).
RA: Vocês voam sempre com dois pilotos no serviço aeromédico? Qual é o modelo que utilizam?
UNIAIR: Nos aviões voamos sempre com dois pilotos porque é uma exigência dos regulamentos da ANAC. Nos helicópteros voamos com um piloto (Single Pilot), conforme a configuração aeromédica dos Esquilos AS350B2.
RA: Quais equipamentos aeromédicos possuem nas aeronaves?
UNIAIR: Os equipamentos utilizados são próprios para a configuração de uma UTI aeromédica, incluindo ventilador mecânico, bombas de infusão, oxímetro, monitor cardíaco e cardioversor.
Eles são instalados em suportes específicos fixos na maca, que é removível e acoplada durante o transporte à uma plataforma especial instalada dentro da aeronave, a qual abriga cilindros de oxigênio, adaptação à rede elétrica da aeronave e espaços para acondicionamento de materiais. Além disso, sempre é levado em cada remoção um kit padronizado organizado em maletas com todos os medicamentos e materiais que porventura possam ser necessários durante uma remoção.
Gostou?
Se você quiser saber mais sobre os serviços prestados pela UNIAIR, acesse o site da empresa: http://www.uniair.com.br/
Aeromédico do Brasil – O portal Resgate Aeromédico iniciou uma série de entrevistas com os protagonistas do aeromédico brasileiro para conhecer melhor o funcionamento dos operadores aeromédicos públicos e privados.
No Brasil, segundo a ANAC, o serviço aeromédico privado é explorado por cerca de 39 empresas de táxi-aéreo. Nesse setor há também operadores públicos. Os Corpo de Bombeiros Militares, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública realizam atividades de resgate e transporte aeromédico. Em muitos Estados essas unidades são integradas.
Dessa vez vamos falar sobre o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. O Ten Cel BM Alexandre Gomes Rodrigues é comandante de aeronaves de asa fixa, está na aviação desde 2005 e comanda o BOA desde janeiro de 2018. Esteve a frente das operações aéreas na tragédia de Brumadinho. O BOA é um operador público que realiza operações de busca e salvamento, operações aeromédicas, apoio a Defesa Civil, transporte de órgãos e de pessoal.
RA: Quais aeronaves vocês operam?
Ten Cel Alexandre: O BOA opera atualmente 6 aeronaves. Um avião modelo Grand Caravan e Cinco helicópteros: sendo dois do modelo AS-350 B2 VEMD, um EC-145 e mais dois esquilos AS-350 B3 (agora denominados H125).
RA: Como é a seleção e formação das tripulações das aeronaves?
Ten Cel Alexandre: O curso de tripulante é destinado à atividade suplementar de aviação de busca e salvamento e resgate aeromédico sendo que a formação de bombeiros militares dos candidatos eleva bastante o nível do resultado dos treinamentos.
Após seleção interna, a formação dos tripulantes operacionais é realizada através de um curso de qualificação existente no CBMMG chamado “Curso de Formação de Tripulante Operacional e Técnico em Abastecimento e Suplemento de Aviação”. O curso possui duração de 4 meses, sendo dois meses a distância, três semanas intensivas de treinamento aplicado à atividade aérea no Corpo de Bombeiros e 45 dias de estágio supervisionado, nos quais os alunos militares vivenciam a rotina aérea operacional e executam os procedimentos aprendidos em ocorrências reais de forma supervisionada por um tripulante mais experiente.
Destaca-se que os tripulantes também são qualificados para a função de Técnico em Abastecimento e Suplemento de Aviação (TASA), sendo treinados para exercer todas as funções de apoio no solo, como abastecimento, transporte de materiais perigosos, entre outras.
Os mecânicos de aeronave são selecionados dentre as praças do CBMMG que já possuem a formação básica. Posteriormente, tais militares realizam a qualificação/especialização para a manutenção dos modelos de aeronaves que operamos (AS350B2, AS350B3, BK117).
Os pilotos recebem a formação após seleção interna e realizam o curso de Comando de Operações Aéreas que se divide em duas etapas, sendo a primeira: o Curso de Piloto Privado (PP) teórico e a segunda: as técnicas de emprego operacional de aeronaves, realizados pelo CBMMG por meio do Batalhão de Operações Aéreas (BOA).
Os oficiais recebem a formação básica exigida pela ANAC e também a formação direcionada a atividade aérea operacional do CBMMG em que realizam treinamentos diversos sobre as técnicas utilizadas no salvamento aéreo.
A formação prática é feita através de contratação pública de empresa terceirizada para a realização do Curso de Piloto Privado (PP) prático, Piloto Comercial (PC) teórico e Piloto Comercial prático.
Durante o período de formação de cerca de 3 anos, os novos pilotos exercem funções administrativas na unidade e de Comandante de Operações Aéreas no serviço operacional do BOA, aplicando os conhecimentos e adquirindo experiência de Voo.
Quando atingem os requisitos mínimos para assumirem a função de comandante, tempo de voo, treinamento específico no modelo, e são aprovados pelo conselho de voo, os pilotos realizam o treinamento operacional intensivo, que pode ser aplicado juntamente com o CTOP, reduzindo o custo operacional da Unidade.
RA: Vocês fazem treinamento de CRM ou algum voltado para a segurança das operações?
Ten Cel Alexandre: O treinamento de CRM, atualmente, ocorre através da educação continuada, seja no treinamento técnico semanal, seja nos briefings diários, de forma desestruturada, não especificamente em cursos.
Já ocorreram alguns cursos na Unidade em outras oportunidades, contudo a disciplina de CRM não pode ser restrita apenas a eventos de treinamentos isolados. A segurança de Voo é extremamente discutida em tais briefings. Na ocasião, um profissional da tripulação de serviço do dia compartilha alguma situação relacionada à segurança ou é feita a leitura de um relatório contido na pasta de segurança de voo o qual é discutido de forma a aumentar a percepção de toda a equipe.
RA: Como é feita a regulação do serviço aeromédico em Minas Gerais?
Ten Cel Alexandre: A regulação médica é feita através de profissionais do SAMU que integram as bases do BOA, sempre em apoio ao Corpo de Bombeiros e também ao SUS, Sistema Único de Saúde, que demanda operações de transporte entre hospitais. Na prática, sempre que uma demanda é recebida, o médico plantonista regula a operação, avaliando as condições clínicas e também da unidade que vai receber a vítima. Havendo a necessidade e a condição para o encaminhamento, o parecer médico é dado para o transporte.
RA: No Estado de Minas Gerais existe algum hospital com heliponto preparado para receber uma vítima transportada de helicóptero?
Ten Cel Alexandre: Em Belo Horizonte o Hospital de Pronto Socorro, HPS João XXIII é a maior referencia, possuindo um heliponto para o recebimento direto de vítimas. Ainda em Belo Horizonte existem outros helipontos em hospitais particulares como Materdei, Biocor e Unimed.
RA: Possuem convênio com algum serviço de urgência e emergência ou Secretaria de Saúde?
Ten Cel Alexandre: Sim. Pela similaridade de atuação, nos atendimentos dos casos de transporte de Urgência e Emergência no Estado de Minas Gerais, sejam terrestres ou aéreos, o Corpo de Bombeiros Militar de MG celebrou convênios com consórcios intermunicipais de saúde, prefeituras e Secretaria de Estado da Saúde. O objetivo é integrar os esforços, reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços prestados, atendendo a legislação sanitária vigente.
RA: Como é formada a equipe médica das aeronaves?
Ten Cel Alexandre: A equipe médica é formada por médico e enfermeiro do SAMU, criteriosamente escolhidos para tripular os Arcanjos.
RA: Pretendem ampliar o serviço?
Ten Cel Alexandre: Sim, pretendemos ampliar para que a cobertura e o tempo de resposta sejam melhorados em algumas regiões, como o Leste e a Zona da Mata Mineiros.
Ra: Onde fica a base de operações? Quantas bases vocês possuem?
Ten Cel Alexandre: O Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais criado através do Decreto nº 44.411 de novembro de 2006 iniciou suas atividades no dia 04 de julho de 2007 com um efetivo bem reduzido e uma frota composta por dois helicópteros modelo AS 350 B2 “Esquilo” e um avião Cessna modelo 210 “Centurion”, com sede no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte.
Minas Gerais é um Estado de dimensões semelhantes ao de países como a França e a Alemanha, e por isso houve a necessidade de estender a cobertura e o atendimento com uso de helicópteros para as regiões com maior adensamento populacional e consequentemente maiores índices de ocorrências de bombeiro.
Atualmente o Batalhão possui a 1ª Companhia na Sede em Belo Horizonte, onde se concentram e ocorrem a maioria das demandas operacionais da Unidade, e três Companhias Especiais de Operações Aéreas (CEOA) no interior do Estado, sendo a 2ª CEOA em Varginha, região Sul de Minas; 3ª CEOA em Montes Claros, região Norte do Estado e a 4ª CEOA em Uberaba na região do Triangulo Mineiro.
RA: Vocês voam sempre com dois pilotos no serviço aeromédico? Qual é o modelo que utilizam?
Ten Cel Alexandre: O voo com dois pilotos é sempre um fator de redundância em relação à segurança. Ele ocorre no avião Grand Caravan e também no Helicóptero EC-145. Nos demais helicópteros modelo esquilo, as operações aeromédicas exigem a conversão da cabine, o que impede a participação do copiloto.
Nas demais operações como combates a incêndio, apoios à desastres e salvamentos em geral é possível ter embarcado o copiloto, tanto para apoio na operação quanto para o acúmulo de experiência.
RA: Quais equipamentos aeromédicos possuem na aeronave? Pretendem adquirir algo específico?
Ten Cel Alexandre: Atualmente trabalhamos em conformidade com o que é preconizado pela Portaria nº 2.048 do Ministério da Saúde de 2002, para ambulâncias tipo E (Aeronaves de Transporte Médico).
Nesse sentido, utilizamos os seguintes materiais, de acordo com o tipo de ocorrência (Atendimento Pré-Hospitalar ou Transporte Inter-hospitalar) e o tipo de aeronave (helicóptero ou avião). Aeronaves de Asas Rotativas (Helicópteros) e Asas Fixas para atendimento pré-hospitalar ou inter-hospitalar:
Conjunto aeromédico: maca ou incubadora; cilindro de ar comprimido e oxigênio com autonomia de pelo menos 2 horas; régua tripla para transporte; suporte para fixação de equipamentos médicos; respirador mecânico; monitor cardioversor com bateria; oxímetro portátil; bomba de infusão; prancha longa para imobilização de coluna; dentre outros equipamentos médicos móveis.
Além desses materiais, utilizamos equipamentos de busca e salvamento para socorro em locais de difícil acesso ou outras situações adversas.
Equipamentos de busca e salvamento: Guincho elétrico, cordas, mosquetões, baudrier, descensores, destorcedor, cordeletes, cesto de salvamento, sling, triângulo de resgate, maca envelope, placa de multiancoragem, polias, anéis de fita, saco de arremesso e flutuador de resgate.
Em relação a novas aquisições, temos interesse em adquirir equipamentos médicos mais atualizados a fim de manter os atendimentos aéreos em conformidade com os avanços tecnológicos. Exemplo: aquisição de respiradores mecânicos disponíveis há pouco tempo no mercado.
DADOS TÉCNICOS DAS AERONAVES
Dois helicópteros AIRBUS AS350B2 VEMD Esquilo, aeronave monomotora equipada com o motor a reação TURBOMECA ARRIEL 1D1, de 531 Kw (712 SHP) de potência, com peso máximo de decolagem de 2250 Kg, velocidade máxima de 155 Kt (287 Km/h) e autonomia de 3h30 de voo.
Dois helicópteros AIRBUS AS 350 B3e Esquilo, aeronave monomotor equipada com o motor TURBOMECA ARRIEL 2D, de 641 Kw (860 SHP) de potência, com peso máximo de decolagem de 2250 Kg, velocidade máxima de 155 Kt (287 Km/h) e autonomia de 03h30 de voo.
Estes helicópteros operam em condições de voo VFR diurno e noturno, com capacidade para 6 lugares e podem ser usados nas diversas operações do Batalhão de Operações Aéreas, como Rapel, McGuire, remoção de vítimas com guincho, transporte de carga externa com gancho, evacuação aeromédica, dentre outras.
Um helicóptero AIRBUS EC 145, aeronave bimotora equipada com 2 motores a reação TURBOMECA ARRIEL 1E2, de 551 Kw (738 SHP) de potência, com peso máximo de decolagem de 3.585 Kg, velocidade máxima de 150 Kt (277 Km/h) e autonomia de 03h00 de voo.
Este helicóptero opera em condições de voo VFR diurno e noturno, e IFR. Pode operar até com 10 lugares e está equipado com a configuração aeromédica completa, podendo transportar até 2 vítimas, além de poder ser usado como aeronave multimissão.
Um avião Cessna 208B Grand Caravan, aeronave monomotora equipada com o motor a reação Pratt& Whitney PT6, de 634 Kw (850 SHP) de potência, com peso máximo de decolagem de 3989 Kg, velocidade máxima de 186 Kt (344 Km/h) e autonomia de 06h00 de voo.
Esta aeronave é muita utilizada para transportes, remoções, transferências aeromédicas, transportes de órgãos vitais, além de ser um excelente instrumento para o transporte de tropas terrestres em apoio a operações de grandes catástrofes, como em Brumadinho.
Aeromédico do Brasil – O portal Resgate Aeromédico iniciou uma série de entrevistas com os protagonistas do aeromédico brasileiro para conhecer melhor o funcionamento dos operadores aeromédicos públicos e privados.
No Brasil, segundo a ANAC, o serviço aeromédico privado é explorado por cerca de 39 empresas de táxi-aéreo. Nesse setor há também operadores públicos. Os Corpo de Bombeiros Militares, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública realizam atividades de resgate e transporte aeromédico. Em muitos Estados essas unidades são integradas.
Sabemos que existe muito potencial de desenvolvimento desse setor e por isso vamos conversar com as pessoas que salvam vidas todos os dias, transportando enfermos e órgãos em aviões e helicópteros. Vamos entender o setor e saber onde e o quê podemos melhorar.
Iniciamos o Aeromédico do Brasil com o Centro de Operações Aéreas (COA) do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (Acesse o site do CBMGO). Trata-se de um operador aeromédico público que realiza operações de busca e salvamento, combate a incêndios, operação aeromédica, apoio a Defesa Civil, transporte de órgãos e de pessoal.
O Ten Cel BM Carlos Alberto Cardoso Faleiro é o atual comandante da unidade e além de piloto de helicóptero é examinador credenciado pela ANAC. Sua formação profissional inclui o curso de segurança de voo pelo CENIPA, curso de resgate pré-hospitalar e especialização em urgência e emergência.
O Ten Cel Alberto falou com o Resgate Aeromédico (RA) e além apresentar fotos incríveis de suas operações e aeronaves, respondeu algumas perguntas sobre pessoal, equipamentos e operações. Vamos conhecer um pouco do serviço do COA do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.
RA: Quais aeronaves o CBMGO opera?
COA: O CBMGO atualmente opera 03 aeronaves:
• 01 helicóptero monoturbina A119MKII – Bombeiro 01
• 01 Cessna 210 Centurion – Bombeiro 02
• 01 Seneca III – Bombeiro 03
RA: Como é a seleção e formação das tripulações das aeronaves?
COA: Os pilotos e tripulantes operacionais são selecionados através de provas seletivas internas onde o candidato a piloto é submetido a exames teóricos e físicos além de apresentarem o Certificado Médico Aeronáutico. Para os tripulantes operacionais os mesmos são submetidos a um teste de aptidão física, muito rígido além de também apresentarem o Certificado Médico Aeronáutico. Os nossos bombeiros realizam o Curso de Tripulante Operacional (CTOp).
Hoje temos um efetivo fixo no COA de cinco pilotos, oito tripulantes operacionais, seis mecânicos e quatro apoios de solo, totalizando 23 bombeiros militares. Além disso, temos 12 pilotos que estão em outras unidades do CBMGO mas que cumprem escala de voo. Três deles são comandantes de Batalhão. No total de pilotos temos nove pilotos de helicóptero e oito pilotos de avião.
Na sexta-feira (22) finalizamos o Curso de Comandante de Operações para oito pilotos, quatro de avião e quatro de helicóptero. Foram três semanas de curso, totalizando 160h. Eles tiverem aulas de CRM, segurança de voo, ground school, legislação e POP.
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RA: Como é feita a regulação do aeromédico em GO?
COA:Toda regulação médica é realizada pelo Centro de Operações do Corpo de Bombeiros através dos médicos reguladores tanto do SIATE (Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência) bem como também do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), uma vez que, todos ocupam o mesmo espaço dentro do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o que facilita muito o nosso trabalho.
RA: No Estado de Goiás existe algum hospital com heliponto preparado para receber uma vítima transportada de helicóptero?
COA:Os hospitais de referência do Estado ficam em Goiânia e onde levamos a maioria das vítimas. O Hospital Estadual de Urgências de Goiânia (HUGO) não possui heliponto, mas existe uma área reservada para pousarmos com segurança. O Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (HUGOL) possui um heliponto.
Nota: Segundo informações da Secretaria de Saúde, o HUGO oferece especialidades médicas de Clínica Médica, Ortopedia, Neurologia, Terapia Intensiva, Cardiologia, Geriatria e Cirurgias Geral e do Trauma. O HUGOL oferece especialidades médicas de traumatologia: bucomaxilo, cirurgia geral e vascular, urologia, ortopedia, neurocirurgia, medicina intensiva e traumatologia pediátrica. Atendimento especializado para queimados. Clínica médica e cardiológica.
RA: Possuem convênio com o SAMU ou com o SIATE?
COA: Sim, possuímos convênio com o SAMU/Goiânia, com o SAMU/Aparecida de Goiânia e com o SIATE que nos fornecem médicos e enfermeiros e todos os insumos necessários para o bom andamento do serviço. Nossa tripulação é formada por médicos e enfermeiros do SIATE ou do SAMU, mas essas equipes podem ser integradas.
RA: Pretendem ampliar a frota de aeronaves?
COA: Sim, pretendemos, estamos estudando a possibilidade da aquisição de um avião e de um novo helicóptero, o Comando da Corporação comprou a ideia e estamos aguardando orçamento para a realização da aquisição dessas novas máquinas.
RA: Pretendem ampliar o serviço?
COA: Sim, inclusive com a criação de uma base avançada. Não temos definido ainda o local.
RA: Existe alguma cooperação entre Goiás e Brasília para o resgate aeromédico?
COA: Não formalizada, porém como possuímos áreas no entorno de Brasília, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal acaba por vezes nos apoiando no atendimento de ocorrências, ou às vezes quando precisam de apoio para alguma missão específica sempre existe o apoio mútuo.
RA: Onde fica a base de operações do COA?
COA: Nossa base fica no Aeroporto Internacional de Goiânia – Santa Genoveva (SBGO).
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RA: Quais equipamentos aeromédicos possuem na aeronave? Pretendem adquirir algo específico?
COA: Nós possuímos monitor paramétrico, respirador, oxímetro, bolsas de vias aéreas, bolsas de trauma, bolsa de medicamento, aspiradores e estamos em processo de aquisição de bombas de infusão homologadas para o aeromédico, equipamentos de ultrassom portátil e aspiradores elétricos.
RA: Vocês fazem treinamento de CRM ou algum voltado para a segurança das operações?
COA: Sim, fazemos treinamento de segurança de voo e de CRM anualmente. Nós possuímos também um Manual Operacional de Bombeiros: Operações Aéreas que é um balizador de procedimentos para garantia da segurança operacional.
RA: Vocês voam sempre com dois pilotos no aeromédico, por quê?
COA: Sim, pois nossos aviões e nosso helicóptero permitem que voemos com dois pilotos em missões aeromédicas. Além disso adotamos esse modelo como Procedimento Operacional Padrão (POP) do Grupamento, pois entendemos que isso aumenta a segurança das operações e não abrimos mão dessa situação.
Caso sua organização ou empresa queira participar do Aeromédico do Brasil, basta enviar um e-mail para [email protected].
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