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Aldeias Indígenas

Ministérios da Defesa e da Saúde realizam mais uma missão de combate ao COVID-19 em Terras Indígenas de Roraima

Roraima – Pela segunda vez neste ano, os Ministérios da Defesa e da Saúde prestam apoio aos moradores das Terras Indígenas de Roraima no combate ao novo coronavírus. Na segunda-feira (19), profissionais de saúde das Forças Armadas retornam para o extremo norte do País, para atuar em aldeias localizadas no entorno dos Polos Bases de Auaris, Surucucu e Boa Vista, na parte oeste do Estado, onde vivem cerca de 11 mil indígenas.

Denominada Missão Roraima II, a operação interministerial também leva para a região 4 toneladas de materiais, entre equipamentos de proteção individual (EPI), medicamentos e testes para a Covid-19.

Seguem para a região 15 médicos, sendo 10 clínicos gerais, dois ginecologistas, um pediatra, um infectologista, três enfermeiros, seis técnicos de enfermagem, dois veterinários e um auxiliar de veterinário, oriundos de Organizações Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, do Distrito Federal e de diversos estados do Brasil.

Com vasta experiência em saúde operacional e em missões na região Amazônica, a Capitão Fabiola Cristine Marques, médica ginecologista da Aeronáutica e chefe da Aeromédica em São José dos Campos, São Paulo, é uma das integrantes da missão.

Ela destaca a importância da assistência humanitária em saúde, desenvolvida desde os primórdios das linhas do Correio Aéreo Nacional (CAN), na década de 40, por meio de Ações Cívico-Sociais (ACISOs), na Região Amazônica. Agora, em virtude da Covid-19, essas ações são ainda mais necessárias para a garantia da saúde da população de origem indígena nessa região.

Os indígenas da região a ser atendida são da etnia Yanomami. Considerada uma população de recente contato, vivem na floresta amazônica, em locais de difícil acesso. Graças à grande capilaridade e ao alto poder logístico das Forças Armadas, aliados ao trabalho da Secretaria Especial de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde, é possível proporcionar esse reforço à saúde dessa população.

A previsão é de que sejam atendidos cerca de 3 mil indígenas das aldeias Arauthaú, Parafuri, Kaianaú, Alto Mucajaí e Baixo Mucajaí, além das comunidades que vivem no entorno dos PEF de Auaris e de Surucucu.

Conforme ocorreu na missão anterior, realizada no início deste mês, no Maranhão, também seguem para Roraima dois médicos veterinários militares, que irão realizar ações de vigilância epidemiológica e controle de zoonoses, doenças transmitidas pelos animais aos homens. Serão realizadas pesquisas de vetores de zoonoses, a profilaxia nos animais e a análise dos fatores ambientais que contribuem para a ocorrência dessas doenças.

Segurança

Para realizar o atendimento aos indígenas de forma segura neste momento de pandemia, é seguido rigoroso protocolo de testagem e isolamento de todos os militares que participam da missão. Além da realização de teste rápido imunológico (IgM/IgG) para CoViD-19 e exame clínico, com verificação e anotação de temperatura, oximetria, dados vitais e ausência de sinais/sintomas de síndrome gripal, toda equipe é submetida a controle sanitário antes do embarque.

Força Aérea realiza missão Roraima II para combate ao COVID 19 em terras indígenas dos polos bases, Auaris, Surucucu e Boa Vista. Foto: Antônio Oliveira

Força Aérea Brasileira tem papel importante no combate ao COVID-19 nas aldeias Indígenas

Amazonas – O Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Harpia, sediado em Manaus (AM), atuou juntamente com a Equipe de Expedicionários da Saúde, em uma missão de apoio à Operação COVID-19. A ação aconteceu no mês de julho, no interior do Amazonas, onde foram transportados suprimentos e EPIs, além de prestadas orientações às comunidades indígenas.

As tripulações, a bordo da aeronave H-60 Black Hawk, atuaram em sete aldeias de quatro diferentes etnias indígenas (Marubo, Matis, Kanamary e Tsohom Djapá). Ao todo, foram transportadas mais de seis toneladas de cargas, desde equipamentos básicos de proteção individual (máscaras e álcool em gel) até geradores e cilindros de oxigênio.

Esquadrão Harpia da Força Aérea tem papel importante no combate ao COVID-19 nas aldeias Indígenas. Foto: Divulgação

A equipe técnica levada pelo Esquadrão faz parte do Distrito Sanitário Especial Indígena do Vale do Javari (DSEI-VJ) e ficou responsável por ensinar os indígenas como utilizar os EPIs, identificar os primeiros sintomas e também agir para atenuar a proliferação da doença. Toda a logística teve como ponto estratégico as regiões de Tabatinga (AM) e de Cruzeiro do Sul (AC).

A Operação COVID-19, coordenada pelo Ministério da Defesa, mobiliza militares por todo o Brasil. As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, distribuição de kits de alimentos para pessoas de baixa renda, entre outras.

Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em 10 Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira).

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