Santa Catarina – Com mais de 5 anos de operações aeromédicas, as equipes do SAERFron da Polícia Civil e do Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico (SARA) da Prefeitura de Chapecó trabalham integradas, com a participação dos municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Santa Catarina (CIS-AMOSC).
Os atendimentos realizados em 2020 somaram 427 resgates, em 385 horas de voo. A base de operação do serviço fica em Chapecó e o serviço utiliza hospitais de referência na região para levar os pacientes atendidos. O Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó; o Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê e o Hospital Regional de São Miguel do Oeste (SMO) são as principais referências.
Na quarta-feira (20), a equipe levou um homem de 43 anos, vítima de queda de altura (cerca de 04 metros), com sinais de trauma torácico, da cidade de Seara para o HRO, em Chapecó. Esse hospital é referencia em trauma, gestantes de alto risco e neurocirurgia.
Os pacientes cardiológicos são levados para o HRSP, em Xanxerê. No dia 13/01 realizaram a remoção aeromédica de um mulher de 77 anos com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM), da cidade de São Domingos para o HRSP.
Segundo o médico do SARA, Alexsandro Marcos Rosa, o serviço de neurologia do HRO passará a ter a terapia de trombólise para o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. “Isso acarretará em mais uma importante missão para o aeromédico e deverá aumentar nossa demanda”, afirmou.
O Hospital Regional de São Miguel do Oeste (SMO) é uma importante referência para os pacientes do Extremo Oeste de Santa Catarina, porém em razão da especialidade específica necessária, alguns pacientes são transferidos pelo serviço aeromédico para o HRO ou para o HRSP.
Quanto a estrutura para recebimento das aeronaves, equipes e pacientes, existem 5 helipontos na região. Os hospitais de Chapecó, Maravilha, São Carlos, Pinhalzinho e Modelo estão preparados para receber a aeronave. O primeiro heliponto da região foi construído no Hospital São José de Maravilha e o HRO de Chapecó, por ser uma importante referência, investiu nessa infraestrutura e hoje possui área de pouso segura para receber a aeronave.
São Lourenço do Oeste também possui heliponto porém não fica no hospital. Em Xanxerê o pouso é realizado em um campo próximo ao hospital e uma ambulância auxilia no transporte terrestre. Em São Miguel do Oeste o pouso é feito em uma área que fica em frente ao hospital.
“As grandes referências do aeromédico são o HRO para a maioria das situações e o HRSP para os atendimentos cardiológicos que necessitam de tempo resposta”, complementou Alexsandro. A região tem um bom número de hospitais que podem receber uma aeronave para transporte de um paciente crítico.
Outro bom exemplo brasileiro é a Base Litoral do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) que foi construída na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Praia Grande, em Matinhos, litoral paranaense, dando mais agilidade ao serviço aeromédico. (Saiba mais)
Segundo estudos, uma boa infraestrura hospitalar para recebimento de pacientes transportados por helicópteros, além de oferecer mais agilidade, garante um atendimento mais eficiente ao paciente crítico.