Novos EC120 para o Departamento de Polícia da cidade de San Antonio, no Texas/EUA
O Departamento de Polícia da cidade de San Antonio, no Texas/EUA, anunciou a compra de dois helicópteros Eurocopter EC120 como parte de um projeto de atualização de sua frota de helicópteros de patrulha.
O departamento atualmente opera uma aeronave Eurocopter AS350B3 para uso no combate a incêndios, busca e salvamento e outras missões especiais. Com essa nova encomenda, o departamento irá manter uma frota totalmente Eurocopter. Ambos os helicópteros encomendados deverão ser entregues para o Departamento de Polícia de San Antonio, no início de 2014.
Entregue novo AS350B3e para o Departamento de Segurança do Alaska/EUA
O Departamento de Segurança do estado do Alaska/EUA recebeu uma nova aeronave Eurocopter AS350 B3e e anunciou a encomenda de uma segunda aeronave para ser entregue no início de 2014.
O novo AStar foi entregue em uma cerimônia 2 de Julho e deverá ser baseado em Fairbanks, no Alaska. O AS350B3e foi escolhido por causa de sua capacidade multimissão, capacidade de carga, manobrabilidade e, especialmente, seu desempenho de alta altitude.
Atualmente existem mais de 200 helicópteros AS350 em serviço em unidades policiais nos EUA, número quase três vezes maior do que o concorrente mais próximo.
O AS350B3e, a mais nova variante do modelo, está equipado com um novo motor Turbomeca Arriel 2D com um sistema dual Full Authority Digital Engine Control (FADEC). O motor Arriel 2D oferece maior tempo entre as revisões (TBO), diminuição nos custos de manutenção e está equipado com um gravador de dados do motor.
O cockpit do AS350B3e vem equipado com Vehicle and Display Multifuncional Engine (VEMD), que permite ao piloto verificar parâmetros e desempenho das aeronaves, reduzindo sua carga de trabalho e aumentando a segurança. Combinado com um painel glass cockpit Garmin 500H , o AS350B3e continua a liderar o mercado com tecnologia e capacidade.
LAPD anuncia parceria com a American Eurocopter para treinamento em simulador
A American Eurocopter anunciou uma parceria com a unidade aérea do Los Angeles Police Department para um programa de treinamento sem precedentes com o objetivo de melhorar a segurança e a eficiência das operações aéreas dos helicópteros da LAPD.
Em dezembro de 2012, a polícia de Los Angeles começou a enviar os seus primeiros dos mais de 50 pilotos para a American Eurocopter, em Grand Prairie, no Texas/EUA, para realizar um treinamento intensivo no simulador de voo do AS350 da empresa. O treinamento em simulador tem proporcionado a LAPD um treinamento altamente realista e com baixo custo.
“A Divisão de Apoio Aéreo da LAPD assumiu um papel de liderança na formação dos suas tripulações para operar helicópteros da forma mais segura e eficaz, reduzindo os custos e, mais importante, salvando vidas”, disse Peter Henrikson, Gerente de Vendas de Serviços de Treinamento da American Eurocopter. “Este é um programa de treinamento modelo para as unidades de policiais.”
O currículo de formação concentra-se fortemente na segurança das operações de voo, incluindo o aparecimento súbito de condições de mau tempo (inadvertidas Instrumentos Meteorológicos Condições – IIMC) e condições potenciais de colisão com o terreno em voo controlado (CFIT). O treinamento nos simuladores permite que os pilotos possam reconhecer situações de voo potencialmente perigosas e lidar com elas de forma adequada.
“Este treinamento mudou a forma como fazemos nosso serviço”, disse o Sgt Jorge Gonzalez, da Divisão de Apoio Aéreo da LAPD.
A Divisão de Apoio Aéreo da LAPD também está usando o curso de recheque online da American Eurocopter, que permite que os seus pilotos realizem seus estudos na conveniência de um computador. Este curso on-line está disponível para todos os operadores de AS350B2.
Fonte: American Eurocopter (tradução e adaptação dos originais em inglês por Piloto Policial)
Alta tecnologia auxilia a equacionar os elevados custos de formação e manutenção do preparo de tripulações de helicópteros
Com o desenvolvimento e a confiabilidade da engenharia aeronáutica, notadamente nas últimas décadas, bem como a crescente complexidade dos sistemas, a questão dos fatores contribuintes em acidentes aeronáuticos voltou-se novamente para o ser humano, principalmente no quesito julgamento.
Analisando os dados do relatório produzido pela US JHSAT (Joint Helicopter Safety Analysis Team), onde, após a análise de 523 acidentes envolvendo essas aeronaves, pode-se observar que 84% dessas ocorrências envolve a questão de deficiente julgamento por parte da tripulação. No Brasil, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), mais de 50% dos acidentes na aviação civil tem como fator contribuinte o julgamento equivocado da tripulação. (FCA 58-1 Panorama Estatístico da Aviação Civil Brasileira-2012).
Naturalmente, uma das principais ações recomendadas para mitigar esse risco envolve a revisão e o aperfeiçoamento do treinamento das tripulações. Contudo, um novo problema surge quando se analisa a situação sob a ótica do crescente custo e sofisticação das aeronaves, bem como o risco envolvido na instrução e treinamento prático. Apenas para se ter uma ideia, o mesmo relatório da US JHSAT aponta para a atividade de instrução e treinamento como a responsável por 22,8% dos acidentes.
Dados apresentados pela ALEA (Airborne Law Enforcement Association), durante recente seminário em San Diego, Califórnia, envolvendo a aviação policial norte-americana no período de 2008 à 2012, dão conta que dos 45 acidentes ocorridos no período, 14 foram em atividades de treinamento. Apesar de tais acidentes não envolverem vítimas fatais, este cenário torna o retorno sobre o investimento em treinamento nos moldes atuais completamente inviável. Com esse panorama, surgiu o impasse entre a necessidade de mais treinamento, frente ao custo e ao alto risco associado ao mesmo.
Demonstração do cenário de treinamento de “tiro embarcado”, com a utilização de um simulacro de AR-15 equipado com um sistema laser. Foto: American Eurocopter
Ciente disso, o mercado vislumbrou uma oportunidade para desenvolver novas soluções que atendessem essa necessidade dos operadores de helicópteros, em especial aos que utilizam-no em situações extremas.
Apesar de já serem há muito empregados para preparar pilotos em procedimentos de emergência, o uso de simuladores focados no treinamento de pilotos e tripulantes em complexos cenários multimissão ainda é uma novidade para operadores no Brasil.
Em recente visita aos Estados Unidos, tive a oportunidade de conhecer o simulador multimissão da subsidiária norte-americana de um dos grandes players mundiais da aviação de asas rotativas, a American Eurocopter, cujo Centro de Treinamento fica na cidade de Grand Praire, no Texas. Lá, a recepção ficou por conta da muito simpática e atenciosa senhora Tamara Tiger, sua diretora, e que, preliminarmente, passou as orientações acerca da visita às instalações da fábrica, ao próprio centro, sala de “debriefing” do simulador e, por último, do equipamento em si.
O Centro de Treinamento oferece uma enorme gama de cursos, aqui chamado de “top-down”, que inclui treinamento inicial teórico e prático para pilotos e mecânicos, além de treinamento de proficiência técnica anual, e outros tipos de cursos voltados na melhoria da segurança operacional como, por exemplo, Recuperação de Voo em Condições de Instrumento Inadvertidas (IIMC Recovery) e Treinamento NVG com Emergências Noturnas em Ambiente Urbano. A existência dessa nova e diferenciada gama de cursos só é possível com a utilização maciça de recursos tecnológicos, no caso, os simuladores de voo.
O Centro de Treinamento conta com dois simuladores; um, para a linha EC135/EC145; e, o outro, para a linha AS350. O primeiro é utilizado unicamente para o treinamento de pilotos e o segundo tem o diferencial de ser equipado com a cabine completa do AS350, podendo efetuar treinamento da tripulação completa, incluindo piloto, copiloto/TFO e tripulantes.
O simulador do AS350 tem aproximadamente dois anos e, atualmente, é o que de mais avançado existe. Toda a equipagem, tanto hardware quanto software, foi fornecida pela INDRA. A American Eurocopter vem aperfeiçoando o software para incluir novos conceitos de simulação e cenários de acordo com a necessidade do mercado aeromédico, policial, etc. É certificado pela Federal Aviation Agency (FAA) como “Full Flight Simulator Nível B”, podendo ser utilizado e reconhecido para programas de treinamento requeridos pelas FAR CFR Part 141 e 142.
O equipamento de hardware do simulador é “full motion”, com a novidade de ter os braços de sustentação operados eletricamente, o que proporciona baixos níveis de manutenção e índice de falhas, comparado ao tradicional sistema hidráulico.
O simulador conta com um campo de visão de 240º por 80º e uma plataforma completamente móvel. O sistema/software gráfico é de uma resolução e detalhismo impressionante e em alguns determinados cenários existe um retrabalho para criação de um ambiente 3D perfeito para simulação de pousos em áreas restritas onde, convenientemente, existem postes, muretas, árvores e tudo mais para “ajudar” o piloto.
A cabine é totalmente compatível com NVG e os controles de voo reagem com uma realidade impressionante para simulação de panes e procedimentos, como falha do sistema hidráulico e pousos corridos. Tem no cockpit toda a equipagem e aviônicos existentes em uma aeronave policial, como “moving map”, farol de busca, FLIR, rádios policiais, etc. Tudo isso responde de modo perfeito à simulação de um específico cenário, que pode ser configurável e alterado pelo instrutor.
A American Eurocopter está em fase de aperfeiçoamento do cenário de tiro embarcado, onde a aeronave efetua o apoio aéreo em uma ocorrência de um “sniper terrorista” no topo de um prédio estrategicamente localizado em uma região cheia de obstáculos. Com a utilização de um simulacro de AR-15 devidamente equipado com um sistema laser o tripulante pode efetuar “tiros embarcados”. Logicamente, não visa o aperfeiçoamento do tiro em si, mas a possibilidade de um treino beirando a realidade, envolvendo coordenação de cabine, condições meteorológicas variáveis, fraseologia e obstáculos. É simplesmente incrível.
Simulador equipado com a cabine completa do AS350, podendo efetuar o treinamento conjunto de toda tripulação, incluindo piloto, copiloto/TFO e tripulantes. Foto: Alex Mena Barreto
Ainda existem cenários de acidentes automobilísticos, com diversas opções próximas de áreas restritas para o pouso, especificamente detalhados e modelados em 3D com uma resolução fantástica. Além desses locais, todos os helipontos homologados, elevados ou não, são modelados e passíveis de pouso no simulador. Dessa forma, consegue-se efetuar um treinamento completo de missões aeromédicas, desde o acionamento, deslocamento para ocorrência, pouso e decolagem em área restrita, deslocamento para hospital, pouso em heliponto elevado e retorno para a base.
O simulador não conta, ainda, com a equipagem de guincho, mas é possível efetuar tal treinamento, e outros que envolvam carga externa, através de alterações pré-programadas no perfil do CG, que irá responder simulando para o piloto o comportamento da aeronave durante o içamento de uma vítima, captação de água com o bambi bucket, ou qualquer outra missão que envolva carga externa.
Junto aos cenários voltados para as atividades aeromédica e policial, existem dois outros que são extremamente importantes em termos de segurança operacional: recuperação de entrada inadvertida de condições meteorológicas por instrumentos e “brownout”.
A cabine é compatível com sistema NVG. Foto: Alex Mena Barreto
As condições meteorológicas são completamente configuráveis durante o processo e o instrutor pode “guardar” o piloto a qualquer momento do voo, podendo assim efetuar um treinamento bem realístico de como recuperar a atitude da aeronave e sair das condições de voo IMC sem que ocorra a desorientação espacial do piloto. Para quem já iniciou a contagem de 178 segundos sabe da importância desse treinamento.
O treinamento de “brownout” também prevê alguns cenários específicos, e quando se efetua a aproximação da aeronave em um perfil de pouso inadequado para o local, a visão é obscurecida de maneira gradual e completa. Assustador, e não precisa nem dizer que nessa não teve jeito e “quebrei” a aeronave. Posteriormente após o “briefing” pelo instrutor do perfil do pouso e da arremetida, percebe-se claramente a importância e a qualidade de um treinamento/simulação desses tipos de cenários.
O simulador ainda conta com uma estação/console para “debriefing”, onde todo o treinamento pode ser reproduzido ou acompanhado ao vivo, com todos os parâmetros de voo, meteorologia, áudio e imagem da cabine, possibilitando uma excelente base para a análise do treinamento, focando em aspectos de CRM, tomadas de decisões e procedimentos realizados.
Em resumo, poder treinar uma tripulação inteira, em cenários e ambientes voltados para as especificidades de missões críticas como aeromédicas, policial, tiro embarcado, entre outras, com uma realidade impressionante, e com a possibilidade de degradar todas as variáveis imagináveis em relação a panes técnicas e meteorologia, com recursos tecnológicos de ponta, sem expor a tripulação ou terceiros, e sem o risco de perda material, é impressionante. Se tal medida ainda não está nos planos dos gestores da aviação de segurança pública do Brasil, está na hora de “correr atrás do prejuízo”.
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A cabine é compatível com sistema NVG e pode simular as versões AS350B2 e AS350B3, além de possuir toda a equipagem e aviônicos existentes em uma aeronave policial, como “moving map”, farol de busca, FLIR, rádios policiais, entre outros. Foto: Alex Mena Barreto
A cabine é compatível com sistema NVG e pode simular as versões AS350B2 e AS350B3, além de possuir toda a equipagem e aviônicos existentes em uma aeronave policial, como “moving map”, farol de busca, FLIR, rádios policiais, entre outros. Foto: Alex Mena Barreto
Autor: Alex Mena Barreto, Major da Polícia Militar do Estado de São Paulo. É piloto e instrutor de helicóptero, cofundador e editor do site Piloto Policial. O presente artigo foi publicado na edição No. 131 da revista Tecnologia & Defesa.
A American Eurocopter anunciou no último dia 14, que o Departamento de Segurança Pública do Alasca comprou um AS350 B3e para apoiar as operações dos Alaska Wildlife Troopers and State Troopers. O novo AS350 B3e será baseado em Fairbanks, Alaska trazendo um aumento da capacidade para a frota de helicópteros existentes, que inclui também um AS350 B3.
“Quando nós decidimos adicionar um outro helicóptero à nossa frota, sabíamos que precisávamos de algo com o desempenho e capacidade que nos permitisse completar a nossa grande variedade de missões”, disse o Coronel Gary Folger, Alaska Wildlife Troopers. “A ampla cabine AStar e piso plano nos dá muito espaço para equipamentos de missão e de carga, o que é importante para apoiar nossos soldados e cidadãos no terreno”.
O AS350 B3e é a versão mais recente da família AStar, um das famílias de helicópteros mais populares em uso de forças policiais nos EUA. O AStar é conhecido por sua confiabilidade, desempenho e capacidade multimissão. O B3e traz a próxima geração de desempenho para a família. A aeronave dispõe de uma nova turbina Turbomeca Arriel 2D, que proporciona uma maior velocidade de cruzeiro e está equipado com um novo FADEC de duplo canal e um Engine Data Recorder, que aumenta a segurança e a gestão do sistema.
“O AS350 B3e será uma grande aquisição para o Departamento de Segurança Pública do Alasca”, disse Ed Van Winkle, Gerente de Vendas do Mercado Aéreo Policial da American Eurocopter. “Isso vai proporcionar-lhes uma plataforma confiável para realizar uma ampla gama de missões policiais e como utilitário, em um ambiente operacional desafiador”.
O Departamento de Segurança Pública do Alasca utiliza seus helicópteros para apoiar as operações em todo o Estado do Alasca, e complementam uma grande frota de aeronaves de asa fixa. Como a maioria das áreas do Alasca não são acessíveis por estradas, a frota da agência age como um multiplicador de forças para tropas em solo, tudo com o objetivo de fornecer um ambiente seguro para os cidadãos do Estado do Alasca.