Paraná – O serviço de operações aéreas da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SESA/SAMU 192), Base Maringá, utilizará a partir de setembro, nas ocorrências de resgate, o analisador portátil dos gases sanguíneos, point of care, EPOC®.
O uso desse equipamento é inédito e a motivação para iniciarem a utilização dele nas ocorrências de resgate teve como base estudos científicos. Para os médicos e enfermeiros que estão no atendimento diário, o diagnóstico trará muitos benefícios para os pacientes resgatados em Maringá e região.
O aparelho é um gasômetro portátil sem fio que permite testes abrangentes de análise de sangue ao lado do paciente. Utiliza um único cartão de teste de temperatura ambiente, com resultados em menos de um minuto, que, além de apresentar custo operacional menor, oferece resultado rápido, fator muito importante em um resgate.
Indicadores como PH, lactato, base excess, hemoglobina, potássio, entre outros, são disponibilizados rapidamente na cena da ocorrência, auxiliando o operador de suporte médico a realizar reanimação baseada em metas.
“Um dos nossos objetivos, entre outros, é avaliar se as medições de gases no sangue arterial durante a ressuscitação pré-hospitalar de pacientes com trauma fornecem informações úteis sobre a resposta hemodinâmica à ressuscitação com fluidos, comparando variáveis hemodinâmicas e gasométricas”, disse o médico do serviço, Mauricio Lemos.
Além da otimização de qualidade tecnológica ao paciente, o serviço pretende realizar estudos científicos utilizando o equipamento. Para os operadores de suporte médico, Marcio Ronaldo, Marcos Bittencourt e Mauricio Lemos, a chegada do aparelho inaugura uma nova era no resgate aeromédico, onde a reanimação baseada em indicadores confiáveis é possível acontecer na própria cena.
Os médicos e enfermeiros do serviço (operadores de suporte médico) realizaram treinamentos protocolares para uso do EPOC® na última semana com os instrutores da empresa SIEMENS, responsável pelo equipamento. Esse equipamento ficará em comodato por seis meses e a ideia é incorporá-los nos materiais das equipes.
“O uso de tecnologias é uma realidade na nossa base. Buscamos continuamente o que há de melhor para oferecer ao doente grave”, finalizou o médico, Marcio Ronaldo Gonçalves, coordenador geral do SAMU 192.