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Helicóptero Arcanjo chega a quase 300 resgates em dois anos de operação no Sul de Minas Gerais

Minas Gerais – Em quase dois anos de operação, o helicóptero Arcanjo já se aproxima de 300 vítimas resgatadas no Sul de Minas. A aeronave era uma demanda antiga da região e começou a atender após uma parceria entre o Cissul Samu (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião do Sul de Minas) e a 2ª Companhia de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar, em Varginha (MG).

Helicóptero Arcanjo já socorreu quase 300 pessoas no Sul de Minas (Foto: Régis Melo)
Helicóptero Arcanjo já socorreu quase 300 pessoas no Sul de Minas (Foto: Régis Melo)

“A ideia principal do atendimento com aeronave é você ter uma resposta rápida. Ou seja, um acidente na rodovia, um trauma em local de difícil acesso, em que às vezes a equipe do Corpo de Bombeiros ou do Samu não consegue chegar. E esses minutos são o golden hour, a hora de ouro, que vai fazer diferença na vida desse paciente”, explica o médico André Luís Ribeiro Claudino.

A parceria recebeu o nome oficial de Serviço Aeromédico Avançado de Vida e as equipes começaram a trabalhar em conjunto no dia 28 de abril de 2016. A primeira ocorrência com transporte de vítima aconteceu oito dias depois, com o transporte de uma pessoa de Lambari para Varginha, no dia 6 de maio de 2016. De lá para cá, foram 284 pessoas resgatadas ou transportadas pelo helicóptero.

Capitão João Bosco Lara Júnior, do Corpo de Bombeiros, o médico André Luis Ribeiro Claudino e a enfermeira Paula Thaís Aparecida Coelho, do Samu, conversam na sala de triagem do BOA (Foto: Régis Melo)
Capitão João Bosco Lara Júnior, do Corpo de Bombeiros, o médico André Luis Ribeiro Claudino e a enfermeira Paula Thaís Aparecida Coelho, do Samu, conversam na sala de triagem do BOA (Foto: Régis Melo)

Segundo o Cissul Samu, a aeronave atende 152 cidades que fazem parte do consórcio, com uma população estimada de 2,6 milhões de pessoas. O helicóptero conta ainda com uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) completa em seu interior.

Cada equipe de atendimento é composta pelo piloto, que é um capitão do Corpo de Bombeiros, o tripulante, que também é do Corpo de Bombeiros, e a equipe do Samu, sempre formada por um médico e um enfermeiro.

“Quando a gente vai para uma ocorrência que às vezes exige mais apoio, principalmente quando é a primeira ajuda a chegar ao local, a gente vai com mais um tripulante para poder fazer aquela parte do bombeiro, da ajuda. De desencarcerar, colocar corda, às vezes é difícil o acesso. Então a gente vai com uma equipe maior e, muitas das vezes, a gente volta com a vítima e esse tripulante extra por volta por via terrestre”, acrescenta Claudino.

Os números do Helicóptero Arcanjo:

Até agora, foram realizados 470 voos com a aeronave, sendo:

  • 284 vítimas transportadas
  • 229 atendimentos inter-hospitalares
  • 69 atendimentos pré-hospitalares (primários)
  • 50 ocasiões em que o socorro foi dispensado
  • 25 atendimentos a ocorrências de incêndio
  • 55 ocorrências de apoios diversos
  • 42 treinamentos

Tipos de atendimento

A parceria é focada em dois tipos de atendimentos médicos:

  • APH – Atendimento pré-hospitalar: é o atendimento primário, realizado geralmente no próprio local no acidente.
  • Atendimento inter-hospitalar: transporte entre unidades de saúde, realizado em geral quando um paciente precisa ir para um centro especializado.

“Os dois atendimentos são importantes, mas é mais decisivo no APH. Vamos pegar um exemplo de um acidente próximo a Paraguaçu. O médico mais próximo com uma ambulância, uma UTI com um médico lá para fazer uma intervenção na hora, ele está ou em Alfenas ou em Varginha. Então acionou a gente, a gente vai chegar lá muito rápido. Esse paciente às vezes pode ter uma parada nesse meio tempo. E se chegar na cidade com um médico para fazer uma intervenção rápida, você vai salvar a vida dele”, afirma Claudino.

Helicóptero Arcanjo decola para missão de treinamento em Varginha (MG)
Helicóptero Arcanjo decola para missão de treinamento em Varginha (MG)

Qual o critério utilizado para o voo

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Antes de se alçar voo, Samu e Corpo de Bombeiros analisam diversos critérios médicos e técnicos. O primeiro é se há realmente a necessidade de uma resposta rápida para determinado local, levando em consideração a urgência do caso e a localização de equipes terrestres de resgate na região.

“Muitas das vezes, a gente tem um suporte avançado, uma ambulância avançada, próxima desse local. Então não justifica você deslocar uma aeronave às vezes 30, 40 minutos se você tem uma unidade terrestre que chega antes da gente”, explica o Claudino.

Além disso, são utilizados outros critérios, como:

  • se é um município que não tem recursos.
  • se o atendimento primário for um acidente de carro, independente do número de vítimas
  • se a gente não tem um suporte terrestre próximo
  • se você tem um acidente de múltiplas vítimas

Restrições

Depois disso, são analisadas as questões técnicas de voo, que é quando podem surgir outras restrições para a aeronave modelo Esquilo AS 350 B2. São analisadas as condições climáticas, o horário, as condições de decolagem e de pouso na região da ocorrência.

“E o pôr do sol, porque se o local não for iluminado, a gente não consegue pousar no local, já que a aeronave realiza o chamado voo visual”, explica Bosco.

No entanto, dependendo da gravidade do caso e a necessidade do suporte aéreo, o voo pode ser realizado em condições levemente adversas.

“Dependendo da situação, quando fazem o acionamento, a gente orienta a central para também deslocar uma via terrestre. Eu vou tentar, mas se não passar pela nuvem, pelo tempo ruim, a gente vai voltar. Mas a via terrestre já vai estar a caminho e a gente ganha esse tempo”, conta o médico.

Mesmo assim, Bosco salienta que o plano de voo segue um processo rigoroso. “O Batalhão está indo para 13 anos sem nenhum acidente. A gente é muito criterioso nos pousos, decolagens e no planejamento da missão”, diz.

Helicóptero Arcanjo decola para missão em Varginha (Foto: Régis Melo)
Helicóptero Arcanjo decola para missão em Varginha (Foto: Régis Melo)

Como chamar o socorro

Qualquer pessoa pode solicitar atendimento por meio dos telefones 192 ou 193. Após realizada a avaliação do caso, a equipe se desloca para o local necessário.

O Corpo de Bombeiros explica ainda que muitas vezes se orienta por coordenadas e, por isso, fez um vídeo explicando as maneiras de enviar os dados para o batalhão.

Confira:

YouTube player

Fonte: G1 Minas

Arcanjo e Bombeiros de Ouro Preto socorrem motociclista‏

Minas Gerais – No domingo pela manhã, 15 de dezembro, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para socorrer um motociclista acidentado na zona rural da cidade de Mariana-MG, a 110 de BH. O homem de 38 anos sofreu um grave traumatismo crânio-encefálico ao colidir sua moto contra um poste na rodovia MG-356, além de escoriações pelo corpo e outras lesões mais brandas.

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Ao ser levado para o Hospital de Ouro Preto seu estado de saúde exigiu transferência para o HPS João XXIII em Belo Horizonte.

O transporte foi feito pelo helicóptero Arcanjo 3/USA 7, que garantiu a estabilidade hemodinâmica da vítima. Em 23min a vítima foi desembarcada no heliponto do HPS e recebida pela equipe da sala de emergências.

Foto: Bruno Vergara.

CBMMG homologa Escola de Formação Aeronáutica

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) encerrou, na semana passada, o processo de homologação da sua Escola de Formação Aeronáutica (Efaer). Além de formar seus próprios pilotos, a corporação pretende melhorar a qualidade do serviço prestado à população na área de socorrimento de vítimas.

arcanjo

A finalização do processo ocorreu após a realização de uma auditoria técnica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no hangar do Batalhão de Operações Aéreas, localizado na Pampulha, em Belo Horizonte. A ideia da criação da Efaer começou há dois anos, com o objetivo de dar autonomia à corporação na formação prática de pilotos de helicópteros.

A especialista em Regulação de Aviação Civil Simone Aquino destacou a importância da homologação. ” Esta não é uma simples escola para formação de pilotos, já que não visa o lucro financeiro e sim a prestação de um melhor serviço e o Corpo de Bombeiros atende a todos os requisitos necessários para essa homologação.”

Para o comandante do BOA, Tenente Coronel Ramos, a escola trará novos desafios. ” A segurança nas operações aéreas passa pela qualidade da formação e os desafios agora são maiores, já que o CBMMG passa a figurar entre os órgãos de segurança pública no Brasil que possuem uma escola de formação”, afirma.

O Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, criado há 6 anos, é responsável pelo suporte aeromédico em todo o Estado. O Esquadrão “Arcanjo” é dotado de dois helicópteros e um avião Cessna que atuam em ocorrências proporcionando uma significativa redução do tempo de resposta nos atendimentos. Onze militares compõem o quadro de pilotos.

Fonte: CBM/MG.

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