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Bruno Rosa Carneiro

CENIPA apresenta relatório final sobre acidente com helicóptero da Polícia Civil de Goiás

Goiás – Após quatro anos da queda do helicóptero da Polícia Civil de Goiás, que causou a morte de oito pessoas, em Piranhas, na região sudoeste do estado, o CENIPA apresentou o Relatório Final A-061/CENIPA/2013.

O Relatório Final, de 04/03/16, analisou o acidente aeronáutico com a aeronave PP-CGO, modelo AgustaWestland AW119MKII, ocorrido em 08/05/2012 e classificou como falha do motor em voo.

LEIA O RELATÓRIO FINAL – PORTUGUÊS

LEIA O RELATÓRIO FINAL – INGLÊS

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Em um voo de operação policial, ocorreu o apagamento do motor. Em seguida, houve perda de controle em voo e colisão contra o solo. A investigação contou com a participação de representante da Agenzia Nazionale per la Sicurezza del Volo (ANSV), da Itália, Estado de fabricação do helicóptero.

O acidente ocorreu quando um grupo de policiais e peritos voltava de uma fazenda de Doverlândia, no sul de Goiás, onde sete pessoas haviam sido assassinadas no dia 29 de abril daquele ano. Eles tinham ido ao local fazer a segunda parte da reconstituição da chacina.

Morreram no acidente os delegados Osvalmir Carrasco e Bruno Rosa Carneiro – os dois estavam pilotando o helicóptero – Antônio Gonçalves, Vinícius Batista Silva e Jorge Moreira; os peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva; e também o principal suspeito da chacina em Doverlândia, Aparecido de Souza Alves.

Ficou constatado no Relatório que, no momento do acidente, a aeronave estava com aproximadamente 102 kg de combustível. Na apuração realizada pelo Cenipa a bomba de combustível de alta pressão, a unidade de controle de combustível (FCU), o aquecimento de combustível e o governador eletrônico encontravam-se em suas posições corretas, apresentando danos severos resultantes de fogo e impacto, que impossibilitaram a realização de qualquer verificação funcional.

Dinâmica do acidente:

tragetoria

Os pilotos estavam com a documentação em dia, mas Relatório afirmou que a aeronave não estava aeronavegável no momento do acidente, por haver ultrapassado em 10h40min o programa de manutenção estabelecido pelo fabricante. Esse e outros pontos foram descritos como fatos na conclusão, além dos demais elementos descritos como fatores contribuintes que, muito embora tenham ficado como indeterminados, apresentaram questões que podem ter contribuído para o acidentes, como por exemplo:

Cultura organizacional – indeterminado.

A retirada precipitada da aeronave da empresa mantenedora, somado às outras variáveis organizacionais citadas neste relatório, corroborou a existência de uma frágil cultura de Segurança de Voo na Unidade Aérea que, neste caso, pode ter submetido a aeronave a uma condição adversa em voo, visto que ela não se apresentava aeronavegável no dia do acidente.

Processo decisório – indeterminado.

A ausência de um programa de treinamento regular na Unidade Aérea pode ter favorecido um retardo no julgamento e na resposta do piloto frente à emergência, levando-o a utilizar-se de uma quantidade de tempo maior que a necessária para iniciar o procedimento de autorrotação. Além disso, a retirada da aeronave da empresa mantenedora, sem que fosse executada a inspeção prevista, aludiu um julgamento inadequado do piloto, reforçado pela Corporação, quando avaliou ser possível realizar o apoio aéreo à missão com o helicóptero em condição não aeronavegável.

Recomendações

Ao final do Relatório, o Cenipa fez duas recomendações à Secretaria de Segurança Pública de Goiás:

1 – Prover recursos humanos, financeiros e materiais exclusivamente dedicados à estruturação de uma unidade aérea dentro do sistema organizacional da Polícia Civil, compondo-a, minimamente, com as seções de Manutenção, Apoio de Solo, Operações, Instrução e Segurança de Voo.

2 – Implementar um programa de treinamento nas unidades aéreas de segurança pública, contemplando a formação inicial e o treinamento regular, de forma a manter a proficiência dos tripulantes.


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Helicóptero da Polícia Civil de Goiás sofre acidente e não há sobreviventes

O helicóptero da Polícia Cívil de Goiás caiu na tarde desta terça-feira (8/5). O helicóptero acidentou-se próximo a “fazenda do boi”, a 40 quilômetros da cidade de Piranhas/GO (cerca de 320 km da capital goiana). Todos os oito ocupantes do helicóptero faleceram.

O helicóptero da Polícia Civil que sofreu o acidente aeronáutico enquanto voltava para a capital goiana estava participando da reconstituição de um crime de homicídio de sete pessoas no último 28/4, todas esgorjadas na propriedade rural Nossa Senhora Aparecida, em Doverlândia, cidade goiana a cerca de 400km da capital. O preso, Aparecido de Souza Alves, de 22 anos estava a bordo. Ele havia participado da primeira fase da reconstituição do crime na quinta-feira da semana passada e viajou novamente de helicóptero ao local do crime para reproduzir os fatos relacionados aos outros cinco assassinatos aos peritos criminais. (SINDEPOL)

Equipes de terra compostas pela Polícia Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e GT3 da Polícia Civil, além de um helicóptero (Koala – AW119) do Corpo de Bombeiros estão no local do acidente aeronáutico. A aeronave da Polícia Militar também será utilizada na operação.

A investigação dos motivos da queda do helicóptero estará a cargo do sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI), de Brasília. De acordo com o coronel Valter Barreto Silva, chefe do Seripa VI, as informações até então são preliminares e uma equipe já está a caminho de Piranhas/GO.

A Secretaria de Segurança Pública e Justiça, com informações adicionais do site Goiás é Demais, divulgou os nomes dos policiais civis que estavam no helicóptero que caiu a  cerca de 40 quilômetros de Piranhas/GO. São eles:

Os policiais civis

1. Antônio Gonçalves Pereira dos Santos – Delegado de Polícia – Superintendente de Polícia Judiciária da PCGO;

Delegado desde 1982 e Policial Civil desde 1969, admitido para o cargo de Investigador.
Idade: 64 anos
Naturalidade: Pedro II – Piauí
Estado Civil: Casado
Número de Filhos: 03 filhos

2. Osvalmir Carrasco Melati – Delegado de Polícia – Coordenador da Unidade de Apoio Aeropolicial;

Delegado de Polícia Civil desde 2000
Idade: 38 anos
Local de Nascimento: Tupã (SP).
Estado Civil: Casado
Número de Filhos: 03 filhos

3. Bruno Rosa Carneiro – Delegado de Polícia – chefe-adjunto da Unidade de Apoio Aeropolicial;

Delegado de Polícia Civil desde 2004
Idade: 32 anos
Naturalidade: Goiânia – GO
Estado Civil: Solteiro
Número de Filhos: 0

4. Jorge Moreira da Silva – Delegado de Polícia – Titular da Delegacia Estadual de Roubos e Furtos de Cargas;

Delegado de Polícia Civil desde 1982
Idade: 53 anos
Naturalidade: Porto Nacional – Tocantins
Estado Civil: Divorciado
Número de Filhos: 02 filhas

5. Vinícius Batista da Silva – Delegado de Polícia Titular de Iporá;

Delegado de Polícia Civil desde 2010
Idade: 33 anos
Naturalidade: Goiânia – Goiás
Estado Civil: Casado
Número de Filhos: 01 filho

6. Marcel de Paula Oliveira – Perito Criminal – cidade de Iporá;

Perito Criminal desde 2010
Farmacêutico Bioquímico
Lotado em Quirinópolis
Idade: 31 anos
Estado Civil: Solteiro
Número de Filhos: 0

7. Fabiano de Paula Silva – Perito Criminal – cidade de Quirinópolis;

Perito Criminal desde 2000 – Odontólogo
Lotado em Iporá
Idade: 37 anos
Estado Civil: Separado
Número de Filhos: 04 filhos

Local do Acidente:

  • “Fazenda do Boi”
  • Latitude: 16º 27’18’’ S
  • Longitude: 51º 59’ 50’’ W

Sobre os pilotos:

  • Comandante – Delegado Osvalmir Carrasco Melati.
  • Copiloto – Delegado Bruno Rosa Carneiro.

No dia 23 de junho de 2011 os Delegados Pilotos da PCGO Osvalmir Carrasco e Bruno Rosa, que além de Pilotos Comerciais de Helicóptero, também eram instrutores de voo, foram checados pelo Inspetor de Aviação Civil (ANAC), Élsio Madruga, no modelo da aeronave (Koala – AW119), o qual, através de manobras e procedimentos operacionais, como determina a legislação aeronáutica brasileira, atestou a capacidade técnica dos Delegados, expedindo a habilitação tipo e formaram a primeira equipe de comandantes desse modelo de aeronave do estado.

À época do cheque o Del Carrasco, Coordenador da Unidade de Apoio Aeropolicial, disse que “o sentimento é de realização e alegria,  pois é a conclusão de um trabalho iniciado em 2006, quando helicópteros foram alugados pelo Governo de Goiás.

Nesse momento ainda Carrasco disse que “a PCGO buscou qualificar seus servidores através de cursos e estágios em outras unidades aéreas, visando a atual conquista de possuir Unidade Aérea com pessoal completamente capacitado para operar o Koala, codinome ESCORPIÃO, de forma autônoma e segura, satisfazendo completamente os requisitos exigidos pela legislação aeronáutica brasileira.”

Sobre a aeronave

A aeronave acidentada da Polícia Civil de Goiás era um helicóptero AgustaWestland AW119Ke – Koala, matrícula PP-CGO, denominado “Escorpião”, adquirida junto com outras duas aeronaves do mesmo modelo e que foram entregues para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. As três aeronaves foram adquiridas com recursos do Estado e do Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e entregues em 29/09/2011.

A aeronave AW119Ke Koala é um helicóptero monoturbina, com capacidade para oito pessoas, desenvolvido com foco na segurança, desempenho e preço competitivo. O grande espaço livre na cabine permite uma rápida configuração para uma variedade de atividades, como transporte de passageiros, resgate e transporte aeromédico, apoio policial, entre outras missões.


Nota oficial do Governo de Goiás sobre o acidente:

O Governo de Goiás lamenta profundamente a morte dos delegados e servidores da Secretaria de Segurança Pública, em decorrência do acidente com o helicóptero da Polícia Civil. Goiás perde profissionais de altíssimo valor, ilibada reputação, reconhecida competência e notável valor humano, que se destacaram no exercício de suas funções, honrando a tradição de nossa Polícia.

Ao longo de suas vidas, eles souberam valorizar o trabalho a que se dedicaram. Morreram no estrito cumprimento do dever legal, exercendo com denodo a missão superior de proteger o cidadão e oferecer segurança e tranquilidade aos goianos. Merecem, assim, todo o nosso reconhecimento, nosso preito de gratidão e, neste momento derradeiro, os nossos sinceros aplausos.

O Estado decreta luto oficial por três dias e se junta à população, amigos e familiares na última homenagem a esses servidores, num momento de dor e  comoção na corporação, no Governo do Estado e na sociedade.

Marconi Perillo
Governador do Estado de Goiás


Nota do site:

A notícia será atualizada conforme as informações forem sendo confirmadas.

O site Piloto Policial externa suas sinceras condolências às família das vítimas neste triste e delicado momento. Recebam todos o nosso apoio!


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