- Anúncio -
Início Tags CBA

CBA

Comissão Especial do Código Brasileiro de Aeronáutica é instalada no Senado

A Comissão Especial do Código Brasileiro de Aeronáutica (Ceaero) foi instalada na tarde desta terça-feira (12). Por indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Vicentinho Alves (PR-TO) será o presidente da comissão. O vice-presidente do colegiado será o senador Pedro Chaves (PSC-MS), enquanto a relatoria ficará sob a responsabilidade do senador José Maranhão (PMDB-PB).

A comissão vai analisar o anteprojeto do Novo Código Brasileiro de Aeronáutica (PLS 258/2016). Com 374 artigos, o anteprojeto foi elaborado por uma comissão de especialistas no tema, instituída pela Presidência do Senado, e encaminhado para exame do Congresso Nacional. A proposta foi transformada em projeto, que será analisado pela comissão especial de senadores, devendo seguir para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, para o Plenário.

cba1

A comissão de especialistas – criada por uma sugestão do senador Vicentinho, piloto profissional – foi instalada em junho de 2015 e funcionou durante um ano. Presidida pelo advogado Georges Ferreira, a comissão entregou o anteprojeto do código para o presidente Renan Calheiros no último dia 21 de junho. Vicentinho destacou o trabalho da comissão de especialistas e elogiou a liderança de Georges Ferreira.

– São sugestões importantes para o nosso trabalho. Esta comissão vai trabalhar no texto que representa o marco regulatório da aviação nacional – declarou.

A Aviação de Segurança Pública do Brasil, formada pela aviação das Polícias Militares, Policias Civis, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpos de Bombeiros Militares, Departamentos de Trânsito, Receita Federal, etc não foi representada nessa comissão de especialistas para elaboração do anteprojeto. Espera-se que essa comissão instalada no Senado ouça a Aviação de Segurança Pública e seus especialistas.

Conforme informou Vicentinho, todos os senadores, inclusive os que não são membros da comissão, poderão apresentar emendas ao projeto até o dia 25 de agosto. O senador acrescentou que outros projetos relacionados ao código serão assumidos pela comissão e convocou uma nova reunião para o dia 2 de agosto.

Confira o áudio da matéria:

Plano de trabalho

A comissão especial também aprovou o plano de trabalho apresentado pelo relator, senador José Maranhão. Serão realizadas seis audiências públicas, para ouvir “todos os segmentos do setor aéreo brasileiro”. Ele disse que para o código ser realmente efetivo precisa da colaboração de todos os setores envolvidos. Temas como serviços, tarifas, capital estrangeiro e aviação experimental serão abordados nas audiências – que devem ser realizadas ao longo do mês de agosto.

A apresentação do relatório será feita no dia 8 de setembro e a votação final deve ocorrer no dia 13 do mesmo mês. Maranhão lembrou que quando estava em seu primeiro mandato como deputado federal, na década de 1980, foi relator do texto que se transformou na atual legislação do setor aéreo (Lei 7.565/1986). Ele fez questão de ressaltar a importância do trabalho da comissão de juristas e ressaltou a necessidade de atualização do código aeronáutico.

– O novo código está chegando com certo atraso, pois nesse tempo a aviação evoluiu muito – afirmou Maranhão.

Na visão do vice-presidente, senador Pedro Chaves, a comissão tem um importante trabalho pela frente. Ele disse que a participação de vários setores da sociedade nas audiências públicas será essencial para a elaboração do código, em referência a representantes da Aeronáutica, da Infraero, dos aeronautas, de juristas e de entidades do setor aéreo que acompanharam a instalação da comissão.

YouTube player

Agência Senado.

Especialistas avançam na revisão do Código Brasileiro de Aeronáutica

0

O Código Brasileiro de Aeronáutica deve ser ajustado às inovações tecnológicas das últimas décadas. A legislação em vigor é de 1986 (Lei 7.565), mas hoje a comunicação dos aviões já é praticamente toda por satélite, o que exige mudanças. Também a massificação pela qual o transporte aéreo passou desde então faz com que a revisão do texto seja necessária. A reforma do código busca ainda uma base de legislação mais globalizada.

Desde junho, uma comissão de especialistas foi designada pelo Senado para avaliar todos os dispositivos do código e sugerir um anteprojeto de reforma. Depois de aprovado na comissão, o anteprojeto será transformado em projeto de lei, a ser analisado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.

Uma das principais recomendações já apresentadas pela comissão é pela abertura total do setor aéreo ao capital estrangeiro. A desburocratização das atividades aeroportuárias e um novo modelo para tarifá-las também foram algumas das sugestões do grupo.

A participação do capital estrangeiro hoje é limitada em 20%. A proposta é que a abertura seja feita de modo gradual, para permitir a adaptação das empresas do mercado nacional às novas regras, até que se reestruturem e possam competir em igualdade de condições. Entre os benefícios apontados pelos especialistas, estão investimentos em linhas aéreas e em táxis aéreos e a ampliação de atividades econômicas.

Composição

A comissão conta com 24 membros, entre juristas, professores, engenheiros e militares, e deverá concluir seus trabalhos até 15 de março. Inicialmente, o prazo final era 12 de dezembro, mas foi prorrogado.

Instalada em 16 de junho, a comissão é presidida pelo advogado Georges de Moura Ferreira, professor de Direito Aeronáutico Nacional e Internacional da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). A relatora é a doutora em Direito Internacional Maria Helena Fonseca de Souza Rolim, pesquisadora da área de estratégia espacial.  O vice-presidente é o especialista em regulação em aviação civil Dorieldo Luiz dos Prazeres. No dia 26 de outubro, o colegiado realizou sua 16ª reunião, a última de 2015.

— Quanto mais padronizada for a aviação mundial, maior será seu nível de eficiência. O ideal é a que a nossa legislação esteja antenada com o que há de mais moderno e evoluído no mundo — afirmou Maria Helena, na abertura dos trabalhos.

A comissão inicialmente criou grupos de trabalho divididos em três grandes áreas: navegação aérea, organização da aviação civil e transporte aéreo. Cada um dos grupos apresentou seus estudos à comissão e sugeriu audiências.

Atividades

Os especialistas ouviram órgãos do governo como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Petrobras, representantes de companhias aéreas, de indústrias do setor aéreo, de familiares de vítimas de acidentes aéreos, da aviação experimental e da aviação aerodesportiva e de estados e municípios.

Entre os temas discutidos, a participação de capital estrangeiro na aviação, a segurança dos voos, o processo de certificação de aeronaves, tarifas de voos (em especial para a Região Norte) e de serviços nos aeroportos, preço do combustível de aviação e o papel dos municípios na fiscalização do entorno dos aeroportos.

Estão entre as propostas já apresentadas pela comissão: a isenção de certificação obrigatória para pequenos aeroportos; a adoção de penas mais severas para quem soltar balões e outros artefatos prejudiciais à aviação; maior apoio a familiares de vítimas de acidentes aéreos; punições mais severas a passageiros que não respeitem as regras de conduta dentro das aeronaves; mais eficiência nos processos de licenciamento e certificação das aeronaves; e o fim da indenização por cancelamento ou atraso de voos quando provocados por motivos de força maior (como condições climáticas, por exemplo).

Receba notícias por e-mail

Receba por e-mail novidades do

RESGATE AEROMÉDICO

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Não compartilhamos seus dados com terceiros.

OBRIGADO

por se inscrever !

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Logotipo Resgate Aeromédico
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.