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Esquadrão Pantera da FAB resgata marinheiro ucraniano em alto mar

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou na manhã de sábado (22), por intermédio do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), sediado em Santa Maria (RS), uma missão de resgate de um marinheiro ucraniano a bordo de um navio de bandeira belga, “Mineral Gent”, que se encontrava a 692 quilômetros da costa brasileira, na direção da cidade de Rio Grande (RS).

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Organização da FAB responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após o contato do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) da região.

O engajamento da tripulação do Esquadrão Pantera, a bordo do helicóptero H-60L Black Hawk, começou às 5h30 da manhã (horário de Brasília) a fim de efetuar a Evacuação Aeromédica (EVAM) do tripulante que sofreu uma queda à bordo da embarcação. O navio saiu de Montevidéu, no Uruguai, e tinha como destino Langshan, na China.

Com dois homens de resgate no convés, foi colocado um colar cervical na vítima, que posteriormente foi transportada na maca. No momento do içamento do marinheiro, ventava bastante e o navio já se encontrava a 240 quilômetros da costa. Após o resgate, a vítima foi deixada no aeródromo de Rio Grande (RS), por volta das 12 horas, para os cuidados de saúde das instituições locais.

Um dos Homens de Resgate (HSAR) desse salvamento, Sargento Leandro dos Santos Pataro, disse que para o bom cumprimento da missão são importantes os treinamentos, como também o Exercício Operacional de içamento no mar realizado em Florianópolis (SC), que teve como objetivo preparar os militares para o resgate do tipo kapoff (duplo molhado) e do tipo convés (duplo seco e maca).

“Essa constância nos treinamentos gera uma tranquilidade no cumprimento da missão real. Em relação ao sentimento de ajudar a salvar uma vida, eu me sinto realizado. Além disso, poder cumprir uma missão como parte da equipe SAR do 5/8º é mais um sonho realizado”, acrescentou o militar da FAB.

Esquadrão Pantera da FAB resgata marinheiro brasileiro em embarcação na costa do Rio Grande do Sul

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou no domingo (25), por intermédio do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), uma missão de Busca e Salvamento, a bordo do helicóptero H-60L Black Hawk. Os militares resgataram um marinheiro brasileiro que estava com suspeita de infarto, com fortes dores no peito e nas pernas.

A embarcação estava a cerca de 130 milhas (240 km) da costa, nas proximidades da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A tripulação do helicóptero, juntamente com um médico e um enfermeiro do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), efetuaram o socorro e durante os procedimentos utilizaram em voo um ultrassom para melhor diagnóstico.

O paciente foi resgatado por meio da técnica de içamento tipo convés e transportado para o Aeroporto de Rio Grande, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguardava para encaminhá-lo ao hospital. A equipe proveu apoio de UTI avançada na ambulância e coordenou um leito de Centro de Terapia Intensiva (CTI) no Hospital de Cardiologia da Santa Casa de Rio Grande.

O Tenente Aviador Matheus da Rocha Machado contou que o resgate ocorreu em um momento com pouca visibilidade e por causa disso a missão foi mais difícil. “Após o acionamento, decolamos de Santa Maria (RS) para Canoas (RS), onde embarcaram dois militares do HACO, um Oficial e um Graduado, que dariam o suporte aeromédico ao paciente e auxiliariam no momento do içamento. Chegamos à embarcação por volta de 18 horas (horário de Brasília), muito próximo do pôr do sol, que seria às 18h05. Não tínhamos espaço para erro e a sinergia de toda a equipe foi muito importante”, lembra. O procedimento ocorreu em aproximadamente 15 minutos, sem uso de maca.

Esquadrão Pantera da Força Aérea Brasileira treina içamento de vítima no mar, em Santa Catarina

Santa Catarina – Entre os dias 5 e 22 de outubro, o Esquadrão Pantera (5º/8º GAv), sediado em Santa Maria (RS), realizou treinamento de içamento no mar. O Exercício Operacional, que ocorreu em Florianópolis (SC) e Navegantes (SC), teve como objetivo preparar os militares da Unidade Aérea para o resgate do tipo kapoff (duplo molhado) e do tipo convés (duplo seco e maca).

O treinamento ocorreu com o apoio da Base Aérea de Florianópolis (BAFL), onde os helicópteros, os equipamentos e a tripulação ficaram instalados, além de uma embarcação da Marinha do Brasil, que possibilitou a simulação de uma emergência em convés no alto mar.

Esquadrão Pantera da Força Aérea treina içamento de vítima no mar em Santa Catarina. Foto: 5°/8° GAV

A manobra de treinamento dividiu-se em duas linhas de ação. Na Baía Sul da Ilha de Santa Catarina, próximo à BAFL, aconteceram as simulações de vítima no mar. Os helicópteros pairaram sobre a vítima e o resgate ocorreu com a infiltração do militar SAR (do inglês, Search and Rescue) na água, através do guincho.

Em uma técnica de salvamento consideraram que a pessoa a ser resgatada não tinha uma lesão visível na coluna, ela foi exfiltrada pelo método duplo molhado, que consiste no militar de resgate passar uma alça de içamento sob os ombros da vítima e trazê-la a bordo da aeronave.

Na outra, consideraram uma possível fratura na coluna cervical da vítima, que consistiu em um içamento através de uma maca específica para resgates no mar, o içamento tipo convés. Em uma embarcação da Marinha do Brasil, o Faroleiro Mario Seixas, a vítima foi içada da parte mais acessível do navio, tanto pelo duplo seco (não há contato com a água nesse tipo de resgate), quanto pela maca, considerando o estado clínico da vítima.

Esquadrão Pantera da FAB realiza resgate de paciente em navio a 100 km do litoral gaúcho

Brasil – No sábado (04), equipe do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV) da Força Aérea Brasileira, sediado na Ala 4 – Base Aérea de Santa Maria (RS), resgatou um homem que estava a bordo de um navio, oriundo do Panamá, a cerca de 100 km do litoral do Rio Grande do Sul (RS).

As informações recebidas pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR), sobre o estado de saúde da vítima, eram de que apresentava febre alta desde o dia primeiro de julho e havia suspeita de malária.

A aeronave H-60L Black Hawk decolou de Santa Maria para a Ala 3 – Base Aérea de Canoas (RS), onde realizou pouso para embarque da equipe médica que integrou a tripulação e, em seguida, voou até a posição do navio para realizar o resgate.

O helicóptero manteve o voo pairado enquanto o homem SAR (Search And Rescue – Busca e Salvamento) desceu até o convés, realizou os primeiros atendimentos e foi içado com o paciente. Ao final, a vítima foi transportada em uma ambulância do SAMU para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, para receber atendimento médico especializado. Toda a operação durou, aproximadamente, cinco horas.

A tripulação do helicóptero, formada por nove militares, sendo dois pilotos, dois homens de resgate, dois mecânicos, um médico e dois enfermeiros, usou trajes especiais para minimizar o risco de qualquer contaminação.

EVAM – Marinha do Brasil

Na segunda-feria (29), O 1° Esquadrão de Helicópteros Atissubmarino (EsqdHS-1) da Marinha do Brasil também foi acionado para resgatar um tripulante com suspeita de malária, embarcado no navio mercante panamenho “Kapetan Sideris”. (Saiba mais)

A Evacuação Aeromédica (EVAM) foi realizada com a aeronave “SH-16 Seahawk” e ocorreu a 150 milhas náuticas, aproximadamente 280 quilômetros da cidade de São Pedro da Aldeia, RJ. O paciente foi retirado através do guincho da aeronave.

Marinha do Brasil realiza evacuação aeromédica de tripulante em navio mercante a 150 milhas da costa.

Esquadrão Pantera da FAB resgata homem em barco pesqueiro a cerca de 200 milhas de Florianópolis, SC

Florianópolis – Na quinta-feira (13), acionados pelo SALVAMAR SUL, um helicóptero H-60L Black Hawk do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV) da Força Aérea Brasileira (FAB), sediado na Ala 4 – Base Aérea de Santa Maria, RS, realizou o resgate de um homem de 62 anos de idade.

Ele estava a bordo de um barco pesqueiro e apresentava fortes dores no peito, com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM). O resgate aconteceu a cerca de 200 milhas da costa, nas proximidades de Florianópolis, SC.

A tripulação do helicóptero, formada por dois pilotos, dois mecânicos e três homens de resgate, juntamente com um médico e um enfermeiro do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO – RS), efetuaram o socorro.

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O paciente foi resgatado por meio da técnica de içamento tipo convés e transportado para a Base Aérea de Florianópolis (BAFL), onde uma equipe do SAMU aguardava para encaminhá-lo ao hospital da capital de Santa Catarina.

O Tenente Aviador Jonathas Willian de Freitas ressaltou que o voo coroou anos de treinamento como piloto da Aviação de Asas Rotativas. “Esse foi o momento mais emocionante da minha carreira. A adrenalina do resgate e a emoção de salvar um ser humano são indescritíveis. Por isso, sou grato a Deus pela oportunidade de ter cumprido essa Missão”, finaliza.

O Esquadrão Pantera

O Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV) é uma tradicional Unidade Aérea da FAB sediada na ALA 4 – Base Aérea de Santa Maria. Utiliza atualmente o helicóptero H-60L Black Hawk para o cumprimento de suas missões.

Ao longo da história, participou de diversos eventos de relevância no contexto nacional, como o resgate das vítimas do acidente com o GOL 1907, em 2006, e o transporte dos feridos na Boate Kiss, em 2013. Em julho deste ano completará 49 anos de existência.

 

Esquadrões da FAB acumulam histórias marcantes de resgates

Brasil – Se fosse possível descrever o som da esperança, provavelmente o piloto comercial Marcelo Balestrin, de 40 anos, diria que é como o som do rotor de um helicóptero. Prestes a se tornar estatística de tragédias aeronáuticas, esse foi o ruído que deu a ele e ao amigo Jhon Cleiton Venera uma chance para o recomeço da vida. Após quatro dias perdidos em mata fechada, feridos, sem alimento, água, abrigo ou expectativas de salvamento, os dois homens foram resgatados por militares da Força Aérea Brasileira (FAB) a bordo de um helicóptero H-60L Black Hawk.

O acidente ocorreu em 30 de novembro do ano passado, em Cáceres (MT), a 220 quilômetros da capital Cuiabá. A aeronave, que saiu de Pimenta Bueno (RO), teria como destino Santo Antônio do Leverger (MT). Ainda em tratamento para curar as sequelas físicas da queda da aeronave PT-ICN, Marcelo também carrega as lembranças e o sentimento de gratidão. “Vou levar isso por toda a minha vida. Só posso agradecer por não terem abandonado a gente e continuarem com as buscas. Lembrarei disso eternamente”, diz.

Os agradecimentos são direcionados aos tripulantes dos Esquadrões Pelicano (2º/10º GAV) e Pantera (5º/8º GAV), além dos integrantes do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS, também conhecido como PARA-SAR), pessoas que estão acostumadas a içar vítimas sem vida e que se emocionam ao cumprir missões de resgate com sobreviventes.

Esquadrões da FAB acumulam histórias marcantes de resgates. Foto: Divulgação

“Nosso lema é nunca desistir, manter a chama da esperança acesa e dar um conforto para alguma família. Um Pelicano tem que ter essa abnegação.” Desde sua primeira fala, o Sargento Vinícius de Souza Melo, do Esquadrão Pelicano, integrante da missão que salvou as vítimas do PT-ICN, deixa claro como foram os dias de buscas. O militar estava a bordo do H-60L, engajado na missão na manhã do dia 3 de dezembro – uma aeronave SC-105 Amazonas já realizava buscas desde o dia 1º.

As atividades do Black Hawk foram iniciadas a partir da capital mato-grossense. “Decolamos de manhã, bem cedo. Voamos até as 19h30 naquele dia com a ideia de não achar apenas destroços, mas sim os sobreviventes. Foi desgastante, mas ficamos atentos”, descreveu o sargento. No dia seguinte, os voos continuaram. A tripulação fez várias tentativas de encontrar sinais que indicassem a localização das vítimas.

Ali, dentro da área de busca, mas ainda sem serem vistos, Marcelo e Jhon Cleiton lutavam pela vida. “Entramos no quarto dia de agonia. No primeiro dia eu tinha ficado preso nas ferragens. No segundo, sai de joelho e me joguei para fora”, conta o piloto comercial, que teve os dois pés, o braço direito e o maxilar fraturados, além de vários ferimentos pelo corpo.

Esquadrões da FAB acumulam histórias marcantes de resgates. Foto: Divulgação

Naquele dia 4 de dezembro, ainda pela manhã, as vítimas ouviram o som do helicóptero de resgate. Tentaram sinalizar, fizeram barulho, mas ainda não foram avistados. No período da tarde, a tripulação, sem êxito, voltou à base e recebeu a ordem para fazer novas buscas. “Na primeira pernada [trecho de deslocamento pré-determinado], não avistamos a aeronave, mas alguém da tripulação teve a impressão de ter ouvido o sinal do ELT [Emergency Locator Transmitter, um sinalizador de emergência]. No retorno, passamos pelo mesmo local e um tripulante avistou a aeronave. Vimos que dois sobreviventes acenavam”, relata o piloto da FAB que participou do resgate, Tenente Aviador Fábio Rachildes Pinto.

O Sargento Vinícius se recorda da euforia que tomou conta da tripulação. “Foi muito bom saber que iríamos levar pessoas vivas.” O integrante do 2º/10º GAV ainda gravou o momento em que encontrou os dois pilotos acidentados. No vídeo, a emoção fica evidente nas palavras de Jhon Cleiton: “Vocês são anjos!”, gritou.

As vítimas foram levadas ao Aeroporto de Cuiabá, onde foram recebidas pelo atendimento médico de urgência e pelos familiares. De lá, elas foram conduzidas até o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (MT) e transferidas para uma unidade de saúde particular de Cuiabá.

Esquadrões da FAB acumulam histórias marcantes de resgates. Foto: Divulgação

“Preciso parabenizar essa tripulação pela experiência e pelo treinamento que tiveram. Sinto-me tão feliz por ter sido resgatado por eles e sei que eles também se sentem assim. Vibramos muito e me emociono toda vez que falo sobre eles e queria muito encontrá-los novamente”, finaliza o piloto Marcelo.

“Ela tinha que ir junto, também era uma sobrevivente”

Esquadrões da FAB acumulam histórias marcantes de resgates. Foto: Divulgação

Quando os resgateiros do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), localizado em Manaus (AM), foram acionados para salvarem possíveis sobreviventes de um acidente aéreo próximo à fronteira com o Peru, certamente não esperavam encontrar a cadela Princesa entre as vítimas da queda. Em 17 de dezembro de 2018, a aeronave de matrícula PT-KIL caiu próximo à cidade de Tabatinga (AM) com Princesa e outros três ocupantes – o piloto José Adelmo Araujo Santiago, de 52 anos, e os passageiros Marinêz Ferreira de Souza, 35, e Francisco Sales de Souza, 16.

Participante do resgate, o Capitão Médico Waldyr Moyses de Oliveira Junior lembra que a tripulação, apesar de não portar equipamentos específicos para o resgate de animais naquele dia, foi unânime quanto ao salvamento da cadela. “Uma concordância imediata: ela tinha que ir junto. Afinal de contas, ela também era uma sobrevivente”, conta ele, que é Chefe da Subseção de Saúde Operacional do Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN). O militar disse que, para içar Princesa, havia ainda a dificuldade causada pelo estresse do animal. “No final, prendemos a coleira peitoral da cadela junto ao corpo do resgateiro. Ninguém ficou para trás.”

A situação inusitada vivida no estado amazonense, no entanto, se assemelha ao caso de Mato Grosso quanto à emoção e aos sentimentos de missão cumprida dos militares e de alívio às vítimas, com a conclusão de mais um resgate com sobreviventes. O Capitão Waldyr descreve essa como uma das maiores alegrias que já sentiu. “Uma sensação indescritível. Quando o primeiro homem desceu e avisou que havia sobreviventes, vibramos muito e isso só nos incentivou a continuar a tirar aquelas pessoas dali”, relembra.

Esquadrões da FAB acumulam histórias marcantes de resgates. Foto: Divulgação

Acostumado a participar de resgates, o militar relata que este era um caso que demandava ainda mais agilidade na prontidão das equipes. “Fomos informados de uma tentativa de pouso forçado, o que nos deixou com esperança de que houvesse sobreviventes. Pela possibilidade de vítimas vivas, tínhamos que agir rapidamente, decolar o quanto antes”, detalha.

O helicóptero H-60 Black Hawk da FAB decolou na madrugada de Manaus para Tabatinga, uma distância de mais de mil quilômetros. “O tempo não era bom, chovia. A visibilidade era ruim, exigindo mais concentração de todos nós. Ao encontrarmos o local do acidente, verificamos que não havia condições de pouso e descemos no guincho. Primeiro foram os homens SAR [do inglês Search and Rescue, busca e salvamento], e eu desci em seguida para ajudar na condução das vítimas”, conta.

O Capitão ainda se lembra do cenário encontrado. De acordo com ele, José Adelmo estava mais ferido, com dores nas costas e pernas, escoriações no rosto, e precisou ser imobilizado. As outras vítimas estavam em choque. “O tempo de envolvimento no resgate foi de duas horas. Foi um nível de adrenalina muito alto, correndo contra o tempo, enfrentando chuva”, recorda o médico.

Ao final, os ocupantes do avião PT-KIL foram recebidos pelo Hospital de Guarnição do Exército de Tabatinga. “Encontrá-los vivos foi uma sensação maravilhosa. Isso não tem preço para um médico, um enfermeiro, uma tripulação SAR. Em vez de resgatar corpos, encontramos sobreviventes”, emociona-se.

Em alto mar

Seja na terra ou no oceano, no Norte, Sul, Leste ou Oeste do país, os Esquadrões da FAB acumulam histórias de resgates de sobreviventes que marcam a vida das vítimas e dos militares. Uma missão de salvamento em alto mar, a aproximadamente 200 quilômetros da costa da cidade de Rio Grande (RS), aconteceu no dia 14 de maio de 2019. O Esquadrão Pantera (5º/8º GAV) resgatou um marinheiro de 60 anos que teve complicações cardíacas quando estava na embarcação.

A Tenente Aviadora Maria Luisa Michelon Silveira fez o procedimento de içamento em convés em sua primeira missão real. “Para nós do Esquadrão, que vivenciamos situações de emergência em qualquer escala, foi indescritível a sensação de decolar para participar de um resgate real. Pessoal e profissionalmente, sinto-me realizada após o cumprimento dessa missão”, conclui.

Militares de resgate dos esquadrões aéreos da FAB realizaram treinamento de Atendimento Pré-Hospitalar Tático

FAB

Mato Grosso do Sul – Militares de resgate dos esquadrões aéreos da Força Aérea Brasileira (FAB) realizaram treinamento para Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH Tático). A instrução contou com orientação teórica, realização de oficinas e workshops de habilidades médicas e, posteriormente, prática em um cenário hostil, onde os militares precisaram realizar atendimento e cuidados médicos sob ataque de contra-insurgentes. A atividade foi desenvolvida no Exercício Operacional Tápio (EXOP Tápio), que aconteceu na Ala 5, em Campo Grande (MS), até o dia 17 de maio.

Exercício Operacional Tápio promove treinamento de atendimento médico em combate. Foto: Cabo Feitosa

Os treinamentos ocorreram de modo progressivo. Primeiramente, foram realizadas nove oficinas de habilidades médicas para aperfeiçoamento e, posteriormente, treinamento em terreno hostil. As equipes de resgate estão sendo capacitadas por profissionais de saúde da Ala 5, auxiliados por médicos de esquadrão aéreos da FAB de outras localidades.

O Coordenador do APH Tático na EXOP Tápio, Capitão Médico Mauro Pascale de Camargo Leite, integrante do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV), explica que, na atividade, um evasor, ferido ou alguém em situação de agravo, com ferimentos graves ou não, precisa ser resgatado de um local com hostilidades, que ameaça o atendimento.

Superar as hostilidades e fazer o atendimento de forma rápida e segura é o objetivo do exercício, que foi denominado de “Cuidados sob Fogo”. “Os operadores utilizam fuzis de Airsoft [armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais] para simular o fogo oponente em apoio ao atendimento que ocorre sob fogo inimigo. O exercício exige o cuidado de se proteger e proteger o sobrevivente, além de realizar o atendimento mínimo necessário para manter a sobrevida do ferido”, explica o Capitão Pascale.

Exercício Operacional Tápio promove treinamento de atendimento médico em combate. Foto: Cabo Feitosa

O exercício em campo é realizado em três momentos: a extração do ferido, atendimento em área hostil e evacuação. “Após a retirada do ferido do local acidentado, são realizados os cuidados necessários do campo tático, uma vez que o ambiente ainda não está seguro e há risco das forças oponentes. Neste momento, os operadores realizam o pedido de apoio de uma aeronave para a evacuação do local”, explica o coordenador. O sobrevivente é colocado dentro da aeronave, conforme as técnicas aprendidas, e recebe a última avaliação antes de chegar ao Hospital de Campanha.

A evacuação pode ser feita em um helicóptero não específico para cuidados médicos, atividade chamada de CaseEvac (sigla em inglês para Casualty Evacuation), quando somente o operador oferece os cuidados médicos. Há ainda o atendimento MedeVac (sigla em inglês para Medical Evacuation), que ocorre nas operações de resgate, extração e cuidados médicos em combate ou a feridos. Neste caso, a ação conta com uma aeronave com configuração mínima. “Ela é preparada especificamente para atendimento médico. Sem deixar as questões de combate de lado, é possível oferecer cuidados mais específicos em voo”, esclarece o Capitão Pascale.

Exercício Operacional Tápio promove treinamento de atendimento médico em combate. Foto: Cabo Feitosa

Um dos instrutores do exercício, Tenente Aviador Lucio Mauro Campos Silva Júnior, explica como a atividade treina a extração do ferido. “Os operadores se deslocam de forma planejada e tática sob diversas ameaças do inimigo, utilizando técnicas e procedimentos aprendidos. Enquanto um militar faz a supressão de fogo e a cobertura da ameaça inimiga, outro faz o atendimento à vítima. Na parte da pista, o objetivo é causar uma situação de estresse no time tático, trazer o mais próximo da realidade possível, tanto no ambiente diurno, quanto no ambiente noturno”, afirma.

O Sargento Murilo Radis, homem de resgate do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV), realizou o exercício e destacou a oportunidade de poder conciliar a parte tática operacional com os cuidados médicos. “É uma dinâmica muito diferente e uma excelente oportunidade para treinar nossos conhecimentos de APH Tático. Além disso, temos a oportunidade de integrar com as outras equipes de resgate da FAB. Chegamos ao exercício com o básico e nos desenvolvemos muito aqui”, concluiu.

Esquadrão Pantera da FAB apoia “Médicos sem Fronteira” na Aldeia Indígena de Suruwaha, AM

Agência FAB

Amazonas – O Esquadrão Pantera (5°/8° GAV) realizou a Operação Gota, em Lábrea (AM), e apoiou o projeto “Médicos sem Fronteiras” na Aldeia Indígena de Suruwaha, no período de 19 de novembro a 8 de dezembro. A ação, coordenada pelo Ministério da Saúde, conta com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar vacinas a indígenas, além da população rural e ribeirinha da Região Norte, uma forma de realizar a integração do país.

A campanha de vacinação alcançou 40 aldeias e populações ribeirinhas em regiões de difícil acesso, totalizando cerca de 1.000 índios das etnias Deni, Apurinã, Palmari, Jamamadi e Suruwaha.

Esquadrão Pantera participa de Operação Gota em Lábrea (AM). Fotos: Tenente Josué

Desde o início da missão, o helicóptero H-60L Black Hawk operou a partir do aeródromo de Lábrea, onde conta com apoio do Grupo de Segurança e Defesa da Ala 8, de Manaus (AM). O combustível utilizado para os voos na região foi transportado pela aeronave C-105 Amazonas, do Esquadrão Arara (1°/9° GAV).

Apesar da meteorologia instável e dos obstáculos encontrados nos locais de pouso, a tripulação pôde fazer o transporte das vacinas para a Missão Gota 2018 e, também, dos profissionais de saúde e seus equipamentos para o projeto “Médicos sem fronteiras”, que envia profissionais das mais diferentes regiões do Brasil para atuarem na Amazônia.

Ao todo foram cerca de 50 profissionais de saúde, divididos em equipes, atuando nas comunidades indígenas para a aplicação das vacinas e para o atendimento médico e dentário dessas populações. No total, a ação beneficia populações de cerca de 785 localidades nos estados do Amazonas, Acre, Amapá e Pará e conta com o apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), subordinada ao Ministério da Saúde, e do Exército Brasileiro.

Esquadrão Pantera participa de Operação Gota em Lábrea (AM). Fotos: Tenente Josué

“Levar a bandeira do Brasil para lugares onde jamais pensei em estar foi a realização de um sonho. Cada aldeia atendida e índio alcançado formava, em nós da tripulação, um sentimento de dever cumprido”, destacou o Tenente Aviador Josué Marcos Coelho Gonçalves.

Histórico

A Operação Gota teve início em 1993, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas das regiões do Purus, Juruá e Solimões. Desde então, se consolidou no país como uma ação imprescindível para a realização de multivacinação em áreas de difícil acesso. Em 2017, essa ação beneficiou mais de 9,2 mil pessoas de 296 localidades nos estados do Amazonas, Pará, Acre e Amapá com a aplicação de 13,7 mil doses das diversas vacinas.

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