Portugal – Portugal recebeu ajuda da Alemanha e, ao que tudo indica, também receberá da Áustria. Estes são os países cujo contato com as autoridades portuguesas já foi confirmado. A Áustria realiza levantamento em seu país para saber quantos leitos de UTI estão disponíveis para receber os pacientes portugueses.
Além da Espanha que ofereceu ajuda nesta terça-feira (02), Luxemburgo também está disposto a receber pacientes com COVID-19 vindos de Portugal. Se for necessário transferir pacientes portugueses para Luxemburgo, a operadora aeromédica Luxembourg Air Rescue (LAR), organização sem fins lucrativos e com sede no país, tem condições de fazer.
A operadora possui seis helicópteros de resgate e seis aviões UTI Aérea capazes para realizar os transportes. Por ano, são acionados para mais de 3.000 missões.
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Luxembourg Air Rescue. Foto: Claude Piscitelli.
Luxembourg Air Rescue. Foto: Claude Piscitelli.
Na quarta-feira (03), a Alemanha enviou 26 profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) para Portugal. O Ministério da Defesa alemão também enviou no avião A400M da Força Aérea, insumos hospitalares, 50 ventiladores, 150 bombas de infusão e 150 camas hospitalares.
Os profissionais vão trabalhar nas próximas três semanas no Hospital da Luz, em Lisboa, tratando de doentes graves com COVID-19, reforçando as equipas médicas do hospital. O acordo entre Portugal e Alemanha prevê a presença de profissionais alemães até ao dia 21 de março.
Portugal está em uma “situação dramática” e nestes tempos que vivemos “a solidariedade na Europa é indispensável”, declarou Annegret Kramp-Karrenbauer, Ministra da Defesa Alemã justificando o apoio a Portugal.
Na quinta-feira (04), Portugal ultrapassou as 13,4 mil mortes associadas ao novo coronavírus. No momento estão internadas em enfermarias 6.496 pessoas e 863 em leitos de UTI, de acordo com os dados da Direção Geral da Saúde.
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Alemanha envia equipes de saúde para ajudar Portugal no tratamento de pacientes com COVID-19
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Alemanha – A Airbus Corporate Jets recebeu o primeiro pedido da Lufthansa Technik de duas aeronaves Airbus A321LR, da família A320neo. A aeronave terá capacidade multifuncional e poderá ser equipada para vários tipos de missões, como transporte de tropas, diferentes configurações MedEvac (Medical Evacuation) e será operada pela Força Aérea Alemã (Luftwaffe – Bundeswehr).
A Lufthansa Technik já fez um pedido total de cinco aeronaves Airbus em nome do governo alemão: três ACJ350-900s e dois A321LRs. Os A321LRs poderão transportar até 163 passageiros, 6 pacientes em terapia intensiva ou 12 pacientes em terapia média, dependendo da configuração instalada, com alcance máximo de 4.200nm / 7.800km ou 9,5 horas de voo. Esse avião oferece 30% de economia de combustível e quase 50% de redução na emissão de ruído em comparação com aeronaves concorrentes da geração anterior.
A Força Aérea Alemã possui aviões de grande porte configurados MedEvac, como o Airbus A310, A321-200 e o A400M. Esse aviões compõe a frota da Força Aérea Alemã. O A400M complementa a capacidade operacional da Força Aérea Alemã que também utiliza o Transall C-160D para operações aeromédicas.
A versão doA310 Medevac é considerada uma unidade aérea de terapia intensiva. Possui capacidade para 44 pacientes, sendo que 06 leitos são preparados para pacientes de cuidados intensivos com uma equipe médica de até 25 profissionais. Esse avião da Luftwaffe possui a maior capacidade de transporte aeromédico do mundo. A aeronave fica baseada no aeroporto de Colônia-Bonn.
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Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
Médico Sênior Dr. Axel Höpner, chefe de operações a bordo, prepara uma maca no Airbus A400M. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz.
Duas unidades de transporte de pacientes (PTE) para o atendimento de feridos a bordo do Airbus A321-200. Foto: Bundeswehr / Jonas Weber.
Alemanha – Aviões de grande porte configurados MedEvac (Medical Evacuation) da Luftwaffe (Força Aérea Alemã) e que fazem parte da Bundeswehr (Forças Armadas Unificadas da Alemanha) transportaram pacientes com COVID-19 do norte da Itália e da França para a Alemanha nos últimos dias.
Para essas missões, a Bundeswehr está preparada para transportar pacientes em verdadeira UTIs aéreas. Para esse fim, um Airbus A310MedEvac equipado como uma “unidade aérea de terapia intensiva” voou duas vezes para a Itália e uma aeronave de transporte Airbus A400M MedEvac, também preparada para operações de evacuação aeromédica, voou para a França. Os pacientes foram distribuídos em clínicas civis e em hospitais das Forças Armadas, em Coblença, Ulm, Hamburgo e Westerstede.
Esse aviões compõe a frota da Força Aérea Alemã. O primeiro Airbus A400M foi entregue às Forças Armadas Unificadas da Alemanha em 18 de dezembro de 2014 e possui várias versões. Atualmente, a Força Aérea possui 30 dessas aeronaves. A entrega de 53 máquinas está prevista para ser concluída em 2026.
O Airbus A400M MedEvac é usado como aeronave de “Evacuação Aeromédica para Cuidados Intensivos” (ICAE). A equipe médica de 11 pessoas pode cuidar de até seis pacientes, sendo dois pacientes em UTI, dois pacientes na categoria de cuidados intermediários e outros dois no nível de cuidados baixos.
O A400M complementa a capacidade operacional da Força Aérea Alemã que também utiliza o Transall C-160D para operações aeromédicas, bem como o avião A310 para voos de transporte aeromédico de longas distâncias.
A Força Aérea utiliza cinco Airbus A310-304 em versões diferentes. A versão doA310 Medevac é considerada uma unidade aérea de terapia intensiva. Possui capacidade para 44 pacientes, sendo que 06 leitos são preparados para pacientes de cuidados intensivos com uma equipe médica de até 25 profissionais. Esse avião da Luftwaffe possui a maior capacidade de transporte aeromédico do mundo. A aeronave fica baseada no aeroporto de Colônia-Bonn.
Equipamentos médicos a bordo do A310 MedEvac:
Unidade de transporte intensivo:
Ventilador para cuidados intensivos “Evita 4”;
Ventilador de transporte “Oxylog 3000”;
Monitor multifuncional “Propaq EL106”;
Duas bombas de seringa tripla “Combimat 2000”;
Bomba de sucção “Accuvac”;
Equipamento adicional a bordo:
16 Monitores de pacientes “Micropaq”;
1 Analisador de gases sanguíneos “I-Stat”;
2 Broncoscópios flexíveis;
Sistema de ultrassom portátil “SonoSite”;
6 Sistemas de aquecimento de pacientes “Barkey”;
12 Kanal – EKG;
2 desfibriladores;
16 Bombas triplas de seringa “Combimat 2000”;
4 Medumat LifeBase III;
4 Bombas de infusão “IP 2000”;
1 Sistema central de monitoramento, e
1 geladeira para produtos médicos refrigerados.
Airbus A310 MedEvac
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Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A-310 da Luftwaffe configurado para evacuação médica transportou 6 pacientes italianos com COVID19 de Bergamo para Colônia na Alemanha. Foto: Divulgação
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A310 equipado como uma "unidade aérea de terapia intensiva". Foto: Bundeswehr.
Airbus A-310 da Luftwaffe configurado para evacuação médica transportou 6 pacientes italianos com COVID19 de Bergamo para Colônia na Alemanha. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz.
Operação Itália – Ventilação Difícil
O médico Chefe, Dr. Björn Hoßfeld, fez parte da equipe do Airbus A310 MedEvac que voou de Bergamo, Itália, para a Alemanha. Durante o voo o Dr. Hoßfeld relatou sua dificuldade quanto ao uso dos ventiladores e reconheceu a gravidade dos danos nos pulmões e que a simples ventilação do paciente não era suficiente.
Dr. Björn Hoßfeld, Médico Chefe do voo realizado no A310 MedEvac. Foto: Bundeswehr/Dr. Bjorn Hoessfeld.
Mais de uma vez, teve que ajustar as configurações dos ventiladores individualmente. O que o preocupa é o fato de que nem todo ventilador é adequado para o tratamento de pacientes graves com COVID-19.
“Um respirador de emergência como temos em uma ambulância não é suficiente neste caso.” Além dos ventiladores, especialistas alertam sobre a importância de observar as especificações dos equipamentos e verificar se são adequados para pacientes com COVID-19.
Segundo o médico, os pulmões do paciente ficam debilitados pela infecção, de modo que as demais áreas funcionais dos pulmões devem ser usadas de maneira ideal com pressões e frequências respiratórias exatamente compatíveis com o respectivo paciente. Essa é a única maneira de fornecer oxigênio suficiente.
O experiente médico do Hospital da Bundeswehr, em Ulm, ficou visivelmente emocionado após o transporte aeromédico: “Comparado aos transportes de longa distância do Afeganistão, transportar seis pacientes ventilados de Bergamo para a Alemanha não parece um desafio. Mas se você olhar nos olhos do colega italiano, verá como eles estão acabados.”
Airbus A400M MedEvac
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A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
Médico Sênior Dr. Axel Höpner, chefe de operações a bordo, prepara uma maca no Airbus A400M. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz.
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
A400M - Até seis pacientes podem receber cuidados médicos no ar. Foto: Bundeswehr / Torsten Kraatz
Treinamento da tripulação aeromédica em um Transall C-160 medevac. Foto: Bundeswehr / Norman Möller.
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