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Cerca de 400 drones realizaram mais de 7 mil voos para apoiar situações de emergência na Rússia, em 2019

Rússia – O Ministério da Defesa Civil, Emergências e Eliminação de Consequências de Desastres Naturais, conhecido como “Emergency Control Ministry” – EMERCOM da Rússia investiu no emprego de drones para apoiar situações de emergência e mitigar suas conseqüências.

Em 2019, as aeronaves não tripuladas da EMERCOM realizaram mais de 7,7 mil voos, para 2.100 horas de voo em quase 12 mil quilômetros quadrados. Foram avaliados mais de 90 incêndios com uma área superior a 2 mil quilômetros quadrados.

Durante as operações de busca usando aeronaves não tripuladas, 37 pessoas perdidas foram encontradas em florestas e áreas de difícil acesso, incluindo 16 pessoas no Delta do Rio Volga. O uso de drone pelo Ministério de Emergências da Rússia começou em 2009 com uma base na Unidade Centrospas em Zhukovsky, próximo de Moscou.

Com mais de 7 mil voos, drones da EMERCOM mostram sua importância no apoio a emergências na Rússia. Foto: EMERCOM

Nesse período, os sistemas aéreos não tripulados (UAS) foram usados ​​para apoiar a aviação na prevenção de emergências e mitigar suas conseqüências associadas a grandes incêndios, inundações, acidentes industriais, resgates e outros trabalhos.

No momento, a estrutura para a operação dessas aeronaves não tripuladas é formada por 80 Bases com 170 unidades operacionais incluídas nelas. O número de funcionários é superior a 800 pessoas. Atualmente, a frota departamental possui cerca de 400 drones, entre equipamentos de asa fixa e rotativa.

O Ministério tem como objetivo a atualização da frota para 2025, incluindo equipamentos multifuncionais, além de veículos off-road para dar mais mobilidade e autonomia às operações. Com a capacidade de ser usado em várias condições climáticas, permite executar tarefas de reconhecimento, transporte e fotografia aérea.

Essa abordagem tornará possível fornecer cobertura confiável, em larga escala, para os territórios da Federação Russa, rodovias, instalações de infraestrutura potencialmente perigosas e importantes, suporte aéreo eficaz a fim de evitar situações de emergência e poder mitigá-las.

Para o uso efetivo dos drones no Ministério, foi formado um sistema de gerenciamento e manutenção dos equipamentos, além de treinamento de especialistas em drones, incluindo reciclagem profissional na Academia de Proteção Civil do EMERCOM da Rússia.

O valor estratégico do piloto comandante de helicóptero de Segurança Pública em Mato Grosso

FLAVIO RAMALHO DOS SANTOS
Gerente do Centro Integrado de Operações Aéreas de Sorriso
Piloto Comercial de Helicóptero

Ten Cel Flavio Ramalho dos Santos

Este artigo foi escrito pelo Ten Cel PM Ramalho e publicado originalmente na página da SESP. O artigo tem como objetivo identificar as competências, habilidades, formação e o custo do Piloto Comandante de Helicóptero – PCH da Coordenadoria do Centro Integrado de Operações Aéreas, da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso – CIOPAer/SESP/MT.

Os dados foram obtidos por meio da pesquisa e análise de documentos, disponíveis no acervo da Coordenadoria, bem como àqueles disponíveis na internet. No Estado de Mato Grosso, a formação dos pilotos de helicóptero CIOPAer/SESP/MT foram concebidas quase que na sua totalidade em Escolas de Aviação Privada, que embora tenham excelente nível profissional, não consideram os objetivos institucionais da Coordenadoria.

Nos últimos cinco anos (2014 a 2018) o CIOPAer – MT investiu do seu orçamento R$ 13.575.000,00, perfazendo uma média de R$ 2.715.000,00 para fins de se voar de helicóptero 3.393,3 horas/voo, ou 678.6 horas/voo/ano, no atendimento das mais diversas ações de segurança pública.

Isto significa dizer, que cada hora/voo utilizados em prol da segurança pública dos mato-grossenses, custa cerca de R$ 4.000,00 aos cofres públicos. Existe ainda outro custo ao orçamento público pouco levado em consideração, que é o custo dos PCH CIOPAer/SESP/MT.

De acordo com levantamentos próprios, para se formar um piloto novo são dispensados cerca de R$ 150.000,00, levando-se em conta o período desde o Curso de Piloto Privado até a Habilitação de Classe – Helicóptero Monomotor Convencional (HMNC).

Há a necessidade de aproximadamente 7 anos de experiência para a maturação do Piloto Comando de Helicóptero do CIOPAer/SESP/MT. Essa jornada é longa e árdua, pois se exige desse piloto mais do que saber conduzir a máquina, em termos de regulamentos aeronáuticos, navegação, meteorologia, mecânica e reações físicas da aeronave, por serem conhecimentos já esperados de um piloto comum.

Espera-se que esse profissional conduza a máquina e realize as atividades de policiamento ostensivo e repressivo, resgate de urgência, busca, salvamento e combate a incêndios, em condições mormente de elevado risco.

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Helicópteros – A importância do uso das aeronaves em Brumadinho, MG

EM – Minas Gerais, por Mateus Parreiras

Minas Gerais – Em uma guerra, a cavalaria aérea tem entre suas missões a de suprir a necessidade de deslocamento por terrenos hostis e de difícil acesso. Na batalha pelo resgate de vítimas daquela que caminha para se consolidar como a pior tragédia humana da história da mineração no Brasil, da mesma forma têm sido fundamentais as operações com 17 helicópteros para salvar vidas e recuperar corpos desde o último dia 25, quando ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, operada pela mineradora Vale em Brumadinho, na Grande BH.

Sem esses aparelhos, o custo de tempo e esforços para o transporte de socorristas, translado de restos mortais e identificação dos atingidos seria ainda maior, na avaliação de autoridades que atuam no local. Para mostrar as dificuldades e desafios que essas tripulações enfrentam, a equipe de reportagem do Estado de Minas acompanhou toda uma operação de resgate do corpo de uma vítima, embarcada em uma aeronave Pégasus da Polícia Militar de Minas Gerais que atua desde o rompimento da represa de rejeitos.

helicóptero em operação de salvamento em Brumadinho. Foto: PMMG

Para se ter uma ideia das dimensões da operação e da logística que ela envolve, diariamente são realizados cerca de 300 pousos e decolagens das bases na Faculdade Asa, de Brumadinho, e do Centro de Comando da Igrejinha, em Córrego do Feijão, na mesma cidade. Há oportunidades em que seis aeronaves se encontram em rotas para pouso, exigindo do comando aéreo e de pilotos extremo cuidado e perícia para evitar acidentes.

Enquanto bombeiros embarcam nos aparelhos para serem lançados no mar de lama instável em que os helicópteros não podem sequer pousar, sob risco de afundar, outros içam corpos localizados por algumas das diversas equipes de socorristas ou vasculham a lama para identificar possíveis vítimas, humanas ou animais.

A bordo dos helicópteros em missão de resgate, basta que a aeronave se erga para que a mancha vermelha de minério e barro aberta entre matas, fazendas e moradias fique evidente. Circulando em alturas diferentes, tomando trajetos distintos, várias aeronaves de diferentes forças sobrevoam essa ferida aberta no Córrego do Feijão.

Helicóptero da Força Nacional reforça equipes de busca em Brumadinho, MG. Foto: Divulgação.

Ensurdecedor

Dentro da aeronave, a comunicação só é possível por meio de fones de ouvido com microfones acoplados, devido ao ruído intenso dos rotores. As comunicações de rádio das diversas equipes mostram toda a atenção necessária em uma operação desse porte. Enquanto os pilotos informam sobre o seu deslocamento e os operadores alertam sobre outras aeronaves e obstáculos, a central de comunicações e controle determina quais os procedimentos para cada equipe, quem pousa, quem decola. Tudo simultânea e coordenadamente.

Em um pasto próximo à margem do Rio Paraopeba, perto da linha férrea da Vale e de uma estrada rural, uma multidão ao lado de alguns carros observava a operação. Outro helicóptero Pégasus estava no solo, preparando-se para resgatar restos mortais encontrados sete dias após o rompimento da Barragem B1.

As duas aeronaves ganham altura e deslizam pelo ar até o meio do rio, um dos principais afluentes do Rio São Francisco, agora vermelho e assoreado pela lama. Sobre um dos bancos de rejeitos no meio do rio, dois bombeiros afundados até a alinha da cintura marcam o local da localização do corpo.

Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa

Com dificuldade, os policiais posicionam a aeronave sobre a dupla, tentando deixar a corda e a rede de carga numa posição acessível aos bombeiros. O deslocamento brusco e constante de ar das pás dos rotores arranca até poeira dos barrancos, dificultando a visão dos socorristas em solo e sua missão. Quando os restos mortais são finalmente acomodados na rede e o helicóptero acelera para ganhar altura, os dois socorristas desabam sobre o banco de rejeitos, demonstrando o alívio da tarefa cumprida depois de um esforço extenuante.

Como ocorreu centenas de vezes isso na pequena comunidade de Córrego do Feijão, a aeronave transportando uma vítima içada aparece no horizonte, atraindo a atenção dos moradores, sobretudo daqueles que perderam amigos e familiares na região. O ponto de recolhimento foi batizado de IML, numa alusão à sigla de Instituto Médico-Legal, por ser o local formal onde a Polícia Civil recebe corpos para a identificação e outros procedimentos legais.

A aeronave não chega a tocar o solo. Apenas desarma a rede, depositando o corpo sobre uma parte do pasto. Não pode demorar, porque o deslocamento de ar de outra aeronave se aproximando já é sentido e essa turbulência pode ser perigosa para ambas. Assim que o Pégasus parte, a equipe de legistas, protegidos por um macacão vedado e com máscaras de gás, sai de uma tenda branca para recolher mais uma vítima. Naquele local, mais de 120 atingidos recuperados sem vida foram limpos e submetidos a exames e testes para reconhecimento. Aqueles que ainda não podem ser devolvidos para suas famílias são levados para caminhões frigoríficos.

Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR

Exercícios diários de perícia

Vasculhando as margens de um rio de lama com barro na altura dos joelhos, 12 resgatistas das brigadas da Associação Mineira de defesa do Ambiente (Amda) e do povoado de Casa Branca procuram por sinais de vida na região onde ficava a Pousada Nova Estância.

A construção foi arrasada pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH. Naquele sábado, segundo dia de buscas, um helicóptero surgiu de trás de uma curva e o piloto da aeronave Pégasus, da Polícia Militar de Minas Gerais, ao avistar o trabalho das equipes em solo, manobrou de forma rápida e precisa, deixando o helicóptero de lado.

O tripulante operacional que estava do lado externo, em pé sobre os esquis, gesticulou para que todos abandonassem os trabalhos e fugissem para o alto dos morros. Além de resgatar sobreviventes e corpos, o trabalho das tripulações das aeronaves que trabalham na Operação Brumadinho inclui o apoio direto às equipes de solo.

Helicópteros, a importância do uso das aeronaves em Brumadinho, MG

Antes de embarcar na aeronave, o tripulante operacional precisa fazer sua ancoragem, que consiste em prender um cabo de dentro do aparelho ao cinturão que fica atado às pernas e à cintura do militar. As cordas têm ajustes manuais simples, que permitem que o resgatista fique mais próximo à fuselagem, com a porta aberta, ou até mesmo de pé no esqui de pouso do helicóptero. “Muitas vezes, nas operações de resgate, é preciso orientar o piloto sobre a aproximação de obstáculos como fiações, antenas, torres, árvores, drones que podem estar nas proximidades e outras aeronaves”, disse o sargento Sérgio Natalino.

O militar atua há 13 anos na função e foi responsável por remover da lama e levar para o hospital Alessandra Paulista de Souza, de 42 anos, que depois se reencontrou com a irmã, Talita Cristina de Oliveira Souza, de 15. A filha dela, Laís de Souza, de 14, continua desaparecida. O resgate obrigou o militar a receber a mulher dos braços dos bombeiros enquanto o helicóptero ainda pairava.

Uma das peças mais importantes da aeronave é o rotor de cauda, que consiste em hélices que giram em orientação vertical na cauda do helicóptero, permitindo que a aeronave voe de forma estável. Caso o rotor seja danificado, o helicóptero perde o controle e começa a girar. “Nessa posição, somos os olhos do piloto. Por isso temos de conhecer o limite dos rotores de cauda e do principal, para evitar obstáculos”, conta o militar.

Bombeiros carregam corpo resgatado em Brumadinho. Foto: Divulgação

Não há como conversar dentro da aeronave, devido ao ruído extremamente alto do giro das pás dos rotores. Por isso, as informações e orientações que a tripulação troca precisam ser transmitidas por fones de ouvido com microfones. A outra forma é por gestos. O tripulante responsável por ficar na porta da aeronave sinaliza para indicar direções, esticando os braços, sempre fazendo referências aos ponteiros do relógio. “Quando sinalizo três horas, me refiro a algo que está à direita, seis horas, bem atrás de nós”, explica.

Os militares da tripulação que ficam na porta são também aqueles responsáveis por se comunicar com equipes de socorro em solo e com pessoas em áreas ameaçadas. “Fazemos gestos sobretudo pra alertar sobre perigos, indicando que as pessoas devem se afastar e para qual direção devem ir. Para saber se está tudo bem, uso os gestos com os polegares para o alto. Se é para acabar, sinalizo com uma das mãos sobre a outra.”

As dificuldades dos pilotos também são grandes. “É um processo muito complexo, por envolver diversas aeronaves voando simultaneamente em um mesmo local. Já enfrentamos chuvas fortes aqui, inclusive com granizo. Nesse momento, várias aeronaves faziam o sobrevoo e a nossa visibilidade ficou extremamente reduzida. Tanto o nascer quanto o pôr do sol atrapalham nossa visão. Também encontramos muita fiação nas proximidades da altura em que precisamos voar”, detalhou o major Flávio Barreto, comandante da equipe Pégasus 08.

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