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Os heróis existem – O incêndio do Edifício Andraus

EDUARDO ALEXANDRE BENI
Coronel da Polícia Militar de São Paulo – Águia 31
Artigo publicado em 09 de agosto de 2011

Antes de iniciar esse artigo agradeço a oportunidade de ter conhecido a pessoa que possibilitou escrever essa história – Comandante Cláudio Finatti (In memoriam). Foram muitas conversas e longas pesquisas. Finatti mantinha um arquivo pessoal invejável e que possibilitou escrever esse artigo.

Faço uma ressalva quanto ao número de pessoas salvas e sequências dos fatos, pois, apesar de ler muito sobre o assunto, muitos anos se passaram e existem muitas versões. Tentei seguir aquilo que foi publicado na mídia à época dos fatos. Faço aqui um breve resumo.

Passados 49 anos dessa tragédia, vimos que esses pioneiros reescreveram a história do salvamento aéreo no Brasil e no mundo e esses pilotos foram os desbravadores e os grande motivadores do uso de helicópteros nas operações de segurança pública e de defesa civil, que nesta época era apenas um sonho.

Muitos deles eram pilotos civis e outros eram oriundos das Forças Armadas e que trabalhavam na Aviação Civil. Como fato histórico, a Polícia Militar, bem como a Polícia Civil de São Paulo, somente receberiam seus helicópteros 12 anos depois dessa tragédia.

Cláudio Finatti da Anhembi Aviação estava no Campo de Marte na hora do incêndio, pilotando o helicóptero PT-HCB, um Enstron F28-A. Foto: Agência Estado.
Cláudio Finatti da Anhembi Aviação estava no Campo de Marte na hora do incêndio, pilotando o helicóptero PT-HCB, um Enstron F28-A. Foto: Agência Estado.

O mais incrível é que, mesmo nos dias de hoje, muitas pessoas ainda não entendem a importância do helicóptero no resgate, no salvamento e no policiamento.

Estados no Brasil iniciaram seus serviços de Aviação de Segurança Pública na década de 70 e também encontraram muitos entraves políticos, econômicas e jurídicos. Atualmente o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Nº 90 (RBAC 90) regulamentou as operações especiais de Aviação Pública e o serviço é realizado em todo o Brasil.

Antigamente, o helicóptero era visto pelas pessoas como um aparelho sensacional e de muita utilidade, hoje, muito embora, não seja a maioria, vêem o helicóptero como um equipamento barulhento e que incomoda o dia-a-dia das grandes capitais.

Em São Paulo, por exemplo, o helicóptero é um grande problema para a “Aviação Regular” (Serviço Aéreo Público), pois o Aeroporto de Congonhas está localizado entre centenas de arranha-céus repletos de helipontos elevados.

Assim, inicio esse artigo relembrando as pessoas da importância do helicóptero no desenvolvimento da Aviação e, principalmente na Segurança Pública e Defesa Civil e, consequentemente, encontraremos algumas respostas para as perguntas que são feitas nos dias de hoje. “Relembrar é viver”.

Antoine de Saint-Exupery, escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, disse, de forma magistral, que: “O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino.”

O INCÊNDIO DO EDIFÍCIO ANDRAUS – OS FATOS

Às 16:20h de 24 de fevereiro de 1972 a população paulistana assistiu estarrecida ao incêndio que destruiu o edifício Andraus, resultando em uma tragédia sem precedentes.

O edifício Andraus, de 30 andares, na Av. São João em chamas. Foto: Agência Estado.
O edifício Andraus, de 30 andares, na Av. São João em chamas. Foto: Agência Estado.

O edifício, de 30 andares, na Av. São João, era referência para a época, possuía escritórios da Petrobras, Shell, dez companhias de seguros, entre elas a The Tokio and Fire, além das Casas Pirani, uma das mais populares lojas de departamento de São Paulo, que ocupava os quatro primeiros andares do prédio.

Em determinado momento, ocorreu uma súbita escuridão e em poucos minutos mais de mil pessoas se deram conta de um incêndio que tomava todo o edifício. Neste momento começou a corrida pela sobrevivência. A população solidária iniciava uma operação de salvamento, a Polícia Militar utilizava homens e equipamentos para resgatar as vidas em desespero, surgem, então, os heróis, aqueles que lutaram até o último suspiro de força, de coragem, de ternura e desprendimento.

Segundo relatos, o vento nesse dia era forte, 30 km/h, alimentando o fogo, mas esse vento foi a salvação de mais de 700 pessoas, metade no heliponto do edifício e a outra metade na escada interna do edifício, pois, batendo nos fundos do prédio, na direção norte, o vento levava o fogo e a fumaça para a fachada do prédio e para a lateral na Rua Aurora.

Foto que marcou época. Este bombeiro, Cabo Geraldo Alves de Andrade, faleceu algum tempo depois, vítima de queda do caminhão de combate a incêndio na Praça Panamericana. Foto: Agência Estado.

Muitas pessoas, fugindo da morte, com esperança de sobrevivência, buscavam saídas, muitas vezes para a morte, outras para a vida. As chamas devastavam o prédio rapidamente e uma saída foi encontrada, um dos poucos helipontos elevados existentes na Cidade, local que salvou mais de 700 pessoas, com a ajuda de helicópteros.

Com a repercussão dada pelo rádio e pela necessidade, os pilotos, um a um, foram voluntariando-se, buscando seus helicópteros e iniciando os salvamentos. Esse fato foi inédito e, além de nem todos terem experiência nesse tipo de operação, foram obrigados a operar à noite, exigindo esforço e coragem dos pilotos e policiais militares que tripularam as aeronaves.

QUEM ERAM OS PILOTOS

Através de material publicado no Jornal Folha de São Paulo, Caderno 2, de 05 de março de 1972, pelos repórteres: Isabel Dias de Aguiar, Julio Moreno, Luís Carlos Ventura e Renato Russo e por outras diversas publicações e fotos, guardadas carinhosamente pelo Comandante Finatti, foi possível resgatar essa memória esquecida para alguns e marcada na carne para outros.

Dentre eles existiam pilotos experientes, com mais de 3.000 horas de voo em helicópteros e aqueles com pouco mais de 350 horas, como o Comandante Finatti, sem falar dos helicópteros utilizados: Bell 204 e 206, Hughes, Hiller e Enstron. Um feito memorável e que reescreveu a história do salvamento aéreo no Brasil e no mundo.

OS PILOTOS – OS HERÓIS

Alguns desses pilotos ainda voam pelos céus do Brasil e do Mundo. Outros, o destino obrigou-os a alçarem voos mais altos, de onde nos protegem e nos ensinam com suas histórias. Conheçam os pioneiros:

O SALVAMENTO

O pânico era o único sentimento que prevalecia e as pessoas tentavam encontrar forças para sobreviverem. As aeronaves iniciaram uma operação inédita e perigosa, tentavam pousar no heliponto do prédio (encontrava-se interditado), porém a fumaça, o calor, o desespero das vítimas e as antenas impediram, momentaneamente, o salvamento por via aérea, restando somente o lançando de leite às vítimas, que ora bebiam, ora resfriavam o corpo. As pessoas, encurraladas entre a morte certa e a esperança de viver, arrancavam desesperadamente as antenas, tentando facilitar a chegada dos helicópteros.

O Comandante Olendino Francisco de Souza, piloto do Governo do Estado de São Paulo, sabia que enfrentaria três perigos: a fumaça, a laje instável e o pânico das pessoas, entretanto, achou de deveria ser o primeiro a pousar, pois como pilotava o maior helicóptero (Bell 204), se pousasse, os demais poderiam seguir o mesmo caminho. Foi o que aconteceu.

Olendino Francisco de Souza, piloto do Governo do Estado de São Paulo, soube do incêndio por uma estação de rádio. Pilotou o helicóptero PP-ENC, um Bel 204B. Foto: Agência Estado.
Olendino Francisco de Souza, piloto do Governo do Estado de São Paulo, no helicóptero PP-ENC, um Bel 204B. Foto: Agência Estado.

Segundo entrevista dada pelo Comandante Picolli ao JT no dia do incêndio, disse: “o Comandante Sayão foi o segundo a pousar no prédio, o primeiro a ver o incêndio e dar o alarme. Pousou na avenida São João, entre jatos d’água, entulhos, fios de alta tensão e outros obstáculos. Quase morreu em um momento. A fumaça invadiu o motor do helicóptero. Faltou oxigênio e ele teve que “se jogar” sobre a praça da república até conseguir sustentação de novo para o aparelho.

Assim, no helicóptero, PT-EES, um Hiller FH-1100, o Comandante Sayão (Leia o artigo) embarcou o então Ten PM Duxferri Gomes de Oliveira do Corpo de Bombeiros, o 3º Sgt PM Milton Serafim da Silva e o 2º Sgt PM Augusto Cazzaniga, ambos do COE (o Sgt Serafim era piloto privado) e, após várias tentativas de outras aeronaves, conseguiu lançá-los no heliponto, que mediante atitudes enérgicas, conseguiram heroicamente, coordenar o salvamento, controlar o incontrolável e salvar essas pessoas que estavam a beira do colapso.

Na sequência surge outra aeronave, comandada por Zanini e auxiliado pelo Eng. de Bellegard, lançando, em duas viagens, outros três policiais militares sobre o heliponto, o Cap PM Helio Barbosa Caldas, o 3º Sgt PM Wisnton Oscar Boldi da Silva, ambos do Corpo de Bombeiros e o 3º Sgt PM Djalma Evangelista, do COE. Diante deste quadro tétrico surgem os pilotos, heróis anônimos, que ultrapassando todos os limites operacionais e exigindo o que não se pode exigir de uma aeronave, retiraram todas as vítimas do heliponto.

Vale lembrar que o COE era ainda uma Companhia de Operações Especiais e pertencia ao 1º BPM “Tobias de Aguiar”. Essa subunidade teve participação decisiva na operação de salvamento ao lado do Corpo de Bombeiros. Conta o então 2º Sgt PM Newton Ferreira da Silva do COE, que estava no teto do edifício Palladium (fica ao lado do edifício Andraus), e após retirar 8 pessoas com uma corda amarrada entre os prédios, atravessou o vão entre eles por uma escada. A extremidade da escada, apoiada no edifício Andraus, era segurada pelo Ten Duxferri e Sgt Cassaniga. Feita a travessia auxiliou a retirada de 26 pessoas, sendo 13 pela escada “magirus” e 13 pelas escadas do prédio até o térreo.

Cláudio Finatti da Anhembi Aviação estava no Campo de Marte na hora do incêndio, pilotando o helicóptero PT-HCB, um Enstron F28-A. Foto: Agência Estado.
Cláudio Finatti da Anhembi Aviação estava no Campo de Marte na hora do incêndio, pilotando o helicóptero PT-HCB, um Enstron F28-A. Foto: Agência Estado.

Alguns pilotos conduziram suas máquinas sem ao menos possuírem rádios. O ar rarefeito reduzia a potência dos motores dos helicópteros, o que exigia enorme esforço dos pilotos para controlar os aparelhos. O teto baixo, a névoa úmida misturada à fumaça, tudo contribuiu para tornar a missão demasiadamente perigosa.

Os pilotos abasteciam as aeronaves no Aeroporto Campo de Marte e retornavam ao local do incêndio, alguns tinham que manter somente 50% de combustível, a fim de terem mais disponibilidade de potência e consequentemente, poderem embarcar mais pessoas. As vítimas embarcadas nas aeronaves eram conduzidas ao Campo de Marte, Praça Princesa Isabel (centro) e de lá levadas de ambulância aos hospitais, bem como ao Hospital Geral do Exército no Cambuci e ao Hospital das Clínicas.

O heliponto era para 2.400 quilos, mas, como numa sinfonia, utilizaram áreas restritas para os pousos, aproximações arriscadas, mas estavam predestinados a salvarem aquelas pessoas, pois para elas era a única saída, e, cinco horas depois, o heliponto estava completamente vazio, a missão estava cumprida.

Às 22 horas, os helicópteros retiram mais de 700 pessoas das cerca de 1.200 pessoas que estavam no Edifício em chamas. Foram realizados mais de 150 pousos no heliponto interditado do Edifício Andraus e faleceram 16 pessoas.

AS CONDIÇÕES ADVERSAS PARA O VOO

Segundo artigo publicado na Revista Pirelli, Ano XXIII, N 118, de dezembro de 1978, pg 24, 10 anos no Ar, escrita pelo Engo Carlo de Bellegarde de Saint Lary e corroborada pelo Comandante Zanini, relatou, de forma primorosa, o seguinte:

Carlos Henrique de Campos Zanini, piloto da Pirelli, e o Eng. Carlo de Bellegarde de Saint Lary, a bardo da aeronave, resgataram 53 pessoas do Edifício Andraus em 19 viagens com o helicóptero PP-HBN, um Bell Jet Ranger 206A. Foto: Agência Estado.
Carlos Henrique de Campos Zanini, piloto da Pirelli, e o Eng. Carlo de Bellegarde de Saint Lary, a bardo da aeronave, resgataram 53 pessoas do Edifício Andraus em 19 viagens com o helicóptero PP-HBN, um Bell Jet Ranger 206A. Foto: Agência Estado.

“Para dar a dimensão do risco ao qual estiveram expostas as equipagens e máquinas é suficiente considerar os seguintes fatores técnicos, todos conflitantes com as regras normais de segurança de voo, e que foram, por nós, experimentadas e vividas durante a operação:

  • As aterrissagens com visibilidade “zero” quando os helicópteros atravessavam a densa fumaça para colocar-se sobre o terraço;
  • Antenas de televisão invisíveis da fumaça e que se encontravam na trajetória da descida;
  • Turbulência provocada pelas chamas inferiores, com conseqüente dificuldade do controle das aeronaves;
  • Temperatura elevadíssima quando da decolagem, provocando superaquecimento da turbina, que alcançou temperaturas ao redor de 900oC, quando o máximo permitido é de 843oC, durante seis segundo no máximo (helicóptero da Pirelli, PT-HBN, um Bell Jet Ranger 206A);
  • Perda de potência no motor e insuficiente rotação do rotor, devido à temperatura e ao ar rarefeito e, em conseqüência, o helicóptero, logo após a decolagem, não voava, mas caía fora do edifício, em direção à Praça da República, onde, por felicidade nossa, era possível recuperar-se contra o vento e com ar fresco;
  • Quase todos os helicópteros, devido às proibitivas condições de voo, sofreram anomalias de funcionamento de um ou mais componentes. Por exemplo, o helicóptero da Pirelli (PP-HBN, um Bell Jet Ranger 206A) voou durante muito tempo com panes intermitentes de uma das bombas de combustível;
  • Durante as aterrissagens noturnas sobre o Andraus, a fumaça e a garoa que se formavam ao redor do edifício refletiam a luz dos holofotes de aterrissagem, tornando nula a visibilidade externa.”

Esse relato, dado pelos pilotos e publicada pela revista, está repleto de informações técnicas e de valor inestimável. É, inquestionavelmente, um marco histórico para o salvamento aéreo, pois algo muito semelhante aconteceu no incêndio da favela de Heliópolis no dia 17 de junho de 1996 (Heliópolis – O voo a beira dos limites), 24 anos depois. Nesse episódio, lembram os pilotos, do aquecimento acima do normal da turbina e das perdas momentâneas de sustentação da aeronave.

AS HOMENAGENS

Em função desse feito heroico, todos os pilotos, policiais militares, bombeiros, etc que participaram dos salvamentos foram exaustivamente homenageados e não era para menos. Assim, foram oferecidas algumas homenagens a esses heróis, embora não se limitem somente a essas:

  • Troféu “Merecimento Rotariano”, outorgado pelo Rotary Club de São Paulo em 08 de março de 1972, a 18 heróis que participaram no salvamento do Edifício Andraus;
  • Láurea máxima oferecida pela Flight Safety Fundation, com sede em Washington aos pilotos, entre os dias 16 e 18 de outubro de 1972;
  • Prêmio oferecido pela Helicopter Association of America em Las Vegas, EUA, em 1973;
  • Medalha de Mérito Santos Dumont, entregue em 20 de Julho de 1972, em solenidade na Base Área de São Paulo, em Cumbica;
  • Homenagem na Semana da Asa em Santos, 19 de outubro de 1981: o Comandante Cláudio Finatti recebeu um cartão de prata pelo feito no Edifício Andraus e Joelma;
  • Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo entregue em 26 de outubro de 1972, pela Câmara municipal de São Paulo, etc.
  • Medalha de Bravura da Cidade de São Paulo entregue no dia 30 de Janeiro de 1973 no Museu de Arte de São Paulo, Assis Chateaubriand, com a presença do Governador de Estado Laudo Natel e do Prefeito Figueiredo Ferraz;

Em 2002, o Grupamento de Radiopatrulha Aérea (GRPAe) da Polícia Militar de São Paulo homenageou os heróis que participaram do incêndio do Edifício Andraus.

Nesse evento estavam presentes pilotos e bombeiros que também atuaram no incêndio do Edifício Joelma, com a participação ilustre do primeiro piloto de helicóptero do Brasil, Comandante Carlos Alberto (Conheça sua história). Na época ele era piloto da Pirelli e, na companhia do Eng. Carlo de Bellegarde de Saint Lary, participaram do trágico incêndio do Joelma.

UM DETALHE CURIOSO

O Comandante Portugal Motta, que pilotava um Bell 206 e que salvou 100 pessoas no incêndio, quando era Oficial da FAB, havia interditado o heliponto em meados de 1969, pois haviam instalado nele muitas antenas de televisão e outros aparelhos e retiravam a segurança do heliponto.

A administração do prédio não se interessou em reabrir o heliponto e então ficou válida a sua interdição. O detalhe que esse era, segundo informações da época, o único heliponto registrado de São Paulo e aquele que interditou foi um dos heróis que participou do salvamento.

AS DISCUSSÕES PROMOVIDAS APÓS A TRAGÉDIA

Na época do incêndio muitos questionamentos surgiram sobre o então Código de Obras de São Paulo, principalmente sobre a segurança desses edifícios e, assim, o Jornal Folha de São Paulo, Caderno 1, de 05 de março de 1972, levantou vários problemas, fazendo um paralelo com o Código de Obras de Nova York. A seguir, alguns pontos discutidos na época:

  • Melhor dimensionamento dos sistemas de escoamento dos edifícios, “halls”, áreas comuns, escadarias, etc;
  • Estanqueidade, continuidade e incombustibilidade das caixas de escada, proposta seguramente mais significativa que qualquer exigência de escadaria externa;
  • Inclusão de portas corta-fogo, em determinados casos e posições estratégicas, proposição que assume grande importância, sobretudo para escolas, teatros, cinemas e locais de reunião pública em geral;
  • Sistemas de indicações precisas sobre a possibilidade de aberturas em paredes divisórias, para atingir áreas de saída e edificações vizinhas; sinalização adequada, nos grandes edifícios, sobre os meios de escoamento de emergências disponíveis;
  • Criação de dispositivo permanente de fiscalização e vistoria, capaz de assegurar o razoável cumprimento das disposições básicas de segurança, e
  • Construção de helipontos elevados em Edifícios, a fim de possibilitar o pouso de helicópteros;

Vimos nessas questões discutidas na época muitas realidades de hoje, uma delas é a enorme quantidade de helipontos elevados nos edifícios paulistas.

Evidente que sua utilização hoje se deve pela disseminação do uso do helicóptero no transporte de pessoas, principalmente de autoridades e executivos, entretanto, podemos afirmar que a inclusão de helipontos nos projetos de construção dos prédios na cidade de São Paulo foi decorrente dessa tragédia, mas, mais especificamente, por conta do incêndio do Edifício Joelma em 1974 (será tema de outro artigo), pois ele não possuía heliponto e, por isso, muitas pessoas morreram no teto do prédio, mostrando na carne a importância do heliponto.

A PREVISÃO

Não querendo ser injusto com pessoas que lutaram pela utilização e disseminação do helicóptero no Brasil, farei uma menção honrosa ao Comandante Judimar Piccoli, que foi o idealizador da Escola de Pilotagem Anhembi e um dos pilotos que mais defendeu o uso do helicóptero no Brasil e foi um ícone na Aviação, além de excelente piloto:

Em matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo, de 11 de janeiro de 1973, o Comandante Piccoli disse, quase de forma premonitória, o seguinte:

“O incêndio do Andraus serviu para dar o impulso inicial, embora algumas poucas pessoas já soubessem como podem ser eficientes os serviços prestados pelo helicóptero. Mas parece que tudo foi esquecido. O Órgão responsável pelo trânsito da Capital, a Polícia, os grandes hospitais – todos podiam estar utilizando o helicóptero como uma das formas mais eficientes de colher informações de toda a cidade em poucos minutos e também de prestar assistência à população. No Brasil, não se aprendeu ainda a aproveitar a modalidade e a rapidez desse aparelho. Quem sabe num outro incêndio…(grifo nosso)

Antes de continuar a leitura, peço um minuto de silêncio…Quando estudamos os fatos e relembramos a história nos damos conta de fatos estarrecedores como esse.

Assim, temos que fazer, nesse momento, uma alusão ao incêndio do Edifício Joelma, ocorrido no dia 1° de Fevereiro de 1974, dois anos depois do incêndio do Andraus e um ano depois do que disse o Comandante Piccoli. Pode parecer pura coincidência, mas quem conhecia o Comandante e sua vasta experiência, sabia que isso realmente poderia acontecer. O resultado desta tragédia foi cerca de 345 feridos e mais de 180 mortos.

OS RESULTADOS

Considerando ainda o incêndio do Edifício Joelma, ocorrido em 1 de fevereiro de 1974, dois anos depois do incêndio do Andraus, vimos hoje, que essas duas tragédias foram as precursoras de várias providências que surgiram nas décadas seguintes.

Um dos pontos mais importantes de toda essa discussão iniciada, por conta dessas duas tragédias, foi a necessidade do Estado aparelhar suas Polícias e Corpos de Bombeiros com helicópteros e a necessidade constante de modernizar seus equipamentos e técnicas de salvamento.

A proliferação dos helipontos elevados em São Paulo, inclusive em hospitais e o aumento da segurança nos projetos dos novos edifícios foi, certamente, resultado dessas tragédias. As pessoas hoje se esquecem disso, reclamando do barulho dos helicópteros, problemas para os aeroportos, como ocorre em São Paulo, o excesso de exigências nos projetos de combate a incêndio, etc. Isso é falta de memória. Por isso, vamos relembrar.

Importante frisar que nessa época o Hospital das Clínicas de São Paulo não possuía heliponto elevado, hoje possui dois e com toda infra-estrutura para o desembarque de enfermos. O Grupamento Aéreo da Policia Militar de São Paulo é o seu maior usuário.

No campo legislativo, outro resultado importante dessas tragédias (Andraus e Joelma), foi o avanço gradativo da conscientização, por parte do poder público, na elaboração de decretos e leis estaduais que criaram uma legislação coerente sobre Segurança contra Incêndios.

No caso de São Paulo, o município criou o Decreto nº 10.878 de 07 de fevereiro de 1974, que foi o primeiro regulamento oficial sobre segurança contra incêndio de edificações no Brasil. Detalhe, este decreto foi sancionado uma semana após o incêndio no edifício Joelma.

Desde então, os decretos sofreram várias atualizações que culminaram com o atual Regulamento Estadual de Segurança contra Incêndios, aprovado por meio do Decreto Estadual 46.076 de 31 de agosto de 2001. Este é o terceiro regulamento oficial de segurança contra incêndio em edificações, elaborado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, aprovado 29 anos depois do incêndio do Edifico Andraus.

Muitas coisas ainda ficarão sem respostas, mas uma coisa é certa, o helicóptero se consolidou como um instrumento eficiente e eficaz, não só no transporte de pessoas, mas no salvamento, na observação do trânsito, no resgate, no trabalho da imprensa, no policiamento, etc.

Importante, agora, que o Poder Público, da mesma forma como ocorreu com regras sobre segurança contra incêndio em edificações, aprove regulamento sobre a Aviação de Segurança Pública e Defesa Civil. Quantas tragédias precisarão acontecer para que essa atividade seja devidamente reconhecida pelos legisladores.

Hoje, Comandante Piccoli, seu sonho e desejo é uma realidade.

REFERÊNCIAS

  • Jornal Folha de São Paulo, Caderno 2, pg. 14, de 05 de março de 1972, pelos repórteres: Isabel Dias de Aguiar, Julio Moreno, Luís Carlos Ventura e Renato Russo, “A história completa do incêndio Andraus.”;
  • Revista Pirelli, Ano XXIII, N 118, de dezembro de 1978, pg 24, 10 anos no Ar;
  • O Estado de São Paulo, de 12 de outubro de 1972, Jornal da Tarde, pg. 21, “Um prêmio para onze pilotos, heróis do edifício Andraus.”;
  • Folha de São Paulo, 1o Caderno, pg. 12, de 05 de março de 1972 – “Como evitar que isto se repita.”;
  • O Estado de São Paulo, pg. 14, de 26 de fevereiro de 1972, “Doze helicópteros, 7 fatos e uma façanha.”;
  • Folha de São Paulo, 2o Caderno, pg.15, de 05 de março de 1972, “O que os outros fazem contra o fogo.”;
  • O Estado de São Paulo, de 11 de janeiro de 1973, Jornal da Tarde, pg. 3, “Os heróis não vão a Las Vegas receber seu prêmio.”;
  • Revista O Cruzeiro, de 3 março de 1972, no 10, pg.22, “O Inferno”;
  • Fotos da Agência Estado, dos Jornais e do acervo pessoal do Comandante Finatti;
  • Entrevista com o Cap Ref PM Newton Ferreira da Silva.

Autor: Eduardo Alexandre Beni é Coronel da reserva Polícia Militar de São Paulo trabalhou 22 anos no Grupamento de Radiopatrulha Aérea. É piloto comercial de helicóptero, instrutor de voo e editor do site Resgate Aeromédico.

Nota: As pessoas que possuírem mais informações, fotos, ou que sugiram alterações, correções no texto, favor enviar mensagem no e-mail: [email protected].

O incêndio do Edifício Andraus pelo Comandante Sayão

WALMYR FONSECA SAYÃO

O site Resgate Aeromédico publicou artigo denominado Os Heróis existem – O Incêndio do Edifício Andraus e tivemos a grata satisfação de receber uma contribuição inestimável e que a “santa internet” propiciou: um relato do Comandante Sayão sobre sua participação nesse incêndio.

Sayão, PCH 29, hoje com 74 anos e morando no Rio de Janeiro, relembra alguns acontecimentos e reconduz a história, apresentando fatos nunca escritos.

A história viva

Estava tranquilamente assistindo televisão, quando ouvi meu neto gritar:

– Vovô, vovô o Senhor está na internet.

Corri para ver do que se tratava, e constatei que várias pessoas que participaram do salvamento às vítimas do incêndio do Edifício Andraus na Cidade de São Paulo, manifestavam a respeito de seus feitos e de outrem.

Evidentemente que no primeiro momento fiquei contente com o desfilar de opiniões, congratulações, dentre outras que eram feitas aos heróis, inclusive com opiniões e louvores aos feitos dos vários participantes do salvamento. Feitas por pessoas do povo. Assim, eu conto como eu vivi e vi o incêndio do Andraus.

A decisão de ir

No dia do incêndio estava voando com um capitão da Aeronáutica, o qual checava as condições do helicóptero para liberá-lo para os voos cotidianos, após manutenção que havia sido feita. Durante o voo percebemos que o Edifício Andraus estava em chamas. Comentei com o capitão e externei a minha vontade de ir para lá, ele ponderou que não poderia ir, pois tinha vários problemas para resolver, mas que o helicóptero havia passado na vistoria e eu estava liberado para ir para lá.

Ao pousar para deixar o Capitão veio conversar comigo o mecânico Brizzi e um engenheiro da COMASP, a quem pertencia o helicóptero. Brizzi ao ficar sabendo que eu pretendia ir ao Andraus, pois ele estava pegando fogo, prontificou-se em me acompanhar. Decolei e participei à Torre do Campo de Marte o que estava acontecendo.

O que viu no local – terror

Partimos em direção ao Andraus por volta das 16H00, lá chegando percebemos que não poderíamos pousar, pois havia muitas antenas de rádios e torres de ferro e fios, impossibilitando o pouso, assim, Brizzi abriu a porta do helicóptero e começou a gritar para que as cinquenta pessoas que se encontravam ali no heliporto, derrubassem tudo que pudesse interferir no pouso do helicóptero.

Na terceira passagem, como num passe de mágica, o heliporto estava livre para o pouso. Ao me aproximar já percebia o empurra-empurra das vítimas que se aproximavam da aeronave logo que pousei. Assim que o Brizzi abriu a porta e pisou na laje, retornou para o helicóptero gritando – decola, decola! Imediatamente, tirei o helicóptero do chão e perguntei ao Brizzi o que tinha acontecido, ele disse: – eles estavam se aproximando perigosamente do rotor de calda onde poderiam se acidentar, morrendo ou ficando gravemente feridos ao se chocar com o mesmo que é pouco visível, quando em funcionamento.

Ao fazer esta decolagem, um pouco brusca, notei que a temperatura da turbina tinha se elevado e que a rotação havia caído, com perda de potência, assim joguei o helicóptero de nariz para baixo na direção da Praça da República, onde se encontrava uma multidão considerada e consegui recuperar as condições de voo, talvez porque estava livre do ar contaminado com fuligem, fato que deve ter interferido com a temperatura e rotação do helicóptero.

O voo dos bombeiros

Notei que devido aos voos de experiência e o de vistoria estávamos com pouco combustível e o que tínhamos só daria para chegar ao Aeroporto de Congonhas e para lá nos dirigimos para reabastecer e reiniciar o salvamento. Ao fazer a curva notei uma grande clareira no meio da multidão e nesta clareira um grande “T” colocado pelos bombeiros pedindo a presença de um helicóptero para que eles pudessem ir para cima do edifício, ou seja, para o heliporto, pousei e o mecânico Brizzi saltou e se prontificou a dar o seu lugar aos bombeiros.

O Brizzi ficou na Rua São João em frente ao cinema Metro, e eu transportei para cima três policiais militares, um inclusive se encontrava à paisana, sem farda, pois segundo ele estava de folga, assim, subiram para o alto do edifício um tenente e dois sargentos, posteriormente, fiquei sabendo se tratar do Tenente Duxferri do bombeiro, e os outros dois de nomes Augusto Cazzaniga e Milton Serafim da Silva, ambos do COE, que levaram 100 metros de corda, cuja missão principal seria a de organizar a saída dos sobreviventes, pois se algum se chocasse com o rotor de calda, além de sofrerem lesões graves, o helicóptero não teria mais condições de voar com o danos que ocorressem, tornando o resgate das vítimas impossível de ser feito. Os três saltaram no topo do Edifício, no heliporto.

Enfim, o reabastecimento

Dirigi-me, então, ao Aeroporto de Congonhas para reabastecer. A entrada para o Aeroporto foi facilitada com a suspensão da operação, nenhum avião pousava ou decolava no Aeroporto durante o tempo que durou o salvamento. Assim, ao pousar para reabastecer o Administrador do Aeroporto veio me parabenizar, pois estavam ouvindo a Rádio Jovem Pan, e esta tecia muitos elogios à minha atuação, inclusive dizendo o meu nome, acredito que eles tiveram acesso ao nome pelo Brizzi, pois quando saltou do helicóptero na Av São João foi logo assediado pela imprensa.

O helicóptero Bell 204 do Estado de São Paulo, se encontrava abastecendo, foi quando o Comandante Souza me perguntou como estava a situação no heliporto, eu disse que estava sobre controle e que só havia umas cinquenta pessoas lá em cima, e ponderei que ele tivesse cuidado com as pessoas no rotor de calda, ele disse: – Não tem problema, pois o meu helicóptero tem o rotor de calda alto.

Terminado o abastecimento do Helicóptero Bell, o Comandante Souza dirigiu-se para ele, porém, pude notar que na cadeira de comando estava sentado o Coronel Gilson, da Aeronáutica (DAC – Departamento de Aviação Civil), justamente o oficial do DAC que fazia o check de pilotos, mais o mecânico do helicóptero.

O retorno ao local – o salvamento estava começando

Após a decolagem do helicóptero do Estado, decolei logo em seguida. Ao chegar no Edifício Andraus pude observar que o Bell acabava de pegar várias vítimas e preparava-se para decolar, tomei posição para pouso, guardando certa distância para não interferir com a sustentação do helicóptero do Estado, pois além da temperatura do local estar alta, tínhamos que ter cuidado com a turbulência que poderíamos provocar uns para os outros.

Ao pousar perguntei ao bombeiro Cassaniga o porquê de tantas pessoas no heliporto, já que quando do primeiro voo só havia mais ou menos cinquenta pessoas? Ele disse: – Comandante, quando o senhor nos deixou aqui pudemos ver um portão, grade de ferro no chão, trancado com um cadeado, impedindo que as pessoas que estavam no último andar conseguissem chegar ao heliporto, quando abrimos o portão mais de trezentas pessoas vieram para cá, providência divina, estamos com muitas dessas pessoas aqui passando mal, pois estão intoxicadas pela fumaça que tem ali embaixo. Assim, ponderei que ele orientasse aos outros pilotos que já começavam a chegar que levassem os doentes para o Campo de Marte, pois lá tinha hospital e seriam imediatamente atendidos, mesmo assim alguns helicópteros no afã de socorrerem, retirarem lá de cima as vítimas, deixando-as em vários lugares como: Pacaembu, Praças, no topo de outros edifícios, dentre outros.

Os participantes

Participaram, efetivamente, do resgate dos sobreviventes do Andraus vários helicópteros, a saber:

  • PP-EES – Hiller FH-1100 da COMASP – Piloto Walmyr Sayão
  • PP-ENC – Bell 204 – do Governo do Estado de São Paulo-pilotos Coronel Gilson e Comandante Souza
  • PT-HCP – da Anhembi – piloto Judimar Picolli
  • PT-HDH – Bell 206 – da AUDI – piloto Cap. Portugal Motta
  • PP-HBN – Bell 206 da PIRELLI – piloto Carlos Zanini
  • PP-HBM – Hughes 300 da VOTEC  – piloto Leo Waddington Rosa
  • PT- HCM – Hughes 300 – piloto Silvio Monteiro
  • PT-HCB – F28A – Anhembi Aviação – piloto Cláudio Finatti
  • PT-HCQ- F-28A – Gabriel Gonçalves – piloto Sergio Bering
  • PP-MAB – Prefeitura Municipal – piloto Cel. Fonseca – PT-HDC
  • Bell 206 – Papel Simão – piloto Cel. Telmo Torres Aires.

Uma decisão – era a segurança de voo atuando

No decorrer dos voos de salvamento os coronéis que coordenavam a operação acharam por bem convidar os pilotos das aeronaves Hughes 300 e Enstrom F 28A, que parassem as suas operações, pois os seus helicópteros eram movidos a gasolina de aviação, altamente inflamável, e que usavam motores a pistão, ou seja, motores Lycoming de 180 HP – HIO – equipados com tubulações e mangueiras inadequadas para o tipo de voos que estavam sendo feitos, devido às altas temperaturas do Edifício.

Com essa determinação, somente continuaram na tarefa dos resgates os helicópteros movidos a querosene e equipados com turbinas e que tinham tubulações e mangueiras de combustível preparadas para resistirem a altas temperaturas, bem como vibrações produzidas por estes helicópteros, além de serem de maior porte e retirarem mais pessoas, haja vista que o mínimo de passageiros que eram retirados por viagem era em número de quatro. Por outro lado, os helicópteros movidos a gasolina, sensíveis às altas temperaturas, tiravam dois ou um passageiro por viagem, retardando o socorro dos helicópteros maiores, pois estes eram obrigados a ficarem esperando estes pequenos helicópteros a fazerem aproximações e decolagens difíceis por falta de potência.

Dos helicópteros pequenos o que mais passageiros tirou foi o PT-HBM com cinco passageiros. Pilotado pelo Comte. Leo Waddington Rosa. Após a retirada dos helicópteros Hughes 300 e dos F 28A, ficaram até o final do incêndio os helicópteros: PP-EES – PP-ENC –PP-HDH – PP-HBN – PT-HDC.

Uma breve reflexão

O aqui exposto não tem a finalidade de tirar os méritos ou discutir atos heroicos, mas sim o de se esclarecer o que eu realmente vi e vivi com referência ao incêndio do Andraus, a primazia de ter feito o primeiro ou segundo pouso, acredito que não tenha importância nenhuma, nem fará deste piloto importante do que os outros, da mesma forma quanto ao número de pessoas retiradas, salvas por estes pilotos, o que importa nesse caso é que todos que participaram sejam lembrados por aqueles que têm acesso à mídia, que todos arriscaram suas vidas, uns mais que os outros, porém trabalhando em equipe, pois só assim foi possível transformar o resgate das vítimas do Andraus com sucesso.

Recordações

Durante a leitura do artigo recordei-me do velho helicóptero PT-HBM que voei muitas horas sobre a Selva Amazônica em 1968, e meu colega Comandante José Monteiro de Aguiar, que também voou muitas horas neste helicóptero sobre a Selva Amazônica, tendo sido o primeiro homem a pousar na Serra dos Carajás, quando do seu descobrimento.

Quis o destino que o Comandante Aguiar viesse a morrer no PT-HBM, em São Paulo, ou seja, quando fazia o trabalho de patrulhamento sobre a Rodovia Raposo Tavares em companhia de um Major da Polícia Militar de São Paulo, aonde os dois faleceram quando o PT-HBM chocou-se com a rede elétrica que atravessava a rodovia.

O verdadeiro herói

Ao ver a reportagem no site me deparei com a foto que vi em 1972, onde um bombeiro carrega nos braços uma menina, salvando-a do incêndio, ou seja, afastando-a da área de perigo. Para mim, em que pese fotos de paisagens, flores, campinas, mares, lagoas e montanhas, esta fotografia é a mais bela, principalmente, porque após quinze dias deste feito o soldado bombeiro, que nela aparece, morreu, quando o caminhão dos bombeiros em que viajava capotou quando ia para os lados de Osasco socorrer vítimas de incêndio.

Nota: O Comandante Sayão está escrevendo um livro que conta, dentre outras coisas, a sua participação no incêndio do Andraus, bem como a descoberta pioneira da Serra do Carajás – Serra Norte, onde estão localizadas as maiores jazidas de ferro do mundo, além de ouro, manganês, cobre, níquel, cassiterita, dentre outros minerais importantes e valiosos, da sua atuação em Serra Pelada, e, também nas atuações na Guerrilha do Araguaia, e contando também seu trabalho na Cidade de São Paulo, como piloto de avião e de helicóptero, dentre outros temas interessantes.

O nome do livro é “Miscelânea do PCH 29”.

Colisão com linhas de alta tensão causou acidente durante combate a incêndio florestal em Portugal

Portugal – O relatório final do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) de Portugal publicado no dia 14 de julho, apontou que a colisão com linha de transmissão foi um dos fatores contribuintes para o acidente do helicóptero que combatia incêndio florestal em Sobrado, Valongo, distrito do Porto, no dia em 5 de setembro de 2019 e que causou a morte do piloto.

O relatório final explica que, quando se aproximava para o segundo lançamento de água, “ao transpor um obstáculo constituído por linhas de alta tensão”, o helibalde e o rotor de cauda do AS350 B2, tocaram nos cabos, levando à perda de controle do aparelho.

“A perda de controle da aeronave foi inevitável e consequente queda em rotação, percorrendo uma distância total de 84 metros até se imobilizar sobre o seu lado esquerdo, seis segundos após o impacto com os cabos. Após a colisão com o solo, de imediato deflagrou um incêndio intenso que consumiu a aeronave na totalidade. O piloto e único ocupante da aeronave foi ferido fatalmente”, apontou o GPIAAF.

Comandante da aeronave de 36 anos era ainda piloto militar da Força Aérea Portuguesa, na Esquadra 751, sediada no Montijo, que opera o helicóptero EH-101 em missões de busca e salvamento, e também comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete, em Paredes, distrito do Porto, que, “no momento do acidente, estava entre outras, combatendo o incêndio no terreno”.

O piloto descolou de uma base privada da Afocelca (grupo Navigator), em Valongo, distrito do Porto, com uma equipa de cinco bombeiros e o equipamento de combate a incêndios composto por cesto e balde. Após desembarcar a equipe de intervenção no solo, e de ter sido posicionado o helibalde, o piloto voou para um ponto de água próximo para o primeiro abastecimento e descarga no incêndio.

Repetido o ciclo, na segunda aproximação ao incêndio e em coordenação com um outro meio aéreo que operava no local, “o piloto, conhecedor da existência e localização” das linhas elétricas, “define a trajetória para a segunda largada”.

“Após transpor uma primeira linha devidamente sinalizada de alta tensão, composta por 14 condutores, a aeronave e o balde suspenso colidiram com uma segunda linha. Esta segunda linha, composta por 8 condutores, estava posicionada a uma cota inferior e a cerca de 45 metros de distância horizontal da primeira”, conta o relatório.

As linhas nas quais o helicóptero colidiu não estavam sinalizadas, mas a investigação ressalva que, “atendendo à atual regulamentação, tal sinalização não é requisito, uma vez que estavam na área de influência de outra linha mais alta sinalizada”.

Após a colisão, sem rotor de cauda nem estabilizador vertical, o aparelho “iniciou um voo descontrolado até colidir com o terreno”. Segundo o relatório, o piloto registava 180 horas de experiência de tempo total de voo no modelo AS350 B2, maioritariamente em operações de combate a incêndios, em que participava desde 2018.

Na parte da avaliação de risco, o GPIAAF sublinha que, ao cenário físico e às condicionantes verificadas, “não se pode excluir que para o acidente tenha contribuído um outro fator adicional, nomeadamente que o piloto sentisse um ou vários tipos de pressão, como: pressão mental decorrente da operação, pressão motivacional e pressão dos pares”.

“Estando o piloto combatendo um incêndio por via aérea quando no terreno estavam bombeiros voluntários em relação à qual, além da partilha do espírito de missão e de uma relação de companheirismo, havia também uma ligação hierárquica onde o piloto era o comandante dessa corporação, não se pode excluir que pudesse haver, em determinado grau, uma propensão para desvalorizar ou relativizar os riscos, em busca do melhor sucesso no rápido domínio do incêndio”, salienta o relatório.

No entanto, segundo os investigadores, “a atitude mental com foco nas condições do voo é determinante nas necessárias e constantes avaliações do risco requeridas a um piloto com as inúmeras ameaças apresentadas no cenário vivenciado, especialmente em situações de voo em que não existem regras concretas e rigorosas de atuação, como é o caso destas operações junto a linhas aéreas”.

Com apoio de helicópteros da PM e do Exército, bombeiros e brigadistas combatem incêndio florestal na Serra da Mantiqueira

São Paulo – Desde sexta-feira (17), equipes do Corpo de Bombeiros, do Comando de Aviação da Polícia Militar (CAvPM) e do Comando de Aviação do Exército (CAvEx) realizaram operação de combate a incêndio florestal na região conhecida como “Pico da Pedra da Mina”, que é oficialmente a quarta montanha mais alta do Brasil e a mais alta do estado de São Paulo, com 2.798 metros de altitude.

Esta montanha localiza-se na Serra Fina, uma seção da Serra da Mantiqueira. A Pedra da Mina situa-se na divisa entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo. O acesso por terra só é possível a partir do território mineiro e leva cerca de dois dias de caminhada.

Início das chamas

O fogo na Serra Fina provavelmente começou na quinta-feira (16), no Vale do Ruá, no Estado de Minas Gerais e na sexta-feira (17) chegou ao Estado de São Paulo. O Corpo de Bombeiros iniciou uma operação de combate às chamas, com a instalação de um Posto de Comando na cidade de Cruzeiro, no campo da Faculdade de Educação Física.

A partir de lá, bombeiros foram transportados pelo helicóptero Águia 32 (com a nova pitura) do CAvPM, e pelo Águia 13 da Base de Aviação de São José dos Campos, até a região do incêndio.

Números

O Corpo de Bombeiros realiza anualmente em todo Estado de São Paulo a Operação Corta Fogo. A Corporação atendeu, no ano de 2020, 17.498 ocorrências de incêndio em vegetação natural no estado. Na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o 11° GB atendeu, de janeiro a julho, 815 chamados de fogo em vegetação natural.

Apoio do Cavex

O CAvEx, por meio do 2º Batalhão de Aviação do Exército (2º BAvEx), empregou dois helicópteros (01 HM-1 Pantera e 01 HM-3 COUGAR), em apoio ao ICMBIO, nas ações de combate ao incêndio na Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira.

As Aeronaves da Aviação do Exército aumentaram a capacidade de infiltração e exfiltração de equipe de brigadistas nas regiões de difícil acesso, onde ocorrem os focos de incêndio. Os militares e as aeronaves atuaram, em coordenação com os demais órgãos envolvidos, na Base de Operações na cidade de Itamonte, Minas Gerais.

Força Aérea Portuguesa resgata tripulantes de veleiro que naufragou e tripulante de navio ferido em acidente

Portugal – A Força Aérea Portuguesa resgatou no dia 02 de setembro, cinco tripulantes do veleiro francês Ultimemotion Racing, que naufragou a cerca de 56 quilômetros a oeste da Póvoa de Varzim. O salvamento foi realizado pela tripulação de alerta da Esquadra 751 – Pumas, que opera o helicóptero EH-101 Merlin.

A aeronave descolou da Base Aérea N.º 6 (BA6), no Montijo, rumo à zona de operações. Na chegada ao local, onde já se encontrava uma embarcação de pesca, a tripulação do EH-101 Merlin localizou o veleiro com o casco virado e os cinco tripulantes necessitavam de socorro urgente.

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Os cinco náufragos foram resgatados com sucesso e transportados até à BA6. Na Unidade, encontravam-se já ambulâncias do INEM, que reencaminharam duas das vítimas para uma unidade hospitalar. No total, foram realizadas 03h05 de voo.

No dia 10 de setembro, um tripulante do navio “IVAR REEFER”, foi resgatado pela Força Aérea, a 185 quilômetros a leste de Porto Santo (Arquipélago da Madeira). O homem, que sofreu múltiplos traumatismos a bordo e necessitava de assistência médica urgente.

O homem foi resgatado da embarcação pela tripulação da Esquadra 751 – “Pumas”, que opera o helicóptero EH-101 Merlin e fica de alerta no Aeródromo de Manobra N.º 3 (Porto Santo). O paciente foi transportado para o Aeroporto da Madeira, de onde foi encaminhado para uma unidade hospitalar. A missão teve a duração de 02H40 de voo.

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Arcanjo 01 é acionado para incêndio em embarcação próximo a Ilha dos Cardos, SC

Santa Catarina – Na terça-feira (07), o Arcanjo 01 do Corpo de Bombeiros foi acionado para incêndio em embarcação, nas proximidades da Ilha dos Cardos, próximo ao Ribeirão da Ilha. No local, havia uma embarcação de aproximadamente 12 pés, totalmente tomada pelas chamas. A guarnição iniciou a busca por vítimas na água e nas proximidades da Ilha.

A equipe de resgate não avistou vítimas e fez contato com pessoal em terra e com uma embarcação próxima. Obteve informações de que duas vítimas haviam sido resgatadas por embarcação que passava pelo local e levadas até a Praia do Sonho. A equipe realizou busca na praia, porém não encontrou nenhuma vítima que necessitasse de assistência.

 

 

Corpo de Bombeiros do RJ controlam incêndio causado por raios em Santa Maria Madalena

G1

Rio de Janeiro – No domingo (3), um incêndio que atingiu a localidade de Terras Frias e consumiu pelo menos 85 hectares no Parque Estadual do Desengano em Santa Maria Madalena, Região Serrana do Rio, foi extinto com a ajuda de bombeiros e de um helicóptero.

O fogo começou depois que a área foi atingida por um raio na quinta-feira (31). Não chovia no momento em que a região recebeu a descarga elétrica. Segundo a Defesa Civil, as equipes trabalharam durante toda a manhã na extinção dos focos. O órgão também afirmou que, apesar de controlada, a situação na área ainda é instável e está sendo monitorada.

A Defesa Civil disse ainda que esta é a quarta ocorrência de incêndio causada por relâmpago em um intervalo de dez dias. Uma aeronave do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros auxiliou o trabalho, que também foi feito por terra.

Fogo atingiu zona de amortecimento do Parque Estadual do Desengano, em Santa Maria Madalena — Foto: Defesa Civil / Divulgação

Helicóptero Guardião 02 do GRAER auxilia brigadistas no combate a incêndio em Barra do Boqueirão, BA

Bahia Verdade

Bahia – Um incêndio que atingiu a Serra do Boqueirão e devastou grande área de mata foi controlado na manhã de domingo (27). A informação foi confirmada pelos brigadistas voluntários que realizavam o trabalho de combate ao fogo.

O incêndio que já se estendia para o quinto dia foi vencido graças a ajuda de brigadistas voluntários de Ituaçu, a Brigada Bravos, de Barra da Estiva, e o apoio de uma aeronave do GRAER (Guardião 02) da Polícia Militar da Bahia. “Após 5 dias de combate intenso no município de Ituaçu, tendo a brigada Bravos combatido por 4 deles, com o apoio dos bombeiros militares e do helicóptero do GRAER, no sábado (26) o incêndio que tanto destruiu as serras ituaçuenses foi controlado”.

O incêndio começou de maneira acidental quando o dono de uma propriedade utilizou de uma queimada para limpeza de uma área.

Helicóptero Guardião 02 do GRAER auxilia brigadistas em incêndio na Barra do Boqueirão, BA. – Foto: Divulgação | Bravos Brigada Voluntária

Bombeiros são acionados para atendimento de pessoas intoxicadas em navio da Marinha no Porto de Itajaí, SC

Twitter Arcanjo 03

Santa Catarina – O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina foi acionado na tarde de quinta-feira (17) para socorrer cerca de 20 pessoas intoxicadas por fumaça, sendo uma delas grave, em um navio da Marinha do Brasil no Porto de Itajaí. Foi necessário utilizar o helicóptero Arcanjo 03 do Batalhão de Operações Aéreas para o socorro da vítima mais grave.

O incidente foi registrado por volta das 15h45.  Seis vítimas foram levados por ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do SAMU pra o hospital Marieta Konder Bornhaunsen em Itajaí.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, participaram do atendimento às vítimas, seis viaturas, sendo duas ambulâncias, um caminhão de incêndio, três viaturas de apoio, uma ambulância do SAMU e o helicóptero Arcanjo 03.

Outras vítimas foram atendidas pela enfermaria do navio e socorristas e não precisaram ser levadas ao hospital.

Arcanjo 03 foi acionado para atendimento de 20 pessoas intoxicadas no Porto de Itajaí. – Foto Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Corpo de Bombeiros usa drones e helicóptero para combater incêndio em Blumenau, SC

Santa Catarina – Blumenau registrou uma série de incêndios de vegetação entre o domingo (09) e o fim da tarde desta segunda-feira (10). O Corpo de Bombeiros atuou com 15 bombeiros, drones, helicóptero e seis viaturas no local. Equipes de Gaspar e Timbó reforçavam o efetivo.

O drone foi utilizado como plataforma aérea de observação auxiliando as equipes em terra na identificação dos focos de incêndio, melhores acessos para viaturas, bem como proximidade com edificações, além de identificar possíveis mananciais para captação de água com helibalde e posterior combate às chamas pelo helicóptero Arcanjo 03 do Corpo de Bombeiros.

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O incêndio foi contido por volta das 20h30, mas ainda restaram diversos pequenos focos que tinham potencial para reiniciar o incêndio. Por isso, a última equipe foi montada para fazer essa varredura em que foram eliminados mais de 10 focos. O último foco foi combatido às 00h15, mas a equipe continuou na busca por novos focos pela mata até encerrar a atividade.

O drone Hórus 11 do Corpo de Bombeiros realizou na terça-feira (11) sobrevoo na área atingida pelo incêndio e foi feito levantamento da área queimada: cerca de 25.092 m2. O total da área verde do Parque São Francisco de Assis e redondezas que poderia ser atingido no incêndio chega a aproximadamente 970.000 m2.  A atuação do CBMSC possibilitou a preservação de cerca de 97,5% da vegetação local.

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Equipe do CIOPAER de Tocantins é acionada para auxiliar combate a incêndio

Tocantins – Na tarde de terça-feira (11), a equipe do CIOPAER foi acionada pela Defesa Civil do Estado para realizar sobrevoo na Serra de Lajeado e do Carmo, próximas à Capital. A medida foi necessária para que o efetivo em solo fosse reorganizado e orientado de acordo com o focos de incêndio existentes.

Participaram da ação também um integrante do IBAMA. A aeronave além desse caso, pode ser empregada diretamente no combate aos incêndios através de um helibalde com capacidade de 545 litros e transportando pessoal e material de um ponto a outro otimizando tempo e recursos.

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Bombeiros usam drones para verificar com segurança as condições do prédio do Museu Nacional

Rio de Janeiro – Bombeiros usam drones para mapear a área do Museu Nacional sem oferecer risco para nenhum ser humano. A equipe responsável pelo aparelho já trabalha com essa tecnologia há três anos. O objetivo é averiguar com cuidado as condições do prédio e se há algo que deva ser resgatado imediatamente.

Drones usados pelo Corpo de Bombeiros para verificar detalhes da estrutura do Museu Nacional (Foto: Fernanda Berlinck/ G1)
Drones usados pelo Corpo de Bombeiros para verificar detalhes da estrutura do Museu Nacional (Foto: Fernanda Berlinck/ G1)

Os drones oferecem a possibilidade de verificar detalhes que não seriam analisados tão facilmente por um profissional do Corpo de Bombeiros. O Museu Nacional foi completamente destruído por um incêndio que começou na noite de domingo (2). Na manhã de segunda-feira (3), ainda era possível ver focos do incêndio no prédio.

A mais antiga instituição científica do país abrigava um acervo de mais de 20 milhões de itens que foram consumidos pelo fogo. O Museu Nacional completa 200 anos em 2018 e já foi residência de um rei e de dois imperadores.

Bombeiros mexem no drone usado para verificar as condições da estrutura do prédio do Museu Nacional (Foto: Fernanda Berlinck/ G1)
Bombeiros mexem no drone usado para verificar as condições da estrutura do prédio do Museu Nacional (Foto: Fernanda Berlinck/ G1)

Fonte: G1

Bombeiros apontam balão como causa do incêndio no Parque do Jaraguá, SP

São Paulo – O incêndio que atingiu o Parque Estadual do Jaraguá, na Zona Norte da capital, nesta segunda-feira (16), pode ter começado com a queda de um balão, segundo o Capitão Palumbo, porta-voz do Corpo dos Bombeiros. A baixa umidade relativa do ar ajudou os focos de incêndio se propagarem e o fogo atingiu aves e cobras da reserva ambiental.

Helicóptero tenta aplacar incêndio usando água do bambi bunker (Foto: Divulgação/TV Globo)
Helicóptero tenta aplacar incêndio usando água do bambi bunket (Foto: Divulgação/TV Globo)

“Não tem como este incêndio ter começado se não for por um balão. Os locais dos focos de incêndio não têm acesso humano, ou seja, o fogo não pode ter sido causado por uma bituca de cigarro, por exemplo”, explicou o porta-voz.

De acordo com o Corpo dos Bombeiros, o incêndio começou por volta de 5h desta segunda. Às 17h, ainda havia um foco de incêndio perto da antena no Pico do Jaraguá, ou seja, o problema já durava 12 horas seguidas. O incêndio só foi controlado depois de 14 horas de focos de incêndio no local.

Foram usados 2 helicópteros Águia desde o início da operação, cada um com um bambi bucket (espécie de balde) com 545 litros de água. A sala de imprensa da Polícia Militar informou que no total, os dois helicópteros Águia fizeram 120 lançamentos de água para ajudar no combate ao fogo na região.

Incêndio atinge região do Pico do Jaraguá (Foto: Reprodução/TV Globo)
Incêndio atinge região do Pico do Jaraguá (Foto: Reprodução/TV Globo)

Pela manhã, as duas aeronaves fizeram 55 lançamentos de água e no período da tarde, as duas aeronaves fizeram 65 lançamentos de água.

“É muito difícil apagar incêndio em um declive como esse porque não conseguimos levar caminhão e mangueira. O único acesso é por meio do helicóptero Águia, que joga água na base do fogo”, disse Palumbo.

Além de 25 bombeiros envolvidos na operação, oito brigadistas de incêndio e quatro policiais ambientais trabalharam na operação, segundo o Corpo de Bombeiros.

Clima seco contribui para aumentar focos

De acordo com Palumbo, o clima seco na capital paulista nesta segunda ajudou os focos de incêndio a se espalharem. Durante a tarde, a umidade relativa do ar era de 18%, o que deixa a cidade em estado de alerta.

“Não se deve jogar bituca de cigarro em rodovias nunca, como também não se deve limpar terrenos fazendo queimadas. Mas quando o clima está seco assim é mais grave ainda. A massa de ar quente tem a tendência de elevar a massa de ar, que vai ascendendo e encontra outros pontos de massa seca. É aí que começa a se propagar o fogo.”

É possível denunciar anonimamente crimes ambientais através do número 181. Soltar balões é crime ambiental passivo de multa de R$ 5 mil e reclusão de 1 a 3 anos.

Incêndio pode ter sido causado por balão (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Incêndio pode ter sido causado por balão (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Fonte: G1

GRAER da PM da Bahia presta socorro à idosa vítima de incêndio em Valéria

Bahia – Equipe do Grupamento Aéreo (GRAER) da Polícia Militar resgatou, na noite de segunda-feira (12), uma idosa de 65 anos vítima de um incêndio, no bairro de Valéria. Por ter inalado muita fumaça, a mulher foi transportada pelos militares até o Hospital do Subúrbio.

Os militares foram acionados por volta de 22 horas pelo Centro Integrado de Comunicações (CICOM) da Secretaria da Segurança Pública (SSP). No local encontraram um apartamento, no 5° andar, pegando fogo. Após o pouso e verificação de que todos saíram a tempo, a equipe do GRAER deu prioridade à idosa Maria do Carmo Andrade Santos que passava mal.

As equipes do GRAER estavam empenhadas na segurança do Carnaval, e segundo o tenente-coronel Renato Lima, Comandante do GAER, “O efetivo para atendimento das outras ocorrências segue garantido e preparado para qualquer missão. Felizmente deu tudo certo”, comemorou o comandante do GRAER, tenente-coronel Renato Lima.

GRAER presta socorro à idosa vítima de incêndio em Valéria
GRAER presta socorro à idosa vítima de incêndio em Valéria, encaminhada para o hospital do Subúrbio.

Ascom BA/Alberto Maraux.

Departamento de Combate a Incêndio Florestal da Califórnia encomenda novos Sikorsky S-70i para renovação da frota

Califórnia/EUA – Os incêndios florestais se alastram no sul da Califórnia, após já terem praticamente devastado a parte norte do Estado. O Departamento Florestal e de Proteção contra Incêndios da Califórnia (California’s Department of Forestry and Fire Protection – Cal Fire) tem combatido esses focos de incêndios com uma frota de helicópteros Bell UH-1H, já envelhecidos. Recentemente a Cal Fire recebeu autorização judicial para modernizar sua frota de aeronaves com helicópteros Sikorsky S-70is – FireHawk.

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S-70A Firehawk realiza uma operação real de combate a incêndio florestal.

Segundo fontes, uma divisão da United Rotorcraft recebeu oficialmente um contrato de cinco anos para entregar aeronaves Sikorsky S-70is customizadas. O contrato foi originalmente anunciado em agosto, mas a concorrente Leonardo, que havia oferecido o AW189 entrou com um recurso contra a decisão. Após múltiplas audiências do Escritório de Audiências Administrativas do Departamento de Serviços Gerais da Califórnia, o recurso foi negado, sendo decidido a favor da contratação da United Rotorcraft.

A United Rotorcraft estava trabalhando com a Sikorsky desde abril para elaborar uma proposta para novos helicópteros de combate a incêndio e outras missões. Pelo contrato, a subsidiária PZL Mielec da Sikorsky na Polônia irá construir os FireHawk internacionais e enviá-los para os EUA.

O primeiro dos novos helicópteros, que terá um preço de cerca de US $ 20 milhões por unidade (com custos de treinamento e ciclo de vida incluídos), deve ser entregue no prazo de um ano. Se o contrato tivesse entrado em vigor no início de agosto, o primeiro helicóptero deveria estar chegando antes de agosto de 2018.

 S-70A Firehawk realiza uma demonstração de queda de água.
S-70A Firehawk realiza uma demonstração de lançamento de água.

Fonte: Rotorandwing / Adaptação: Piloto Policial

NTSB apresenta relatório preliminar sobre acidente com Bell 407 da Air Methods que deixou 3 vítimas fatais

Estados Unidos – Um helicóptero Bell 407 da operadora aeromédica americana Air Methods acidentou-se perto da cidade de Stuttgart, no Estado de Arkansas/EUA em 19 de novembro. O relatório preliminar da NTSB divulgado recentemente (Relatório NTSB preliminar) informa que o acidente fatal terminou com um incêndio pós-impacto.

Bell Helicopter 407. Foto: KathrynsReport
Bell Helicopter 407. Foto: KathrynsReport

De acordo com o NTSB, a aeronave (N620PA) colidiu com o terreno, tendo como vítima fatal o piloto e os dois membros da equipe médica. O helicóptero sofreu danos substanciais. A aeronave era registrada e operada pela Air Methods, sob a regulamentação de FAR 91. O voo era um traslado noturno, com um plano de voo visual, partindo da cidade de Pines Bluff/Arkansas com o objetivo de pegar um paciente na cidade de Helena/Arkansas, segundo o NTSB.

Segundo o relatório, residentes perto do local do acidente relataram ouvir um “boom” e ver uma bola de fogo. A aeronave caiu em uma propriedade privada às margens de um reservatório. Um incêndio pós-impacto consumiu “a maioria da fuselagem”, informou o NTSB. Todos os principais componentes da aeronave estavam no local do acidente. O NTSB também acrescentou: “várias carcaças de pássaros estavam localizadas nos destroços do helicóptero”.

O local do acidente foi preservado para um exame mais aprofundado. Não houve uma menção explícita ao sistema de combustível no relatório preliminar do NTSB, onde, embora o modelo 407 esteja ausente da lista da FAA que relaciona 17 tipos de helicóptero que cumprem completamente os padrões para sistemas de combustível resistentes a choque (Lista FAA), a Bell afirma que o modelo possui um sistema de combustível resistente a choques compatível com as normas FAA.

Incluído na lista da FAA estão as aeronaves AW109S Power, AW109SP GrandNew, EC120B, EC130T2, EC135 (todos os modelos), MBB-BK117C-2, MBB-BK117D-2, AS350B3 com o motor Safran Arriel 2D (ou o AS350B3e) quando modificado sob o Certificado de Tipo Suplementar SR03931NY, Bell modelos 427, 429 e 505, Cabri G2; AW139 (e AB139), AW169, AW189, MD Helicopters MD600N; Robinson Helicopter R66 e o S-92A da Sikorsky.

A regulamentação da FAA para sistemas de combustível resistentes a choque entrou em vigor em 2 de novembro de 1994, mas apenas aplicadas a helicópteros certificados recentemente. Não havia necessidade de incorporá-los retroativamente em helicópteros certificados antes dessa data.

As mudanças visavam aumentar o nível de segurança e sobrevivência em um acidente, diminuindo a probabilidade de um incêndio pós-choque ou atrasando seu início. As mudanças exigem recursos que minimizem os vazamentos de combustível induzidos por choque e seu contato com potenciais fontes de ignição de combustível durante e após o acidente e aumentam o tempo em que os ocupantes têm disponível para sair do helicóptero, antes que um incêndio possa se tornar crítico.

Rotor&Wing, SL Fuller. Tradução Piloto Policial.

Corpo de Bombeiros do MS utiliza Drone pela 1ª vez em ocorrência de incêndio

Campo Grande (MS) – Recentemente o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul adquiriu três “Aeronaves Remotamente Pilotadas – ARP”, popularmente conhecidas como DRONE e na manhã desta quarta-feira (21) o equipamento foi empregado pela 1ª vez em um incêndio de grandes proporções que atingiu uma loja de borrachas no centro da capital.

1º Tenente Eduardo Tracz, responsável pela operação do drone.
1º Tenente Eduardo Tracz, responsável pela operação do drone.

Conforme o 1º Tenente Eduardo Tracz, responsável pela operação do equipamento, o Drone tem uma funcionalidade muito boa, podendo ser utilizado em busca de pessoas desaparecidas, acidentes aeronáuticos, acidentes automobilísticos, vazamentos de produtos perigosos, incêndios urbanos, incêndios florestais, apoio em operações de combate a dengue, além de prestar apoio a outros órgãos da segurança pública.

As imagens e os vídeos captados pelo equipamento são em alta resolução e são utilizadas em pesquisas da corporação e em ações onde os bombeiros não tem acesso.

“O Drone é capaz de armazenar e transmitir informações em tempo real ao operador, o que possibilita diminuir ainda mais o tempo resposta em ocorrências”, ressalta o Tenente Tracz.

Os modelos adquiridos pelo Corpo de Bombeiros foram: DJI – Inspire 1 e DJI Phanton 4 que possuem um alcance de voo de até 2km e de transmissão de dados de até 5km, além de transmitir imagens em HD em tempo real.

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1º Tenente Eduardo Tracz, responsável pela operação do drone.
1º Tenente Eduardo Tracz, responsável pela operação do drone.

Fonte: CBM/MS.

Águia da Base de Campinas realiza operação de combate à incêndio florestal

São Paulo – Na tarde do dia 10/07, a equipe de voo do Águia 5 foi acionada pelo 7° Grupamento de Bombeiros para apoiar no combate a um incêndio em uma área de mata no Parque Xangrilá, em Campinas, interior de São Paulo.

Para esse tipo de missão, o Águia utiliza um cesto (bambi bucket) instalado no gancho de carga da aeronave com capacidade de armazenar cerca de 500 litros de água. Este equipamento possibilita o lançamento de água sobre os focos de incêndios, visando a sua total extinção ou a redução da área do incêndio para o trabalho das equipes em terra.

Trata-se de uma operação aérea complexa e requer uma coordenação muito precisa entre a tripulação. Para isso, a equipe segue um procedimento operacional padrão (POP) específico, que prevê ações e resultados esperados. Dados como velocidade de deslocamento em voo, parâmetros de limitação da aeronave e condições meteorológicas no local são previamente observados para o cumprimento da missão.

Foram realizados 66 lançamentos de água em um período de 4 horas em uma área atingida de, aproximadamente, 10.000 metros quadrados.

Fotos da operação:

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Fotos: Divulgação.

Incêndios florestais em Portugal ferem bombeiras voluntárias de Mogadouro

Portugal – Uma bombeira de 50 anos, que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus nas pernas e braços durante o combate ao incêndio no Parque Natural do Douro Internacional, foi helitransportada pelo helicóptero instalado em Macedo de Cavaleiros para o Hospital de S. João, no Porto.

Outra bombeira, de 24 anos, também foi helitransportada para o Hospital de S. João, com queimaduras de segundo e terceiro graus nas pernas, disse à Lusa fonte do INEM. Para este transporte foi necessário ativar o helicóptero localizado em Santa Comba Dão.

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As duas operacionais pertencem à corporação dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro.

Segundo a diretora do Centro de Saúde de Mogadouro, Maria da Luz Afonso, onde as duas feridas foram assistidas e estabilizadas antes de serem transferidas para o Hospital de S. João, mulher de 50 anos apresenta queimaduras em 50 por cento da superfície corporal.

Apesar da extensão das queimaduras, de segundo e terceiro graus, a responsável adiantou que, numa primeira análise, tudo indica que as vias respiratórias não foram afetadas.

A mulher de 24 anos apresenta, por outro lado, queimaduras de segundo e terceiro graus em 20 por cento da superfície corporal.

Segundo Maria da Luz Afonso, de acordo com a avaliação feita no centro de saúde as operacionais não correm risco de vida.

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O fogo, que teve início naquele parque natural, em Bruçó, Mogadouro, alastrou, entretanto, para a vizinhança de Castelo Branco e foi combatido por 130 bombeiros, apoiados por 42 viaturas e quatro aviões.

O major Cura Marques, das Relações Públicas do Comando Distrital de Bragança da GNR Bragança, adiantou à Lusa que o incêndio teria sido provocado por duas máquinas industriais que procediam ao carregamento de madeira.

Fonte da Proteção Civil Municipal de Mogadouro disse que as máquinas ficaram destruídas pelas chamas. Segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o incêndio deflagrou cerca das 13 horas horas “e não há populações em perigo”.

Fonte: Jornal de Notícias.

Bombeiros usam avião para controlar fogo em parque ecológico de Brasília

Uma queimada atingiu na manhã desta sexta-feira (22) o parque ecológico Burle Marx, na Asa Norte, em Brasília. As chamas começaram dentro do aeródromo no setor recreativo norte, e funcionários da Associação de Pilotos de Ultraleve acionaram o Corpo de Bombeiros e o Ibram para controlá-las.  De acordo com os trabalhadores, a queimada começou por volta das 8h50.

Um avião Air Tractor, modelo AT-802F, “Nimbus” foi usado pelos bombeiros para ajudar a apagar o incêndio. A corporação não soube informar a extensão da área atingida pelo fogo nem as causas das chamas.

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Membro da associação, João Luiz da Fonseca disse que a entidade e o Ibram mantém contato por mensagens instantâneas para informar sobre queimadas na reserva ambiental. “Todos os pilotos de ultraleve são obrigados, por meio do convênio, a comunicar qualquer foco de incêndio no local,” conta.

O grupo, segundo Fonseca, é voluntário e também atua no combate a invasões e contra o uso do parque depósito de lixo e entulho. “[Nossa ação] evita demoras e facilita o trabalho de combate à incêndios e irregularidades dentro do parque,” declarou.

Fonte: G1.

Corpo de Bombeiros combate incêndio na região metropolitana de Belo Horizonte

No último dia 14, um incêndio na vegetação na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, exigiu concentração de esforços do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Foram deslocadas viaturas terrestres e um helicóptero Arcanjo. O trabalho destas equipes visava proteger as residências próximas ao foco. A altura das chamas e a amplitude da área sinistrada dão uma boa mostra do desafio enfrentado.

Incêndio em vegetação na cidade de Nova Lima.

Ao receber informações da guarnição aérea, o comandante da operação pôde decidir melhor sobre o posicionamento das viaturas e isto resultou na extinção mais efetiva das chamas.

“O campo de visão ampliado é uma das grandes contribuições que as aeronaves propiciam em operações deste tipo, nas quais muitas vezes ficam em risco além do meio ambiente, vidas e bens públicos e particulares”, comentou o Sargento Júlio, tripulante operacional que participou da ocorrência.

Incêndio em vegetação na cidade de Nova Lima.

Ainda pela manhã as chamas foram extintas e o efetivo desmobilizado.

Dica de prevenção do CBMMG: Para reduzir a altura do mato no seu lote jamais utilize fogo. Além de ilegal, ele pode sair do seu controle e causar sérios danos.

Colaboração: Anderson Passos

Aeronaves reforçam combate a incêndios na Chapada Diamantina e no oeste do estado

O combate aos incêndios florestais, na Chapada Diamantina e Oeste baiano, ganhou, no dia 31/10, o reforço de mais dois aviões e um helicóptero, somados às seis aeronaves, que já estão em ação, nas duas regiões, desde a semana passada.

Um investimento de R$3 milhões e 384 mil. As equipes envolvidas na Operação Bahia sem Fogo, coordenada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), vêm intensificando as ações para acabar com as queimadas, que este ano estão ocorrendo com mais freqüência e intensidade do que foi registrado nos últimos anos.

O Governo do Estado já investiu aproximadamente R$6 milhões em ações para combate às chamas, sendo que, desse total, R$ 1 milhão para gasto com aquisição de novos equipamentos de proteção individual (fardas, botas, luva e máscaras) e para combate aos incêndios (abafadores, bombas costais, enxadas, rastelos, entre outros). Além disso, foram disponibilizados também três veículos, tipo Van, para transporte dos brigadistas até os locais, onde estão ocorrendo incêndios.

Ação – O trabalho de combate ao fogo em todo território baiano envolve o esforço de 550 brigadistas voluntários – 317 formados este ano -, 58 homens do Corpo de Bombeiros, 10 técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e seis policiais militares da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa), além do apoio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

As regiões da Chapada Diamantina e do Oeste estão sendo cobertas pela fiscalização preventiva. Além de desenvolver atividades efetivas de combate ao fogo, as equipes também trabalham com ações de educação ambiental e prevenção, através de visitas às comunidades, orientando os produtores rurais sobre os prejuízos causados pelas queimadas ilegais para o plantio. As irregularidades ambientais são notificadas e, quando necessário, o órgão autua os produtores que descumprem a norma.

Para a técnica de fiscalização do Inema, Fabíola Cotrim, todas as ações podem ser fortalecidas com o apoio da sociedade civil. “Com a ajuda da comunidade, através das denúncias, e das organizações sociais, e ainda por meio da sensibilização ambiental, poderemos diminuir sensivelmente o número de focos de incêndio”, pontuou.

O cidadão pode fazer denúncias de incêndios florestais através dos números 193, do Corpo de Bombeiros, ou 08000 71 1400, do Inema.

Monitoramento – A baixa umidade do ar, clima seco, queimadas ilegais, aumentam os riscos de novos focos na Chapada Diamantina e região Oeste, principalmente, entre os meses de agosto a dezembro. As informações sobre os focos de calor e o aumento das temperaturas nessas regiões são passadas às equipes que estão em campo.

O uso das imagens de satélite proporciona o monitoramento dos pontos de calor que podem originar incêndios, favorecendo a prevenção. Para o monitoramento dessas áreas, os técnicos usam o Sigweb-I3 geo, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que funciona como uma ferramenta de localização geográfica.

Fonte: Ascom Sema. Fotos: Elói Corrêa/SECOM.

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