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Operadora aeromédica inglesa usará incubadora que mantém condições ambientais adequadas ao bebê

Inglaterra – A operadora aeromédica Children’s Air Ambulance (TCAA) passará a usar incubadora que mantém as condições ambientais adequadas (temperatura, umidade e oxigênio) para um recém-nascido. O sistema inclui um monitor de paciente, ventilador, unidade de sucção, quatro dispositivos de infusão, oxigênio e terapia especializada com óxido nítrico. Antes desse sistema, a TCAA utilizava a incubadora BabyPod.

Vários serviços e empresas trabalharam com a operadora durante o ano de 2022 para certificar e instalar uma incubadora neonatal que podem ser utilizadas nos dois helicópteros Leonardo AW169 HEMS da instituição de caridade. Aprovado pela CAA (Civil Aviation Authority) do Reino Unido, o dispositivo fornece um ambiente seguro com temperatura controlada para bebês e crianças que precisam de atenção na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

A operadora Children’s Air Ambulance implantou a primeira incubadora em uma aeronave de asa rotativa dedicada.

Graças ao apoio de doações públicas, a operadora aeromédica projetou e desenvolveu um sistema de transporte neonatal sob medida que será fornecido gratuitamente às equipes de transporte especializadas do Serviço Nacional de Saúde (NHS) em toda a Inglaterra.

Segundo a empresa Gama Aviation, que participou do projeto, os helicópteros AW169 da Children’s Air Ambulance possuem cabine ampla que permite acesso a ambos os lados do sistema de transporte neonatal, com excelente visibilidade dos quatro assentos. Isso significa que mais olhos de especialistas podem monitorar o paciente, assim como os pais.

Esse espaço significa que um pai não precisa mudar de lugar se um médico precisar de acesso para cuidar de seu filho, deixando-os mais tranquilos durante todo o voo. Esses novos sistemas de transporte neonatais integram-se perfeitamente ao sistema de maca da operadora.

Essa incubadora permite levar bebês menores e mais frágeis aos serviços especializados com mais segurança, reduzindo o tempo de transporte, a ansiedade e a preocupação dos pais. Segundo dados da operadora, já realizaram mais de 650 missões, a um custo médico de £3.500,00. A Children’s Air Ambulanceque é dedicada ao transporte pediátrico e neonatal na Inglaterra.

Locais para pouso noturno possibilitam atendimento de pacientes por equipes aeromédicas

Reino Unido – Mais um local iluminado e com holofotes permitirá que a Devon Air Ambulance pouse seus dois H145 durante as “horas de escuridão”, possibilitando que suas equipes de saúde alcancem pacientes com mais rapidez e segurança. 

Toby Russell, Oficial de Desenvolvimento de Zonas de Pouso Comunitário da Devon Air Ambulance, explicou: “O projeto com o Tavistock Football Club envolveu a instalação de uma unidade de comutação remota ao lado dos holofotes do clube, o que significa que, em caso de emergência, podemos operar suas luzes. Isso ajudará nossas equipes iluminando a área durante o pouso e decolagem, além de ajudar as equipes médicas quando se movimentarem no solo e se prepararem para o embarque seguro de um paciente no helicóptero.”

Além disso, o farol de busca instalado nos helicópteros é essencial para auxiliar as tripulações durante o pouso, tornando ainda mais seguras as operações.

Zona para pouso noturno de helicóptero foi viabilizado em Tavistock.

O clube de futebol da cidade de Tavistock foi rápido em oferecer seu espaço à Devon Air Ambulance e permitir que a unidade de comutação fosse instalada. O chefe de comunicações do Tavistock Football Club, Stuart James, disse que a operadora aeromédica é uma fonte de emergência vital para a comunidade local.

“Como o único clube de futebol da cidade, queremos desempenhar um papel maior em nossa comunidade e ajudando a manter nossos moradores locais seguros, dando a eles todas as chances possíveis de sobrevivência em uma situação de emergência”, complementou James.

Através do trabalho dessa operadora aeromédica filantrópica com as comunidades do condado de Devon, existem agora 187 locais operacionais de pouso noturno, permitindo que o serviço seja prestado por via aérea durante a noite. Atualmente, operam até as 2h da manhã todos os dias (19 horas/dia). O objetivo é estender as operações para se tornar um serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana. Em 2021, foram atendidos 1.191 pacientes em Devon.

A atividade aeromédica noturna oferece um risco mais elevado para toda a operação, pois prejudica a visualização de obstáculos, além de aumentar a probabilidade de desorientação espacial. Dessa forma, a adequação de zonas de pouso com boa estrutura e iluminação permitem que as aeronaves ampliem suas possibilidades de funcionamento por mais tempo, além de oferecer maior segurança para paciente e tripulação.

No Brasil, o Ceará e o Distrito Federal realizam atividades aeromédicas noturnas. Da mesma forma, foi necessário melhorar as condições de pouso noturno em regiões estratégicas. A utilização de áreas de campos de futebol foram fundamentais para dar apoio à operação, devido a iluminação de holofotes, espaço de pouso adequado e terreno plano.

Operadora aeromédica inglesa comemora 35 anos salvando vidas

Inglaterra – A Cornwall Air Ambulance Trust (CAAT) está comemorando 35 anos de operação desde o seu lançamento como o primeiro serviço de ambulância aérea dedicado do Reino Unido em 1987. A instituição de caridade serviu de inspiração para as 23 operadoras de ambulâncias aéreas que atendem regiões do Reino Unido, operando mais de 40 aeronaves.

O CAAT, que atende em grande parte a região rural e marítima da Cornualha e Ilhas Scilly, no sudoeste da Inglaterra, realizou mais de 31.000 missões desde o lançamento do serviço. Somente em 2021, o serviço foi acionado para 1.092 atendimentos em toda a região, sendo 733 ocorrências com o uso de um helicóptero, em atendimentos diversos de emergências médicas a lesões relacionadas a traumas.

Atualmente, a CAAT opera dois helicópteros: um AgustaWestland AW169 (G-CRWL), que entrou em serviço em abril de 2020 e foi adquirido após uma campanha pública de arrecadação de fundos que arrecadou quase de £ 3 milhões; e um AW109 (G-KRNO) alugado da Castle Air, como aeronave reserva. Ambas as aeronaves são mantidas pela Castle Air, em acordo assinado em novembro de 2021.

As novas aeronaves estão equipadas com uma gama de modernos equipamentos médicos de emergência. A instituição de caridade começou a transportar hemoderivados no início de 2021, realizando sua primeira transfusão de sangue no local, em fevereiro daquele ano.

O gerente da CAAT, Tim Bunting diz: “Não há dúvida de que este serviço de salvamento é vitalmente necessário neste município. Mas, o mais incrível é que é completamente financiado pela generosidade do povo da Cornualha. Sem o seu apoio, nossa equipe não poderia fazer o que faz, que é ajudar a salvar vidas e manter mais famílias unidas na Cornualha. O público nos apoiou orgulhosamente nos últimos 35 anos. Hoje, precisamos deles para nos manter voando por muitos, muitos mais.”

Operadora aeromédica inglesa treina pessoas da comunidade para uso de desfibriladores externos automáticos

Reino Unido – A operadora aeromédica Devon Air Ambulance oferece treinamento comunitário para que pessoas comuns se sintam mais seguras e motivadas a utilizar de forma precoce e eficiente a Reanimação Cardiopulmonar (RCP), com foco no uso de desfibriladores externos automáticos (DEA), enquanto não chega a equipe médica no local.

Os incidentes cardíacos correspondem a mais de um terço da demanda dessa unidade, nos quais muitos chegam a evoluir para PCR. Dessa forma, os desfibriladores permitem que o público se torne “salva-vidas”, aumentando a chance de sobrevivência de um indivíduo, quando usado em tempo hábil e de maneira correta.

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A Devon Air Ambulance distribuiu desfibriladores (DEA) em locais estratégicos no raio de sua atuação (sudoeste da Inglaterra), para que as pessoas tenham fácil acesso ao dispositivo.

Ainda assim, foi percebido que muitas pessoas ainda tinham receio e despreparo para o uso. Portanto, surgiu a iniciativa de organizar treinamentos com datas, horas e locais acessíveis para treinar a comunidade, sendo disponibilizado ingressos de forma gratuita, com agendamento pela internet.

Essa é uma inciativa que desperta o interesse de muitas pessoas, inclusive como um modelo possível e que pode ser implementado. Em seu site, a Devon Air Ambulance faz o convite para esses eventos: clique aqui e confira!. Abaixo, um paciente de parada cardíaca Alan e sua esposa Sandra descrevem um incidente traumático para ambos.

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Estatística 2021

2021 Cardiac Mission statistics.

Paramédica realiza pesquisa sobre onde estão as mulheres nos serviços aeromédicos do Reino Unido

Reino Unido – A paramédica especialista em cuidados intensivos, Jessica Thomas-Mourne, conhecida por Jess, está realizando pesquisa importante para seu mestrado que pode mudar a forma como as mulheres acessam o campo em que ela trabalha – o HEMS (Helicopter Emergency Medical Services).

Jess trabalha na Devon Air Ambulance e começou a coletar respostas para sua pesquisa em março de 2022 e já reuniu uma quantidade substancial de dados. A pesquisa já foi encerrada (clique aqui). O que diz Jess sobre seu progresso no projeto até agora:

“Quando passei de paramédica do serviço de ambulância para paramédica da Devon Air Ambulance, percebi que havia poucas mulheres em nossa equipe operacional. ‘Como parte do MSc Prehospital Critical Care/Retrieval and Transfer que estou estudando, queria explorar se isso era exclusivo do Serviço Médico de Emergência de Helicóptero (HEMS)”, disse.

“Embora no Reino Unido as mulheres representem cerca de metade de todos os médicos e paramédicos, dentro do HEMS apenas 1 em cada 5 médicos do HEMS e 1 em cada 4 paramédicos do HEMS são mulheres. Minha pesquisa envolve explorar potenciais barreiras que resultaram em desigualdade de gênero no HEMS do Reino Unido e identificar o que pode ser feito para aumentar a inclusão e diminuir a diferença entre os sexos. Estou coletando dados usando pesquisas on-line anônimas abertas a paramédicos e médicos que consideraram se inscrever, pretendem se inscrever ou solicitaram o HEMS, mas não estão trabalhando no HEMS”, complementou.

Pesquisa: onde estão as mulheres nos serviços aeromédicos?

No entanto, quando Jess procurou se candidatar a seu cargo na Devon Air Ambulance, ela encontrou algumas noções preconceituosas ao longo do caminho. Enquanto passava pelo longo processo de inscrição e seleção para o HEMS, recebeu comentários de colegas de outros lugares, como: “Vai para o clube dos meninos?”, “Você só entrará no time alfa se seu rosto se encaixar”, “Você acha que você é forte o suficiente para fazer HEMS?”, ou “voar de helicóptero não é perigoso para as mulheres?”.

Sobre isso, Jess comenta: “Inicialmente, pensei que essas observações foram ditas em tom de brincadeira, mas descobri que eram preocupações reais de que eu, uma mulher cissexual, poderia não me encaixar em um local de trabalho percebido como masculino. Foi só quando me juntei ao DAA que fiquei ciente da falta de mulheres em nossa equipe operacional e me dei conta de que quase todos os médicos do HEMS que eu já havia encontrado eram, de fato, homens. Eu me senti retrospectivamente ingênua e ignorante de que isso não havia passado pela minha cabeça antes, e comecei a refletir sobre esses comentários”.

“Dentro do serviço atual, temos atualmente 4 paramédicos e 4 médicos que são mulheres e 19 paramédicos e 9 médicos que são homens. Eu queria explorar se isso era exclusivo da nossa organização e descobri que, embora no Reino Unido as mulheres constituam quase metade de todos os médicos e paramédicos, no HEMS do Reino Unido isso reduz para aproximadamente 20% dos médicos do HEMS e 24% dos paramédicos do HEMS”, disse.

Jessica Thomas-Mourne. Pesquisa: onde estão as mulheres nos serviços aeromédicos?

O que está segurando as mulheres em HEMS? As barreiras organizacionais percebidas no trabalho de Jess incluem:

  • Uma cultura masculina, coloquialmente chamada de “o clube dos velhos”, que transmite uma sensação de que as mulheres não se encaixam;
  • A falta de trabalho a tempo parcial/flexível que pode ser desejável por várias razões, incluindo cuidados infantis, trabalho em dupla função ou outros compromissos. As mulheres com filhos devem fazer um sacrifício familiar pelo trabalho.
  • Discriminação de gênero/gravidez/materno/parental ou um ambiente abertamente sexista onde as pessoas ouviam comentários depreciativos e abusivos em relação às mulheres no local de trabalho.

“Sou incrivelmente grata a todos que ofereceram seu tempo para completar minha pesquisa e estarei analisando as respostas nos próximos meses. Eu realmente vejo esta pesquisa como uma oportunidade fantástica para uma mudança positiva. Finalmente, espero publicar meus resultados em uma revista, revisado por pares para alcançar um público mais amplo e diminuir a diferença entre os sexos no HEMS”, finaliza Jess.

A Devon Air Ambulance relata que está imensamente orgulhosa de sua equipe e apoia absolutamente o trabalho que Jess está realizando para mudar a paisagem aérea de HEMS para mulheres.

Apoia entusiasticamente sua pesquisa e espera acompanhar seu progresso e defender o impacto positivo de seu trabalho, não apenas dentro da própria equipe, mas, o impacto potencialmente mais amplo de seus esforços para as mulheres e para o serviço como um todo.

Cornwall Air Ambulance realizou 1.061 atendimentos aeromédicos em 2020 no sudoeste da Inglaterra

Inglaterra – A tripulação da Ambulância Aérea do condado de Cornwall (Cornualha), sudoeste da Inglaterra, realizou somente durante o período da pandemia de COVID-19, mais de 850 operações aeromédicas. Os números revelados pela Cornwall Air Ambulance, organização sem fins lucrativos, mostraram que, apesar do condado estar sob restrições desde o início da pandemia, as tripulações dos helicópteros foram acionadas mais de mil vezes em 2020.

De 23 de março de 2020, quando o governo anunciou o primeiro bloqueio, até o final do ano, a tripulação foi chamada para 457 missões relacionados a traumas e 396 missões para atendimentos de casos clínicos.

Steve Garvey, Oficial de Operações Aéreas da Ambulância Aérea de Cornualha, disse que a pandemia de COVID-19 tornou as operações mais complexas. Mesmo com tudo o que aconteceu em 2020, as doenças graves e os ferimentos por trauma não pararam durante o confinamento decorrente da pandemia.

Cornwall Air Ambulance realizou 1.061 atendimentos aeromédicos em 2020 no sudoeste da Inglaterra. Foto: Divulgação.

“Respondemos a muitos tipos de incidentes que atenderíamos rotineiramente em qualquer ano, como paradas cardíacas, derrames e colisões no trânsito. O desafio adicional, claro, é que não foi um ano normal. Tivemos que fazer muitas mudanças em 2020 na forma como operamos, tanto do ponto de vista médico quanto da aviação, para garantir a segurança de nossos pacientes e tripulantes. A COVID-19 adicionou uma camada de complexidade a todos os incidentes que atendemos”, relatou Steve.

“Também tem sido um desafio em um nível pessoal, trabalhar na linha de frente enquanto se preocupa com sua própria família e os problemas adicionais que cada bloqueio traz. Estou orgulhoso que a equipe aqui foi capaz de se adaptar e continuar a fornecer o serviço de ambulância aérea para a população da Cornualha durante esta pandemia. E graças ao generoso apoio do público, continuará a fazê-lo”, complementou.

O número total de missões em 2020 foi de 1.061. Isso incluiu acionamentos para 326 atendimentos a pacientes com problemas cardíacos, 166 vítimas de acidentes de trânsito, 156 lesões ocorridas em queda e 27 em atividades esportivas. A tripulação também respondeu a 25 incidentes envolvendo pacientes com queimaduras graves.

Cornwall Air Ambulance realizou 1.061 atendimentos aeromédicos em 2020 no sudoeste da Inglaterra. Foto: Divulgação.

Um deles foi Scott Halliday, de 33 anos, gravemente ferido em um incêndio em St Ives em agosto de 2020. Scott estava trabalhando em um restaurante em frente ao porto quando foi atingido pelas chamas depois que uma panela explodiu. “Eu aguentei o impacto da explosão, meu braço esquerdo, costas, cabeça e mão ficaram em chamas. A dor foi extrema, eu entrei em choque”, disse Scott.

Turistas que estavam no local, que por acaso eram paramédicos, foram os primeiros a atender Scott, enquanto a ambulância aérea foi acionada. Quando chegaram, iniciaram o atendimento especializado, aliviando a forte dor que sentia. Foi estabilizado e levado de helicóptero ao Hospital Derriford. Mais tarde foi transferido para uma unidade especializada em queimaduras ,em Salisbury, onde foi submetido a operações de enxerto de pele.

Vários meses depois, Scott está se recuperando bem e recentemente conseguiu voltar ao trabalho. “Acho que você não percebe como a ambulância aérea é incrível até que realmente a use. Você apenas nunca pensa que pode ser você. É reconfortante saber que o serviço existe”, complementou Scott.

“A velocidade com que eles realizam o atendimento foi fundamental para minha recuperação. Meu incidente foi mostrado na série de TV Cornwall Air 999 (exclusiva para o Reino Unido) e ajudou a arrecadar cerca de £4.000,00 para a Cornwall Air Ambulance. É ótimo pensar que isso ajudará a financiar um voo para a próxima pessoa que precisar”, finalizou.

Reino Unido comemora Semana Nacional da Ambulância Aérea 2020

Reino Unido – O serviço de emergências médicas com emprego de helicópteros (HEMS – Helicopter Emergency Medical Service) e Evacuações Aeromédicas (MEDEVAC – Medical Evacuation) tem uma longa tradição no Reino Unido. Por mais de trinta anos, os helicópteros são usados ​​para salvar vidas.

Com o slogan “Cada segundo conta“, a Semana Nacional da Ambulância Aérea 2020 (National Air Ambulance Week – NAAW), de 7 a 13 de setembro, criada pela Air Ambulances UK (AAUK), tem como objetivo destacar o incansável atendimento pré-hospitalar que é realizado diariamente pelas 21 operadoras aeromédicas, instituições sem fins lucrativos.

33 anos atrás, o primeiro serviço de resgate aeromédico utilizando helicópteros foi estabelecido em Cornwall e depois estendido para outras áreas da Grã-Bretanha. Em média, um helicóptero decola a cada 10 minutos. As equipes de ambulância aérea do Reino Unido realizam coletivamente mais de 25.000 missões de resgates por ano, uma média de mais de 70 por dia.

Os serviços HEMS e MEDEVAC são essenciais para salvar vidas. Nos resgates a vítima é atendida no local e levada para um hospital de referência para atendimento especializado. Nas remoções aeromédicas, um paciente internado em um hospital como menos recursos terá acesso a um centro de saúde adequado para o seu tratamento.

O Príncipe William, duque de Cambridge, que também foi piloto de resgate, agradeceu os profissionais que atendem pacientes em toda a Grã-Bretanha. Junto com o texto, também compartilhou no Instagram fotos da Família Real com tripulações das ambulâncias aéreas de East Anglian e de Londres no The Royal London Hospital.

“Tendo visto em primeira mão o incrível trabalho das equipes de ambulância aérea tanto na linha de frente quanto nos bastidores, tenho um profundo respeito por tudo o que vocês fazem. Quer você faça parte da equipe de cuidados intensivos que leva suporte médico vital aos pacientes quando cada segundo conta; um mecânico que garante que as tripulações possam ser destacadas com segurança a qualquer momento; ou um voluntário trabalhando para manter o serviço funcionando, o país tem uma enorme dívida de gratidão com você ”, disse William.

Serviço aeromédico de Wiltshire divulga estatística dos atendimentos realizados de janeiro a junho de 2020

Reino Unido – O serviço de ambulância aérea de Wiltshire (Wiltshire Air Ambulance) criando em 2015 é uma instituição de caridade registrada e depende de doações para realizar o serviço. Não possuem financiamento direto do Governo e não recebem subsídios da Loteria Nacional.

O serviço funciona até 19 horas por dia, 365 dias por ano. A base do helicóptero Bell 429, chamado de “Helimed22“,  fica em Semington, Wiltshire, sudoeste da Inglaterra. Além dos equipamentos e insumos para suporte avançado à vida, o helicóptero também dispõe de farol de busca TrakkaBeam® A800, importante para auxiliar a tripulação em pousos noturnos, muito comum em helicópteros aeromédicos europeus e americanos.

Sangue e plasma a bordo

A aeronave transporta duas unidades de plasma que poderão ser usadas com duas bolsas de sangue O negativo (concentrado de hemácias), um diferencial que salva vidas. Levam em seu helicóptero e nos Veículos de Resposta Rápida (VIR), glóbulos vermelhos concentrados e desde agosto de 2015 pacientes recebem transfusões de sangue pré-hospitalares por seus médicos e paramédicos.

Os glóbulos vermelhos ajudam a transportar oxigênio pelo corpo e substituem o sangue perdido pelos pacientes, enquanto o plasma contém fatores de coagulação essenciais para ajudar na contenção do sangramento.

O plasma transportado, chamado LyoPlas, é liofilizado e está na forma de pó em um frasco de vidro. É misturado com água para formar um líquido amarelo antes de ser administrado por via intravenosa.

Estatística

Em julho o serviço atendeu 126 ocorrências, totalizando 670 missões nesse ano, porém a estatística detalhada, divulgada recentemente, refere-se ao período de janeiro a junho de 2020. Em comparação com os números do mesmo período de 2019, as missões aeromédicas realizadas pelo serviço caíram de 596 para 544. Segundo a operadora, as restrições impostas pela pandemia do COVID-19 no Reino Unido fez com que o número de incidentes caísse cerca de 10% no período.

Dos 670 atendimentos, 292 foram realizados pelo helicóptero e 378 por Veículo de Resposta Rápida (VIR). A queda no número de atendimentos ocorreu durante março (79) e abril (68) – no auge do bloqueio, mas os números têm aumentado continuamente desde então, subindo para 87 em maio, 121 em junho e 126 em julho.

De janeiro a junho, a grande maioria das chamadas foi para pessoas que sofriam de emergências cardíacas, 188, seguidas por pessoas que sofriam de outras condições médicas, como acidentes vasculares cerebrais, colapsos e problemas respiratórios, totalizando 90. Acidentes de trânsito (83) é o terceiro na lista de chamadas, logo a frente das quedas (74).

Dos atendimentos no período, 50 (9%) envolveram crianças. Nos acidente de trânsito em rodovias, o número de ciclistas feridos aumentou de 11 em 2019 para 18 em 2020, mas os motoristas de automóveis caíram de 55 para 36 no mesmo período.

O maior número de incidentes para os quais foram chamados ocorreu na área de Swindon – 80, seguida por Salisbury (40) e Chippenham (39). As ligações em Wiltshire chegaram a 70%, enquanto os 30% restantes foram em condados vizinhos como Bristol, Gloucestershire e Somerset (incluindo Bath 35 vezes).

Em abril, a operadora adaptou suas operações de dois turnos de voo por dia (8h-15h) para um único turno de 12 horas (8h-20h). Isso permitiu que vários de seus paramédicos ajudassem no serviço de transferência do COVID-19.

Detalhamento por mês – 2020/2019

Janeiro – 103 (98 em 2019)
Fevereiro – 86 (88)
Março – 79 (113)
Abril – 68 (86)
Maio – 87 (108)
Junho – 121 (103)

Atendimentos por categoria – 2020/2019

Cardíaco – 35% (35% em 2019)
Outras condições médicas, incluindo colapsos e derrames – 17% (17%)
Acidentes de trânsito – 15% (19%)
Quedas – 14% (10%)
Esportes (incluindo passeios a cavalo) – 5% (5%)
Outros incidentes de trauma – 14% (14%)

Tempo-resposta

Segundo a operadora, em 11 minutos do chamado, a equipe está pousando no local do atendimento. A operadora possui um infográfico descrevendo as ações de cada etapa e em quanto tempo cada uma é realizada. Detalham inclusive o tempo de voo para cada região de destino, calculando o tempo máximo de voo, saindo da base.

Paramédica conta como foi ingressar no serviço de ambulância aérea de Cornwall, no Reino Unido

Reino Unido – Louise Lamble ingressou como trainee (Paramédica em cuidados críticos) na Cornwall Air Ambulance no início de 2020. Antes de se mudar para Cornwall e assumir seu novo emprego, havia trabalhado como paramédica na London Ambulance Service.

Para ingressar no serviço, o candidato participa de processo de seleção, incluindo exames escritos, análise de cenários de emergência e testes de condicionamento físico. Em meio à atual situação de pandemia, Louise compartilhou seus pensamentos sobre como é se juntar ao serviço aeromédico e assumir um novo trabalho.

“Juntar-se às equipes de ambulâncias aéreas tem sido ótimo. Adoro trabalhar com a equipe e poder ajudar nossos pacientes. Meu primeiro voo foi realmente emocionante, além de ter ficado um pouso nervosa, pois eu nunca tinha voado de helicóptero antes. Ver a cidade do céu é realmente incrível, é um país tão bonito e estou começando a reconhecer os lugares”, disse Louise.

Louise Lamble paramédica conta como foi ingressar na Cornwall Air Ambulance, Reino Unido. Foto: Divulgação.

Como a mais nova recruta, Louise realiza mestrado em Cuidados Críticos pela Universidade de Plymouth. Além desse requisito operacional, Louise também realizou Treinamento de Membro da Tripulação Técnica (Technical Crew MemberTCM), que permite ocupar posição na cabine e ajudar inclusive na navegação.

“Foi um grande aprendizado até começar o serviço, pois sou nova nessa área. O treinamento em análise de cenários tem sido útil para eu aprender enquanto estamos na base. A Universidade de Plymouth oferece esse módulo como parte da formação em Cuidados Críticos. Combinar novas aprendizagens teóricas e práticas nos diversos cenários é bastante difícil às vezes, mas geralmente agradável!

“Agora, as coisas estão um pouco diferentes devido ao COVID-19. Estou trabalhando como parte de uma equipe a fim de obter experiência como TCM. Normalmente, eu me sento ao lado do piloto para que possamos sempre ter um paramédico qualificado em cuidados críticos na parte de trás do helicóptero com nossos pacientes. Analisamos as missões posteriormente, para que eu possa aprender com elas e melhorar. ”

Desde 1987, a Cornwall Air Ambulance já realizou 28.800 missões. Em 2019 foram 1.144 e as tripulações levam em média 12 minutos para chegar às pessoas que precisam de cuidados. Os custos de funcionamento da operadora aeromédica são financiados inteiramente através de doações.

  • Para saber sobre vagas na Cornwall Air Ambulance – CLIQUE AQUI.

Força Aérea Real realiza o primeiro transporte aeromédico de paciente com COVID-19 na Escócia

Escócia – Na madrugada de quarta-feira (22), um helicóptero da Força Aérea Real (RAF), SA-330 Puma, baseado em Kinloss, em parceria com o Serviço de Ambulância Escocês (SAS), realizou a primeira transferência de paciente com COVID-19 da Ilha de Arran para Kilmarnock.

A equipe realizou a transferência do paciente para o Hospital Universitário Crosshouse, em Kilmarnock. Para o secretário de Defesa Ben Wallace, “a evacuação aeromédica realizada é um ótimo exemplo da capacidade das Forças Armadas do Reino Unido em apoiar as comunidades mais remotas nas Terras Altas (Highlands) e Ilhas da Escócia.”

O líder do esquadrão Johnny Longland, comandante do destacamento, disse que “pouco mais de três horas após a equipe ter recebido a ligação, o paciente viajou 162 milhas náuticas e estava na Unidade de Terapia Intensiva. O treinamento que realizamos com as equipes médicas de emergência na Escócia garantiu que, quando chegasse a hora, estaríamos todos prontos para uma transferência rápida de um paciente.

A tripulação da aeronave usou EPI durante todo o voo e ao término da missão a tripulação e a aeronave foram submetidas a rigorosos procedimentos de descontaminação. Atualmente, três helicópteros da RAF estão baseados na Escócia, como parte de uma Força-Tarefa criada no Reino Unido para oferecer atendimento aos pacientes com o novo coronavírus.

Força Aérea Real e serviços aeromédicos do Reino Unido treinam remoção de pacientes com COVID-19

Reino Unido – Nos meses de março e abril, a Força Aérea Real (RAF – Royal Air Force) realizou treinamentos com os serviços aeromédicos de Hampshire e Ilha de Wight (Hampshire & Isle of Wight Air AmbulanceHIOWAA) e da Escócia (Scottish Ambulance ServiceSAS) para o transporte de pacientes graves de áreas remotas para centros hospitalares com maior capacidade de tratamento intensivo.

As equipes aeromédicas do HIOWAA e SAS realizaram treinamento de transporte de pacientes graves em helicópteros CH-47 Chinook, SA-330 Puma e EH-101 Merlin. O SAS ainda testou o uso do EpiShuttle para permitir o transporte rápido e seguro de pacientes com COVID-19 para instalações de atendimento de emergência em todo o país.

Atualmente, os helicópteros da RAF, com capacidade para transportar pacientes graves, estão em prontidão em bases militares na Inglaterra e Escócia, no Reino Unido. As equipes aeromédicas trabalharam ao lado de militares treinando procedimentos de embarque, desembarque e transporte de vários pacientes.

O objetivo é estarem preparados para o caso de haver necessidade de transportar um número maior de pacientes de áreas mais remotos do Reino Unido, durante a pandemia de COVID-19. As equipes simularam operações de remoção aeromédica nas aeronaves e, em seguida, forneceram suporte e cuidados intensivos aos pacientes durante o voo.

Os exercícios praticados foram incorporados aos novos procedimentos operacionais que estão sendo elaborados para auxiliar as tripulações militares e os serviços de ambulância aérea em todo o país. Equipamentos de proteção individual (EPI) foram disponibilizados às equipes, a fim de garantir que os riscos de infecção sejam minimizados durante o transporte de pacientes com COVID-19.

Estudo aponta necessidade de mudanças urgentes na Aviação Policial do Reino Unido

Reino Unido – A Her Majesty’s Inspectorate of Constabulary and Fire & Rescue Services (HMICFRS) publicou um estudo independente sobre o serviço de apoio aéreo policial e de resgate do Reino Unido. De acordo com a inspetoria, o estudo foi feito devido a preocupações de algumas forças policiais.

HMICFRS é um órgão autônomo e avalia e relata a eficiência e a eficácia das forças policiais que combatem a criminalidade, o comportamento anti-social e o terrorismo, além de melhorar a justiça criminal e aumentar a confiança. HMICFRS inspeciona todas as 43 forças policiais na Inglaterra e no País de Gales, juntamente com outros órgãos policiais e de aplicação da lei.

Leia o estudo completo: Planes, drones and helicopters.

Foto: James via Flickr
Foto: James via Flickr

O Conselho dos Chefes da Polícia Nacional convidou a inspetoria para auditar a situação e obter informações das 43 forças policiais da Inglaterra e do País de Gales. A maioria dos apoios aéreos policiais nessas regiões é fornecida pelo Serviço Nacional de Aviação Polícial (NPAS).

O inspetor da polícia Matt Parr, liderou a auditoria e elogia os líderes das operações aéreas, incluindo o NPAS, por “altos níveis de habilidade, dedicação e compromisso”, mas também apontou que o estudo revelou muitos problemas.

“Encontramos alguns problemas fundamentais com os atuais acordos colaborativos para o apoio aéreo policial, o que nos levou a concluir pela necessidade de algumas mudanças urgentes”, disse Parr.

“Com o número de bases reduzidas pela metade e o número de aeronaves sendo cortadas em um terço nos últimos 10 anos, a economia foi feita basicamente pelo corte do serviço fornecido às forças policiais ao invés de aumentar a sua eficiência. Um serviço inconsistente significa que muitos incidentes que requerem apoio aéreo terminaram antes que um helicóptero policial tenha conseguido chegar ao local”.

“Além disso”, continuou ele, “estamos preocupados com o fato de o serviço policial agora contar com um número de aeronaves insuficientes para fornecer uma resposta consistente aos incidentes para todas as forças policiais na Inglaterra e no País de Gales”.

Foto: Ben Willcox
Foto: Ben Willcox

O relatório encontrou o seguinte:

● “O nível de serviço prestado a muitas forças é menor do que esperávamos encontrar, e muitos incidentes acabaram antes que uma aeronave tenha conseguido chegar à cena.”

● “Não há evidências claras de que os arranjos atuais sejam financeiramente mais ou menos eficientes do que quando as forças gerenciavam seus próprios suportes aéreos e os custos não são compartilhados de forma igual entre as forças.”

● “O NPAS na sua forma atual é financeiramente insustentável: a estratégia de investimento de capital deixou o NPAS sem financiamento adequado para substituir a frota de aeronaves, que está envelhecendo.”

● “O serviço policial precisa desenvolver uma compreensão comum da demanda por apoio aéreo e sua contribuição para a eficácia e eficiência da polícia. Só então pode ser tomada uma decisão compartilhada e baseada em evidências sobre a combinação certa de drones, helicópteros e aeronaves de asa fixa, e sobre a colaboração com parceiros não policiais.”

● “Não há uma estratégia atualizada de apoio aéreo policial, e há margem para melhorias na política, orientação e comunicação com as aeronaves.”

● “Os atuais mecanismos de governança do NPAS são insatisfatórios: os mecanismos de tomada de decisão colaborativa são inadequados, e ter o [comissário da polícia] que é solidariamente responsável pelos serviços NPAS, inibe a prestação de contas.”

● “Os líderes das polícias precisam urgentemente reconsiderar os arranjos para o apoio aéreo policial”.

A auditoria aponta que a resposta média a um crime em ação que não envolve uma ameaça imediata à vida leva atualmente mais de 30 minutos. E em mais de 40% dos casos, as forças policiais realmente cancelaram suas solicitações de apoio de um helicóptero NPAS pois eles demoraram demais para chegar.

“Em média, levou mais de 10 minutos para despachar uma aeronave para as chamadas mais urgentes e uma média de quase 22 minutos para despachar uma aeronave para um crime que não envolve uma ameaça imediata à vida”, explicou.

Devon e Cornwall e a Dorset Police anunciaram que são as primeiras forças policiais no Reino Unido a lançar uma unidade de drone totalmente operacional.
Devon & Cornwall e a Dorset Police anunciaram em Julho de 2017 que são as primeiras forças policiais no Reino Unido a lançarem uma unidade de drone totalmente operacional.

O uso de drones também surgiu no relatório. A maioria das forças, segundo a auditoria, adquiriu sistemas de aeronaves não tripuladas (o NPAS não as usa). No entanto, a polícia não os avaliou suficientemente bem para decidir quais as capacidades que poderiam somar às operações. Isso traz o risco de que o serviço não tenha a evidência de que precisa para capitalizar os desenvolvimentos na capacidade dos drones, que o governo prevê que ocorrerá nos próximos anos.

Os drones não são atualmente operados pelo NPAS, mas a maioria das forças policiais os usa. O relatório forneceu recomendações para cada apontamento, onde basicamente, a auditoria solicitou que as forças policiais desenvolvessem uma compreensão comum da demanda e analisem a forma como as diferentes forças utilizam o suporte aéreo.

Também recomendou que o Conselho dos Chefes da Polícia Nacional publique uma revisão do processo de implantação do NPAS e que o NPAS deve elaborar um plano de substituição da frota para apresentar aos gestores que financiam os custos operacionais do serviço.

Ainda sobre substituição da frota, a auditoria disse que, até agora, não havia fundos suficientes para compras de novas aeronaves. Em vez disso, a NPAS investiu em atualizações, o que resultou em aeronaves que se aproximam do final de suas vidas de serviço sem planos de substituí-las.

O NPAS atualmente possui uma frota de 19 helicópteros com planos para adicionar quatro aeronaves de asa fixa. O serviço apóia todas as 43 forças policiais territoriais. A maioria das horas de voo são realizadas em missões de busca, tanto para suspeitos quanto para pessoas desaparecidas.

Leia o estudo completo: Planes, drones and helicopters.

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