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Laser verde

Tripulação aeromédica interrompe treinamento de voo noturno após sofrer ataque de laser no Reino Unido

Reino Unido – Na noite do dia 25 de novembro de 2021, a tripulação do Bell 429, Helimed22, da Wiltshire Air Ambulance foi forçada a interromper um pouso no Victoria Park, Frome, após ser alvo de laser. Uma luz de alta intensidade brilhou na cabine dos pilotos enquanto realizavam um treinamento noturno.

O exercício foi interrompido e a operadora aeromédica alertou em comunicado que “se fosse um incidente durante uma operação real, teria atrasado ou impedido a tripulação de chegar ao local para embarcar ou desembarcar o paciente.”

Eventos como esse podem ser extremamente perigosos para a segurança das operações, pois podem causar distração ou cegueira temporária do piloto durante uma fase crítica do voo. Para deixar a situação ainda mais grave é o fato dos pilotos utilizarem nessas operações óculos de visão noturna.

Segundo a operadora inglesa, “apontar um laser para uma aeronave é crime e resulta em multa ilimitada e até cinco anos de prisão.” O responsável pelo ataque não foi identificado.

Este é o primeiro ataque a laser contra a operadora em 2021. Em 2020 foram submetidos a quatro ataques semelhantes. A Wiltshire Air Ambulance funciona até 19 horas por dia, 365 dias por ano, e se mantém graças às doações. Em média, são acionados para três missões por dia.

Adolescente é apreendido após apontar laser para helicóptero do CIOPAER e atrapalhar visão do piloto

Tocantis – Na noite de sexta-feira (17), a Polícia Militar apreendeu um adolescente que apontou um laser verde em direção ao helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) da Secretária de Segurança Pública do Tocantins, em Araguaína, Norte do Estado.

O caso ocorreu enquanto a equipe sobrevoava a região da Feirinha, momento em que um laser apontado em direção à aeronave atrapalhou a visão do piloto. Após identificar o local exato de onde partiu o laser, solicitou apoio em solo de policiais militares que se deslocaram até o endereço na Rua Princesa Isabel no Bairro São João.

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Chegando ao local os PMs encontraram um adolescente de 12 anos com uma caneta laser em mãos, segundo ele após direcionar o objeto e perceber que se tratava da aeronave da polícia parou. Com o laser apreendido, o garoto foi conduzido acompanhado de sua mãe até a Delegacia de Plantão, onde ela relatou que ele já tem vários problemas em casa e também com a polícia.

Com base no artigo Art. 261 do Código Penal, é crime “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.” Caso o autor fosse um maior, ele poderia pegar de 2 a 5 anos de prisão. A ocorrência foi registrada como ato infracional.

Homem é preso por disparar feixe de raio laser contra helicóptero da CIOPAer do Ceará

Ascom SSPDS

Ceará – Um homem foi preso neste sábado (2), no Bairro Granja Lisboa, em Fortaleza por ter apontado um dispositivo de raio laser para um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAer) do Ceará.

O caso aconteceu durante a Operação Contra-ataque II, que teve início na noite de sexta-feira (1º). Durante o sobrevoo, a aeronave da CIOPAer, que dava apoio à operação, foi atingida pelo feixe de luz. Os tripulantes identificaram a fonte e seguiram o suspeito, identificado como Marcos Antônio Aquino da Costa (37), até a residência.

Na madrugada do sábado (2), ele foi encaminhado para o 32º Distrito Policial, no Bairro Bom Jardim. Ele entregou o objeto com o qual estava lançando o raio laser e confessou ter disparado o feixe. Ações do tipo podem causar distração, cegueira instantânea, visão ofuscada e até queimaduras na retina do piloto e da tripulação, podendo resultar em acidentes aéreos.

O ato é crime de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, com pena de dois a cinco anos de reclusão (Art. 261 do CP). O relações públicas da CIOPAer, tenente-coronel Marcus Costa, esclarece que a incidência de feixe de luz pode representar risco potencial para as operações aéreas.

“Nós recomendamos a população que não utilize dessa prática, especialmente as crianças e adolescentes, não só por se tratar de um crime do Código Penal, por expor risco à aviação, mas também pelo risco em si do acidente. Esse laser, quando desferido para o para-brisa de uma aeronave, torna a visibilidade da aproximação final numa situação crítica, pela dificuldade de visualização do local de pouso, pela dificuldade na leitura dos dados no painel da aeronave, que são fundamentais para manter a aeronave estabilizada, e a própria lesão ocular que pode trazer ao piloto ou qualquer tripulante da aeronave.”

Homem é preso por disparar feixe de raio laser contra helicóptero da CIOPAer do Ceará.

Homem é preso ao atingir helicóptero Águia da PM com feixe de luz verde em Lençóis Paulista

São Paulo – A tripulação do helicóptero Águia da Base de Radiopatrulha Aérea de Bauru, durante sobrevoo pela Feira Agropecuária Comercial e Industrial de Lençóis Paulista (Facilpa), visualizou um indivíduo apontando um feixe de luz, tipo laser, de cor esverdeada em direção à aeronave, na madrugada deste domingo (29).

Viaturas em solo localizaram um homem na rua coronel Joaquim Álvaro Martins, no Jardim Bela Vista, com o laser em mãos. Ele foi detido e conduzido ao plantão da Polícia Civil por expor a perigo aeronave e tentar impedir ou dificultar a navegação aérea, crime previsto no artigo 261 do código penal. O objeto foi apreendido e o homem liberado posteriormente.

A Polícia Militar alerta a população para o perigo do uso desse tipo de laser contra aeronaves e embarcações marítimas.

Objeto que emite feixe de luz apreendido pela PM em Lençóis.
Objeto que emite feixe de luz verde apreendido pela PM em Lençóis.

JCNET e JPNews Bauru.

Homem que apontou laser verde em helicópteros durante manifestações de 2015 em São Paulo foi condenado pela Justiça Federal

São Paulo – Durante as manifestações que aconteceram na Avenida Paulista no dia 20 de Agosto de 2015, um homem foi preso pela Polícia logo após ter usado um laser verde para atrapalhar os pilotos dos helicópteros da imprensa e do Águia da Polícia Militar que estavam na região.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia (Ação Penal 0010101-36.2015.403.6181) em desfavor do acusado T.R.P, imputando-lhe a prática do crime previsto no artigo 261, caput, do Código Penal – Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.

Conforme publicação no Diário Eletrônico da Justiça Federal (3ª Região) de 19 de Abril, a Juíza federal Substituta, Andréia Morozuzzi, confirmou em sentença a prática do crime previsto no art. 261 e que não há nos autos qualquer circunstância que exclua a ilicitude ou a imputabilidade do autor.

O acusado T.R.P foi condenado a pena privativa de liberdade de 2 anos e 06 meses de reclusão, a ser cumprida em regime aberto, porém foi substituída por 2 penas restritivas de direitos, consistentes em prestação pecuniária no valor de 01 salário mínimo a cada mês de pena a ser cumprida (a ser doada em espécie a entidade assistencial) e prestação de serviços à comunidade, além do pagamento das custas processuais. A juíza determinou ainda a destruição do laser point. O sentenciado poderá recorrer.

A sentença

Segundo o que ficou demonstrado no autos, T.R.P expôs a perigo aeronaves, tendo em vista que com sua conduta teria ofuscado temporariamente a visão dos pilotos, o que poderia levar à perda de controle em voo e, consequentemente, à queda em local de grande circulação de pessoas.

Homem que apontou laser verde em helicópteros durante manifestações em São Paulo é condenado pela Justiça Federal
Homem que apontou laser verde em helicópteros durante manifestações em São Paulo é condenado pela Justiça Federal

O MPF afirmou que o acusado fez disparos de feixe de luz contra o helicóptero que prestava serviços à Rede Globo de Televisão, Rede Bandeirantes e ao helicóptero Águia da Polícia Militar. A equipe do helicóptero da PM consegui localizar o infrator que foi abordado por policiais por volta das 21h50min, na altura do número 2.000 da Avenida Paulista, portando o artefato (laser point).

O autor disse que se tratava de uma brincadeira, atrapalhando as emissoras que faziam a cobertura das manifestações. Na Delegacia disse que encontrou o laser no chão durante as manifestações, mas para os policiais que o prenderam disse que comprou por R$ 120,00. Ele foi preso em flagrante e, logo em seguida, os pilotos das aeronaves atingidas relataram a cessação da propagação de qualquer tipo de laser.

O objeto de laser point, encontrado em poder do acusado, foi apreendido e classificado como 10.000mw/532nm. O Laudo de Perícia Criminal Federal constatou que se tratava de laser point de alta potência, com grande alcance e capaz de gerar cegueira temporária quando apontado para os olhos de uma pessoa, ainda que à longa distância.

O Ministério Público Federal utilizou as imagens captadas pelo imageador aéreo do helicóptero Águia da Polícia Militar, posteriormente periciadas, onde confirmou a autoria. Ficou demonstrado que a versão apresentada pelo réu no sentido de estar brincando de forma aleatória com o aparelho e por um curto período de tempo seria inverídica diante das imagens juntadas aos autos e que evidenciariam o apontamento do feixe de luz ao helicóptero da Polícia.

Para saber mais: Expediente Nº 10077, Ação Penal 0010101-36.2015.403.6181, página 419.

Tripulação de helicóptero de Guarda Costeira é forçada a pousar após incidente com laser

FAA

Uma missão de treinamento de um helicóptero da Guarda Costeira foi interrompida depois de alguém ter apontado raio laser na aeronave.

O MH+65 Dolphin retornou à Estação Aérea de Port Angeles, Washington, EUA, depois do incidente, cerca das 18h30m.

“Eles estavam sobrevoando o Aerporto de Fairchild quando um dos membros da tripulação percebeu que apontavam o laser para eles,” disse Sarah Wilson, especialista em assuntos públicos da Guarda Costeira, 13º Distrito.

Oficiais relatam que raios laser podem causar lesões permanentes aos olhos e, à noite, podem causar perda temporária da visão noturna.

“Eles literalmente voam às cegas, neste tipo de situação, por isso é importante certificar-se de que eles pousem assim que possível,” afirmou Wilson. Nenhum ferimento foi relatado.

“Se a tripulação estivesse a caminho de um caso de busca e resgate, eles teriam que voltar. É muito mais que proteger as vidas a bordo. Outras vidas poderiam estar em jogo também,” disse Wilson.

No meio de outubro de 2015, a Administração Federal de Aviação (FAA) registrou mais de 5.300 casos, incluindo um capitão da balsa estadual de Washington, que sofreu lesões quando apontaram um raio laser para seus olhos, e um helicóptero da NBC News, em Nova Iorque.

Fonte: K5/ Reportagem: Natalie Swaby

Homem é preso em São Paulo após apontar laser verde em helicóptero da polícia

São Paulo – Um homem foi preso durante os protestos de quinta-feira (20) na capital paulista após lançar luz de laser verde nos helicópteros que sobrevoavam a Avenida Paulista. Os atos foram de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e contra medidas de ajuste fiscal.

O helicóptero da TV Globo foi um dos atingidos pela luz verde diversas vezes. O homem no meio da multidão mirava a luz verde para o alto, prejudicando a visibilidade do piloto.

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O helicóptero Águia 21, da Polícia Militar, também foi alvo do laser verde. A aeronave se aproximou e lançou o farol de busca sobre o homem no meio da multidão. Em outro ponto, ele foi cercado por policiais militares e preso.

O manifestante foi levado para a delegacia da região dos Jardins e depois transferido para a sede da Polícia Federal.

O autor da emissão de raio laser foi autuado em flagrante pelo cometimento do crime previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro: “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.” A pena varia de dois a cinco anos de prisão. A identidade do homem não foi revelada.

É de conhecimento geral que o uso de raio laser é extremamente perigoso e pode causar, além de acidentes graves, danos irreversíveis à visão dos aeronavegantes.

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CENIPA

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou, no período de 1º de janeiro deste ano até esta sexta-feira (21), 104 notificações de aeronaves atingidas por raio laser durante voos no estado de São Paulo. No país, foram computados até agora 569 registros da mesma ocorrência.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), apontar raio laser para cabines de aeronaves provoca riscos à aviação por dificultar a visão dos pilotos em momentos considerados sensíveis durante o voo, como aproximação e pouso.

Ainda de acordo com a FAB, o feixe de luz pode causar cegueira instantânea, ofuscar a visão e provocar queimadura na retina.

DENUNCIE!

Jovem é preso por atingir helicóptero da polícia com laser no Reino Unido

Um jovem de 23 anos foi condenado no Reino Unido por atingir um helicóptero da polícia nacional com um feixe de laser. Chris Vowles estava bebendo com amigos nos fundos de uma casa em Kitts Green quando mirou na aeronave, segundo a polícia de West Midlands.

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A tripulação do helicóptero ficou temporariamente desorientada após a luz verde atingir a cabine. Em seguida, eles utilizaram as poderosas câmeras do helicóptero para identificar a origem do laser, e encontraram Chris e seus amigos rindo e comemorando o feito.

A festa, entretanto, foi interrompida rapidamente – policiais no solo foram direcionados ao local e prenderam o jovem de 23 anos por suspeita de “agir de maneira irresponsável de maneira a ameaçar uma aeronave”.

O jovem pode ser visto na gravação jogando o feixe de laser no quintal de um vizinho.

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O caso aconteceu em 31 de julho. No dia 16 de outubro, Chris compareceu a uma audiência na qual foi condenado a sete meses de prisão – que foram suspensos por dois anos – e 250 horas de trabalho voluntário. Ele também foi condenado a pagar os custos do processo.

Toda a ação foi filmada pelas câmeras da aeronave e publicada pela polícia no YouTube:

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Fonte: G1.

Homem é preso por usar caneta laser para atrapalhar helicóptero da PM no RJ

Rio de Janeiro – O homem de 32 anos, que estava no meio de um protesto contra os gastos da Copa do Mundo, usou o laser para atrapalhar a operação do helicóptero da PM que sobrevoava o local.

O feixe de luz afetou a visão do piloto da aeronave, que teve que passar o comando para o co-piloto. Com a ajuda dos operadores da câmara infravermelho, os policiais que estavam em terra conseguiram prender o infrator.

O acusado vai responder pelo crime de expor a perigo uma aeronave e pode pegar de dois a cinco anos de cadeia.

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Fonte: R7.

Riscos de exposição da tripulação sob o efeito da iluminação Laser

EDUARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA
Monografia apresentada à Pontifícia Universidade Católica de Goiás como
exigência parcial para a obtenção do grau de bacharel em Ciências Aeronáuticas.

RESUMO

O raio laser ao mesmo tempo em que representa um avanço tecnológico em diversas áreas, gera, também, preocupação quanto ao seu mau uso e, em especial, o mau uso do feixe de entretenimento conhecido como bastão laser. Esse aparato tornou-se bastante conhecido nos campos de futebol quando torcedores lançavam o seu feixe diretamente nos olhos dos goleiros, causando-lhes cegueira temporária. A partir daí, o bastão laser deixou de ser empregado apenas para entretenimento e desporto e usado por pessoas mal intencionadas que queiram prejudicar a visão de alguém.

Nesse sentido, aumenta a preocupação de pilotos e especialistas na área da aviação para com a má utilização desse objeto quando os feixes produzidos por ele são projetados em direção às aeronaves, gerando perigo e risco iminente. Perigo e risco não são aleatórios nessa situação, a cegueira temporária que atingem os pilotos, principalmente na aproximação do pouso, decolagem e subida, pode ocasionar desorientação especial e resultar em acidente aéreo, além de causar sérios danos à retina dos pilotos. O que se quer com essa pesquisa é refletir e divulgar os aspectos mais relevantes desse assunto, chamar a atenção para a má utilização do laser de entretenimento, apontar as possíveis soluções para mitigar os riscos inerentes a tal uso e ressaltar a legislação vigente.

Palavras-chave: Laser, Riscos da Tripulação, Segurança de Voo, Medidas Mitigatórias, Urgência.

INTRODUÇÃO

Locomover-se de maneira rápida e segura sempre foi um dos desejos da humanidade. Até poucos milênios atrás, deslocar-se de um lugar para o outro se tornou uma necessidade e, para isso, o homem tinha que vencer as distâncias e, também, inúmeras barreiras dos percursos. Tais necessidades favoreceram a criação de meios de transportes que possibilitaram maior facilidade em sua locomoção.

Para Faria (2003), a evolução dos meios de transporte teve inicio há 3.000 a.C., quando o homem, na Mesopotâmia, inventou a roda, nome esse talvez derivado do rolete. Com esse invento, o tempo e as grandes distâncias foram diminuídos. Mediante a tal evolução, o meio de transporte teve atenção maior por parte dos seres humanos. Isso fez com que os inventos alavancassem, tornando-se uma necessidade.

Segundo Modernell (1989, p.85), o historiador grego Heródoto (484 – 425 a.C.) menciona em seus escritos que os caminhos de pedras mais antigos de que se têm notícia, há mais ou menos 3.000 a.C., foram assentados pelo rei egípcio Quéops, por onde se transportam os imensos blocos destinados à construção das pirâmides.

Desta mesma época, foram encontrados na tumba da Rainha da cidade de um conjunto de quatro rodas ligadas por eixo do tipo que necessitavam de estradas.

Segundo Faria (2003), no século XIX, surgiram as primeiras locomotivas e trens a vapor, conhecidos como Maria fumaça, beneficiando o transporte de pessoas e bens em menor tempo e com custos mais baixos. Hoje, há vários meios de transportes, dentre eles, o avião: meio rápido, seguro e confortável.

É verdade que, muitas vezes, a segurança no transporte aéreo é colocada em xeque. Isso ocorre não porque voar é inseguro, mas pelo fato de que, quando acidentes aéreos acontecem, as dimensões mediáticas que eles alcançam são de grandes proporções, tanto nacional quanto internacionalmente.

O que se pretende aqui não é abordar as consequências de um acidente aeronáutico e, tampouco, questionar o fascínio macabro da mídia e da sociedade pelos grandes desastres aéreos, mas sim apontar uma das múltiplas possibilidades que levam uma aeronave ao acidente. Pois, há muitos fatores contribuintes para a ocorrência de acidentes aéreos. Mas ao mesmo tempo em que esses fatores existem, há, também, muitas defesas para evitá-los, dentre elas: tecnologias, os regulamentos e os treinamentos.

Se a tecnologia empregada nos modernos aviões visa, cada vez mais, a segurança; se existem normas, regras e regulamentos que elevam a confiabilidade do sistema de tráfego aéreo e, se cada vez mais os pilotos são treinados à exaustão (principalmente em simuladores de voo) para atuarem em situações adversas, há de se concordar com Faria (2003), quando esse afirma que o avião é um meio de transporte rápido, seguro e confortável.

Então, por que os acidentes aéreos acontecem? Porque em algum momento, as defesas foram burladas ou são falhas. As falhas de defesas podem ocorrer por ações ou inações do piloto da companhia aérea ou do controle de tráfego aéreo. Porém, é possível que aconteça também, por influência de terceiros, alheios ao voo. Para essa situação, destaca-se o objeto desse trabalho: o risco da tripulação sob o efeito do raio laser.

O motivo dessa pesquisa é que estudos no Brasil ainda são incipientes e a Universidade é o ambiente de novos temas e novas  discussões. Há de se ressaltar a preocupação com o problema, visto que o mesmo resulta de uma ação de terceiros, não sendo, portanto, tátil e controlável pelo piloto. É preciso lançar mão de políticas públicas e campanhas voltadas à prevenção, para  conhecer e esclarecer o assunto e, também, para punir os infratores.

Essa monografia tem como objetivo mostrar os riscos da utilização inadvertida de objetos e equipamentos emissores de raio laser e a periculosidade do mesmo para a segurança de voo. Além disso, levar ao conhecimento das autoridades competentes essa problemática, para que meios de contenção sejam criados e que esses sejam controlados pelo Governo Federal.

A problemática posta é a seguinte: “O laser de entretenimento constitui um risco iminente para um acidente aéreo”, conforme relatos de ocorrências citados pela (FAA), órgão regulador da Aviação Civil Norte Americana Federal – Aviation Adminstration, que reúne relatos de visuais no desempenho dos pilotos durante as operações aéreas.

No Brasil, ocorrem acidentes que, inclusive têm tornado frequentes, devido ao uso de objetos emissores de raio laser em direção às aeronaves. As recorrentes palestras sobre o tema Segurança Aeroportuárias demonstram que as autoridades aeronáuticas estão, cada vez mais, atentas ao assunto quando versam sobre a popularização e o uso indevido de aparelhos portáteis emissores de raio laser na cor verde, projetados na direção de aviões e helicópteros em voo.

Para conhecer o assunto, foi preciso buscar bibliografias que explicassem o quanto o laser pode ter sobre os olhos do piloto. Nesse sentido, procurou-se entender, num primeiro momento, o que é de fato o laser, como ele surgiu e qual a sua aplicabilidade na sociedade. Depois, foi preciso compreender o sistema ocular para perceber como esse é vulnerável às projeções diretas do feixe de luz. A partir daí, o referencial teórico aponta as pesquisas inerentes ao assunto destinadas à aviação, principalmente as realizadas pela agência norte americana. O laser que incide diretamente sobre os olhos de um piloto, causa cegueira temporária, o que pode resultar em acidente aéreo. A pergunta que se faz, portanto, é a seguinte: a legislação atual brasileira prevê em seu Código Penal Brasileiro (CPB), que a pessoa responsável por tal projeção seja punida e que essas ações sejam crime?

Para responder a tal indagação, buscou-se a legislação em vigor e se há nela relação com o enquadramento criminal para com essas ações. A construção da pesquisa está estruturada em dois capítulos: o primeiro, em que se compreende aspectos da história, classificação, aplicação do laser e suas consequências sobre a retina; e o segundo, que aponta elementos voltados ao uso indevido do laser projetado à cabine das aeronaves em voo, elementos esses que identificam os risco, a legislação, as estatísticas e orientações oriundas da agência reguladora brasileira.

O grande trunfo da sociedade é o conhecimento. Conhecer é mais que dominar conteúdos epistemológicos, é ter em mãos o poder de transformar o mundo. O saber transformador educa, evolui a qualidade de vida do homem e o leva a discutir e buscar novos horizontes. É na perspectiva de mudança e melhoria que se apresenta esta pesquisa. Há de se investir em campanhas educativas e políticas públicas que olhem para as deficiências da sociedade e procurem esclarecer e educar para não ser necessário punir depois. É melhor ter cidadãos que entendam o risco de causar um acidente aéreo e matar centenas de pessoas na utilização do laser por brincadeira ou maldade, do que ter que abarrotar as cadeias já saturadas com mais um tipo de criminoso, ou brincalhão de mau gosto.

Menor é detido ao lançar laser contra helicóptero Águia, em Araçatuba/SP

Uma brincadeira de mau gosto colocou em risco a equipe do helicóptero Águia da Polícia Militar, em pleno voo, na madrugada desta sexta-feira (12/7/13), no bairro Umuarama, em Araçatuba/SP. Usando uma caneta apropriada, um adolescente de 16 anos disparou feixes de laser verde contra a aeronave. O piloto do helicóptero e tenente da PM Fabiano Leon Thomassian teve que realizar manobras no ar para sair do alcance do raio laser. No momento do incidente, a aeronave realizava patrulhamento sobre o bairro.

tomassian do Águia com a caneta laser. Foto:

Os componentes do Águia conseguiram identificar a residência de onde partiu o raio laser. Viaturas em solo foram acionadas e conseguiram localizar o responsável pela atividade e apreender a caneta de laser.

O adolescente e o responsável legal por ele foram levados para o plantão policial de Araçatuba, ainda na madrugada. No distrito, a polícia registrou ocorrência de ato infracional por atentado contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão prevista de 2 a 5 anos.

O menor foi ouvido e liberado para o responsável. O caso será encaminhado à Promotoria da Infância e Juventude de Araçatuba. A caneta de laser foi apreendida. Em depoimento, o adolescente disse que estava brincando com o objeto e que pretendia apenas verificar o alcance do raio laser.

PERIGO NO AR

De acordo com o tenente Thomassian, esse tipo de ocorrência é mais comum do que se imagina. Segundo ele, por semana, são registradas pelo menos duas ocorrências desse tipo durante voos noturnos do Águia, em Araçatuba. Pilotos de avião também já notificaram ocorrências com laser nas proximidades do aeroporto Dario Guarita. Em um dos casos, um piloto até deixou de pousar uma aeronave comercial por medida de segurança.

De acordo com o piloto do Águia, as pessoas deveriam se conscientizar do risco que a atividade proporciona para as pessoas. Ele explica que uma exposição prolongada ao laser pode provocar queimaduras e danos graves, temporários ou até mesmo permanentes, nos olhos.

“O piloto também deixa de enxergar detalhes que são importantíssimos no momento do pouso de uma aeronave, por exemplo”, afirmou o tenente, em entrevista ao portal de notícias Araçatuba News, após o registro da ocorrência nesta madrugada.

Conforme o oficial, esse tipo de atividade ameaça a segurança dos pilotos e passageiros nos aeroportos brasileiros praticamente todos os dias. Ele defende a intervenção do poder público para fomentar campanhas de prevenção e conscientização da população, principalmente de pais e responsáveis por adolescentes que costumam portar e brincar com esse tipo de caneta que emite laser, principalmente de cor verde. A própria população pode denunciar quem costuma praticar esse tipo de atividade.

DENÚNCIAS

Quem tiver alguma informação sobre pessoas que tenham o costume de lançar laser contra aeronaves, pode entrar em contato com a polícia por meio dos telefones 190 e 197. A ligação é gratuita e o denunciante não precisa se identificar.

Fonte: Araçatuba News

CENIPA criará registro específico para ocorrências de laser verde

Tormento principalmente dos goleiros de futebol nos estádios, a brincadeira com canetas de raio laser agora inferniza a vida dos pilotos de avião. Em 2011, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) registrou cerca de 250 casos, um aumento em relação a 2010 de quase quatro vezes. Como a contabilização é baseada em relatos dos aviadores, esse número pode ser ainda maior.

Para identificar os aeródromos onde a recorrência é maior, o CENIPA planeja disponibilizar em sua página (www.cenipa.aer.mil.br), em 2012, um formulário específico para esse tipo de reporte. Com os dados será possível direcionar campanhas e ações conjuntas entre os órgãos da administração aeroportuária e o poder público local.

As brincadeiras têm se espalhado por todo o Brasil. A incidência dos casos começaram a aumentar a partir do ano de 2009. De acordo com o CENIPA, até o mês de novembro deste ano, foram relatados 38 casos em Londrina (PR), 36 no Galeão (RJ), 21 em Vitória (ES), 13 em Campinas (SP), 11 em João Pessoa (PB), 9 em Navegantes (SC) e 9 em Fortaleza (CE). “O que se vê hoje é uma maior facilidade de aquisição deste artefato e acredito que por isso no Brasil, nos últimos três anos, nós tivemos o incremento do número de reportes”, afirma o Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, da Divisão de Aviação Civil do CENIPA.

As consequências da utilização do raio laser verde podem ser danosas, conforme alerta o Major Mattos, da Divisão de Aviação Civil do CENIPA. “A probabilidade de se derrubar um avião com equipamento de emissão de laser é baixa, mas não pode ser descartada, uma vez que nós temos na frota nacional aeronaves que voam com apenas um piloto. Quando atingido diretamente nos olhos, o comandante do avião pode ter dificuldade de interpretar os instrumentos, cegueira momentânea e a formação de imagens falsas, que numa situação de decolagem ou pouso pode ser crítica”, explica o Major Mattos. “A probabilidade é baixa, mas existe e as consequências podem ser até catastróficas. Então nós temos que trabalhar em termos de prevenção”, complementa o Oficial do CENIPA.

Os relatos de ocorrências com laser não são recentes e tampouco exclusividade nos céus brasileiros. Há reportes de casos no Canadá, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. O primeiro caso relatado ocorreu em Los Angeles, no ano de 1993. O comandante de um boeing 737 foi atingido e obrigado a passar o controle dos comandos da aeronave para o co-piloto. Ele ficou quatro minutos sem conseguir interpretar os instrumentos.

Assim como soltar balões (Perigo Baloeiro), a brincadeira com raio laser pode render problemas com a justiça. “Utilizar o laser e atrapalhar a navegação área é um crime previsto no Código Penal Brasileiro”, ressalta o Major Mattos.

Veja o vídeo produzido pela FAA sobre o problema:

Fonte: Agência Força Aérea Brasileira

Operação integrada em Macapá contra os “lasers” verdes

Nos dias 06, 07 e 08 de outubro foi deflagrada a operação denominada “Guerra nas Estrelas”, com a participação do Grupo Tático Aéreo do Amapá – GTA/AP, Polícia Federal e INFRAERO, comandada pelo Del. Celson Pacheco, Coordenador do GTA e Del Mauro da Polícia Federal.

O objetivo da operação foi identificar e prender pessoas que usam lasers contra pilotos das aeronaves que sobrevoam as cidades de Macapá e Santana, localizadas próximas à rampa de aproximação de umas das cabeceiras da pista do Aeroporto Internacional de Macapá (SBMQ), colocam assim, em risco, a segurança operacional.

Vários foram os RELPREV preenchidos por pilotos de aviões das linhas comerciais, as quais, depois das devidas investigações comprovaram o perigo iminente.

Com apoio de um avião Bandeirante, teve inicio a operação que terminou com a condução de 7 adolescentes e um maior de idade pra sede da Polícia Federal de Macapá, e, em seguida, à Delegacia Especial de Atos Infracionais. Juntamente com os conduzidos foram apresentadas várias canetas-laser de facho verde, as mesmas usadas pelos infratores.

Com o efetivo de 20 homens espalhados em pontos de maior incidência, os quais sob orientação dos pilotos da aeronave, voando a mil pés, quando ao serem atingidos pelos feixes dos lasers passavam a localização exata dos infratores que eram surpreendidos pela equipe de terra e detidos.

Fonte: Comunicação social do GTA/AP.

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