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Manutenção aeronáutica

Plano capixaba para manutenção de aeronaves é modelo no Brasil

A gestão eficiente de gastos públicos no Espírito Santo mais uma vez serviu de inspiração para outros estados brasileiros e para os países da América Latina. Na última semana, o subsecretário da Casa Militar e chefe do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), major Márcio Franco Borges, foi convidado para apresentar o plano estratégico de economia de manutenção das aeronaves do Estado no evento internacional Operators 2016 Symposium, que aconteceu em São Paulo.

Major Borges - NOTAER/ES

O plano prevê uma economia de mais de R$ 2 milhões em manutenção dos helicópteros do Estadousados para apoio policial, transporte de vítimas de acidentes e enfermos – no prazo de cinco anos.Isso representa uma economia de mais de 21% para os cofres públicos.

“O momento atual da economia nos motivou a buscar esta importante e inovadora solução de gestão orçamentária eficiente, pela qual são efetivadas ações focadas na responsabilidade gerencialNosso intuito tem sido de construir um processo sustentável, tendo como consequência redução de custos do serviço público, assim como a ampliação da produtividade e da qualidade das ações desenvolvidas por nossas aeronaves em prol da sociedade capixaba”, destacou o major Borges.

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A iniciativa do Espírito Santo foi pioneira no país entre os órgãos de aviação de Segurança Pública e está sendo adotada pelos estados de São Paulo e Maranhão, além de empresas privadas do setor de aviação do país. Com as ações de gestão eficiente de manutenção das aeronaves, o Estado foi convidado a integrar o Conselho de Clientes organizado pela empresa francesa Safran Group, fabricante dos motores dos helicópteros do Governo do Estado e responsável por gerenciarcontrato de manutenção das aeronaves capixabas.

A Secretaria da Casa Militar, seguindo o Planejamento Estratégico do Governo do EstadoES 2030busca empreender ações de eficiência na gestão governamental, por meio da otimização do emprego dos recursos orçamentários-financeiros, e tem estabelecido um planejamento direcionado ao controle de gastos, às melhorias continuadas e à gestão de processos, em particular, na qualificação do manutenção das aeronaves.

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Fonte: Governo do Espírito Santo.

Publicações técnicas e seu uso irregular

DANI DAMASCENO
1º Sgt BMA

No ramo da aviação e manutenção de aeronaves, a capacitação, o treinamento e a atualização dos recursos humanos são fatores fundamentais para segurança de voo. Entretanto, é prática comum (e até aceitável) a utilização de manuais técnicos desatualizados como fonte de consulta durante os cursos de familiarização de aeronaves e treinamentos em geral.

PUBLICAÇÕES TÉCNICAS E SEU USO IRREGULAROs manuais técnicos de aeronaves e equipamentos sofrem atualizações constantes, entretanto, os materiais didáticos, por serem apenas materiais de referência, muitas vezes acabam não sendo atualizados com a mesma  frequência dos originais. Para os cursos de familiarização, as informações contidas nestes materiais de referência, muitas vezes, embora desatualizadas, atendem perfeitamente às necessidades e objetivos propostos.

Um fato preocupante que é verificado em inúmeras oficinas de manutenção diz respeito à utilização desse material desatualizado. Distribuído aos alunos como material didático de referência (somente), em cursos como os de familiarização, mantenedores e etc., ele acaba, por vezes, sendo utilizado nos serviços cotidianos de manutenção.

Essa utilização inadequada acontece principalmente quando o profissional não é familiarizado com a língua inglesa. Quase sempre, esse profissional opta por utilizar o material estudado nos cursos, pois, normalmente, este já foi traduzido para facilitar o seu entendimento.Isso acaba sendo um atalho perigoso quando usado diretamente na manutenção ou operação de uma aeronave.

Percebe-se, então, a importância da devolução deste material (fornecido para estudos durante os eventos de capacitação) aos Setores de Instrução e Treinamento locais após o término de sua utilização. É também importante que se fomente o desestímulo à produção de fotocópias e distribuição de cópias digitais, visando manter o controle do material didático utilizado.

A prática da utilização de apostilas de treinamento, como se fossem Publicações Técnicas, é desaconselhada e proibida pelos sistemas de segurança de voo mundiais, por entender-se que afetam a cultura de manutenção e segurança de voo de qualquer organização aérea.

O que leva à consulta da documentação imprópria??

Seguem abaixo os principais fatores que facilitam e levam à consulta inadequada:

1) O excesso de “confiança” no material didático que está à disposição em seu setor de trabalho e que já tenha sido usado para seu treinamento (apostilas), desprezando que aquele material não sofre atualizações;

2) O entendimento que aquele material didático “transmite” a segurança necessária, suficiente para seu trabalho, pois o mesmo que serviu para a construção de sua “base de formação” profissional;

3) A inexistência de uma doutrina de segurança fortalecida no setor, pela falta de maturidade profissional, permitindo que este colaborador faça uso de manuais não autorizados, mesmo sabendo que existem publicações técnicas oficiais à sua disposição nas Bibliotecas Técnicas;

4) A existência de certo grau de complacência do mantenedor, fazendo com que o uso destes manuais não autorizados, seja “doutrina” instaurada. Desta forma, acreditando que uma apostila poderá orientá-lo em seus trabalhos, tacitamente assumindo a responsabilidade pela execução de serviços que podem ser fatores contribuintes para ocorrências aeronáuticas;

5) A inexistência, em certos aspectos, da cultura de supervisão dos trabalhos executados, de modo que não seja cobrado o uso de manuais técnicos atualizados na oficina ou na linha de voo;

6) A falta de reconhecimento, pelos profissionais de manutenção, da figura do Gerente Setorial de Publicações, o qual seria o responsável pelo recebimento no setor das oficinas respectivas e certificação da atualização dos manuais para uso no seu setor de trabalho;

7)Falta de comprometimento com a manutenção da cultura de segurança de voo no seu setor de trabalho, assumindo o risco e colocando em segundo plano a aplicabilidade da segurança operacional;

8) A falta de orientação por parte dos coordenadores do setor de treinamento ao não orientarem quanto à proibição de uso destes materiais didáticos na manutenção;

9) A falta de dizeres claros na própria capa do material alertando sobre a responsabilidade do usuário e que tais materiais não sofrem atualizações;

10) A dificuldade de compreensão do inglês técnico, consequentemente optando por utilizar o material didático com tradução livre e não oficial;

11) A falta de controle sobre a distribuição do material didático fornecido para estudos e, também, a falta de cobrança da devolução do mesmo após a conclusão de cursos e eventos de treinamento;

12) O fornecimento de cópias do material utilizado para estudos, em mídia ou impressas, dificultando o controle efetivo sobre este material, disseminando a distribuição de “cópias não autorizadas”.

Ressalta-se que o combate à “pesquisa em manuais não autorizados”, é normalmente enfatizado no Programas de Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (PPAA) das Unidades Aéreas (aulas, palestras e atividades afins). Entretanto, se não houver sinergia para aplicabilidade da filosofia SIPAER, por todos os profissionais envolvidos com a manutenção de aeronaves e atividade aérea, estaremos contribuindo não para prevenção e segurança, mas sim para que um dos “dominós” da cadeia de eventos continue aguardando sua queda anunciada.

“Na manutenção e operação de aeronaves, use somente manuais oficiais e atualizados”


Autor: 1º Sgt BMA Dani Damasceno


Colaboração e coordenação: Cap. Fernando de Almeida Silva
SSIPAA 5°/8°GAV
Crítica e Sugestões: [email protected]

A Boa Prática de Manutenção

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) sugeriu por meio de vários documentos que as organizações de
manutenção que pudessem desenvolver um sistema o qual se chamasse “A Boa Prática de Manutenção” a ser seguido pelo de manutenção. Esta prática melhoraria o padrão da manutenção, manteria o padrão de aeronavegabilidade e igualmente conduziria à redução dos acidentes e incidentes aeronáuticos.

100hEm função do avanço tecnológico da indústria aeronáutica, as tarefas de manutenção tornaram-se cada vez mais precisas. Os fabricantes de aeronaves e equipamentos transmitem instruções detalhadas para a manutenção de seus produtos. As autoridades reguladoras elaboram leis e regulamentos que são relacionados geralmente à segurança de passageiros em viagem. Entretanto, há normas de trabalho aceitáveis que não podem ser classificadas como regras e regulamentos.

Essas normas são as boas práticas de manutenção que precisam ser institucionalizadas em cada organização de manutenção, as quais ajudarão o pessoal técnico a realizar seus trabalhos mais detalhados e de uma maneira mais profissional.

Colocam-se aqui as boas práticas de manutenção sob a forma de listas de verificação. Essas listas constituem-se de
perguntas de introspecção pessoal de várias técnicas que devem ser realizadas durante cada tarefa. A aderência incondicional às práticas contribui à segurança de voo e ajudará a conseguir o objetivo de padronizar a execução da tarefa e realçar a importância da manutenção da aeronavegabilidade.

Este artigo técnico de aeronavegabilidade foi elaborado com o interesse de contribuir para a melhoria dos padrões da manutenção, assim como os das pessoas da organização envolvida em atividades de manutenção aeronáutica.

Tendo como foco a possibilidade de elevar o nível do padrão da aeronavegabilidade foram preparadas as seguintes listas de verificação que cobrem vários aspectos das boas práticas de manutenção, as quais estão inseridas neste artigo técnico:

1) Lista de Mínimos Pessoais;
2) Lista do Gerente de Manutenção;
3) Lista de Manutenção de Hangar;
4) Lista de Manutenção de Pista;
5) Lista de Manutenção de Oficinas Especializadas.

É desnecessário dizer que cada indivíduo ao empreender uma tarefa de trabalho na manutenção deve portar a lista de verificação de “Mínimos Pessoais” e deve seguir esta lista de verificação antes do começo do trabalho e após a sua conclusão. Isso igualmente ajudará a realçar a confiança individual, no que diz respeito ao trabalho realizado.

Deve-se ter em mente, ainda, a necessidade de uma lista de verificação na manutenção de maior área específica, isto é, na manutenção de hangar, na manutenção de pista, nas oficinas, etc.

Os representantes da autoridade da Aviação Civil, ao realizar a fiscalização, podem confirmar o cumprimento dos aspectos acima.

Lista de Mínimos Pessoais

Esta é uma das listas de verificação citadas acima e o pessoal da manutenção deve portá-la e segui-la quando da realização de tarefas de manutenção de aeronaves, equipamentos e componentes. Assim, a lista de verificação ajudará definitivamente a pessoa a realizar as atividades de manutenção de maneira apropriada e segura.

O Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos condensou a lista de verificação de “mínimos pessoais” em uma tabela e estimula a utilização em sua empresa ou organização.

Nesses termos, o sugere-se ao mecânico de manutenção aeronáutica que responda 10 perguntas, colocando SIM ou NÃO antes que a tarefa de manutenção seja começada e 10 perguntas colocando SIM ou NÃO depois que a tarefa for terminada. Se o mecânico responder “NÃO” a qualquer uma das 20 perguntas, a aeronave não deve ser retornada ao serviço.

Segue-se abaixo a lista de verificação e o SERIPA I autoriza a sua reprodução no âmbito das empresas e organizações de manutenção. A lista de verificação pode ser dividida em duas partes antes e depois de cada tarefa e deve conter pelo menos as seguintes perguntas:

PARTE I (ANTES DA TAREFA)

Responda SIM ou NÃO

– Eu tenho o conhecimento para executar a tarefa?
– Eu tenho os dados técnicos para executar a tarefa?
– Eu já executei esta tarefa anteriormente?
– Eu tenho as ferramentas e os equipamentos apropriados para executar a tarefa?
– Eu tive o treinamento apropriado para realizar a tarefa deste trabalho?
– Eu estou preparado mentalmente para executar a tarefa deste trabalho?
– Eu estou preparado fisicamente para executar a tarefa deste trabalho?
– Eu tomei as precauções de segurança apropriadas para executar a tarefa?
– Eu tenho os recursos disponíveis para executar a tarefa?
– Eu tenho os procedimentos e normas reguladoras para assegurar a conformidade?

PARTE II (APÓS A TAREFA)

– Eu executei a tarefa com o melhor de minhas habilidades?
– A tarefa foi executada e está igual ao original?
– A tarefa foi executada de acordo com dados apropriados?
– Eu usei todos os métodos, técnicas e práticas aceitáveis à manutenção?
– Eu executei a tarefa deste trabalho sem pressão, estresse ou distração?
– Eu inspecionei novamente meu trabalho ou mandei alguém inspecionar meu trabalho antes de dar o retorno ao serviço?
– Eu fiz os registros apropriados para o trabalho executado?
– Eu executei as verificações operacionais depois que o trabalho foi terminado?
– Eu limpei a área após a conclusão do trabalho?
– Eu estou disposto a assinar em baixo o trabalho que executei?

NOTA: Não memorize. Consulte sempre a “lista de mínimos pessoais” e a página do manual para os corretos valores e procedimentos recomendados. Assegure-se de que a página dos procedimentos do manual esteja atualizada e disponível ao realizar o trabalho.

Caro leitor, agora que você já sabe o que são “mínimos pessoais” na manutenção de aeronaves, desejamos um bom trabalho na elaboração e no uso deste checklist para ajudar a manter a qualidade das tarefas de manutenção. Contribua com o trabalho do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER para manter o excelente nível de segurança de voo das aeronaves civis brasileiras.

Fonte: INFORME SERIPA I

Frota de aeronaves da polícia é proibida de voar por problemas de manutenção, em Columbus. Ohio/EUA

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A unidade de apoio aéreo do Departamento de Polícia da cidade de Columbus, capital do estado de Ohio/EUA foi proibida de voar depois de uma inspeção de uma  empresa independente, a qual encontrou problemas nos registros de manutenção de um helicóptero que estava sendo preparado para ser vendido.

Frota de aeronaves da polícia é proibida de voar por problemas de manutenção, em Columbus. Ohio/EUA

Essa inspeção foi motivada por uma ação judicial federal movida contra a cidade. Um júri decidiu que a cidade vendeu um helicóptero com problemas para um empresário canadense. A máquina efetuou um pouso de emergência por problemas técnicos depois de apenas 30 horas de voo.

Devido a esse problema, a empresa East West Helicóptero Inc. foi contratada para revisar todos os registros de um helicóptero que estava para ser colocado à venda. A revisão teria encontrado algumas inconsistências nesses registros referentes a manutenção programada.

A empresa ainda não entregou o seu relatório final para a cidade, logo os detalhes ainda não são conhecidos. Mas como medida de precaução, a frota foi impedida de voar enquanto a empresa estiver finalizando a inspeção

Quando em serviço, os helicópteros da polícia permaneceu em voo cerca de 16 horas por dia, sete dias por semana, e respondem a cerca de 7.000 chamadas por ano. A unidade, em operação desde 1971, teve um orçamento de US $ 3,1 milhões no ano passado.

A cidade tem uma frota de sete helicópteros: cinco em operação regular, um que está sendo preparado para a venda, e um sétimo que ainda está fora da operação devido a danos após um pouso de emergência em uma rua. O NTSB ainda está investigando o incidente, que foi inicialmente atribuído a uma falha de motor.

Desde 2006, duas outras falhas de motor levaram a pouso de emergência por pilotos do departamento. Um piloto foi forçado a pousar em emergência em 2007 e outro em 2006.Em ambos os casos, o NTSB concluiu por falha mecânica, mas não chegou a encontrar falha na manutenção.

O FAA  não fiscaliza aeronaves de uso público como os helicópteros da polícia. Em setembro, Kenneth Ramos, que atua como diretor de manutenção da frota da polícia, disse que a cidade inspeciona os helicópteros a cada 100 e 300 horas de voo, além de inspeções anuais, superando as diretrizes do FAA.

A Unidade de Apoio Aéreo de Columbus, em 2011, foi a primeira dos Estados Unidos a ser certificada pela ALEA (Airborne Law Enforcement Association) e ainda é uma de apenas quatro unidades com essa distinção. Os padrões de certificação são altos e envolvem uma inspeção local e revisão dos procedimentos de manutenção, declarou Kurt Frisz, presidente da ALEA.

A unidade espera ter pelo menos um helicóptero liberado para voo dentro de uma semana. Assim que cada inspeção estiver concluída, os helicópteros vão ser liberados para voar.

Fonte: The Columbus Dispatch (tradução e adaptação do original em inglês Piloto Policial)

Mecânico de aeronave é técnico mais bem pago

Levantamento feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que, em diversos Estados brasileiros, um diploma de ensino técnico já vale mais do que um certificado de conclusão de curso universitário.

O levantamento, ao qual a Folha teve acesso com exclusividade, identificou as 21 profissões técnicas mais valorizadas do Brasil, resultado da demanda da indústria por mão de obra especializada. Lideram a lista manutenção em aeronaves, mineração, mecatrônica, construção civil e petróleo e gás.

SALÁRIOS DE ATÉ R$ 7.000

Os salários médios de admissão variam de R$ 1.500 a R$ 2.500. Após dez anos de experiência, oscilam entre R$ 3.600 e R$ 7.000.

A experiência do baiano Roman Pinto, 35, sintetiza a valorização dos técnicos. “Sou graduado em história, mas precisava me inserir logo no mercado. Em 2010, formei-me como técnico em edificações e agora ganho mais e trabalho menos”, disse à Folha, ao revelar seu salário atual: R$ 3.400.

Em São Paulo, um trabalhador com a mesma formação de Roman Pinto, só que com dez anos de experiência, tem salário médio superior ao de um engenheiro ou um farmacêutico com mesmo tempo de atuação na área.

No Estado, a procura maior da indústria é por projetistas e técnicos em manutenção, com remunerações iniciais em torno de R$ 4.100 e R$ 3.500, respectivamente. Os números da CNI trazem os 18 Estados onde o trabalhador técnico está em alta. O levantamento foi feito nas unidades do Senai e com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho.

Em Pernambuco, um soldador recém-formado pode ganhar mais do que um médico que acabou de desembarcar na profissão. Em Minas, um técnico das especialidades mais valorizadas exibe um contracheque mais gordo que um advogado ou veterinário iniciante.

FORMAÇÃO

Além dos salários competitivos, conta a favor da formação técnica a possibilidade de entrar mais cedo no mercado de trabalho. Nas contas da confederação, um aluno faz um curso técnico em 18 a 24 meses. Já na faculdade, o prazo, em geral, é de quatro anos.

“Há dois prédios, um do curso técnico e outro do universitário. No primeiro, você não precisa chegar ao último andar para começar a trabalhar. No segundo, você só entra no mercado quando atingir o topo”, comparou Rafael Lucchesi, diretor da CNI.

“Não estou pregando contra a educação formal, só que o ensino técnico foca na construção de projetos pessoais e na rápida integração do aluno no mercado de trabalho.” Em 2011, o governo federal lançou o programa Pronatec justamente para capacitar, com bolsas de estudo, jovens do ensino médio a atender às demandas da economia.

Hoje, há 882 mil trabalhadores com diploma técnico no país. O setor criou 36 mil postos de trabalho de abril de 2011 a março deste ano. O resultado só não foi melhor porque a indústria tem sofrido com o câmbio valorizado e com a desaceleração da economia doméstica.

Em países desenvolvidos, os cursos técnicos de nível médio são escolhidos por cerca de 50% dos estudantes, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) fornecidos pela CNI.

“Os europeus têm uma forte puxada para o ensino técnico, e boa parte da transformação econômica da Coreia do Sul também vem daí”, argumenta Lucchesi.

Fonte: Folha de São Paulo, por Natuza Nery de Brasília.

Heli-Expo 2012 – DRF Luftrettung alemão assina contrato de manutenção com a Eurocopter

O DRF Luftrettung alemão assinou durante a Heli-Expo 2012, em Dallas/TX, um contrato “power-by-the-hour” com a Eurocopter, garantindo apoio técnico otimizado com os custos de manutenção fixos e tempo de inatividade minimizado para a frota deste grande operador alemão de helicópteros de resgate aeromédico.

O DRF Luftrettung opera atualmente 45 helicópteros Eurocopter para serviços de emergência médica, compostos de versões de aeronaves como EC145, EC135 e BK117. Em 2011, a empresa anunciou a compra de mais 25 EC145 T2s, que serão os sucessores de nova geração para os seus atuais BK117s.

“Nós assinamos este contrato para garantir apoio técnico e ótimo tempo de resposta para a manutenção de nossa frota de helicópteros de resgate”, disse Steffen Lutz, CEO do DRF Luftrettung. O acordo de serviço “power-by-the-hour” assinado abrange um período de 10 anos e representa um volume de negócios de cerca de 80 milhões de euros. 

“Garantir o melhor serviço ao cliente é uma prioridade na Eurocopter, e vamos garantir que todos os nossos recursos estarão disponíveis no cumprimento do novo contrato “power-by-the-hour” com o DRF Luftrettung”, declarou Wolfgang Schoder, vice-presidente de Programas Executivos da Eurocopter. 

Fonte: Eurocopter

CTM – Controle Técnico de Manutenção Aeronáutica

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Hoje é dia do mecânico, 20 de dezembro, e em sua homenagem publicamos um artigo sobre CTM e escrito por um Mecânico de Manutenção Aeronáutica. Nada como brindarmos esse dia tão importante com um pouco de conhecimento.

Parabéns a todos os Mecânicos pelo dia de hoje e por tornar nossas dias mais seguros.


WELTON APARECIDO PEREIRA CHAGAS
Inspetor de Manutenção Aeronáutica

Controle Técnico de Manutenção Aeronáutica – CTM, uma atividade da aviação, desconhecida por muitos e amada por poucos, um setor de extrema importância, que define-se na responsabilidade do Controlador Técnico de Manutenção Aéronáutica, o qual zela pela “Vida e Saúde” de uma aeronave, entre inúmeros pousos e decolagens.

É comum encontrar empresas onde o Controlador Técnico de Manutenção atua simultaneamente na Seção de Registro de Manutenção, sendo ambas distintas, podendo ser desenvolvidas em conjunto ou separadamente, porém, para isso existem regras pré-estabelecidas nos regulamentos expedidos pela ANAC ( Agência Nacional de Aviação Civil), publicadas em Diário Oficial e disponíveis na internet, definindo claramente todos os procedimentos necessários para o desempenho em ambas.

Você deve estar se perguntando – Como controlar a “Vida e a Saúde” de uma aeronave? Para responder essa questão faremos analogia com outro tipo de máquina…o seu automóvel.

Vamos começar com um simples carro de passeio Zero KM. Para que esse veículo circule em perfeitas condições e com toda segurança, desde a sua fabricação até a utilização diária, muitos profissionais são envolvidos, observando, avaliando e reparando possíveis falhas em sua estrutura, validade de documentos e procedimentos operacionais.

Quando falo em estrutura, refiro-me a parte física do veículo, a documental refere-se a fabricação, onde foram respeitados todos os critérios exigidos em lei e projeto de engenharia, desde a produção de peças, acessórios, montagem até sua comercialização, bem como a parte operacional ligada diretamente ao seu condutor e local a ser conduzido, tudo regulado e fiscalizado pelo Código Nacional de Trânsito.

Após um determinado tempo aquele seu carro Zero KM já não o é mais, e devido ao desgaste provocado pelo tempo ou quilometro rodado passará por revisões periódicas, substituindo e reparando alguns de seus componentes.

Agora podemos nos voltar para uma aeronave, considerando sua complexa diferença operacional, controle geral e filosofia de manutenção.

Considerando uma aeronave nova ou usada, deverá o profissional em CTM ter o controle direto da sua manutenção, vencimento dos documentos exigidos para sua aeronavegabilidade, acompanhando de forma precisa a situação geral de seus componentes, conhecendo o tempo de vida útil ou revisões de cada um, avaliando também os conjuntos ou a aeronave em si.

Para que uma aeronave possa operar, deverá estar em perfeitas condições de vôo, pois qualquer falha pode ser fatal. Para isso os controladores atualizam e consultam uma infinidade de manuais, seguindo determinações diretas existentes na relação entre fabricantes de aeronaves e Órgãos responsáveis pelo sistema de aviação, seja em nível Regional ou Mundial, formando uma rede padronizada de procedimentos que garantem sua qualidade, segurança e eficácia em serviço.

Além disso, o controlador está ligado diretamente ao que ocorre, durante e depois de cada vôo, através de informações registradas no diário de bordo de cada aeronave, tornando este, peça primária e fundamental para que se tenha noção do quanto uma aeronave esta sendo ou ainda poderá ser utilizada.

Existem várias unidades utilizadas para calcular esse desgaste, e o controlador é responsável direto pelo seu resultado.

Por exemplo, imagine que o fabricante de um automóvel determine que o amortecedor deste deve ser substituído a cada 60.000KM, 35.064 horas ou 4 anos de uso. Em algum momento o veículo irá atingir um desses valores, sendo o controlador de manutenção aeronáutica responsável direto por esses cálculos, utilizando-se das informações registradas no diário de bordo que o piloto preenche voo a voo, tudo de forma cumulativa, onde a partir daí extraem-se resultados e as ações de manutenção são definidas.

Devemos levar em conta que um helicóptero de médio porte possui em média até 450 itens controlados, desde o vencimento de vida útil dos componentes até a validade de seus documentos tais como, seguro, inspeções anuais, certificado de aeronavegabilidade, etc…

Digo, por experiência própria, que controlar a vida de uma aeronave é uma arte, e se você pretende atuar nesse quadro saiba que o show está só começando pois, com a crescente ascensão no mercado da Aviação muitas oportunidades estão surgindo a esses profissionais, tornando-os diferentes na essência de sua capacidade, responsabilidade e complexidade em suas decisões.

Boa sorte e espero vê-los atuando nesse mercado um dia!!!


O autor é 2º Sargento, trabalha no CTM do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PMESP e é Inspetor de Manutenção Aeronáutica .


Uma análise qualitativa da filosofia HUMS na manutenção preditiva focada no nível vibratório devido a condições operacionais de helicópteros

Rafael de Abreu González, Donizeti de Andrade

Resumo

Os HUMS (Health and Usage Monitoring Systems) nasceram na atividade offshore, sendo um dos tipos de sistemas de monitoramento de condição – HMS que também consideram parâmetros de emprego dos helicópteros.

Alinhados à filosofia da manutenção preditiva, suas ações propõem garantir a aeronavegabilidade continuada e reduzir custos operacionais pelo diagnóstico antecipado e prognóstico de falhas, principalmente por meio de sensores de vibração, cujos dados são tratados por algoritmos dedicados a funções cada vez mais expandidas e integradas a outros subsistemas.

Este artigo objetiva apresentar, como um painel prático, um breve sumário qualitativo desses sistemas, segmentado em: histórico e evolução do mercado; arquitetura; benefícios, desvantagens, limitações; desafios da certificação; e perspectivas de aplicação.

CBM/DF abre licitação para prestação de serviços de manutenção da aeronave AS350 e EC135

O 3º BBS/AvOp – 3º Batalhão de Busca e Salvamento – Aviação Operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal tornou pública em seu site a abertura de pregão para contratação de empresa homologada pela ANAC para prestação de serviços de manutenção para suas aeronaves AS350 e EC135.

Conquista histórica na manutenção de aeronaves do CBM/DF

Mecânicos do 3º BBS/Av.Op. realizam 1ª Inspeção de 100 horas no Resgate 02 na própria Unidade.

Este acontecimento é resultado de muitos anos de investimento do CBMDF na capacitação de profissionais qualificados, e representará uma redução significativa dos gastos além de elevar ainda mais o padrão de qualidade e segurança das Operações Aéreas do CBMDF.

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