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O destaque feminino nas ações aéreas de segurança do Estado do Ceará

Vamos conhecer mais sobre a história e a rotina de duas mulheres que alcançaram respeito em uma atividade que, por muito tempo, foi dominada pelo universo masculino. As mulheres que compõem as ações aéreas de segurança do Estado. No dia a dia elas mostram muito mais do que força, competência e habilidade para desempenhar bem a função de salvar vidas com a sensibilidade para conciliar as responsabilidades da casa e da família.

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Elas costumam viver na expectativa de um chamado de emergência e da iminência do soar da sirene. Sempre em alerta para mais uma missão de salvar vidas, arriscando sempre a sua própria. A rotina de trabalho e vida das policiais da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), vinculada da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), é incomum a muitos, mas nada diferente de muitas mulheres que têm de conciliar as responsabilidades de casa, família e do ofício.

Essas mulheres demonstram mais do que força, habilidade e competência. Elas são a personificação da mulher contemporânea que não enxerga quaisquer obstáculos, mas desafios a serem superados com o vigor que eles merecem. São muitos desses desafios que a tenente da Polícia Militar (PMCE), Lívia Marinho de Carvalho Galvão, 32 anos, tem vencido toda a vez que entra a bordo do “Esquilo AS 350 B2” – aeronave de operações especiais.

A piloto por trás das ações de segurança

Sendo a segunda do sexo feminino a se formar como piloto pela Coordenadoria, a tenente Lívia Marinho é, atualmente, a única mulher a comandar um voo das forças de segurança do Estado. “Quando entrei na PMCE existiam vários setores na corporação. Uma delas era da Ciopaer – que trabalha com a parte operacional e ostensiva aérea. Sempre achei incrível a possibilidade de trabalhar voando e ter a oportunidade de pilotar uma aeronave. Essa é a razão que me motivou: a emoção de trabalhar voando”, reiterou a piloto.

Há quatro anos a tenente Lívia segue a frente do desafio diário de pilotar um dos helicópteros de operações especiais do Estado. Coordenando os mais de 100 botões e todo o aparato tecnológico que uma dessas aeronaves carregam, para Lívia Marinho seu ofício é encarado com muita responsabilidade. “Os seres humanos são responsáveis por suas ações exitosas, assim como pelos obstáculos. Quem quebra todos esses obstáculos também somos todos nós. Não existe barreira – independente de sexo, cor ou idade – se quiser realmente, você consegue. Então, nunca se pode baixar a cabeça. Fazer o que tiver ao seu alcance, pois uma hora as portas se abrem e você vence”, salientou a policial.

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Se ser mulher lhe dá uma condição diferente à de qualquer outro piloto, ela garante que não. “Acho que já avançamos muito sobre a questão de gênero, seja no trabalho ou na sociedade. Não há mais espaço para qualquer tipo de preconceito ou desconfiança. O mercado de trabalho já está tão avançado que, se você for um bom profissional, independe do seu gênero. A mulher ou homem que for um bom profissional consegue atingir os seus objetivos, sem ser enxergado de forma de diferenciada”, comentou Lívia.

Porém, um detalhe que realmente ainda lhe diferencia, segundo ela, da missão de múltiplas rotinas: a missão de ser mãe. “É um desafio também ser mãe, pois temos uma rotina acelerada de trabalho. Porém, nunca esquecemos do ‘serzinho’ que depende de você, da sua atenção e aconchego. A mãe acaba reaprendendo uma nova tarefa, porque ser mãe é desempenhar uma outra atividade que também merece dedicação 24 horas. É muito gratificante ser mãe. É a realização de muitas mulheres. E ainda tenho de dar conta das outras coisas. Uma hora estou pilotando, daqui a pouco estou verificando a temperatura da bebê, depois voltamos para ver as documentações do trabalho, mais tarde tenho que organizar minha casa e fazer as compras do mês”, explicou.

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Sobre sonhos e futuro, a tenente Lívia Marinho é enfática em dizer que “muitas coisas acontecem em minha vida ao mesmo tempo”. E completou: “meu sonho é que eu ainda consiga seguir com o brilho no meu olho quando falar da minha profissão. Que eu consiga aprender ainda mais e explorando o universo da aviação. O nosso dia a dia já é bem dinâmico. Por isso, se eu vencer os meus dias com o mínimo de erro já me deixa bastante feliz. Para o meu futuro, penso em muitos estudos e, claro, muitas conquistas”.

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O limite de sonhar além do céu

Com responsabilidades tão desafiadoras quanto à de comandar uma aeronave, está o trabalho da tripulante operacional da Ciopaer, Juliana Braga, de 31 anos. A tripulante é habilitada para atuar em ações aéreas de policiamento, socorro especializado e defesa civil. Todos os dias a inspetora da Polícia Civil (PCCE) se orgulha de vestir seu macacão de tripulante com a missão de resgatar, salvar e ser vigilante em suas operações.

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Juliana sempre foi fascinada por aviões e o seu funcionamento. Por isso, dedica sempre que pode tempo a estudar e trabalhar com as aeronaves. “Antes de ser policial, eu já tinha uma ligação muito forte com tudo que voava. Assim, fui logo trabalhar na administração do Aeroporto Internacional Pinto Martins. Sempre fui fascinada pela aviação. Quando entrei para a corporação Polícia Civil, logo me despertou a vontade de entrar na Ciopaer”, falou a inspetora.

Como mulher, Juliana Braga diz que a desconfiança era o que ela mais sentia ao assumir seu gosto por voos e, logo depois, pelas ações policiais. Porém, ela destacou que sempre venceu a desconfiança com a prova do seu bom trabalho. “Acredito que as mulheres já têm conquistado seus espaços em ambientes, habitualmente, dominado pelo público masculino – a exemplo das forças de segurança e outros setores. Claro que isso se dá com muita dedicação e quebra de paradigmas. Não costumo usar a palavra preconceito, mas acho que ainda há uma desconfiança. Muitas das vezes, somos olhadas com uma certa desconfiança, principalmente, com atividades que requerem esforço físico – como é o caso da minha função de tripulante operacional. Porém, aos poucos, provamos que nossa coragem supera qualquer barreira de gênero”, disse.

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O cargo de tripulante operacional lhe dá ainda mais destaque por se tratar de uma função com um longo e rigoroso treinamento. Das 60 pessoas inscritas, apenas 23 agentes da segurança pública concluíram e, dentre elas, Juliana foi a única mulher a receber o cargo de tripulante operacional. “Somos treinados e passamos por diversos testes que nos confrontam até o nosso limite. Em uma missão dessas na aeronave, estamos suscetíveis a entrarmos em várias condições adversas. E esse treinamento, por exemplo, eu acho fundamental para sabermos se temos condições e se estamos aptos a suportar essas adversidades. Não é fácil estar na posição de tripulante operacional. Temos de ultrapassar, além das barreiras impostas pelo nosso curso de treinamento, as nossas questões pessoais e familiares”, completou a tripulante.

Sempre com o sorriso no rosto, Juliana trata com leveza a sua rotina – vista por qualquer olho como “pesada” – de estar sempre alerta. “Não me vejo fazendo outro serviço. Sinto-me realizada como mulher e profissional. E sou respeitada dentro da corporação. Não só pelo fato de ser do sexo feminino, mas por entenderem que faço tão bem quanto todos os outros qualquer atividade a mim proposta”, argumentou.

Às mulheres, a policial civil deixou um recado, destacando a importância de seguir o seu caminho de forma plena e original. “Acredite sempre na sua capacidade. Busque os seus sonhos. Faça sempre o que lhe satisfaz e o que lhe faz se sentir bem. Seja cuidando dos filhos e da casa ou saindo de casa para uma missão policial. Se isso realmente te realiza, ótimo. Filtre qualquer preconceito, desconfiança ou maldade, por que sei que somos todas cobradas e buque o seu caminho. Qualquer dor, ela é passageira, mas a glória fica. A glória é eterna”, encerrou emocionada.

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Essas mulheres não só provam com o tamanho de suas conquistas, mas reforçam que tem o poder de ser e fazer o que muitos determinam como impossível. Ao entender mais sobre seus ofícios, percebemos que são mães, mulheres e pilotas – com seus problemas e anseios – que se destacam pela bravura e prazer de fazer o que gostam. Não querem provar, mas coexistir, gozando de sua igualdade plena.

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Fonte: Governo do Estado do Ceará

CIOPAer/CE nomeia mulher como piloto das forças de segurança

Ela é a única mulher piloto das forças de segurança do Estado do Ceará e a segunda do sexo feminino a se formar em toda a história da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Trata-se da Tenente da Polícia Militar, Lívia Marinho de Carvalho Galvão (30).

CIOPAer/CE nomeia mulher como piloto das forças de segurança
Em conversa descontraída, a tenente contou um pouco da sua história, desde a entrada na corporação até os desafios de comandar uma tripulação em operações de segurança aérea. Com simpatia e entusiasmo, a policial – que também se mostrou vaidosa momentos antes da entrevista, ao pedir para se preparar para as fotos – destacou a importância de estar em um ambiente que classificou como “sua segunda casa”.

SSPDS Informa: Olá, Tenente Lívia! Como tudo começou?
Tenente Lívia Marinho: Bem, entrei em março de 2006, na Academia General Edgard Facó, local onde eram formados oficiais da Polícia Militar.

S.I: Quando entrou [na corporação], já tinha a intenção de ingressar para o grupamento militar da CIOPAER?
Ten. Lívia: Quando entrei, não tinha certeza em que local iria desempenhar minhas funções, mas tinha convicção que a Polícia Militar era o local que iriam me ensinar a minha mais nova profissão. E, olhe, não é nada fácil, mas foi engrandecedor tanto no lado pessoal quanto profissional.

S.I: Como partiu a vontade de entrar na Ciopaer? Além disso, como foi o processo e quais foram os requisitos para ingressar na Coordenadoria?
Ten. Lívia: Embora, na época, não conhecesse todos os setores onde a Polícia Militar atuava, no curso de formação, tivemos a oportunidade de conhecer todos os órgão vinculados à SSPDS e as suas coordenadorias, inclusive a Ciopaer. Quando fomos conhecer as estruturas da Coordenadoria, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, o local me chamou logo atenção pelo ambiente agradável e que se mostrava prazeroso para quem trabalhava por lá. Foi aí que logo despertou a intenção de um dia poder trabalhar lá. Porém, para entrar na Ciopaer tive de me qualificar, fazer vários cursos na área, além de me submeter a vários exames para saber se não havia qualquer restrição médica.

S.I: Desde que ano está na CIOPAER e para qual cargo entrou quando ingressou? Já entrou como tripulante de voo?
Ten. Lívia: Faço parte com muito orgulho da equipe Ciopaer desde fevereiro de 2012. Entrei como aluno-piloto e, após aulas práticas e teóricas, atualmente sou piloto comercial de helicóptero e segundo piloto em comando em voo visual.

S.I: Como foi o processo para se tornar um segundo piloto em comando em voo visual da Ciopaer?
Ten. Lívia: Cada evolução é avaliada pelos instrutores de voo pertencentes à Ciopaer. Somente quando o aluno atinge um nível aceitável de proficiência para voo é que ele está apto a subir de nível, incluindo visão geral da situação, responsabilidade e respeito à segurança de voo.

S.I: Como você se sente assumindo essa função de comando de aeronave?
Ten. Lívia: O dia que assumi a função de piloto privado de helicóptero foi muito emocionante. Representou um marco para minha carreira. Além do dia do “batismo”, dia em que é dado o tradicional banho de óleo. É uma conquista imensurável atingir cada nível de comando. Isso significa ainda mais estudos, pois o próximo passo é chegar a primeiro comando, em voo visual.

S.I: Se tornar a única mulher a pilotar uma aeronave oficial das forças de segurança do Governo do Estado traz mais responsabilidade?
Ten. Lívia: Ser mulher, policial militar e piloto de helicóptero exige muita responsabilidade, mas encaro com tranquilidade! O que vai me fazer atingir os objetivos é a minha aptidão para desenvolver o voo e nada mais, independente do gênero. O nosso trabalho é levado muito a sério, pois comandar uma aeronave não é o mesmo que dirigir um carro. Afinal de contas, se der algum problema, não existe acostamento no ar. Por isso, a nossa atenção aumenta na proporção da nossa responsabilidade.

S.I: As mulheres têm ganhado mais destaque nas operações de segurança? Qual o diferencial que pode contar positivamente para o número crescente de mulheres na corporação?
Ten. Lívia: Não concordo com a segregação dos sexos. Não gosto de definir “homens são isso” e “mulheres são aquilo”. Prefiro dizer que existem pessoas que desempenham melhores funções que outras, independente do seu sexo. Não sou melhor que nenhum outro piloto na mesma função, passamos pelas mesmas exigências, cobranças e só poderemos evoluir se atingirmos o que é exigido para a função.

S.I: O que você pensa para sua carreira daqui a 20 anos?
Ten. Lívia: Sou realizada no que faço. É muito prazeroso! Meus planos são evoluir até atingir o nível de primeiro em comando em voo por instrumento. O nome é grande, mas é proporcional às máquinas que podem ser pilotadas.

S.I: O que você sente na hora que está pilotando uma aeronave, se responsabilizando pela vida dos seus tripulantes?
Ten. Lívia: É muita emoção em cada voo, seja operação policial ou de resgate. O grau de concentração e dedicação da equipe de serviço influencia muito no êxito de cada missão. Assim, trato todas as operações com total importância, pois quem solicita a Fênix [nome das aeronaves de pequeno porte da Ciopaer] sabe que estaremos lá para o apoio. Somamos com as equipes que trabalham por terra e elas confiam no nosso desempenho.

S.I: Por fim, que conselho você daria para as mulheres que estão entrando na corporação, ou tem vontade de estar, e que desejam assumir cargos importantes como o seu?
Ten. Lívia: Pra quem está entrando na corporação, desejo que se identifique e se realize na função que for desempenhar. Isso ajuda a enfrentar os desafios da profissão, dando mais prazer no trabalho.

Fonte: SSPDS/CE

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