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Conector do capacete de voo pode dificultar o escape da aeronave em uma emergência

Em caso de acidente ou emergência em que um ocupante que usa um capacete de voo precisa sair rapidamente da aeronave (como impacto na água ou fogo), uma saída rápida e sem obstáculos é essencial para a sobrevivência da tripulação.

As setas verdes mostra a direção necessária para facilmente liberar os cabos ICS e as setas amarelas mostram a direção de saída dos ocupantes. Fone de um AS-350 B2 Foto: NTSB
As setas verdes mostram a direção para facilmente liberar os cabos ICS e as setas amarelas mostram a direção de saída dos ocupantes. Fone de um AS-350 B2 Foto: NTSB

A conexão direta do conector do capacete de voo com o sistema de intercomunicação interna (ICS) da aeronave pode impedir a saída durante um acidente ou emergência.

O cabo que liga o capacete de voo ao ICS da aeronave pode não se soltar rapidamente da conexão da aeronave se a direção de saída for contrária à direção necessária para soltar facilmente o conector.

Por exemplo, se o cabo precisa ser puxado para baixo para liberação e um ocupante da aeronave está tentando efetuar uma saída lateral, a conexão pode não se soltar prontamente, o que pode causar atrasos excessivos em uma saída de emergência.

O National Transportation Safety Board (NTSB) e o Transportation Safety Board of Canada (TSB) investigaram dois acidentes em que as conexões do capacete de voo com o ICS da aeronave afetaram diretamente a saída. Embora os ocupantes tenham sido capazes de sair da aeronave, em ambos os casos houve o potencial de resultados adversos.

Piper PA-18 fone

O piloto de um MD (anteriormente Hughes) MD-369E perdeu o controle da aeronave em uma operação noturna de abastecimento de bambi bucket em um lago.

Depois do impacto do helicóptero na água, o mesmo girou e começou a afundar, mas o piloto conseguiu sair da cabine.

Ele relatou que, quando saiu do cockpit debaixo d’água, sentiu o seu capacete de voo puxar para trás; o cabo do mesmo ainda estava conectado à porta ICS da aeronave.

O piloto conseguiu retirar o seu capacete de voo, veio a superfície e nadou até um local seguro sem maiores incidentes; ele sofreu apenas ferimentos leves. (Relatório NTSB GAA15LA217)

Um Airbus Helicopters (anteriormente Messerschmitt-Bölkow-Blohm) MBB BO105 impactou com a água enquanto voava em baixa altitude sobre uma baía em condições de neve e falta de visibilidade no Canadá.

O helicóptero afundou, mas o piloto e o passageiro conseguiram sair do helicóptero. Após a saída, o piloto morreu de hipotermia, e o passageiro se afogou. Um exame pós-acidente do capacete de voo do piloto revelou que o encaixe do cabo ICS foi fraturado onde ele estava preso ao conector.

Os materiais remanescentes de metal mostraram que o cabo estava sendo puxado lateralmente em direção à porta do piloto (em direção oposta para liberação) quando a fratura ocorreu; um teste pós-acidente de um acessório similar exigiu uma tração de 70 libras antes do cabo romper. (Relatório TSB A05A0155)

O que você pode fazer?

● Certifique-se de que você e seus passageiros foram instruídos e são proficientes com os procedimentos de saída de emergência da aeronave que você está operando antes de decolar.

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● Use um cabo intermediário compatível entre o conector do capacete de voo e a porta ICS da aeronave para facilitar a desconexão em uma saída de emergência.

● O cabo intermediário é um cabo que se conecta à porta ICS da aeronave em uma extremidade e ao conector do capacete ligado a outra extremidade, permitindo que o cabo seja desconectado com uma tensão pequena na direção da saída.

● Certifique-se de que os cabos ICS estejam protegidos contra possíveis enroscos ou emaranhados com outros componentes da aeronave, como por exemplo controles de voo.

Interessado em mais informações?

As seguintes fontes abordam os riscos de conexão do capacete de voo com o sistema ICS da aeronave:

  • O Aviso de Segurança Operacional da MD Helicopters OSN2015-001 discute o
    perigo de conexões diretas do cabo do capacete de voo com o sistema ICS da aeronave (referenciando o relatório NTSB GAA15LA217).
  • O artigo da autoridade de investigação canadense intitulado “Debrief: Post-Accident Survivability— Direct‑to-Airframe Helmet Cord Connections” na Carta de Segurança de Aviação 4/2006 aborda o perigo das conexões do cabo do capacete de voo diretamente no ICS da aeronave (referenciando o relatório TSB A05A0155).
  • Um informativo do exército americano discutindo a segurança em operações sobre água e o risco das conexões dos capacetes de voo que impedem uma saída adequada em uma emergência.

O NTSB produziu um vídeo sobre esta questão, que inclui algumas dicas do investigador sobre o que você pode fazer para se preparar e mitigar o risco do cabo do capacete de voo ficar preso no conector ICS da aeronave.

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Fonte: NTSB Safety Alert 068 / Tradução e adaptação: Piloto Policial

NTSB divulga relatório preliminar de acidente com helicóptero aeromédico que vitimou a tripulação e a paciente

Estados Unidos – O National Transportation Safety Board (NTSB) divulgou suas descobertas iniciais sobre investigação de um acidente com um helicóptero aeromédico que matou quatro pessoas. O helicóptero EC145 da empresa Duke Life Flight caiu no dia 8 de setembro em um complexo de turbinas eólicas em Hertford, Carolina do Norte, no Condado de Perquimans.

O helicóptero duque caiu em um campo no condado de Perquimans perto de Belvidere. (Foto / AP)
O helicóptero aeromédico caiu em um campo no condado de Perquimans perto de Belvidere. (Foto / AP)

Mary Bartlett, a paciente que estava a bordo, morreu junto com o piloto Jeff Burke e as enfermeiras Crystal Sollinger e Kris Harrison. O relatório preliminar do NTSB disse que o helicóptero parou de transmitir dados cerca de nove minutos após a decolagem.

Nos EUA essa operação aeromédica segue as regras da Part 135: Air Taxi & Commuter do FAA.

O relatório preliminar do NTSB afirma

Foto: OuterBanksVoice.com
Foto: OuterBanksVoice.com

Várias testemunhas relataram que observavam fumaça atrás do helicóptero enquanto estava em voo. A fumaça foi descrita por algumas testemunhas como “pesada” ou “escura”, enquanto outros relataram a cor como “preto”, “azul escuro” ou “azul”. Uma testemunha informou que o helicóptero estava “pairando” e “não viajando para a frente” acima da fazenda de turbinas eólicas. Outra testemunha relatou ouvir um “barulho”, ela então observou o helicóptero virar à esquerda, depois à direita. Em seguida, desceu rapidamente com os rotores girando antes de perder de vista.

Os investigadores no local do acidente descobriram que a cabine ficou destruída e foi consumida parcialmente por um incêndio pós-colisão. Embora o calor tenha danificado o sistema de gravação de áudio e vídeo on-line do helicóptero, seu dispositivo de memória estava intacto e foi encaminhado ao laboratório do NTSB para perícia.

A inspeção mais recente de 30 horas do helicóptero foi realizada em 15 de agosto, com inspeções adicionais ocorrendo em 1º de setembro durante a manutenção agendada.

O helicóptero aeromédico caiu em um campo no condado de Perquimans perto de Belvidere. (Foto / AP)
O helicóptero aeromédico caiu em um campo no condado de Perquimans perto de Belvidere. (Foto / AP)

O helicóptero da Duke Life Flight

O Duke Life Flight opera dois helicópteros EC 145. Um está localizado no Centro Médico da Universidade de Duke (NC92). O outro está localizado no Johnston County Airport (JNX) em Smithfield, NC. A duas bases operam 24 horas por dia, 365 dias por ano.

O helicóptero EC 145 que se acidentou partiu do Sentara Albemarle Medical Center em Elizabeth City e estava levando a paciente para o Duke University Medical Center, quando caiu.

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Histórico de acidentes

O banco de dados do NTSB documenta sete acidentes anteriores desde 2010 envolvendo helicópteros EC145, anteriormente conhecido como MBB BK 117 C-2. Seis operações envolvendo ambulâncias aéreas. O sétimo, a única fatalidade, envolveu um helicóptero de resgate que perdeu um socorrista em uma queda.

Antes desse acidente, o mais recente dos acidentes envolvendo uma ambulância aérea EC145 ocorreu em janeiro em Sioux Falls, Dakota do Sul. Esse helicóptero sofreu um incêndio no motor. Seu piloto conseguiu pousar sem ferir as três pessoas a bordo. O NTSB ainda está investigando.

Três outros acidentes ocorreram quando uma carenagem que cobre o motor soltou-se em pleno voo e atingiu o rotor principal ou o rotor de cauda do helicóptero. Não ocorreram lesões nesses incidentes; na verdade, as pessoas a bordo de duas aeronaves só notaram a perda da parte depois que pousaram. O NTSB apontou erro de uma equipe de solo em um desses acidentes, e “inspeção inadequada de pré-vôo” dos pilotos nos outros dois.

Os acidentes remanescentes foram aparentes one-offs. Em um, o piloto de um helicóptero pertencente ao Pitt County Memorial Hospital sofreu um acidente vascular cerebral e perdeu o uso do braço direito. Uma enfermeira da tripulação o ajudou a trabalhar os comandos de voo para um pouso de emergência na base do Corpo de Marines de Cherry Point.

Na outra, um helicóptero aeromédico, com base na Pensilvânia, cortou o marcador de advertência de um guindaste de construção com seu rotor principal. O piloto, sabendo que as enfermeiras de voo estavam lutando para manter seu paciente vivo, fez uma aproximação direita para o heliponto do hospital, ao invés de circular pela área para procurar perigos. Mais uma vez, ninguém se feriu.

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Sumário Executivo – As Tendências do Uso de Drogas na Aviação

Sumário Executivo

piloto-de-aviao-bebado3Porque o NTSB realizou este estudo

O uso de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), sujeitos à prescrição e de drogas ilícitas vem aumentando na população dos Estados Unidos. O Conselho Nacional de Segurança em Transportes (NTSB) está preocupado com as possíveis consequências que o uso aumentado de medicamentos e drogas possa ter na segurança de todos os modos de transporte. No entanto, na maioria dos modos de transporte, os dados sobre o uso de medicamentos e drogas pelos operadores de aronaves são limitados a uma pequena parcela de operadores e a uma lista reduzida de medicamentos e drogas.

A aviação é um modo em particular no qual a autoridade reguladora, a Administração Federal de Aviação (FAA), conduz regularmente extensivos exames toxicológicos pós-acidentes em pilotos fatalmente feridos. Este estudo usou os resultados deste tipo de exame para avaliar o uso de medicamentos e drogas na área da aviação. Ao avaliar as evidências do uso de medicamentos e drogas antes do voo em pilotos fatalmente feridos e as potenciais debilitações associadas, este estudo tratou de uma questão séria para a segurança da aviação e de uma preocupação crescente na segurança dos transportes.

Objetivos e Metas

Este estudo examinou as tendências na prevalência de medicamentos isentos de prescrição, sujeitos à prescrição e de drogas ilícitas identificados pelo exame toxicológico de pilotos fatalmente feridos entre 1990 e 2012. As metas deste estudo foram descrever a prevalência de medicamentos isentos de prescrição, sujeitos à prescrição e de drogas ilícitas entre pilotos fatalmente feridos dentro de um período de tempo e avaliar a necessidade de melhoras na segurança relacionadas ao uso de medicamentos e drogas pelos pilotos.

Âmbito

Os dados do estudo são provenientes do banco de dados de toxicologia do Instituto Civil de Medicina Aeroespacial da FAA e do banco de dados de acidentes em aviação do NTBS. Os exames toxicológicos foram usados para identificar usos recentes de uma grande variedade de medicamentos e drogas. Os resultados dos exames foram categorizados pelo tipo de medicamento e droga e pelo potencial em causar debilitações. Este estudo avaliou a prevalência e as tendências em pilotos que sofreram acidentes através das evidências do uso recente de drogas; não foi reavaliada a probabilidade de debilitação dos pilotos em nenhum destes acidentes. Devido à complexidade de interpretar a fonte do etanol identificado no corpo após a morte, os resultados toxicológicos para etanol e outros álcoois não foram analisados neste estudo.

O que o NTSB encontrou

A maioria dos pilotos neste estudo estava voando em operações gerais de aviação quando seus acidentes fatais ocorreram, pois operações de transportadoras aéreas estão relativamente menos envolvidas em acidentes fatais. Os resultados do estudo mostraram tendências crescentes no uso de todos os medicamentos e drogas por parte dos pilotos, sejam medicamentos potencialmente prejudiciais, medicamentos usados para tratar condições potencialmente debilitantes, medicamentos designados como substâncias controladas e drogas ilícitas.

O medicamento potencialmente prejudicial mais comumente usado pelos pilotos foi a difenidramina, um anti-histamínico sedativo com um ingrediente ativo presente em muitas formulações de MIPs para alergia, em medicamentos para resfriado e em soníferos. Apesar das evidências do uso de drogas ilícitas terem aparecido em apenas um pequeno número de casos, a porcentagem de pilotos com resultado positivo para o uso de maconha aumentou durante o período de estudo, principalmente nos últimos 10 anos.

Os pilotos que não tinham um atestado médico ou cujo atestado havia expirado eram mais prováveis de terem consumido medicamentos potencialmente prejudiciais, medicamentos usados para tratar condições potencialmente debilitantes e medicamentos designados como substâncias controladas, quando comparados àqueles com atestado médico. O número de pilotos sem um atestado médico válido vem aumentando desde 2005 e a tendência é que continue crescendo.

No entanto, não há uma tendência crescente na proporção de acidentes para os quais o NTSB citou como debilidade causada pelos medicamentos e drogas ou por condições médicas durante o período do estudo. Mais pesquisas são necessárias para a compreensão das complexas relações entre os resultados toxológicos positivos, as debilitações e os acidentes. Além disto, como a FAA não coleta informações sobre o número de pilotos voando sem atestado médico, o índice de acidentes destes pilotos não pode ser determinado atualmente.

Questões de segurança

As áreas das questões de segurança identificadas durante o estudo incluem (1) o aumento as informações preventivas sobre os medicamentos potencialmente prejudiciais e as condições previstas para os pilotos; (2) a melhora das informações sobre pilotos ativos sem atestados médicos; (3) o reforço da comunicação entre prescritores, farmacêuticos e pacientes sobre os riscos na segurança de transporte associados com alguns medicamentos e drogas e condições médicas; (4) o desenvolvimento e a divulgação das diretrizes adicionais da FAA sobre o uso de maconha; e (5) a pesquisa da relação entre o uso de drogas e os risco de acidente.

Significância do estudo

Este estudo utilizou os dados mais precisos e abrangentes disponíveis para descrever e avaliar o que nós atualmente sabemos e não sabemos sobre o uso de medicamentos e drogas na área da aviação, para identificar potenciais riscos de segurança e para comunicar os riscos àqueles que podem ativamente prevení-los. No entanto, o estudo representa um passo inicial para o entendimento das relações específicas entre os efeitos de medicamentos e drogas, os efeitos de condições médicas subjacentes e o risco de acidentes de transporte ao longo do tempo.

Recomendações

Como resultado deste estudo da segurança, o NTSB traz recomendações para a FAA, os 50 estados, o Distrito de Columbia e o Estado Livre Associado de Porto Rico.


CONFIRA O ESTUDO


Fonte: NTSB (em inglês)

Operação com helicóptero está entre as 10 prioridades do NTSB

Em 16 de janeiro de 2014, o National Transportation Safety Board (NTSB) americano divulgou sua lista “Top 10” para 2014, com as 10 principais prioridades da agência para o ano. Com a elevada taxa de acidentes com helicópteros, as operações de helicópteros entraram na lista. De acordo com o NTSB, entre janeiro de 2003 e maio de 2013, ocorreram 1.470 acidentes com helicópteros, com 477 mortes e 274 feridos graves.

O NTSB entende que os helicópteros são usados ​​em uma grande variedade de operações, cada qual apresenta desafios únicos. Por exemplo, os serviços aeromédicos de emergência (HEMS) muitas vezes voam pressionados para realizar estas operações de forma segura e rápida em diferentes condições ambientais.Essas condições incluem voar em situações meteorológicas marginais, noturno, e pousar em áreas desconhecidas.Operadores de voos turísticos e unidades policiais também enfrentam problemas semelhantes.

NTSB Top 10 2014

Estas e outras questões operacionais levaram a um número inaceitavelmente elevado de acidentes com helicóptero e o NTSB afirmou que não há uma solução simples para reduzir os acidentes de helicópteros. No entanto, eles têm recomendado algumas melhorias de segurança para mitigar o risco.

Por exemplo, operadores de helicópteros devem desenvolver e implementar sistemas de gestão de segurança, que incluem práticas de gestão de risco, principalmente em matéria de inspeção e manutenção. Além disso, definir melhores práticas para gestão de pessoal, que inclua regulamentos de jornada de trabalho, levando em consideração fatores como horário de início, carga de trabalho, mudanças de turno, ritmos circadianos, tempo de descanso adequado e outros fatores mostrados por uma pesquisa recente, a evidência científica, e a experiência dos operadores de quanto isso afeta o nível de alerta das tripulações.

Os operadores também devem se certificar de que seus pilotos tenham acesso a um treinamento que inclua cenários como a entrada inadvertida em condições meteorológicas de voo por instrumento  e auto-rotação. Também observou ser inestimável a existência de um sistema de gravador de voo de bordo para ajudar pesquisadores, agências reguladoras e operadores em identificar o que ocorreu e como impedir que aconteça os acidentes novamente.

As investigações recentes do NTSB  de três acidentes resultaram na emissão de 27 recomendações de segurança relativas a questões que incluem gestão de risco, treinamento de pilotos, manutenção e gravadores de voo. Estes acidentes incluem o ocorrido em junho 2009, perto de Santa Fé, Novo México, envolvendo um helicóptero policial em uma missão de busca e salvamento, um acidente de agosto 2011, em missão aeromédica perto de Mosby, Missouri e um acidente de voo panorâmico em dezembro 2011, perto de Las Vegas, Nevada.

Durante os últimos 10 anos, o NTSB emitiu mais de 100 recomendações de segurança. Se a alta taxa de acidente de helicóptero continuar, a FAA poderá intervir e decretar mudanças regulatórias que forçaria mudanças em toda a operação com helicóptero.

Confira as lista de prioridades:

1. Address Unique Characteristics of Helicopter Operations
2. Advance Passenger Vessel Safety
3. Eliminate Distraction in Transportation
4. Eliminate Substance-Impaired Driving
5. Enhance Pipeline Safety
6. Improve Fire Safety in Transportation
7. General Aviation: Identify and Communicate Hazardous Weather
8. Implement Positive Train Control Systems
9. Promote Operational Safety in Rail Mass Transit
10. Strengthen Occupant Protection in Transportation

Fonte: AOPA

NTSB: Fadiga, fatores de pressão organizacional em acidente

A National Transportation Safety Board (NTSB) órgão americano equivalente ao CENIPA, publicou suas conclusões sobre a investigação de um acidente aeronáutico ocorrido em junho de 2009, envolvendo um helicóptero da Polícia Estadual do Novo México (NMSP), concentrando a maior parte da responsabilidade na “tomada de decisão”.

A aeronave Aqusta Westland A109E retornava de uma missão de busca e resgate após embarcar um praticante de trekking quando colidiu com o topo de uma montanha, matando o piloto, o paciente, e ferindo outro policial estadual. Também listado como fator contribuinte foi o ambiente organizacional que “priorizou a execução da missão em detrimento da segurança de voo”, observa o relatório.

O Sargento Andy Tingwell pilotava o A109E com um “Observador”, Oficial Wesley Cox, o qual não possuia nenhum treinamento de voo. Tingwell já havia trabalhado uma jornada de 11 horas antes da missão SAR, e num primeiro momento recusou-a, citando os ventos crescentes e a deterioração das condições climáticas.

Embora os investigadores não tenham encontrado evidência direta que Tingwell tenha recebido pressão para aceitar a missão, “…houve evidência de ações de gerenciamento que enfatizavam o cumprimento de todas as missões, sem adequadamente levar em consideração as condições”, apontou o NTSB.

O NTSB apontou falha do piloto por não levar consigo kit de sobrevivência adequado e equipamento de visão noturna (NVG) – embora o NVG pudesse não ter sido efetivo diante das condições de whiteout (desorientação em função de neve em suspensão) presentes no momento acidente.

Outro fator que levou ao acidente foi a decisão de decolar da montanha uma vez que o esportista, Megumi Yamamoto, já havia sido localizado. Tingwell teve que descer cerca de 800m abaixo do local de pouso, uma vez que o resgatado não conseguia caminhar até a aeronave. Ele carregou Yamamoto no escuro até o A109E, o que o NTSB considerou como fator de aumento de fadiga. As condições climáticas pioraram, deixando Tingwell com fortes ventos, precipitação mista (neve e água) e um teto baixo.

Uma vez no ar, o radar mostrou o helicóptero voando irregularmente. A aeronave cortou o cume de uma montanha e em seguida rolou 500 pés abaixo, ejetando ambos, piloto e esportista resgatado. “Algo que aprendemos com esse acidente é que se a segurança não é a maior prioridade organizacional, a organização pode realizar mais missões, mas pode haver um preço muito alto a pagar por este sucesso”, disse Deborah Hersman, presidente da NTSB.

Nem a Polícia Estadual nem o Departamento de Segurança Pública do Novo México possuiam uma política de avaliação de riscos antes desse acidente, de acordo com os investigadores. Os pilotos do NMSP não preservavam seus períodos de descanso. Tingwell acumulava múltiplas funções na NMSP, como Piloto-Chefe(função), Piloto de Linha(escala) e de Relações Públicas – função da qual havia solicitado dispensa, e lhe foi negado.

Dois dias antes do acidente, ele havia conseguido dormir entre duas e quatro horas, em função de ter recebido ligações de órgãos de imprensa e ter que cumprir uma missão no início da manhã seguinte. O NTSB constatou que era esperado que Tingwell estivesse disponível para missões administrativas quando não estivesse voando, e rotineiramente estava em sobreaviso durante as noites e finais de semana.

“Nota-se que havia diversas pressões organizacionais que podem ter levado o piloto a tomar uma decisão errada”, disse o membro do conselho do NTSB Robert Sumwalt.

O conselho apontou que o antecessor Tingwell tinha sido dispensado das funções de piloto-chefe quando recusou uma missão devido às condições meteorológicas adversas.

“Na época do acidente, a cultura organizacional da Polícia Estadual do Novo México não apenas permitia, mas encorajava um único indivíduo a conduzir uma missão de alto risco sem o aporte de uma rede de segurança em seu lugar”, disse Hersman. Como um resultado do acidente, os procedimentos operacionais padrão (POPs) do NMSP passaram de nove para mais de 50 páginas. Eles agora incluem requisitos para NVGs, equipamentos de sobrevivência e de um programa de treinamento tático de vôo para todos tripulantes.

O conselho realizou um total de 15 recomendações ao Governador do Novo México, à Associação da Aviação de Segurança Pública, e à Associação Nacional dos Oficiais Aviadores Estaduais. As recomendações ao Novo México incluem os requisitos de proteção aos períodos de descanso e o desenvolvimento de um programa de gerenciamento de fadiga.

Segue abaixo a sinopse das Recomendações de Segurança emitidas pelo NTSB referentes ao acidente:

Recomendações ao Governo do Estado do Novo México:

1. Exigir que o Departamento de Segurança Pública do Novo México  implemente políticas em sua seção de aviação e operações em conformidade com os padrões da indústria, tais como as estabelecidas pela Airborne Law Enforcement Association (ALEA).

2. Exigir que o Departamento de Segurança Pública do Novo México desenvolva e implemente um programa abrangente de gerenciamento de fadiga para os pilotos da seção de aviação do Novo México State Police (NMSP) que, no mínimo, exija que o NMSP proporcione aos seus pilotos períodos de descanso mínimos( de uma forma não conflitante com consistente com a regulamentação FAA 14 Code of Federal Regulations Section 91.1057) e garanta níveis adequados de disponibilidade de piloto e de aeronave compatível com as exigências de descanso da tripulação.

3. Rever ou reforçar as políticas de busca e salvamento do New Mexico State Police (NMSP) para garantir uma comunicação direta entre as unidades de aviação NMSP e as equipes de terra durante uma missão SAR.

Recomendações para a Airborne Law Enforcement Association:

1. Revisar seus padrões para definir folga dos piloto e assim garantir que os pilotos tenham períodos de descanso garantidos e que sejam suficientes para minimizar a probabilidade de fadiga do piloto durante as operações de voo.

2. Rever seus padrões de exigência para que todos os pilotos recebam treinamento em procedimentos para sair de condições meteorológicas por instrumento, que inadvertidamente entraram, para todas as categorias de aeronaves em que operam.

3. Encoraje os seus associados a instalarem transmissores localizadores de emergência (ELT) de 406-megahertz  em todas as suas aeronaves.

4. Encoraje os seus associados a instalarem equipamentos de rastreamento de vôo em todas as aeronaves públicas que permitam acompanhamento do vôo contínuo durante as missões.

Recomendações para a National Association of State Aviation Officials:

1. Encoraje os seus membros à conduzir uma revisão e avaliação independente de suas políticas e procedimentos e realizar as alterações necessárias para alinhar as políticas e procedimentos com as normas de segurança, procedimentos e orientações, tais como aquelas descritas nas recomendações para a Airborne Law Enforcement Association.

2. Incentivar seus membros a desenvolver e implementar a avaliação de riscos e procedimentos de gerenciamento específicos para suas operações.


Leia o artigo e os comentários na integra: NTSB: Fatigue, Organizational Pressure Factors in Crash, Revista Eletrônica Rotor &Wing.


Fonte/Tradução: Blog Resgate Aéreo


NTSB: Recomendação de reprojeto da manete de combustível do AS350

O NTSB (National Transportation Safety Board) emitiu uma recomendação recente para que a fabricante do helicóptero AS350B2 seja obrigada a modificar a alavanca de combustível (manete de vazão de combustível) mal posicionada. Essa recomendação é resultado de uma investigação feita pelo NTSB sobre um acidente com o helicóptero AS350B2, N213EH, em 2008, que teve quatro vítimas fatais e deixou um garoto de 14 anos como o único sobrevivente.

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Os investigadores descobriram que o helicóptero da empresa de Táxi Aéreo Era Aviation sofreu uma perda de potência depois que o motor foi submetido a um operação acima dos níveis de segurança (houve um repentina aceleração). O motor parou após o despalhetamento das lâminas de sua turbina, uma solução de projeto que impede que pedaços de fragmentos de metal sejam arremessados para o interior da cabine. O helicóptero caiu, batendo em um penhasco a oeste da Rodovia Glenn perto de Sheep Mountain, no Alaska/EUA.

Depois de uma jornada difícil ao local do acidente, os investigadores do NTSB encontraram um adolescente gravemente ferido em um barranco e mais quatro vítimas fatais dentro ou perto do helicóptero. Eles também encontraram uma mochila em um local que indicava ter ficado presa na manete de combustível no piso da aeronave.

O movimento da manete durante a decolagem pode ter causado o overspeed da turbina, de acordo com o relatório da NTSB. O piloto não conseguiu acomodar corretamente a mochila, revelou a investigação.

A recomendação do NTSB sugere que a FAA exija que a Eurocopter modifique a manete de combustível para evitar acidentes semelhantes no futuro. Algumas empresas de aviação que operam o AS350B2 instalam uma proteção para bloquear o movimento da manete de combustível, mas uma exigência da FAA tornaria tal dispositivo obrigatório.

Nenhum outro helicóptero operado nos EUA têm uma manete de combustível instalada no piso, segundo o NTSB.

Ainda segundo o relatório, em 1994, uma aeronave Eurocopter AS350B canadense caiu depois que um passageiro, inadvertidamente, colocou a manete de vazão de combustível na posição fechada enquanto tenta ajustar uma mochila.

Em 1998, um AS350B2 caiu na França, quando um passageiro sentado no piso da aeronave, inadvertidamente, moveu a manete de vazão de combustível para a posição fechada. Dois grandes operadores de helicópteros dos EUA também relataram sobre passageiros que acidentalmente interferiram nas manetes instaladas no piso da aeronave.

Saiba Mais:

Fonte: Adn.com / NTSB.

Relatório Anual do NTSB ao Congresso americano sobre as atividades de 2009

O NTSB é uma agência  americana independente, encarregada de determinar prováveis causas dos acidentes de meios transporte e promover a melhoria na segurança dos sistemas de transporte. Um conselho investiga acidentes, realiza estudos de segurança, avalia a eficácia de programas de outras agências do governo “para evitar acidentes de meios de transporte, analisar recursos e revisões das ações de fiscalização que envolvam navegadores e aeronavegantes habilitados respectivamente pela Guarda Costeira americana e Federal Aviation Administration (FAA), bem como sanções civis aplicadas pelo FAA.

NTSB – Curso de investigação de acidentes de helicópteros

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O NTSB americano, através de seu Centro de Treinamento, anunciou a abertura de inscrições para o curso Rotorcraft Accident Investigation, a ser realizado entre 16 e 20 de Agosto de 2010.

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