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Operação brumadinho

Experiência aérea na operação de busca e resgate em Brumadinho é tema de palestra em evento da ANAC

Minas Gerais – A maior operação de busca e resgate aéreo do país foi coordenada pelo Batalhão de Operações Aéreas (BOA) no rompimento de uma Barragem em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019. Esse foi o tema de uma palestra ministrada pelo BOA, no evento “Semana Safety – Encontro de Segurança Operacional”, da ANAC, em Belo Horizonte, na última semana de abril.

Foram mais de 1.500 horas de voo, com a participação de 15 instituições e mais de 1.200 missões de busca e resgate de vítimas e corpos, transporte de tropa e materiais, reconhecimento do terreno, ajuda humanitária e outras.

Experiência aérea em Brumadinho é tema de palestra em evento da ANAC. Foto: Gabriel Consequat.

Sem o uso das aeronaves, o primeiro mês de missão seria impossível, já que não havia a possibilidade de resgate terrestre (tanto por falta de acesso a estradas ou pela lama de rejeitos que ainda estava muito líquida).

No momento em que as autoridades federais e estaduais tomaram conhecimento do desastre e perceberam que necessitavam de mais aeronaves para dar suporte aos bombeiros, outras instituições foram sendo acionadas e deslocaram para Belo Horizonte para prestar apoio.

Para gerenciar a logística aérea e manter a segurança das operações foi montada uma estação de rádio aeronáutico que fornecia informação e alerta de voo, com o apoio do Força Aérea. Foi criado um campo de pouso e estabelecido um circuito de tráfego padrão, com um corredor para helicópteros e com pontos de notificação compulsórios, organizando assim o tráfego aéreo.

Experiência aérea em Brumadinho é tema de palestra em evento da ANAC. Foto: Gabriel Consequat.

Da mesma forma, os riscos das operações foram mapeados (presença de fios da rede elétrica, delimitação do espaço aéreo, proibição de voo de drones) e foram tomadas medidas para identificar os riscos que as aeronaves e tripulações estavam expostas.

De acordo com o Subcomandante do BOA, Major Peterson, o principal desafio foi identificar os riscos e estabelecer estratégias para mitigá-los ou eliminá-los por completo.

“Conseguimos integrar várias agências de aviação pública e privada, voando em um espaço aéreo relativamente pequeno e sem o reporte de nenhum incidente ou acidente aéreo. Nós realizávamos reuniões diárias para reportar riscos, informações e condutas, antes e depois das operações. Também, as tropas terrestres foram instruídas de como procederem durante os voos e no embarque e desembarque das aeronaves. Assim, com o apoio e cooperação de todos, em um trabalho de extrema sinergia, conseguimos êxito nas operações aéreas”.

Aeromédico do Brasil: Brumadinho, a maior operação aérea de emergência já realizada no Brasil

Aeromédico do Brasil – O portal Resgate Aeromédico iniciou uma série de reportagens sobre os protagonistas do aeromédico brasileiro. Com o apoio do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, dessa vez, vamos falar sobre a maior operação aérea de emergência já realizada no Brasil. A Operação Brumadinho.

Por ocasião do rompimento da barragem de Córrego do Feijão da mineradora VALE ocorrido em 25 de janeiro de 2019, que provocou a morte de mais de 300 pessoas, a maior força tarefa já organizada em Minas Gerais foi montada para o resgate de sobreviventes e também para as buscas pelos desaparecidos.

Além dos mais de 1.000 bombeiros, policiais e demais agentes de segurança que atuaram em terra, também foi observada a maior reunião de aeronaves de segurança pública do país, que contou com 5 helicópteros do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e ainda com diversas unidades do país.

Helicópteros de resgate durante buscas por vítimas em Brumadinho, onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu.

Ao todo, 31 aeronaves sobrevoaram o local do acidente, sendo 25 pertencentes a órgãos públicos e 6 aeronaves privadas. Sob a doutrina do Sistema de Comando de Operações, houve a atuação harmônica e integrada com o uso de helicópteros dos seguintes órgãos:

  • Marinha do Brasil;
  • Exército Brasileiro;
  • Força Aérea Brasileira;
  • Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais;
  • Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro;
  • Polícia Civil de Minas Gerais;
  • Polícia Militar de Minas Gerais;
  • Polícia Militar de São Paulo
  • Polícia Militar do Espírito Santo;
  • Polícia Militar do Paraná;
  • Polícia Federal;
  • Polícia Rodoviária Federal;
  • Força Nacional de Segurança Pública;
  • Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais;
  • IBAMA.

Devido às grandes proporções do desastre de Brumadinho, o uso de aeronaves foi essencial para o desenvolvimento das operações de busca e salvamento. O trabalho com uso de helicópteros foi iniciado pouco depois do rompimento da barragem, no dia 25 de janeiro de 2019. Foram utilizados helicópteros de diversos modelos, dos monoturbinas AS350, EC 130, BELL 407 e JETRANGER, aos biturbinas AS365, EC145 e EC725.

A área atingida representa 10 quilômetros lineares ou 4 milhões de metros quadrados. Isso equivale a 1,6 a área da Lagoa da Pampulha, por exemplo.

Foram realizadas mais de 1.200 missões aéreas até o momento, destacando-se as missões de transporte de equipes de busca e de recuperação de corpos, resultando em mais de 1.516 horas de voo. As operações ainda continuam, com a procura e resgate de corpos. As aeronaves do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ainda prestam apoio à operação. Os Arcanjos voaram mais de 260 horas.

Atuação do 1°GCC em Brumadinho. Foto: Fábio Maciel / DECEA

Área controlada

Para apoio às operações aerotransportadas, a Força Aérea instalou duas unidades de Serviço de Informações Aeronáuticas (AFIS) na região, sendo uma em uma igreja no Córrego do Feijão, local mais próximo da área atingida pelo rompimento, e outra na Faculdade Asa de Brumadinho. A partir dessas unidades era realizada a coordenação das ações de tráfego aéreo. O apoio foi realizado pelo Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

No dia 03 de fevereiro foi registrado o maior número de pousos e decolagens da operação, sendo registradas pela FAB 615 movimentações. Em Brumadinho foram registrados 7.888 pousos e decolagens. Para se ter uma ideia da dimensão da operação, o Aeroporto de Congonhas em São Paulo, segundo aeroporto mais movimentado do país, registrou 223.989 movimentos aéreos em 2017, segundo o DECEA. Esse número representa uma média diária de 613,67 movimentações.

Também no emprego de meios aéreos, essa é a maior operação de busca e salvamento já realizada no país. Além das aeronaves, 1 balão de observação, 1 radar de drones, além de uma estrutura de controle aéreo específico e 7 drones do CBMMG com recursos de imagem termal foram os protagonistas do apoio às operações em terra em Brumadinho, MG.

Helicópteros, a importância do uso das aeronaves em Brumadinho, MG

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