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Osvalmir Carrasco Melati Júnior

Após 6 meses, famílias das vítimas do acidente com helicóptero da PCGO dizem estar abandonadas

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Goiás – As famílias dos delegados e peritos mortos em acidente com o helicóptero da Polícia Civil no município de Piranhas, em maio deste ano, quando investigavam uma chacina em Doverlândia, afirmam se sentir abandonas pelo poder público, que não receberam indenizações e que descobriram que as vítimas não tinham seguro de vida. Na opinião da viúva do delegado Osvalmir Carrasco, que pilotava a aeronave, Gisely Oliveira Carrasco, o descaso aconteceu desde princípio. “As famílias foram esquecidas logo após o sepultamento das vítimas. Nós estamos órfãos”, acredita.

As famílias dos delegados e peritos que morreram no acidente aéreo se reuniram na sexta-feira (9/11) em Goiânia. Elas pensam em criar uma associação para juntas lutarem por seus direitos. “Através da associação, vamos ficar mais fortalecidos. Não será a Marizete que vai falar, será a associação. Ela vai ser melhor recebida, vai ser vista melhor, as portas podem até se abrir melhor”, acredita a viúva do delegado Antônio Gonçalves, Marizete Gonçalves.

As famílias das vítimas asseguram que, ao contrário do que chegou a ser divulgado meses atrás, não foram indenizadas. Elas esperam pelo seguro referente à aeronave, porque descobriram que os policiais não tinham seguro de vida.

“Há três anos foi cortado o seguro de vida deles e a alegação que deram para a gente foi que morria muita gente em serviço. Por isso eles cortaram porque estava sendo dispendioso. Foi essa a justificativa. Desse jeito”, conta a filha de uma das vítimas, o delegado Jorge Moreira.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou a equipe de reportagem da TV Anhanguera, por e-mail, que “a investigação do acidente ainda está em andamento; quando concluída, o relatório final será publicado no site do Cenipa. Ainda segundo o Centro, não há previsão para o término das investigações.

As famílias relatam ainda terem recebido pouca ou nenhuma ajuda psicológica. “A minha avó recebeu duas vezes, mas chegou até ali parou. Nessa correria toda, ninguém apareceu para ajudar ou perguntar como nós estávamos e nem para oferecer algum tipo de auxílio”, afirma Thami Amarilis, também filha do delegado Jorge Moreira.

A viúva do delegado Carrasco ressalta que uma de suas filhas está passando por dificuldades psicológicas devido à perda do pai. “Eu me desdobrei, fui atrás de seguradora e tudo e consegui apenas cinco sessões. Ela continua, mas eu estou pagando do meu bolso”, relata Gisely Carrasco.

Tragédia

O acidente aconteceu no dia 8 de maio de 2012, quando uma equipe que investigava a chacina de Doverlândia, onde sete pessoas foram degoladas em uma fazenda, voltava para Goiânia conduzindo o principal suspeito do crime, Aparecido Souza Alves.

Eles haviam deixado a fazenda onde os homicídios foram cometidos na aeronave por volta da 15h30. Pouco tempo depois da decolagem, em uma fazenda perto de Piranhas, o helicóptero caiu matando todos os ocupantes. Com a queda do helicóptero morreram cinco delegados, dois peritos e o suspeito do homicídio na fazenda. O episódio é considerado o pior acidente aéreo da história de Goiás.

Chacina

Como os delegados conversam com os seus familiares sobre o caso, que teve repercussão nacional, esses parentes também cobram uma resposta para o múltiplo assassinato. “Na última conversa que eu tive com o meu pai, a 1h da manhã, no dia do acidente, ele disse que tinha convicção de que o homicida não estava sozinho lá. Então, logo depois do acidente, pouco tempo depois, o inquérito é encerrado? Querendo ou não, estamos implicados na resolução desse crime também. Eles se dedicaram a isso. Eles morreram tentando resolver isso”, ressalta o filho do delegado Antônio Gonçalves, Eduardo Gonçalves.

Governo

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, o seguro de vida dos policiais civis já não estava valendo quando a atual gestão assumiu e, portanto, eles não souberam dar detalhes do que aconteceu à reportagem da TV Anhanguera.

A secretaria disse ainda que prestou toda a assistência às famílias das vítimas e que o acompanhamento psicológico foi prestado de acordo com o procedimento adotado em casos semelhantes.

O presidente da União dos Policiais Civis de Goiás (Ugopoci), Ademar Luiz de Oliveira, informou que em 2006 os policiais civis tinham seguro de vida. Ele explicou ainda que em uma reunião com o secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, foi informado que o estado não tinha condições de fazer o seguro de vida para os policiais civis.

Já a Secretaria de Gestão e Planejamento informou que não recebeu nenhum pedido formal da categoria para implantação do seguro de vida dos policiais. Eles informaram que assim que receber vão estudar o caso.

Em relação ao seguro, a seguradora informou que imediatamente após o acidente, foi pago o seguro obrigatório (R.E.T.A), parecido com o Seguro Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) do automóvel. No que se refere às indenizações, a seguradora afirmou estar em contato com as famílias das vítimas para negociação dos valores.

Fonte: G1.

O acidente do helicóptero da PCGO e seus desdobramentos

Após o trágico acidente ocorrido com o helicóptero AW119Ke-Koala da Polícia Civil de Goiás em 08 de maio, muitas informações relevantes foram divulgadas na mídia e dão uma prévia do que virá quando as investigações policiais e aeronáuticas forem encerradas.

Dentro da cronologia dos acontecimentos, após a primeiras notícias sobre o acidente e sobre as vítimas e o luto decretado no Estado de Goiás, o governo de Goiás, no dia 11 de maio, através do secretário de Segurança Pública, João Furtado Neto, informou que o governo tem buscado contribuir voluntariamente com o andamento das investigações empreendidas pela Aeronáutica sobre as causas da queda do helicóptero que levou a morte oito pessoas. Conforme o secretário, somente o Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aéreos (CENIPA) poderá emitir relatório comprobatório das causas do acidente. “Vamos nomear um perito auxiliar para acompanhar as investigações”, adiantou João Furtado.

No início das tratativas o secretário disse que aguardava o pronunciamento oficial da empresa que prestava serviços de manutenção às aeronaves do Estado, quanto à sua situação perante a ANAC. “Temos a informação de que a empresa estava suspensa no dia 2 de maio, mas que no dia 7  já havia prestado esclarecimentos à ANAC. Só poderemos nos pronunciar quando tivermos acesso às informações oficiais da empresa”, afirmou.

Furtado ainda declarou que as cadernetas da aeronave, que constam todas as informações da vida útil do helicóptero já foram encaminhadas à CENIPA para averiguações. “Até que haja a declaração técnica do CENIPA sobre os motivos do acidente, qualquer pronunciamento será mera especulação”, declarou.  O secretário lamentou a perda dos policiais no acidente, alegando ser  pessoas insubstituíveis para a corporação. No entanto, afirmou que o serviço aéreo da Segurança Pública vai continuar, com a qualificação de novas pessoas para assumir o comando das aeronaves.

Na sequência dos acontecimentos o Secretário de Segurança Pública revelou que foram suspensas as operações com os helicópteros da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, que são do mesmo modelo da aeronave da Polícia Civil, AW119Ke-Koala. “Nós estamos suspendendo a operação com estas aeronaves até que a fábrica nos oriente como proceder”, afirmou Furtado. É bom salientar que nesse momento dos acontecimentos é procedimento aguardar, por isso o Secretário tomou, acertadamente, essa decisão.

No dia 14 de maio, para solucionar o problema de manutenção das aeronaves da PM e do Bombeiro, o secretário de Segurança Pública e Justiça, reuniu-se com representantes da empresa AgustaWestland, fabricante do helicóptero Koala “Escorpião”, prefixo PP-CGO, da Polícia Civil de Goiás e recebeu a documentação da empresa de manutenção Fênix, acerca de sua regularização com a ANAC. A empresa foi contratada no dia 24 de abril e, atualmente, está impedida de fazer a manutenção dos helicópteros pela Agência. No dia 2 de maio, a ANAC suspendeu as atividades da Fênix por falta de documentos, ferramentas e até mecânicos capacitados para realizar o serviço.

Na reunião, ficou decidido e acordado que a AgustaWestland, fabricante dos helicópteros Koala utilizados pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, enviará mecânicos de manutenção aeronáutica para Goiânia a fim de inspecionar as aeronaves das corporações. Nesse mesmo sentido, como forma de garantir a segurança das operações, as tripulações das aeronaves do Bombeiro e PM passarão por acompanhamento técnico, até que venha a decisão de retomar o serviço.

Sobre a empresa Fênix, a ANAC informou que não tinha conhecimento do descumprimento da ordem de suspensão dos trabalhos por parte da Fênix. Segundo a agência, a fiscalização é feita por meio de um cronograma, e a vez da empresa ainda não tinha chegado.

Como consequência natural, o Ministério Público de Goiás (MPE) vai abrir inquérito civil para investigar a queda do helicóptero, tendo como foco a análise do contrato de manutenção da aeronave com a empresa Fênix de Manutenção de Aeronaves Ltda. O Centro de Apoio do Patrimônio Público quer saber se foram cumpridos todos os procedimentos por parte do Governo de Goiás na contratação da empresa. E, junto ao CENIPA e à Polícia, após a investigação da queda, o que causou o acidente.

Numa primeira análise, porém ainda prematura, a resposta para o acidente pode estar no que aconteceu com uma das pás do rotor principal do helicóptero, pois é sabido que foi encontrada uma pá a 200 metros, em linha reta do ponto de impacto da aeronave. Utilizando o mesmo argumento, o Secretário João Furtado disse que “é possível dizer também que entre as causas determinantes desse acidente não se encontre essa questão da manutenção básica. Porque a manutenção do rotor principal, que foi onde ocorreu o problema, só ocorreria com 800 horas. O helicóptero estava em garantia de fábrica que cobre mil horas ou 24 meses, e estava com 300 horas de operação. Então não há porque especular que essa manutenção básica tenha relação com o acidente”, acrescentou.

Ainda não explorado pela mídia, mas que traz razoável conforto à família, a aeronave possuía cobertura de seguro aeronáutico, como as demais aeronaves da Segurança Pública. Esse contrato de seguro possui as coberturas seguratícias que abrangem as condições gerais para seguros aeronáuticos, acrescido do Aditivo A (Garantia CASCO), do Aditivo B (Garantia RETA (Responsabilidade do Explorador ou Transporte Aéreo), Classes 1, 2, 3, e 4) e da Responsabilidade Civil a 2° RISCO da Garantia RETA (LUC).

A cobertura RETA será utilizada para indenizar os familiares das vítimas e a cobertura de responsabilidade civil a 2º risco de garantia RETA tem como finalidade complementar o seguro de garantia RETA, ou seja, esta cobertura representa o limite máximo de indenização por acidente e seqüências de acidentes, sendo Limite Único Combinado (LUC) para as classes 1/2/3/4.

Importante lembrar que o pagamento desses seguros pela empresa contratada pelo Estado não exclui a responsabilidade do Estado, fabricante e empresa de manutenção em também indenizar, cada um no limite de sua responsabilidade.

No dia 14 de maio, no Palácio das Esmeraldas, durante culto ecumênio em memória das vítimas, o governador Marconi Perillo assinou despacho determinando abertura de processo extraordinário para promoção dos cinco delegados e dois peritos por ato de bravura post mortem.

Em discurso durante a cerimônia, o secretário de Segurança Pública, agradeceu o esforço empreendido pelos policiais do Governo do Estado que também puderam contar com apoio irrestrito das polícias Federal, do Estado do Mato Grosso e do Distrito Federal. “Trabalhamos incansavelmente para preservar a memória de ilustres personalidades da segurança pública, bem como para devolver às famílias os corpos de seus entes queridos, que dedicaram suas vidas em busca da verdade”, declarou.

O importante é observar o quão impactante é um acidente aeronáutico em uma Organização de Aviação de Segurança Pública (OASP). Dentro da filosofia do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER, a qual é amplamente difundida na aviação, os mandamentos da segurança de voo devem ser metas constantes em uma OASP:

  • Todos os acidentes podem e devem ser evitados.
  • Todos os acidentes resultam de uma seqüência de eventos e nunca de uma causa isolada.
  • Todo acidente tem um precedente.
  • Prevenção de acidentes é uma tarefa que requer mobilização geral.
  • O propósito da prevenção de acidentes não é restringir a atividade aérea, mas sim estimular seu desenvolvimento com segurança.
  • Os comandantes, diretores e chefes são os principais responsáveis pelas medidas de segurança.
  • Em prevenção de acidentes não há segredos nem bandeiras.
  • Acusações e punições agem diretamente contra os interesses da prevenção de acidentes.

SE VOCÊ ACHA QUE INVESTIR EM PREVENÇÃO É CARO, EXPERIMENTE UM ACIDENTE.

Por Eduardo Alexandre Beni, Piloto Policial.

Referências: Notícias Agência Goiás, Agência Estado e G1.

Foi-se o homem, ficou o herói: Delegado Carrasco

Em homenagem aos homens de coragem da Polícia Civil de Goiás publicamos artigo sobre o Del Carrasco postado em 13/10/2011 no site do SINDIPOL – Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás, por Warlem Sabino:

A maior parte dos objetos na sala do delegado Osvalmir Carrasco Melati Júnior, 38 anos, lembra a aviação, aliás, sendo mais preciso, os helicópteros. São calendários, miniaturas, objetos de decoração e até o pad mouse do computador. Até na hora de entrevista ele está trajando o uniforme da Unidade Aeropolicial da Polícia Civil.

“Minha vida são os helicópteros”, resume. “Desde criança tinha um sonho de voar de helicóptero e hoje me sinto plenamente realizado. Não só voei como também piloto”, emenda Osvalmir, mostrando, no computador, fotos aéreas de operações tiradas já com o novo helicóptero da PC.

Mas chegar a ser comandante de aeronave não foi tarefa fácil. Foi preciso muito estudo, dedicação e escolhas corretas. Quando adolescente tentou ser oficial da Força Aérea Brasileira, mas não conseguiu ser aprovado nas provas. O delegado não se frustrou. Engavetou o sonho e prestou vestibular para Direito.

Foram cinco anos na faculdade no interior de São Paulo. Paralelamente ajudava o pai no açougue da família, em Tupã. Com o diploma em mãos, ficou um ano sem trabalhar, apenas estudando para concursos – já queria ser delegado. As 12 horas por dia com os livros renderam bons resultados: aprovação nos concursos em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul – tudo em 1999.

“Eu não sabia para onde ir, mas meu pai me disse para escolher Goiás. Ele falou que o Estado estava em crescimento, que era um bom lugar para morar e que eu teria grandes oportunidades por aqui”, explica. “E foi o que realmente aconteceu. Tive oportunidades aqui na Polícia Civil que talvez não tivesse em nenhum outro lugar. Não me arrependo um minuto de ter escolhido Goiás”, emenda.

E quando fala em oportunidades, foi por meio da Polícia Civil que Osvalmir enfim realizou o sonho de voar de helicóptero – nem esperava mais por uma chance destas. Em 2006, quando o Governo do Estado locou helicópteros para as polícias, ele foi chamado para fazer parte do grupo que ficaria responsável pela aeronave da PC – na época já era coordenador do GT-3.

“Em 2005, quando fui convidado para coordenar o GT-3, tive a chance de fazer vários cursos operacionais na área de segurança pública. Estudei até fora do País. Logo em seguida veio a oportunidade de voar. Não perdi a chance. Fiz o curso de tripulante com a Polícia Rodoviária Federal já de olho na pilotagem.”

O delegado lembra, inclusive, a data exata do primeiro vôo de helicóptero da vida, como passageiro: 26 de julho de 2006. “Nós levantamos vôo da Praça Cívica. Você deixar uma praça voando, no Centro da cidade, vendo as árvores ao seu lado, a cidade crescendo, é uma sensação fascinante, quase indescritível.”

A partir daí viu a paixão florescer de vez. Decidiu que faria tudo o que precisasse para se colocar em condições de operar um helicóptero. Seis meses depois já fez o seu primeiro vôo como aluno piloto. Era um modelo Robinson R44. “Só não foi mais emocionante por causa da apreensão. Você fica muito ansioso por causa da responsabilidade.”

Passada a fase de instruções, hoje o delegado curte a sensação “incrível” de pilotagem. “A mobilidade de um helicóptero é tão fantástica e incrível que chega a ser perigosa. O fato de você poder pousar em qualquer lugar requer muita cautela e responsabilidade”, alerta.

Talvez por isso o delegado ainda não tenha passado por nenhum “perrengue” em vôo. “Você tem de se preparar para não ter problemas em vôo. Estamos começando agora as operações com o novo helicóptero. A aeronave é boa, corresponde bem, mas requer adaptação dos pilotos e tripulantes.”

Sete dias de aventura

Comprados pelo Governo do Estado no ano passado, os helicópteros modelo AW119 Koala, fabricados pela empresa anglo-italiana Agusta Westland, chegaram a Goiás em dezembro. E só foram apresentados no último mês da administração anterior porque vieram voando da Filadélfia (Pensilvânia, EUA) – parar vir de navio poderia demorar mais de um mês.

Osvalmir foi indicado pela Polícia Civil para ajudar a trazer a aeronave da PC – os Bombeiros e a Polícia Militar indicaram um piloto de cada corporação para a viagem. Eles vieram junto aos pilotos da Agusta.

Foram sete dias de viagem, com vôos de no máximo três horas, apenas durante o dia e com tempo bom. Eram pelo menos cinco paradas por dia para reabastecimento, alimentação e descanso. Em parte do trecho passou por cima ou aterrissou em lugares paradisíacos, como Martinica e San Martin, ilhas no Caribe. Mas também viu de perto uma imensidão de água (Oceano Atlântico e Mar do Caribe) e árvores (Floresta Amazônica).

“A gente só via o que estava no meio do caminho, pois não podíamos desviar um minuto, uma vez que o combustível era contado. E quando parávamos, a exceção da hora de dormir, não tínhamos tempo para nada. Era reabastecer a aeronave, levar os documentos à alfândega e decolar novamente.”

Em determinados pontos não havia aeroportos para reabastecimento. Para não ficarem pelo caminho, eles lotavam a parte traseira do helicóptero com galões cheios de querosene de aviação. Paravam no meio do nada com lugar nenhum e reabasteciam as aeronaves sem ao menos desligá-las. “Não podíamos nos arriscar a desligar. Vai que depois não ligava. Íamos pedir socorro aonde?”

Ainda assim, exaurido pelo sobe desce intermitente de sete dias, Osvalmir diz que faria tudo de novo. “Foi uma experiência incrível, destas de guardar para sempre.” E aproveita para agradecer a Polícia Civil. “Não tenho o que reclamar. Todos os cursos, pilotagem e viagens ao exterior foram graças a Polícia Civil. Só tenho que agradecer pelas oportunidades que tive. Sou muito grato à polícia.”

O macacão da unidade Aeropolicial mostra bem a quantidade de cursos que o delegado participou. O uniforme está repleto de insígnias e distintivos.

Motociclismo

Durante a viagem aos Estados Unidos para trazer o helicóptero da PC, Osvalmir realizou outro sonho de consumo: comprar uma jaqueta original Harley-Davidson para combinar com sua nova motocicleta: uma Fat Boy. Aliás, moto é outra paixão do delegado, agora especialista em aventuras.

“Meu pai sempre gostou de motos e herdei dele esta paixão. Desde os 18 anos tive motos e de um ano para cá atingi o ápice: comprei uma Harley”, explica. “E a compra só foi possível porque a marca resolveu reduzir os preços no Brasil”, emenda.

A primeira moto de Osvalmir foi uma Honda Shadow 600 cilindradas. Depois comprou duas Hornet de mesma cilindrada e marca. Hoje tem uma Fat Boy de 1.600 cilindradas.

Carreira

Osvalmir Carrasco entrou para a Polícia Civil em 2000. Sua primeira lotação foi em Quirinópolis, depois seguiu para o Entorno do Distrito Federal. Em 2004 chegou a Deic, em Goiânia, e logo foi designado para o recém-criado GT3. Hoje é coordenador da Unidade Aeropolicial.

Também já participou de operações aéreas com a Força Nacional, como estagiário, em busca de ascensão técnica a comandante – passou de co-piloto para piloto.

Perfil

Nome: Osvalmir Carrasco Melati Júnior.

¤ 02.03.1974
† 08.05.2012

Local de Nascimento: Tupã (SP).
Formação: Direito.
Estado Civil: Casado com Gizely: filhos Luca (7), Heitor (7) e Laura (2).
Ano em que ingressou na Polícia Civil: 2000.
Lotação: Coordenador da Unidade Aeropolicial.
Hobby: Motociclismo.
Livro: Sidarta, de Hermann Hesse.
Filme: O Menino do Pijama Listrado.
Comida preferida: Churrasco.
Time que torce: Corinthians.
Ídolo: Jesus Cristo.
Sonho de consumo: “Realizei com uma Harley-Davidson Fat Boy”

Fonte: SINDEPOL/GO.

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