Bahia – A Major PM Maíra Galindo, piloto de helicóptero do Grupamento Aéreo (GRAER), tornou-se a primeira mulher paraquedista formada pela Polícia Militar da Bahia. O objetivo foi alcançado após a conclusão do Curso de Operações Paraquedista (COPQD), que habilita o policial militar a realizar o salto.
O COPQD é realizado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), com o apoio das aeronaves do Grupamento Aéreo (GRAER). Presente nas tropas de elite do mundo, o paraquedismo é uma atividade especializada que pode ser utilizada em demonstrações, infiltrações de tropa ou de precursores, lançamento de equipes de operações especiais, transporte de material com o salto tandem, ou outras ações que exijam pronta resposta da Polícia Militar da Bahia.
A oficial recebeu seu brevê das mãos do Cel PM Coutinho, Comandante-Geral da PMBA, que também é paraquedista. A ato foi acompanhado pelo Cel PM Muniz, Comandante do CPE, Ten Cel PM Wolney, Comandante do GRAER, Maj PM Boaventura, Comandante do BOPE, todos paraquedistas; e pelo Ten Cel PM Wildon, Comandante do BPChq.
SÉRGIO MARQUES Major da Polícia Militar de São Paulo
Domingo, 01 de novembro 1925, véspera de feriado prolongado do “Dia de Finados” (Mortos), há exatos 94 anos, no Campo de Marte, zona norte da capital Paulista, o 2º tenente Antônio Pereira Lima entraria para a História do Paraquedismo Brasileiro e da América do Sul de uma forma surpreendente.
Negro, em uma sociedade recém-libertada da escravidão, Antônio Pereira Lima nasceu em 1899, na Capital Bandeirante, filho de Dona Idalina Maria da Conceição e do Sr. José Pereira Lima. Com 18 anos, voluntariamente, ingressou como soldado, em 07 de junho de 1917, na Força Pública Paulista (atual Polícia Militar do Estado de São Paulo). Já sargento, durante a Revolução de 1924, a “Esquecida”, naqueles terríveis dias de julho, permaneceu ao lado dos poderes legalmente constituídos.
Todos os inferiores, como eram chamados os Sargentos, inclusive nosso homenageado, que preencheram os requisitos estabelecidos no art. 6º da Lei 1.981, de 17 de outubro de 1924, foram promovidos em 10 de novembro de 1924 a Aspirante-a-Oficial.
Artigo 6.º – Os inferiores que tenham prestado relevantes serviços á legalidade serão matriculados, como aspirantes, no Curso Especial Militar, independentemente de exame vestibular e edade.
Concomitantemente, foram matriculados e ingressaram no Curso Especial Militar- CEM (atual Academia de Polícia Militar do Barro Branco-APMBB). Na época a Escola de Oficiais funcionava na Rua Ribeiro de Lima, cruzamento com a Av. Tiradentes, no centro da Capital, área atualmente ocupada pelo COPOM/SP.
Por força da Lei 2.051, de 31 de dezembro de 1924, que reorganizou a Força Pública do Estado, foi recriada a Aviação da Força Pública Paulista, sob a denominação “Esquadrilha de Aviação- EA”. Era a terceira fase da aviação militar Paulista. Por sinal, a primeira fase nasceu com a publicação da Lei 1395-A, de 17 de dezembro de 1913, dentre outras proposições, foi criada a Escola de Aviação Militar. Sob os auspícios da Força Pública Paulista nasceu a aviação militar Brasileira.
Artigo 2.º – A esquadrilha de Aviação, creada por esta lei, será commandava por um major e terá o seguinte pessoal: Um 2° tenente secretario-intendente, Um primeiro sargento, Dois segundos sargentos, Um terceiro sargento, Dois cabos, Um cabo carpinteiro e Oito soldados.
Em 1925 a sede da Escola era em prado próprio da Instituição, o Campo de Marte, no bairro de Santana, na zona norte da Capital. A área hoje não mais pertencente à PMESP, sendo um dos aeródromos de maior trânsito de helicópteros do Brasil.
Também há no aeroporto um espaço reservado à sede do Grupamento de Radiopatrulha Aéreo – GRPAe, com os seus famosos helicópteros “Águias”. Como o lendário pássaro grego “Fênix”, renasceu a Aviação Militar Paulista em 1984, após sua extinção, decorrente da derrota militar na Revolução Constitucionalista do distante ano de 1932.
Na Aviação Militar, a “5ª Arma” (ao lado da Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenharia), vários Aspirantes, todos voluntários, submeteram-se, no ano de 1925, a inúmeros testes com o intuito de serem aprovados no concurso para ingresso na Esquadrilha de Aviação da Força. Dez foram os aprovados, incluso nosso personagem, o Aspirante Pereira Lima.
Com seus demais camaradas, frequentava o curso da Escola de Oficiais, no CEM. Os Oficiais-Alunos Aviadores também acumulavam as aulas teóricas e práticas na Esquadrilha. Cada curso, 6 meses de duração. No inverno daquele ano, mais precisamente, 08 de julho de 1925, alcançaria finalmente o Oficialato, com sua promoção ao posto de 2º tenente.
Mais qual a relação do “salto improvisado” do 2º Tenente Antônio Pereira Lima com a Cruz Azul?
Decorrente da Revolução de 1924, ocorrida na Capital, com a morte de policiais durante a refrega resultaram muitos órfãos e viúvas dos soldados tombados ou mesmo licenciados do serviço ativo, decorrente dos graves ferimentos sofridos.
Uma comissão de Damas da Sociedade Paulistana solicitou o apoio ao coronel Pedro Dias de Campos, Comandante da Força Pública (que assumiu as responsabilidades em pleno desenvolvimento da Revolução, dela participando ao lado dos Legalistas), com o intuito de ampará-los.
Com uma visão privilegiada, o coronel Pedro Dias, filho de indígenas, edificou, em 28 de julho de 1925, uma Instituição de amparo aos familiares dos soldados da Instituição, a “Cruz Azul”, ideário ainda presente em nossos dias. Os objetivos da novel Instituição beneficente eram manter os serviços de assistência permanente às famílias dos militares estaduais, escolas maternais e jardins de infância para os seus filhos.
Com a ação colocada em prática pelo Comandante Geral, os órfãos e viúvas dos combatentes tombados ou seriamente lesionados não mais ficariam desamparados!
Todavia, como é comum em obras dessa natureza, não havia recursos para a edificação de um Hospital e de um Colégio.
O valoroso Comandante se valeu de rifas, quermesses, gincanas, jogos. A década de 20 do século passado o estilo musical predominante era “Fox”. Uma banda do mesmo ritmo foi criada, o “Jazz-Band” da Cruz Azul, que alegrava as festas com o “hit” do momento. Tais apresentações também arrecadavam fundos para que o sonho pudesse se materializar. E a mão-de-obra? As próprias Unidades da Força cediam policiais, que também eram pedreiros, eletricistas, encanadores, etc.
Em uma de suas ações mais audaciosas, sempre com o mesmo notável objetivo, o grande Comandante teve uma ideia avançada para os padrões daqueles dias, a contratação de um paraquedista para apresentação.
O salto do paraquedista foi marcado para o dia 01 de novembro de 1925, um domingo. Em período ainda sob os auspícios da “Belle Époque”, com a sociedade eminentemente machista, o paraquedista contratado para o feito era uma mulher, uma francesa, Janette Caillé.
Aliada a grande divulgação do exótico espetáculo, pois o salto seria o primeiro de São Paulo (e da América do Sul, segundo trabalho do então Capitão Franco Olívio Marcondes), houve grande venda de ingressos para assistir ao incrível feito.
Pouco antes da realização do salto, a Cruz Azul, na Av. Tiradentes, fundava seu primeiro Grupo Maternal, com muitos berços para hospitalizar crianças carentes, iniciando seu programa assistencialista. Na sequência, as autoridades se dirigiram ao Campo de Marte.
O salto foi um sucesso! Assim escreveu, em 02 de novembro de 1925, o Jornal Correio Paulistano, com a grafia de época: “… Merece especial referencia, dos principaes aspectos dessa tarde de aviação, o audacioso salto realizado de um aeroplano, voando em grande altura, pelo tenente Antonio Pereira Lima, que sahiu galhardamente dessa difficil prova, festejado ao ganhar o solo pelos vibrantes applausos dos assistentes.”
Mas não foi uma senhorita francesa, de nome Janette Caillé, contratada para efetuar o salto com paraquedas?
Os relatos abaixo, com as adaptações do autor que escreve essas linhas, foram obtidos no livro clássico, de leitura obrigatória, “Asas e Glórias de São Paulo”, que conta a História da PMESP e da Aviação Militar Paulista.
São seus autores:
José Canavó Filho, Coronel PM, hoje eternizado no Obelisco Mausoleu do Ibirapuera; e
Edilberto de Oliveira Melo, 97 anos, Coronel PM mais antigo da PMESP, com inúmeros outros livros sobre a quase bicentenária Instituição de Tobias de Aguiar (O Salto da Amazônia; Raízes do Militarismo Paulista; Marcos Históricos da PM, Clarinadas da Tabatinguera, Pro Brasília e O Centenário da Aviação Militar Paulista).
O já então tenente-coronel PM aposentado Antônio Pereira Lima, em meados da década de 70 do século passado, era morador do bairro de Vila Mariana. Quase octogenário, cego, casado com quem intitulava “querida noivinha, querida Norma”, bem-humorado e absolutamente temente a Deus, recebeu, em sua residência, os autores da famosa obra, que colheram relatos dos bastidores do salto, que não foram contemplados na matéria jornalística do Correio Paulistano, de 02 de novembro de 1925.
Dia 01 de Novembro de 1925 – O salto do paraquedista “voluntário”
Com os ingressos vendidos, o Campo de Marte estava lotado e as Autoridades presentes! Pouco antes do horário do espetáculo, a senhorita gaulesa, por indisposição (saúde), mandou cientificar o coronel Pedro Dias de que não poderia saltar.
A boa reputação e credibilidade da Força Pública estavam em xeque. A senhorita francesa colocara o coronel Pedro Dias de Campos em uma “sinuca de bico”. O que fazer?
O Comandante dirigiu-se, então, ao “Ninho das Águias da Força Pública”, no próprio Campo de Marte, na Esquadrilha de Aviação, mesmo local que se daria a proeza do salto.
Colocando os 15 Oficiais-Alunos Aviadores em linha, o coronel Pedro Dias solicitou um “voluntário” para o salto de paraquedas, que, por lógica, não apareceu. No dia anterior, lembrando-se que se tratava de um feriado prolongado do “DIA DE FINADOS” (Dia dos Mortos), pela 1ª vez tiveram contato com um paraquedas, na testagem do equipamento.
Amarraram-no em um saco de areia, que fazia o papel do “homem alado”. Em seguida, jogaram-no, entretanto, o paraquedas não abriu, espatifando-se ao solo.
Mas sempre em situações similares despontam “voluntários à moda militar”. O Comandante Geral Pedro Dias, olhando um, olhando outro, parando em frente ao nosso “agraciado”, apontou a ele, dizendo: “- O Senhor saltará no lugar da faltosa.”. Pronto, estava resolvida a questão! “Santo voluntário…”, pensaram os demais aviadores na linha.
Nosso herói dirigiu-se, então, a sala reservada para vestir o macacão branco e o capacete da francesa Janette, acompanhado pelos seus irmãos de armas. SEMPRE muito solícitos, animavam a cobaia, ou melhor, o paraquedista improvisado: “- Não tenha medo, coragem, Pereira Lima, não é nada, você é forte… etc.”.
Os camaradas sabiam que se não fosse ele, seria um deles! Que fosse o próprio Pereira Lima, pois já estava com os paraquedas em seu corpo. Segundo o coronel Anchieta Torres, um dos grandes pesquisadores da História da Polícia Militar, o 2º tenente Pereira Lima fora escolhido para a missão pelo coronel Pedro Dias devido a sua pequena estatura, pois o macacão branco da paraquedista francesa só serviria nele!
Decolou em uma aeronave Curtiss da Força, um biplace, de fabricação americana, pilotada por Orton Hoover, ás da aviação estadunidense, que lutara na I Guerra Mundial. Era, naquela ocasião, instrutor de voo da Esquadrilha de Aviação da Força Pública.
Ganhando altura, já com a aeronave no céu, somente o piloto, o paraquedista improvisado e Deus… É chegado o momento do clímax. Hoover fez sinal para o salto, e, com típico sotaque, declamou: “- Lims, sarr…ta, Lims sarr…ta”. Responde o corajoso Tenente Pereira Lima: “ – Seu Hoover, é comigo que o senhor está falando?” Hoover, devolve: “- Yes Lims, sarr…ta; my God!”
Nosso herói na asa da aeronave olha para baixo… Não devia tê-lo feito! Grudou-se desesperadamente na barra de ferro que ligava os dois planos da asa, olhando ao piloto, negando com a cabeça, dizendo: ” – daqui não saio, daqui ninguém me tira.”
Após algumas manobras mais radicais de Hoover, inclusive um “looping”, o Tenente Pereira Lima é convencido, “pela lei da gravidade”, lançando-se no “azul do firmamento”, com a abertura do paraquedas.
Entretanto, o tirante (tira de couro) da perna estava mal colocado, pois, além de não estarem familiarizados com a amarração do instrumento, os demais Oficiais-Alunos Aviadores desejavam despachar rapidamente a “encomenda aérea.”
Sofreu terrível dor em sua parte íntima. Mesmo durante aquela tarde, enxergou pequenas estrelas…, ficando “fora do ar” por instantes. Para aliviar a “pressão”, “lá”, abriu as pernas durante o plainar.
Em sua “leve aterrissagem”, perfura a capota de lona de um veículo, de placa branca, estacionado próximo da área de pouso, o que amenizou sua aterrissagem. O público acabara de descobrir que o salto fora realizado por um Oficial da Força Pública.
Independentemente, foi ovacionado por ele. Talvez não tenha percebido a cor do paraquedas pelo pequeno incômodo durante o voo…, mas transformara-se no 1º paraquedista brasileiro.
Ainda atordoado, ouvia “os bravos e os vivas” do público. Seus amigos, após aquele milagroso sucesso, carregaram-no nos ombros até às autoridades. No caminho, inúmeros cumprimentos, saudações, tapinhas nas costas. Nascia uma lenda!
Entretanto, a História ainda não estava encerrara. O epílogo não seria dos melhores. De canto de olho observou que seu Chefe máximo, o Comandante Geral, não estava para muitos amigos. “O corpo fala…, até grita… e como!” Aproximando-se do Comandante Geral, que tinha aqueles olhos negros e amendoados a fitá-lo, o coronel Pedro Dias disse ao nosso heroi: “ – Tenente, você saltou de perna aberta! Deveria saltar na posição de sentido! Você vai pagar o conserto da capota do meu carro, ouviu!” O veículo oficial pertencia ao Coronel Pedro Dias.
No ano seguinte, 31 de agosto, na Campanha de Goiás, em perseguição à Coluna Miguel Costa – Prestes, Pereira Lima, na função de copiloto da aeronave sofreu um acidente terrível na cidade de Uberaba-MG.
Permaneceu por 8 (oito) dias em coma, porém, resistiu aos graves ferimentos. O piloto da aeronave, Tenente Edmundo da Fonseca Chantre, não teve a mesma sorte, falecendo no local, tornando-se o primeiro mártir da Aviação Militar Paulista.
O Tenente Pereira Lima, participou efetivamente nas Revoluções de 1930, quando a Aviação militar foi extinta por Getúlio Vargas e 1932, no 1º BCP (hoje 1º BPChq-ROTA), sempre defendendo sua Força Pública, São Paulo e o Brasil.
Após 32 anos de serviço, aposentou-se em 03 de fevereiro de 1949 no posto de Tenente-Coronel. No Hospital Cruz Azul de São Paulo, no bairro do Cambuci, que auxiliou em sua construção com seu salto improvisado, acolheu seu último suspiro em 07 de outubro de 1978, aos 79 anos.
O tenente Antônio Pereira Lima foi homenageado como patrono da Turma Aspirantes 2018, da APMBB, formandos no último mês de dezembro. Também foi agraciado com o nome de rua, a “Coronel Antônio Pereira Lima”, no bairro de Perus, na zona norte da Capital, logradouro oficializado através do Decreto nº 17.054, de 04 de dezembro de 1980.
Agora, veterano Sr. Antônio Pereira Lima, ao lado do Eterno, pode tranquilamente contemplar o sol, o céu e as estrelas, integralmente!!!
ANDRADE, Euclides, DA CÂMARA, Hely F. 1931. A Força Pública de São Paulo: São Paulo: serviço Gráfico da PMESP, p. 200-203.
FILHO, José Canavó, MELO, Edilberto de Oliveira. 1978. Asas e Glórias de São Paulo: São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, p. 53-69;
História da Cruz Azul. Disponível em: http://www.cruzazulsp.com.br. Acesso em: 20 out 17;
Jornal Correio Paulistano, 1925, São Paulo, 02 nov. 1925, p.3;
Jornal Correio Paulistano: Pensamento e Arte (Suplemento), 1956, São Paulo, 05 ago. 1956, p.9;
MARCONDES, Franco Olívio. A Aviação e o Paraquedismo. Revista Militia, São Paulo, n. 52, p. 32-34, 1954;
MELO, Edilberto de Oliveira. 2010. Clarinadas da Tabatinguera. São Paulo, p. 78-80;
SÃO PAULO (Estado). 1924. Lei n. 2.051, de 31 de dezembro de 1924. Reorganiza a Pública do Estado. Disponível em: http://www.resgateaeromedico.com.br/…/2051-1924-esquadrilha-a…. Acesso em: 18out 17;
Tenente Antônio Pereira Lima. A Força Policial. São Paulo, n. 25, p. 1-2, 2000. Disponível em: http://www3.policiamilitar.sp.gov.br/…/2016/04/Revista25.pdf. Acesso em: 18 out 17; e
TORRES, Anchieta. Coisas da Força Pública: Paraquedista. Revista Militia, São Paulo, n. 27, p.19-20, 1952.
Distrito Federal – Nos dias 06, 07 e 08 de outubro, na Sede Operacional do Aeroclube de Brasília, localizado no Aeroporto Brigadeiro Araripe Macedo, Luziânia-GO, aconteceu instrução de habilitação de 10 (dez) pilotos do Comando de Policiamento Aéreo (CPAer) da Policia Militar do Distrito Federal. O objetivo foi capacitá-los no lançamento de paraquedistas em avião e em helicóptero da Polícia Militar, de maneira técnica e segura.
Participaram da capacitação dos pilotos, os instrutores de paraquedismo, Coronel de Exército Henrique Cesar Cals Theophilo, Comandante Lucas Nepomuceno Neves e Pedro Edson Ferreira, presidente da Associação de Paraquedismo.
Eles vieram de Fortaleza (CE) e possuem larga experiência nessa atividade. Ministraram instruções práticas e teóricas a respeito de condutas e procedimentos necessários para o treinamento. Participou também o instrutor Márcio de Araújo Resende, Policial Civil do Distrito Federal, que é piloto de helicóptero.
Márcio instruiu os pilotos, tanto como lançador de paraquedista, como checador de pilotos lançadores em helicóptero. Participaram também do treinamento policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PMDF.
Não é de hoje que o avião e o helicóptero da PMDF são utilizados para saltos de paraquedistas na Corporação. O CPAer realiza missões policiais, missões de inteligência, transporte de material e de pessoal, missões aeromédicas, instruções de tripulação, dentre outras.
Para o Comandante do CPAer, Coronel PM Renato de Castro Costa, a importância dessa formação, principalmente nos órgãos policiais brasileiros, advêm da necessidade do policial ser inserido em determinadas regiões onde há dificuldade de acesso e pela importância da capacitação do militar e do piloto para atividades operacionais especiais.
Sergipe – O Grupamento Tático Aéreo de Sergipe deu início neste mês ao curso de paraquedismo para seus tripulantes. Através de uma parceria entre o GTA-SE (SSP) e a Federação Sergipana de Paraquedismo, os tripulantes receberam instruções teóricas e práticas quanto ao manuseio, à correta utilização e ao acionamento de emergência do equipamento.
O curso tem a finalidade de capacitar os membros do grupamento para o salto com paraquedas em diversas situações. Uma das situações diz respeito à prestação de socorro em locais de difícil acesso onde haja a indisponibilidade do pouso imediato da aeronave. Além disso, o treinamento visa ao exercício contínuo do controle emocional por ser uma atividade de alto risco.
“Esse curso é de fundamental importância para todos que realizam as atividades aéreas, tanto no Falcão 01 (helicóptero) quanto no Falcão 02 (avião do GTA). Devido à complexidade das missões do Grupamento, é imprescindível forjar no homem de operações aéreas a coragem e o auto controle durante os saltos e missões aeropoliciais”, disse Virgílio Dantas, coordenador do GTA.
Nesta etapa do treinamento, equipes já realizaram o primeiro salto “solo” com o acompanhamento de um instrutor durante o lançamento dos paraquedistas.
Bahia – O 1º Curso de Paraquedistas Policiais Militares da Bahia (COPQD) foi realizado entre os dias 10 de março e 10 de abril de 2014, capitaneado pelo Batalhão de Polícia de Choque (BPCHq), tendo como alunos Policiais Militares da Companhia de Operações Especiais (COE) e do GRAER e foi ministrado pela Escola de Paraquedismo Skydive Itaparica.
A prática aconteceu no aeródromo de Vera Cruz (SNVR), na Ilha de Itaparica/BA, com lançamentos entre 16.000 e 10.000 pés de altitude, sendo utilizado o Guardião 08 (Grand Caravan), todos os saltos acompanhados de instrutores altamente qualificados e com experiência comprovada.
A solenidade de formatura aconteceu no dia 16/05/2014, às 09:00 horas, no Auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), com a entrega de certificados, breves e prêmios aos primeiros colocados. Contou com a presença do Sr. Cel PM Alfredo Braga de Castro – Cmt Geral da PMBA e demais autoridades.
A 1ª Turma do COPQD formou 25 (vinte e cinco) PM, dentre Oficiais e Praças, inclusive o Ten Cel PM Coutinho – Cmt do BPCHq (2º Colocado).
O primeiro colocado foi o Maj PM Wolney Anderson – Piloto de Helicóptero do GRAER e PQD recordista brasileiro e sulamericano de formações em queda livre (FQL), foi agraciado pelo Sr. Cel PM Eleutério – Subcmt Geral da PMBA.
Um paraquedista ficou enroscado em uma árvore ao saltar de paraglider na tarde deste domingo (28) em São Pedro, interior de São Paulo. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o homem sofreu o acidente logo após sair da rampa de voo, que fica em uma serra.
Como o local, dentro de uma região de mata, é de difícil acesso, os Bombeiros, que não poderiam chegar pelo solo, solicitaram auxílio do helicóptero Águia da Polícia Militar (PM) de Piracicaba (SP), que conseguiu fazer o resgate do saltador.
Apesar do susto, o paraquedista não se feriu e não precisou ser encaminhado para algum hospital. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o local onde ele caiu não oferecia perigo. “Era um ponto baixo. A dificuldade foi adentrar à mata. Havia uma paredão ali”, informou o soldado Isaías.
Policial militar desde 1989, capitão Wolney se tornou um atleta reconhecido no mundo inteiro, e tudo isso no exercício da sua profissão. Esqueça aquela imagem do policial correndo atrás do bandido. Para este aqui, o lugar de trabalho fica nas alturas. Nem o céu é o limite para o capitão Wolney Anderson, integrante do Grupamento Áereo da Polícia Militar da Bahia.
Há 12 anos atuando como paraquedista do Comando de Policiamento Especializado (CPE), Wolney se tornou um atleta dos ares. É recordista das principais competições de salto de paraquedas, realizadas mundo afora.
O último torneio do qual ele participou aconteceu no início deste mês, em Fortaleza, para bater um recorde nordestino, desenhando uma estrela com 30 paraquedistas.
Em 2011, com a mesma perfomance, quebrou o recorde internacional, em parceria com outros 101 paraquedistas, no Arizona, nos Estados Unidos. Para ele, é “um sentimento de prazer e apreensão”, porque ele trabalha para salvar vidas e ainda é um esportista.
Aos 40 anos, o capitão afirma que o segredo é fazer um treinamento constante, “o que nos leva a proficiência e traz a segurança necessária para realizar os saltos”. Em sua atuação de policial-atleta, capitão Wolney acumula algumas histórias, como o salvamento de cinco pessoas, em um prédio em chamas na Baixa de Sapateiros. “As condições eram extremamente perigosas, voamos próximo ao terraço do prédio, no meio da fumaça e do fogo. Um militar desceu fazendo rapel, com a corda amarrada ao helicóptero”, conta o policial, que além de paraquedista é o piloto do helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia.
Vocação familiar
Atuação está no sangue, Wolney Anderson não é o único policial militar que acumula a função de paraquedista. Nem mesmo na sua família. Parece ser um dom, passado pelas gerações. O pai dele, o coronel Barata, e os dois irmãos, Claudiney e Juliano, ambos com a patente de capitão, também atuam como paraquedista militares. “Os saltos mais memoráveis são os que estou acompanhado de amigos e familiares.
Meu pai e os dois irmãos são paraquedistas e minha irmã Karine já fez dois saltos-duplos, acompanhada por um paraquedista experiente”, conta cheio de orgulho o atleta, que não esconde o amor pela profissão e pela atividade que desenvolve. “Saltar é a mistura de dever e prazer”, resume o capitão.
Esporte das antigas
Considerado radical e praticado por homens jovens em sua maioria, o paraquedismo é um esporte muito antigo. De acordo com o site da Confederação Brasileira de Paraquedismo, os primeiros registros da prática são de 1306, quando acrobatas chineses se atiravam de muralhas e torres empunhando um dispositivo semelhante a um grande guarda-chuva que amortecia a chegada ao solo.
Em 1808, pela primeira vez, o paraquedas foi usado como um instrumento de salva-vidas, quando o polonês Kuparenko utilizou-o para saltar de um balão em chamas. As primeiras escolas começaram a surgir pelo mundo em 1930. No Brasil, um ano depois.
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