Paraná – Equipe aeromédica do helicóptero Saúde 06 da Unidade Aérea Pública SESA/SAMU, Base Maringá, foi acionada no último domingo (05) para resgate de masculino de 37 anos, vítima de ferimento por arma branca no tórax.
No local, a vítima em estado crítico, apresentava choque hipovolêmico classe IV e foi prontamente assistida segundo protocolo PHTLS (PreHospital Trauma Life Support). Durante a avaliação clínica do paciente, o emprego do recurso do ultrassom portátil (point of care) foi decisivo para a manutenção da vida da vítima. A avaliação é feita durante o atendimento, de forma rápida e sistemática.
O reconhecimento do tamponamento cardíaco secundário à perfuração no músculo cardíaco foi fundamental para o diagnóstico que possibilitou a realização do procedimento de pericardiocentese. O tamponamento acontece quando o sangue em grande volume no saco pericárdico obstrui a movimentação cardíaca.
A punção diminuiu a quantidade de sangue dentro do saco pericárdico fazendo com que a vítima tivesse condições para embarque e transporte. Durante o atendimento, a Central Regional de Emergências 192/193 foi acionada, o médico regulador recebeu o caso e acionou o Hospital Universitário de Maringá, otimizando o protocolo de transfusão maciça, equipe de cirurgia torácica e centro cirúrgico.
Após a chegada ao hospital a vítima foi imediatamente levada ao centro cirúrgico e submetida ao procedimento de toracotomia. O paciente se recupera na UTI do hospital. O trauma cardíaco por lesão penetrante é considerado de altíssima complexidade e o diferencial para a sobrevida do paciente é a formação técnica da equipe de resgate e imediata intervenção.
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Tecnologia e ação rápida da equipe de saúde do SAMU salva homem ferido por arma branca no Paraná. Foto: Divulgação.
Tecnologia e ação rápida da equipe de saúde do SAMU salva homem ferido por arma branca no Paraná. Foto: Divulgação.
Tecnologia e ação rápida da equipe de saúde do SAMU salva homem ferido por arma branca no Paraná. Foto: Divulgação.
Tecnologia e ação rápida da equipe de saúde do SAMU salva homem ferido por arma branca no Paraná. Foto: Divulgação.
Paraná – Você participante do CONAER sabia que a Universidade do Tuiuti tem cursos que podem lhe interessar? É o caso da Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência. Ela capacita o profissional enfermeiro para coordenação de serviços de urgência e emergência. Temas como correta abordagem e assistência humanizada fazem parte da grade de disciplinas são abordados.
Um dos diferenciais desta Pós é que ela reúne os melhores profissionais da área como docentes experientes em gerência e atendimentos de urgência, tanto do pré-hospitalar, hospitalar fixo, quanto no serviço de resgate e transporte aeromédico de Curitiba – tudo a ver com o universo do CONAER!
O contato direto dos alunos com pacientes críticos adultos e pediátricos nos seus diferentes ciclos de vida e atendimento a múltiplas vítimas fornece ao estudante a oportunidade de reconhecer os principais aspectos técnicos que norteiam a urgência e a emergência. Isto possibilita ao profissional aplicar os protocolos de atendimento a vítimas de trauma e emergências clínicas conforme os padrões dos cursos Advanced Trauma Life Support (ATLS), Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) e American Heart Association (ACLS).
Para a Coordenadora do curso Ester Ribas o mercado de trabalho para este campo de atuação é amplo. “O Enfermeiro Emergencista pode atuar em frentes de trabalho como pronto socorro, unidade de pronto atendimento, unidade de terapia intensiva, resgate, transporte aeromédico e gerenciamento de serviços de urgência e emergência”.
Ainda de acordo com a Coordenadora o enfermeiro emergencista deve estar preparado para o atendimento das urgências e emergências, pois elas podem acontecer em qualquer lugar. “A pessoa em condição de emergência, quando atendida por um profissional com conhecimento técnico científico, que sabe conduzir a situação de forma adequada, com tomada de decisões rápidas, tem maiores chances de sobrevivência” finaliza.
Esta é a principal diferença do curso para o ganho profissional na área de enfermagem, pois proporciona ao aluno uma visão mais abrangente em situações de crise ou emergência.
O público-alvo para o curso de Especialização em Urgência e Emergência são enfermeiros formados com interesse em atuar nesta área. A modalidade é presencial e tem duração total de 18 meses. Ao final do curso o pós-graduando deverá produzir um artigo ou uma pesquisa com temática relacionada aos conteúdos aplicados e apresentá-lo para a comunidade acadêmica.
Serviço CONAER:
Envio de trabalhos: de 10/5 a 10/8 – Clique aqui e saiba mais. Inscrições: abertas até 30/8 – Faça sua inscrição. Data do evento: 24 e 25 de outubro de 2019. Local: Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) – Rua Sydnei Antonio Rangel Santos, 238 – Santo Inácio, Curitiba. Horário: das 9h às 18h. Mais informações:[email protected]
ANDERSON SANTANA SILVA
Piloto Policial de Helicóptero
1° Tenente de Polícia Militar do Estado de São Paulo
Uma análise preliminar
Recentemente tive a honra e grata satisfação de realizar o treinamento Tactical Combat Casualty Care – PHTLS, promovido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, por meio da Diretoria de Saúde em parceria com o Hospital das Clinicas e suporte do Comitê PHTLS, sendo supervisionado pela Dr.ª Júnia Sueoka, médica do GRAU, pelo equatoriano Luis Yépez, coordenador do curso, por Miguel Angel, do México e o Coronel Médico da Polícia Militar da Paraíba Fabio Almeida.
O curso aprovado pelo Colégio Norte Americano de Cirurgiões faz parte do programa Pré Hospital Trauma Life Support (PHTLS), dos Estados Unidos, que prepara militares e agentes de segurança pública para atuação e atendimento pré-hospitalar em situações de conflito capacitando-os a auxiliar cidadãos ou companheiros em ocasiões de alto risco, ou até mesmo em caso de combate bélico, catástrofes naturais e atentados terroristas.
O curso surgiu no Brasil em 2011 para treinar equipes médicas, no entanto, percebeu-se a necessidade de capacitar também militares de polícia e demais integrantes do sistema de segurança pública que ao atuar em situações de alto risco podem carecer de assistência médica adequada por vezes retardada em decorrência das peculiaridades envolvidas no cenário de operações.
Com o treinamento o agente pode salvar sua própria vida por meio de intervenções simples que permitirão um tempo de vida maior, a manutenção do agente em ação e a chegada nas instalações hospitalares a tempo para um atendimento mais adequado.
Por meio desse treinamento o agente passa a conhecer as fases constituintes das ações de medicina tática em situações de alto risco e conforme os protocolos adotados aumentar suas chances de sobrevida e minimizar as sequelas que eventualmente possam ocorrer, reduzindo o número de vítimas.
Eventos recentes envolvendo aeronaves e agentes do sistema de segurança pública nos dão exemplos que enriquecem os argumentos defensores da expansão desse tipo de treinamento.
Em 2009 a aeronave Fênix do Grupamento Aeromóvel (GAM, antigo Grupamento Aéreo e Marítimo), unidade da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), foi abatida por traficantes durante operação na região do Morro dos Macacos em Santa Isabel, Rio de Janeiro, Brasil.
Dentre outros fatos semelhantes podemos encontrar diversos agentes mortos e feridos que poderiam ter aplicado os princípios do “Tactical Combat Casualty Care – PHTLS”, permitindo o autossocorro ou o atendimento pré-hospitalar de seus companheiros.
Fato é que o Brasil integra algumas missões de paz promovidas pela ONU como as promovidas no Haiti, Colômbia, Saara Ocidental, Sudão do Sul entre outras com a participação do Exército Brasileiro e militares de polícia das polícias militares estaduais.
Contudo, também se reconhece que atualmente vive-se no Brasil uma situação de violência interna em níveis endêmicos. Dentre as diversas intervenções dos órgãos de segurança pública resultam ações similares as que ocorrem em conflitos existentes em áreas declaradamente em guerra ou sob ameaça terrorista.
Como ferramenta do Estado na busca pela ordem pública surgem os órgãos de aviação de segurança pública a quem são atribuídas as missões de suporte aéreo nas mais diversas missões, partindo do patrulhamento aéreo, passando pelas ações aerotransportadas e as missões de evacuação, resgate e remoção aeromédica.
Não raras vezes os agentes de aviação de segurança pública se vêem inseridos nas zonas de conflito urbano ou rural, como também de catástrofes, sendo por vezes vítimas ou última esperança de seus companheiros vitimados.
O aeronavegante de segurança pública capacitado nos princípios do “Tactical Combat Casualty Care – PHTLS” torna-se um elemento eficaz na prevenção de mortes e redução de vítimas no cenário de conflito.
A capacitação do agente permitirá que ele próprio possa executar cuidados médicos pré-hospitalares em si mesmo caso seja vítima durante o cumprimento de suas missões, socorrer um companheiro ferido ou orientar outros agentes durante o atendimento pré-hospitalar.
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