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Polícia Federal gasta R$ 26 milhões com dois aviões sem utilização

Brasília – Em meio à crise de refugiados na fronteira do Brasil com a Venezuela, da maior operação de combate à corrupção, que continua em andamento, e diante da necessidade crescente de impedir a entrada de drogas e armas pela fronteira nacional, dois jatos da Polícia Federal, que custaram caro aos cofres públicos, estão parados no hangar da corporação no aeroporto de Brasília por falta de pilotos e por problemas na renovação do contrato de manutenção.

Os aviões prefixo PR-DPF e PR-PFN, segundo o site da ANAC, estão com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida. Além disso, pelo menos dois drones que poderiam ser usados para colher imagens aéreas em operações de risco ou para patrulhar áreas grandes, como a da Amazônia, estão fora de operação.

PR-DPF e PR-PFN ( Ambos estão com a IAM vencida)
PR-DPF e PR-PFN ( Ambos estão com a IAM vencida)

Os jatos são do modelo ERJ 145, fabricados pela ECC Leasing Company Limited, subsidiária da Embraer. O primeiro avião foi adquirido pela PF em 2006. Com o sucesso da compra e com relatórios apontando os benefícios da utilização da aeronave nas operações e no transporte de presos e de materiais usados nas unidades da corporação em território nacional, foi adquirida uma segunda aeronave. Em 2009, a PF passou a contar com os dois aviões. Cada unidade saiu por R$ 13 milhões.

Na ocasião, com o objetivo de resolver o problema da ausência de pessoal para operar os aviões, a PF tentou firmar uma parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) para o compartilhamento de pilotos.

Mas as negociações não avançaram, pois, de acordo com informações obtidas pelo Correio, a legislação atual determina que os aviões sejam conduzidos por profissionais da corporação ou subordinados ao Departamento de Polícia Federal (DPF), o que não é o caso da FAB. O modelo ERJ 145 tem capacidade para transportar 50 passageiros e pode percorrer distâncias de até 3.500 quilômetros, consideradas longas na aviação.

image (3)No momento da compra da segunda aeronave, a PF também contratou um pacote de serviços destinado àquela que já estava em uso, na intenção de renovar equipamentos e garantir mais confiabilidade na operação de ambas.

Para adquirir os jatos, a corporação apontou a necessidade de obter um “transporte aéreo flexível, rápido, seguro, com os maiores índices de disponibilidade possíveis e com facilidade de execução de serviços de manutenção”.

Quando estavam em operação, os aviões foram usados de forma intensa para transportar presos da Lava-Jato, como o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. No caso de Cunha, o voo ocorreu entre Brasília e Curitiba, onde o ex-parlamentar permanece preso.

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Na ausência dos modelos com maior desempenho, a PF tem usado, por exemplo, o bimotor Beechcraft King Air. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em 7 de abril deste ano, foi transportado num monomotor turboélice, prefixo PR-AAC, considerado mais simples, que também pertence à PF.

Drones

Os modernos Vants Heron I, obtidos pela PF, usados por forças de segurança de diversos países para dinamizar as operações de combate ao tráfico de drogas e fazer mapeamento aéreo e vigilância de grandes áreas, também estão sem uso, acumulando poeira no Aeroporto de São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Tratam-se de drones não tripulados, com tecnologia israelense.

Os equipamentos estão parados desde fevereiro de 2016. Reportagem do Correio, publicada no ano passado, revelou que o governo já gastou mais de R$ 150 milhões no projeto. Entre 2011 e 2016, os drones deveriam ter realizado 40 mil horas de voo. No entanto, a atividade foi bem menor: apenas mil horas.

Negociações

A Polícia Federal alega que está tomando medidas para resolver o problema. Em nota enviada à reportagem, a corporação informou que “já se encontram em andamento os procedimentos para contratação de empresa responsável pela manutenção das aeronaves, havendo uma expectativa de que possam estar disponíveis para voo já nos próximos 60 dias”.

Ainda de acordo com a instituição, existe um acordo operacional celebrado entre a PF e a FAB, não somente para a formação de pilotos, mas também para utilização de tripulação conjunta entre as forças, caso necessário, “em modelo que atende plenamente às necessidades do órgão”.

Em relação aos drones, a PF afirmou que “encontra-se em desenvolvimento um acordo de cooperação entre Polícia Federal e a Força Aérea, que visa à operação conjunta de todos os VANTs, com a otimização dos recursos e do custeio dessa ferramenta”.

Fonte: Correio Brasiliense

Operação conjunta apreende mais de 300 quilos de entorpecentes em Itaituba, Pará

Mato Grosso – Operação conjunta entre a Força Aérea Brasileira (FAB), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) do Mato Grosso, Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e Policia Federal, realizada no início da noite de segunda-feira (26), resultou na apreensão de aproximadamente 325 quilos de entorpecentes (cocaína). A aeronave vinda da Bolívia com a droga estava em Itaituba, no Pará.

Operação conjunta apreende mais de 300 quilos de entorpecentes em Itaituba, Pará
Operação conjunta apreende mais de 300 quilos de entorpecentes em Itaituba, Pará

A equipe do Ciopaer decolou do aeroporto Marechal Rondon com um policial federal. Em seguida, pousou em Sinop, onde embarcaram outros dois policiais federais.

De lá, o grupo se deslocou para a pista de pouso próximo a Itaituba, onde estava a aeronave Cessna 210, matrícula PP-HAR, com aproximadamente 325 quilos de cocaína.

Caças da FAB solicitaram o pouso da aeronave, que foi escoltada até a cidade de Jacareacanga. O Gefron acompanhou toda ação. Quando o Ciopaer chegou, o avião já estava em terra. O piloto e um passageiro responsável pela segurança da carga fugiram pela floresta e não foram localizados.

A operação foi considerada de risco, em virtude das condições do tempo. A equipe pernoitou em Novo Progresso, no Pará, e retornou nesta terça-feira (27) a Mato Grosso.

Operação conjunta apreende mais de 300 quilos de entorpecentes em Itaituba, Pará
Operação conjunta apreende mais de 300 quilos de entorpecentes em Itaituba, Pará

Ascom SESP/MT.

FAB intercepta avião carregado com cocaína e equipe do CIOPAer do MT realiza abordagem policial

Mato Grosso – A tripulação do helicóptero Águia 04 do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) deslocou-se até a região de Tangará da Serra em apoio à Polícia Federal e à Força Aérea Brasileira (FAB), a fim de apoiar interceptação de um avião bimotor, matrícula PR-EBF, que trazia cocaína da Bolívia. Uma equipe da Polícia Federal deslocou-se para a região de viatura e outra equipe foi transportada pelo Águia 04.

Ação conjunta entre FAB, PF e CIOPAER resulta em apreensão de aeronave com drogas
Ação conjunta entre FAB, PF e CIOPAER resulta em apreensão de aeronave com drogas.

Um caça A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou o avião por volta das 14h00, de terça-feira (6), na região de Nova Fernandópolis (MT). A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública.

Três aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano da FAB e um avião radar E-99 foram empregados para monitorar e interceptar o avião proveniente da Bolívia. Quando interceptada pelo A-29 da FAB, foi dada determinação para que mudasse a rota e pousasse em Cuiabá, porém o piloto desobedeceu a ordem e seguiu para pouso em local não preparado.

O avião fez um pouso em área de lavoura e o avião da FAB manteve escolta até que a equipe do helicóptero Águia 4 do CIOPAer chegasse para os procedimentos de abordagem policial e buscas pelos traficantes.  Dentro da aeronave foram apreendidos cerca de 500 kg de droga. Os traficantes conseguiram fugir do local e não foram localizados.

Ação conjunta entre FAB, PF e CIOPAER resulta em apreensão de aeronave com drogas
Ação conjunta entre FAB, PF e CIOPAER resulta em apreensão de aeronave com drogas.

Comando da Aeronáutica recebe Diretor da Polícia Federal para tratar do Projeto VANT

Brasília – O Comando da Aeronáutica recebeu o Diretor Geral da Polícia Federal (PF), Fernando Queiroz Segovia Oliveira, nesta sexta-feira (19/01), em Brasília (DF).

O delegado se reuniu com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, para tratar da cooperação entre as duas instituições para a utilização de aeronaves remotamente pilotadas (ARP).

Também participaram da reunião o Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino, o Comandante de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, e o Comandante-Geral de Apoio (COMGAP), Tenente-Brigadeiro do Ar Paulo João Cury.

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Para o delegado Fernando Segovia, a parceria entre Força Aérea Brasileira (FAB) e PF é primordial para o combate a atividades ilícitas. “A importância é fundamental, uma vez que a PF e a FAB têm o dever umbilical de defender a Nação, e hoje o País está sendo confrontado pelas organizações criminosas nacionais e transnacionais na questão do narcotráfico e também nos grupos de terrorismo internacional e contrabando.

Essa parceria entre a Polícia Federal e a FAB será fundamental, principalmente em relação ao Projeto VANT (veículos aéreos não tripulados) e imagens para coibir esse tipo de atividade ilícita nas nossas fronteiras”, explicou.

A partir de agora, a cooperação entre a Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira deve se intensificar para lidar com a operação envolvendo as novas tecnologias. “A ideia é que possamos, a partir dessa primeira reunião, marcar um novo encontro nas próximas semanas, onde setores operacionais vão delinear as ações conjuntas entre a FAB e a PF”, destacou.

Aeronaves Remotamente Pilotadas

A edição de janeiro do NOTAER traz material educativo sobre o Drone que, se usado de forma consciente, proporciona inúmeros benefícios para a sociedade. A publicação também traz um infográfico com informações de quem, como e onde voar e possíveis punições para aqueles que desrespeitarem as regras.

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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Felipe Bueno.

Procedimentos por uso de aeronave da PRF pela ministra Ideli são arquivados

A Procuradoria Geral da República arquivou procedimento administrativo instaurado para apurar a utilização de aeronave da Polícia Rodoviária Federal pela ministra chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em agendas oficiais em Santa Catarina. Segundo a decisão, assinada pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, não se verifica nos autos elaborados pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina elementos que configurem qualquer ilícito penal.

Da mesma forma a Comissão de Ética Pública da Presidência também decidiu no dia 24/02 arquivar o processo para apurar se a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, usou de maneira indevida um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal empregado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para resgate de feridos em acidentes.

Comissão de Ética arquiva processo sobre uso de helicóptero por IdeliO relator do caso, conselheiro Horácio Pires, já havia apresentado seu voto em 29 de janeiro, na última reunião do colegiado, recomendando advertência ética à ministra. Mas, na ocasião, outro conselheiro, Mauro Menezes, pediu vista do processo (mais tempo para avaliar). Horácio Pires apresentou novo voto nesta segunda-feira (24).

Segundo ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou documentos da Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal afirmando que o convênio entre o Samu e a PRF esteve suspenso entre agosto e dezembro de 2012 e que, a partir de janeiro de 2013, foi reestabelecido, e a aeronave passou a ser usada apenas para transporte entre hospitais.

Desde então, o transporte de feridos, diz o voto, passou a ser feito prioritariamente pelo Corpo de Bombeiros, ficando a aeronave da PRF “em segundo plano”, já que, por decreto, também é destinada a escolta de autoridades.

“Embora continue sustentando, com a melhor doutrina, que a ética administrativa tem como único objetivo o bem da coletividade e que os deslocamentos da Sra. Ministra, no Estado de Santa Catarina e nas datas indicadas, não dizem respeito, em princípio, á destinação do órgão ministerial do qual é titular, creio que as conclusões a que chegou a Comissão de Sindicância da Corregedoria-Geral da PRF, não autorizam, em parte, o decisum que prolatei”, afirmou Horácio Pires em seu voto.

Em seu voto, ele ainda recomenda vetar o “uso múltiplo” de veículos destinados ao atendimento de emergências médicas, e diz que é indispensável que os órgãos responsáveis por esses veículos observem os procedimentos de autorização de uso.

Voto vista

Mauro Menezes, conselheiro que havia pedido vista, apresentou nesta segunda-feira (24) um relatório, que serviu para Horácio Pires mudar seu parecer. Ele cita o decreto 1.655/1995, na qual são especificadas as atribuições da Polícia Rodoviária Federal, entre as quais “executar medidas de segurança, planejamento e escolta” nos deslocamentos do presidente da República e de ministros.

“Não se pode concluir, como parecem transparecer as notícias que deram azo à abertura do procedimento, que a finalidade exclusiva ou mesmo prioritária do helicóptero Bell 407 de propriedade da PRF seja o atendimento a vítimas de acidentes de trânsito. Na verdade, a priorização de uma ou outra atividade é decorrente do equacionamento da utilização da aeronave pelo órgão”, justificou Mauro Menezes.

Ele destacou ainda que não se configura desvio de função do equipamento, já que escoltar autoridades é uma de suas atribuições. Ele cita, para justificar, que todos os deslocamentos de Ideli sob análise da comissão foram “regularmente processados e documentados” no âmbito administrativo da PRF.

Mauro Menezes também afirma que, à ministra, cabia somente solicitar a utilização do helicóptero. E que caberia à PRF planejar e operacionalizar o transporte.

“A documentação trazida aos autos demonstra que foi da PRF a escolha do meio de transporte e da aeronave a ser utilizada, bem como do modo de compatibilização com o serviço de atendimento médico”, afirmou em seu voto.

Menezes conclui, ainda, que “não ocorreu infração em razão da suposta finalidade eleitoral da visita”, já que a legislação proíbe a participação de autoridades somente nos três meses anteriores à eleição. Ele afirma que não houve infração ética e ainda votou pela manutenção do texto que permite o uso múltiplo de aeronaves da PRF.

Uso do helicóptero

Segundo reportagem do jornal “Correio Braziliense”, publicada no início de outubro, a ministra usou o helicóptero, conveniado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em viagens em Santa Catarina, seu estado de origem.

O jornal afirmou que, nessas viagens, Ideli participava de entregas de casas populares, inauguração de obras e lançamento de projetos do governo. Ainda de acordo com a reportagem, o helicóptero é usado para remoção de pacientes graves resgatados em acidentes e em tragédias naturais no estado.

Ainda segundo a reportagem, investigação do Ministério Público Federal de Santa Catarina apontou que, em três dias em que Ideli usou o helicóptero, houve 52 acidentes com 73 feridos e dois mortos nas estradas do estado.

Essa não é a primeira vez que a ministra Ideli Salvatti é investigada pela Comissão de Ética. Motivada por uma representação feita pelo PSDB, em 2012, o colegiado abriu procedimento para esclarecer denúncia de que uma empresa contratada pelo Ministério da Pesca na época em que Ideli comandava a pasta teria doado recursos para o PT em Santa Catarina. Após apuração, a comissão decidiu arquivar o caso.

Fonte: G1 e Adjori

Fantástico mostra operação com VANT da Polícia Federal

No chão, ele não parece nada discreto. Mas quando decola, o pequeno monomotor se transforma em um espião silencioso. Este é o Vant, sigla para o veículo aéreo não tripulado, da Polícia Federal. A missão dele: produzir imagens de pessoas e lugares suspeitos.

O resultado, aqui embaixo, é esse: “Polícia Federal, abre a porta”, ordena um policial federal durante uma operação. Em 2009, o governo brasileiro comprou duas aeronaves dessas de uma empresa de Israel. Preço total: R$ 80 milhões.

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O Vant tem quase 17 metros de envergadura, 9 de comprimento, consegue voar 37 horas seguidas, sem abastecer, a 204 quilômetros por hora e alcança uma altura de 10 mil metros e não leva armamentos.

“Ela é uma aeronave muito silenciosa. Tem uma câmera com uma precisão muito grande. A gente consegue acompanhar alvos além de 10 quilômetros”, diz Álvaro Marques, gerente do Projeto Vant.

O Fantástico foi conhecer a estação de comando. Ela é refrigerada. Do lado direito, tem alguns computadores, simuladores de voo e mais aqui a frente, o piloto que basta para ele o toque, dar um clique no mouse para manter a aeronave no ar. De outro lado, tem o operador das câmeras.

Antenas parabólicas e um satélite fazem a conexão entre o Vant e a estação de comando. A aeronave pode ser controlada a mais de mil quilômetros de distância. Ou seja, de São Paulo, o piloto conseguiria comandar o avião em Porto Alegre.

Quase tudo no Vant é automático e programado. Mesmo se houver uma falha de comunicação, se ele perder o contato com a base, seus comandos e rotas são pré-definidos. Ele pode voltar para casa e pousar, sem ajuda de ninguém.

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Em testes há mais de quatro anos, o Vant, finalmente, participou da sua primeira grande operação.
Nos últimos sete meses, a Polícia Federal investigou uma quadrilha de contrabandistas de cigarros na região de fronteira, entre o Paraná e o Rio Grande do Sul.

Lá do alto, o esquema foi filmado em detalhes. O espião aéreo descobriu, por exemplo, que, por trás desse depósito, existia um longo caminho de terra usado por veículos carregados de cigarros.

Também identificou, uma a uma, as propriedades dos criminosos. Em sítios, o contrabando era colocado no fundo falso de caminhões. “Você consegue ver a rotina dos alvos, com precisão”, explica Álvaro Marques.

Os caminhões seguiam o mesmo percurso: da fronteira com o Paraguai até a cidade de dois vizinhos, mais conhecida como a capital nacional do frango, no sudoeste do Paraná, sede da quadrilha. Depois, o contrabando ia principalmente para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul.

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“Essas organizações criminosas normalmente movimentam valores grandes. Uma carga de 250 caixas de cigarro pode valer até R$ 400 mil. Então, isso estimula o ingresso principalmente dos jovens na criminalidade, aqui da região, por conta do lucro fácil”, explica Indira Bolsoni Pinheiro, procuradora da República.

A polícia precisava saber quem estava por trás, no comando da quadrilha, e usou também escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça. E aí, apareceu o nome de um Policial Civil. Investigador na cidade de dois vizinhos, Jair Roberto Pasa é acusado de receber dinheiro para dar informações à quadrilha.

Num telefonema, ele avisa um contrabandista que a Polícia Federal acabou de prender um comparsa.

Jair: Os “federal” pegaram ele, lá. Ele falou que sabe quem que é o dono do caminhão.
Contrabandista: Mas é louco esse cara.
Jair: Mas nem liga agora. Os “federal” tão com ele lá.
Contrabandista: Então, tá bom.

Com a investigação concluída, faltava prender os integrantes da quadrilha.Madrugada de quinta-feira passada. Da base, em São Miguel do Iguaçu, interior do Paraná, o Vant, o veículo aéreo não tripulado, decola para o teste final.

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A cem quilômetros da base aérea, 130 agentes da Polícia Federal, estão prontos para cumprir mandados de prisão e de busca, em quatro cidades.

O Vant já está a caminho dos alvos. Em cascavel, a Polícia Federal se prepara para uma viagem de quase três horas. As equipes vão sair em intervalos de 5 minutos, descaracterizadas, para evitar despertar atenção dos olheiros.
São quase 200 quilômetros de viagem numa estrada movimentada e cheia de buracos. Já o Vant chega rapidamente aos depósitos e aos sítios utilizados para o contrabando.

Três agentes chegaram de helicóptero e se escondem no mato, aguardando o melhor momento para fazer a prisão. O Vant alerta.

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Vant: informo que, no lado oposto ao rio, do outro lado da casa, a rua que dá acesso, tem algum animal lá, provavelmente cachorro.
Agentes: Positivo, positivo. Tem um cão ali. A gente tá ouvindo ele latir.

Como ainda está escuro, a aeronave usa suas duas câmeras de vídeo de alta resolução ligadas com infravermelho. Oito acusados são presos.

O policial civil Jair Roberto Pasa, acusado de receber dinheiro para dar informações à organização, foi preso na casa dele. O advogado diz que “o policial é inocente. E que conhecer pessoas investigadas não significa cooperação nos crimes. E, que, é função de Jair Pasa se embrenhar em lugares não muito bem frequentados para obter informações de pessoas não muito distintas”.

No céu, o Vant ainda trabalha: ajuda o pessoal que está neste helicóptero a descer no lugar certo.

“Mesmo sem conhecer o terreno, a gente tem essa vantagem tática do Vant estar fornecendo informações precisas sobre o terreno, sobre o posicionamento dos criminosos”, afirma Eduardo Betini, agente da Polícia Federal.

Fantástico: a gente olha pra cima e não vê o Vant mas o dia tá de céu azul, assim.
Martin Purper, chefe da operação: é mas o Vant está lá e estão nos observando nesse momento. Que a ideia, é poder possibilitar a polícia um mecanismo maior. Uma outra ferramenta de investigação.

Depois de dez horas de voo, termina a missão.

Vant: a base Vant agora se retira do palco das operações e retorna para a base. Uma boa missão aí e bom retorno.

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A Justiça já bloqueou os bens da quadrilha, avaliados em R$ 10 milhões. E a polícia se concentra agora para encontrar dois homens apontados como os chefes dos contrabandistas: Celso Cândido da Silva, apelido: Caveira. E Claudemir Polak Mendes, o Tenente.

As forças de segurança das principais potências mundiais já usam aviões não tripulados. Dos mais variados tipos e tamanhos, eles fazem de monitoramento a incêndios a lançamento de bombas e mísseis.

Faixa de Gaza, novembro de 2012. Ahmed Jabari: chefe militar do Hamas, a organização radical islâmica da Palestina. Acusado de atos terroristas contra Israel, era procurado havia pelo menos 5 anos. Foi morto quando estava dentro de um carro. Um míssil saiu de um avião não tripulado israelense.

O uso desses aviões é objeto de discussão. A ONU, por exemplo, investiga a morte de civis provocada em ataques de aviões não tripulados na África e no Oriente Médio. Outra discussão é quanto à entrada no espaço aéreo, sem permissão dos governos locais.

No Brasil, o Tribunal de Contas da União questionou o valor dos dois Vants: R$ 80 milhões, e pediu ajustes nos contratos. O processo é sigiloso. Segundo a Polícia Federal, tudo já está resolvido.

Uma das próximas missões do espião aéreo é ajudar na segurança da Copa do Mundo. “Realmente, vai facilitar as investigações. Trazer mais segurança também para os próprios policiais que estão investigando”, destaca Indira, procuradora da República.

Fonte: G1

Após quatro meses de denúncia, aeronave da PF ainda está inutilizada

Virou o ano e a Polícia Federal (PF) ainda não tem pilotos com capacitação específica para comandar o helicóptero Agusta Westland AW139. Em setembro do ano passado, o Correio denunciou que a aeronave, comprada há um ano e oito meses por R$ 28,9 milhões para ser utilizada em missões policiais, nunca levantou voo.

Na época da denúncia, a Polícia Federal afirmou que o curso de capacitação dos pilotos duraria 30 dias. Quase quatro meses depois, ainda não existe uma data para que o equipamento seja utilizado. Por não sair do chão, o AW139 virou piada e é chamado por agentes da PF de “paralelepípedo”.

AW139-Policia Federal

O contrato de manutenção da aeronave, imprescindível para que o helicóptero entre em operação, também não foi assinado. No ano passado, a Polícia Federal utilizou o argumento de que só poderia firmar o contrato após o recebimento oficial da aeronave. “A instituição é impedida legalmente de pagar pela manutenção de um bem que oficialmente ainda não lhe pertence”, justificou em setembro. No entanto, de acordo com a própria instituição, o AW139 foi recebido oficialmente em outubro de 2013.

Em resposta encaminhada na segunda-feira ao Correio, a divisão de Comunicação Social da PF ressaltou que “a compra de uma aeronave do porte da Agusta Westland AW139 não se assemelha à de outros equipamentos que são entregues imediatamente”. O helicóptero chegou ao Brasil em maio do ano passado e permaneceu inicialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo para atendimento das exigências da autoridade reguladora da aviação civil no Brasil. Durante esse período, de acordo com a PF, a responsabilidade em relação à aeronave era da empresa fornecedora.

O AW139 chegou ao hangar da PF em Brasília em 9 de setembro do ano passado. “Entretanto, o recebimento oficial da mesma somente poderia ocorrer após o voo de aceitação e recebimento, bem como posterior checagem de que todos os itens contidos em contrato tenham sido cumpridos. A aceitação oficial do helicóptero ocorreu em outubro de 2013″, alegou. Desde então, o equipamento, apesar do alto investimento, permanece parado.

Treinamento

Em relação à preparação dos pilotos, a Polícia Federal forneceu, quatro meses depois, praticamente igual a informação que havia prestado em setembro do ano passado. “É imprescindível que os mesmos (pilotos) sejam capacitados para pilotarem especificamente essa espécie de aeronave. Eles já passaram por treinamento de voo por instrumento conhecido como IFRH, pré-requisito para o treinamento específico para operar a aeronave, após contrato específico assinado em 7 de março de 2013″, salientou. A PF informou que iniciou os procedimentos necessários para a contratação da empresa que será responsável por realizar a capacitação. “A aeronave somente voará com os pilotos devidamente capacitados”, alega.

No entanto, não existe previsão para assinatura do contrato. A Polícia Federal não detalhou em que fase está o processo de licitação para que os pilotos sejam devidamente capacitados. Também não forneceu informações em relação ao contrato de manutenção.

Inicialmente, a corporação pagou apenas 40% do valor da aeronave. Os outros 60% só foram quitados após o recebimento oficial. O Departamento de Polícia Federal assinou o contrato número 14/2012, em 14 de maio do ano passado. O pregão presencial ocorreu em 16 de dezembro de 2011. A aeronave é utilizada normalmente para transporte de pessoas e equipamentos. Comercialmente, é bastante usada para levar funcionários às plataformas de petróleo em alto-mar. O AW139 tem capacidade para levar até 15 pessoas e atinge velocidade máxima de 310 quilômetros por hora.

Tem autonomia de 1.250 quilômetros e a altitude máxima de operação é de 20 mil pés.

Fonte: Correio Brasiliense, via FENAPEF.

Jato usado para transportar mensaleiros foi comprado para o combate à corrupção

Os réus do julgamento do mensalão foram transportados de São Paulo e Minas para Brasília em um jato ERJ 145-LR, fabricado pela Embraer.

Com capacidade para 50 passageiros, o avião foi adquirido pelo Ministério da Justiça em 2009 para a Força Nacional de Segurança Pública e está cumprindo sua missão.

ERJ145 Força Nacional

Na época da entrega do avião, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, declarou que a aeronave iria reforçar a frota da PF e seria usada no combate a crimes ambientais e no combate à corrupção.

“Esse avião dá à Força Nacional uma agilidade para que, entre 24 e 48 horas, ela esteja à disposição dos governadores, em qualquer ponto do país, além de reforçar a frota da Polícia Federal, em função do combate aos crimes ambientais e, obviamente, do combate à corrupção”, afirmou.

A Força Nacional foi criada pelo presidente Lula em 2004 e é formada pela Polícia Federal e pelas polícias estaduais.

FROTA DA SEGURANÇA PÚBLICA

O país possui uma frota de 201 aeronaves dedicadas à segurança pública. Destas, 69 são aviões e 132 helicópteros. Mas muitas estão no chão por falta de manutenção. Essas aeronaves estão distribuídas nos Estados e também em órgãos como PF, Funai e Polícia Rodoviária.

Na PF são oito aviões e oito helicópteros. Além do jato escalado para a missão de transportar os mensaleiros, há mais um ERJ 145-ER, também de 50 lugares. A aeronave está com certificado de navegabilidade suspenso pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) desde maio por falta de manutenção.

Segundo informações do portal Piloto Policial, a PF conta ainda com um Embraer 121A1, emprestado para a Funai e que também está com a certificação suspensa desde 2010. Os demais são de pequeno porte e pelo menos um está no chão sem condições de voar. Dentre os helicópteros também há pelo menos três que não voam por falta de manutenção ou falta de pilotos habilitados.

Fonte: Folha de São Paulo, por Mariana Barbosa

VANTs da FAB vão vigiar estádios do DF e RJ na Copa das Confederações

Sem autorização para cidades, PF pode usar VANTs em área costeira. Ação conjunta da FAB e PF no Paraná serviu de teste para uso em eventos.

A Força Aérea vai usar VANTs (Veículo Aéreos Não Tripulado) para monitorar os estádios do jogo de abertura e da decisão da Copa das Confederações, nos dias 15 e 30 de junho, no estádio Mané Garrincha e no Maracanã, respectivamente. As aeronaves irão voar sobre e ao redor das estruturas, em uma faixa entre 2 mil e 5 mil metros de altitude.

VANTs da FAB e PF em ação

“Vamos usar os VANTs para monitorar os estádios com segurança e sem interferir no tráfego aéreo, que terá restrições durante as partidas. A altitude dos VANTs vai variar, dependendo das especificações do terreno, se há montanhas perto que podem interferir no envio das imagens, e do nosso interesse em ter uma maior qualidade das imagens”, disse ao G1 o brigadeiro Mário Luís da Silva Jordão, diretor do Centro de Operações Aéreas da FAB.

A Força Aérea Brasileira possui quatro VANTs Hermes, fabricados pela israelense Elbit, mas pretende usar durante a competição apenas os dois aparelhos mais novos, que chegaram ao país neste ano.

Além de câmeras, os VANTs contam ainda com radares e sensores para radiografar a área e seguir o movimento de pessoas ou de veículos, segundo o coronel Donald Gramkow, comandante do Esquadrão Hórus, unidade da Aeronáutica que opera os aviões não tripulados.

“Recebemos a ordem de serviço para o uso dos VANTs na Copa das Confederações e ainda estamos avaliando de onde ele deve decolar. Pode ser de um aeroporto ou de uma pista particular. No Rio há mais dificuldade, porque temos que evitar montanhas ou torres no percurso”, disse o coronel.

Em Brasília, além do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, a FAB avalia o uso de uma pista particular nas imediações do Mané Garrincha e do aeroporto de Formosa. Já no Rio, vários aeródromos foram avaliados, mas também não há ainda uma definição.

No Aeroporto Santos Dumont fica a pista mais próxima do Maracanã, a cerca de 7 quilômetros. O aeroclube de Jacarepaguá apresentaria obstáculos no caminho até o estádio, o que exigiria dos VANTs voos mais altos, informou o oficial. Já a Base Aérea de Campo dos Afonsos tem boas condições para ser a escolhida.

Apesar de não possuírem pilotos a bordo, as aeronaves são coordenadas em terra a partir de uma base, onde os pilotos administram a rota e recebem, em diversos monitores, os dados e imagens captados pelas aeronaves. Os VANTs precisam de uma pista com cerca de mil metros de comprimento para que possam decolar com segurança.

“Não há risco nenhum para as pessoas ao sobrevoarmos os estádios. E nem sempre estaremos em cima da multidão, mas posicionados em regiões próximas, em que é possível ver os arredores e buscar imagens que nos interessam ao centro de comando de aérea, como a movimentações de públicos específicos. Durante as partidas há um espaço aéreo segregado, em que não é possível o tráfego de aeronaves. Só helicópteros da polícia irão transitar por ali”, explica o coronel Gramkow.

Deslocamentos das equipes

Na Rio +20, evento que discutiu a preservação do meio-ambiente e reuniu mais de 100 líderes internacionais no Rio de Janeiro, em 2012, o VANT da FAB vigiou diuturnamente o Rio Centro, onde o evento ocorreu.

Gramkow diz que sentiu a necessidade de um VANT monitorando o percurso das comitivas de chefes de Estado e que acompanhar o deslocamento das seleções entre hotéis e estádios poderia ser uma nova aplicação dos VANTs, tanto da FAB quanto os modelos da Polícia Federal, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.

A Polícia Federal, que possui dois VANTs do modelo Heron, da Israel Aeroespace Industries (IAI), não poderá usá-los sobre multidões nos estádios. Os VANTs da PF são os únicos civis autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a operar no país, sendo proibido o uso de aviões não tripulados sobre áreas habitadas. A agência ainda estuda uma regulamentação sobre voos de VANTs civis no país.

Os VANTs da FAB podem operar sobre as cidades porque são militares, explica o chefe do Centro de Inteligência e Análise Estratégica da PF, delegado Disney Rossetti.

“Estamos terminando nossa fase de avaliação para verificar se iremos usar os VANTs na Copa das Confederações. Por parte da PF, temos condições de operar, mas há uma restrição para uso em área urbana. Nossa ideia é fazer voos nas regiões costeiras de algumas cidades-sede, somando forças e enviando imagens que podem ajudar no monitoramento da segurança”, diz Rossetti ao G1.

As cidades em que a PF poderia usar os VANTSs para monitoramento são Salvador, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro, que receberão jogos da Copa das Confederações.

Ação conjunta nas fronteiras

Na semana passada, pela primeira vez, os VANTs da FAB e da Polícia Federal operaram juntos na fronteira do Paraná para coibir o tráfico de drogas na divisa com o Paraguai. A ação resultou na apreensão de 200 kg de maconha e no intercâmbio de ideias e procedimentos para que os VANTs militares e policiais passem a operar conjuntamente com mais frequência, principalmente no combate ao crime organizado nas fronteiras.

Segundo o coronel Gramkow, com certeza o teste “servirá de base para uma ação conjunta nos grandes eventos, como a Copa do Mundo”.

“A FAB tem uma atribuição militar, e a nossa missão é policial, de inteligência. Estamos integrando técnicas e táticas e estreitando uma aliança para trabalho conjunto. Há uma troca de experiências diferentes que pode ser levada para o futuro”, afirmou o delegado Rossetti.

A PF pretende comprar mais dois VANTs israelenses Heron e construir uma nova base para operá-los no Norte do país, focando a proteção da Amazônia. Atualmente, os aviões não tripulados ficam em São Miguel de Iguaçu, a cerca de 45 km de Foz de Iguaçu (PR), e coletam dados de inteligência para investigações de combate ao contrabando e tráfico de drogas e armas.

Uso na visita do Papa indefinido

Já para a visita do Papa Francisco ao Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em julho, o emprego dos VANTs ainda não está definido.

“O emprego dos VANTs ainda não foi solicitado pelo Ministério da Defesa, mas, se houver a convocação, estamos prontos para operar durante a visita do Papa. O VANT é uma excelente ferramenta para o monitoramento de multidões, pois pode voar 16 horas ininterruptas, com flexibilidade. Ele consegue ser uma extensão dos nossos olhos e permitir monitorar áreas além do alcance de helicópteros ou câmeras fixas”, diz o brigadeiro Jordão.

A ideia inicial da FAB seria usá-lo durante a missa que o Papa fará em Guaratiba, no dia 28, para o encerramento da JMJ com público previsto de 2 milhões de pessoas.

Já a PF considera que seria “complicado” o uso durante a visita do Papa para o controle policial do público em áreas como na praia de Copacabana, onde Francisco falará com os jovens. “É uma situação mais crítica, temos que avaliar a conveniência e os riscos. Mas, neste, caso a vigilância com helicópteros pode render melhores resultados”, avaliou o delegado Disney Rossetti.

Fonte: G1

Iniciado o 9º Curso de Operações Aerotáticas do CAOP/PF

O 9º COA – Curso de Operações Aerotáticas da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) da Polícia Federal começou. O curso é composto por módulos operacionais que acontecem nos diversos ambientes operacionais de atuação da Polícia Federal como a floresta amazônica, caatinga, favelas do Rio de Janeiro, dentre outros.

O Curso de Operações Aerotáticas tem duração prevista de 12 (doze) semanas. A primeira semana do curso já aconteceu e ingressaram na segunda semana, onde os alunos do IX Curso de Operações Aerotáticas participaram de treinamento do sistema de lutas das forças armadas dos Estados Unidos durante o intercâmbio que está sendo realizado com militares das Forças Especiais do Exército Americano – Os Boinas Verdes.

9coa

Fonte: CAOP/PF

FAB vai ser parceira da PF e Vant finalmente sairá do chão

O superintendente Regional da PF (Polícia Federal) no Paraná, o delegado José Alberto Iegas, afirmou durante visita à Delegacia Regional da PF em Cascavel que o Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), que está sob a responsabilidade da PF na base em São Miguel do Iguaçu, começará a operar ainda em 2012.

O equipamento de tecnologia israelense que custou R$ 8 milhões à União e que foi apresentado oficialmente há um ano, mas que nunca foi visto em operação de controle e monitoramento da fronteira, não será entregue à FAB (Força Aérea Brasileira), mas será utilizado em parceria com essa e outras instituições estaduais e federais da área de segurança pública.

Iegas afirmou que todos os ajustes foram feitos. Isso inclui um dos principais problemas do projeto que se referia a questões contratuais de manutenção da aeronave.

Em fase de recomposição interna depois da greve, o que se espera agora é uma oxigenação da PF em toda a região. Ela só será possível com as novas contratações de efetivo que estão em andamento referentes a um concurso público. “Esperamos que ainda neste ano, no máximo no início do próximo, estejamos com mais profissionais nas delegacias da PF de Guaíra, Foz do Iguaçu e Cascavel”, destacou.

Esse reordenamento vai ganhar ainda mais fôlego com um convênio que promete ser assinado na próxima semana em Foz do Iguaçu envolvendo a Itaipu Binacional e a diretoria-geral da PF e o Nepom (Núcleo Especial de Polícia Marítima).

O objetivo é monitorar de forma conjunta o lado que separa o Brasil com o Paraguai. Ele é o principal meio de logística utilizado por contrabandistas e traficantes.

“Infelizmente, o crime é muito dinâmico. Ele tem uma agilidade que muitas vezes o Estado não tem, mas algumas coisas estão sendo feitas. Estamos preocupados e atentos. As notícias são boas e acredito que no primeiro semestre do ano que vem muita coisa vai mudar”, destacou.

Fonte: O Paraná

Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando VANTs

O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina.

Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura.

Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões.

Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.

Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação.

Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil. Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.

Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras.

Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los. O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.

A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo.

Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.

O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais.

A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico. O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.

Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.

Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio.

Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.

A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs.

Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro. O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense.

O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.

A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.

Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína.

Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.

Fonte: Revista Época, por Hudson Corrêa e Leonardo Souza.

Águia 17 da PMESP pousa em praça no ABC para levar acusado ao Fórum

PF fez operação de guerra para levar acusado a julgamento. Ele será julgado por assassinato ocorrido em 1999.

O helicóptero Águia 17, da Polícia Militar, pousou por volta das 12h desta quinta-feira (22) na Praça Quarto Centenário, no Centro de Santo André, ABC, para levar Gilmar Vilarindo de Moura, o Alemão, ao Fórum da cidade. Considerado um dos maiores assaltantes de banco do país, ele é acusado de participar de roubos a banco e carro-forte em 11 estados. Uma operação especial foi montada pela polícia para garantir a segurança do julgamento.

Força Nacional e Polícia Federal adquirem avião da Embraer para grandes operações

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Brasília – A Embraer entregou em 02/09/2009 ao Ministério da Justiça, em cerimônia simbólica, um novo avião com capacidade para 50 passageiros que será usado em operações da Polícia Federal e da Força Nacional.

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