Suíça – O Serviço Suíço de Resgate Aéreo (Rega) encomendou um segundo lote de 12 helicópteros H145 de cinco pás para operação nas montanhas. Eles substituirão a atual frota de helicópteros AW109SP. Até 2026, a Rega operará uma frota totalmente Airbus composta por 21 H145 de cinco pás. Esse serviço aéreo é privado, sem fins lucrativos, e fornece assistência médica de emergência na Suíça e Liechtenstein.
“Para operar com eficácia os serviços de resgate aéreo na Suíça, entendemos que a capacidade de desempenho ideal em altitude é fundamental”, diz Bruno Even, CEO da Airbus Helicopters. “O H145 de cinco pás pousou no Aconcágua, na Argentina, uma montanha de quase 7.000 metros de altura – nenhum outro helicóptero bimotor conseguiu tal feito”.
Os H145s serão equipados com um sistema de navegação de última geração, especialmente adaptado às necessidades do operador, que aumentará as capacidades de missão e a segurança das operações. O sistema usará novos recursos do Flight Management System GTN750 Xi da Garmin.
Ele integrará e controlará um sistema multissensor que possibilita uma navegação precisa e confiável. Mesmo em caso de perda de sinal de GPS, o helicóptero navegará com segurança graças ao sistema de navegação inercial da Thales. Esta solução aumentará ainda mais o desempenho da navegação em condições IFR e permitirá que o helicóptero seja certificado como procedimento de navegação RNP-AR 0.1, que é o procedimento de navegação mais preciso no ambiente de helicóptero.
A Rega opera 14 bases de resgate aéreo na Suíça. No ano passado, as tripulações dos helicópteros realizaram 14.330 missões, incluindo o transporte de 471 pacientes com COVID-19.
No total, existem mais de 1.600 helicópteros da família H145 em serviço, registrando um total de mais de sete milhões de horas de voo. Alimentado por dois motores Safran Arriel 2E, o H145 é equipado com controle digital de motor de autoridade total (FADEC) e o conjunto de aviônicos digitais Helionix. Inclui um piloto automático de 4 eixos de alto desempenho, aumentando a segurança e reduzindo a carga de trabalho do piloto.
Suíça – Uma em cada quatro missões de helicóptero realizadas pela Swiss Air-Rescue REGA ocorre à noite. Por mais de 30 anos (1987), as equipes da Rega têm usado óculos de visão noturna para levar assistência médica por via aérea a pessoas em perigo também após o anoitecer.
Recentemente, foram colocados em operação os novos óculos de visão noturna especialmente adaptados aos requisitos da REGA. No ano passado, as tripulações dos helicópteros prestaram assistência médica por via aérea em mais de 10.000 ocasiões, 2.500 à noite.
Os voos noturnos são particularmente exigentes para toda a tripulação, mas especialmente para os pilotos de helicóptero. Obstáculos como cabos de energia e árvores, bem como mudanças no clima, são mais difíceis de perceber no escuro. Os óculos de visão noturna amplificam qualquer luz residual e, durante os voos visuais, ajudam os pilotos a se orientar à noite.
Além de um abrangente treinamento básico e contínuo, eles desempenham um papel fundamental em garantir a segurança das tripulações e dos pacientes em todos os momentos, inclusive durante a noite.
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Maior contraste e um campo de visão maior
Os novos dispositivos combinam os melhores componentes de vários tipos de óculos de visão noturna e são adaptados às necessidades individuais da REGA. Os tubos intensificadores de imagem de alta sensibilidade dos novos dispositivos geram uma imagem em tons de preto e branco – ao contrário dos OVNs anteriores, que apresentavam uma imagem verde.
Com os novos óculos, contrastes, formas e sombras são muito mais distintos; as cores reduzem a pressão sobre os olhos e ajudam a prevenir a fadiga visual. Além disso, o campo de visão é cerca de 25% maior do que antes. A consciência ambiental e situacional dos pilotos é assim aumentada, o que lhes permite reconhecer o perigo mais cedo e reagir de acordo.
Operando com dispositivos certificados
O Centro de Design e Desenvolvimento interno da REGA elaborou o programa de certificação para permitir que os novos óculos de visão noturna fossem aprovados pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) após extensos testes em laboratório e em voos de teste.
O custo desses óculos de visão noturna, incluindo o desenvolvimento, chega a aproximadamente CHF 25.000. A Rega investiu um total de cerca de CHF 1,2 milhão nos novos dispositivos e, portanto, na segurança de suas equipes e pacientes.
Suíça – Pouco antes das 13h do dia 23 de março de 2015, quando a equipe da Rega iniciava o almoço, um alarme soa e são acionados para uma missão aeromédica. O Hospital Cantonal de Baden solicita a transferência de uma mulher de 35 anos para o Hospital Universitário em Basileia (Basel).
A paciente tinha diagnóstico de dissecção aórtica, considerada uma emergência absoluta. A tripulação faz o trajeto mais rápido até o helicóptero EC145. Enquanto o piloto Alex Itin inicia a partida do helicóptero e Adrian Ferrari monitora o processo do lado de fora da máquina, o médico de emergência Christian Möhrlen já estuda os dados clínicos da paciente. O voo para Baden leva doze minutos.
“No voo para o hospital, discutimos o diagnóstico e tentamos nos preparar da melhor forma para a nossa paciente”, explica Adrian Ferrari. “Nesse caso, percebemos a idade da paciente. A dissecção da aorta ocorre principalmente em pessoas de 50 a 70 anos. Uma jovem paciente com uma doença tão grave é incomum”, complementou. O voo para Baden leva doze minutos e o transporte é realizado com sucesso.
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O que aconteceu
Às 10 horas, Cindy Essl teve uma consulta com seu fisioterapeuta em Würenlos, Aargau, pois havia sofrido fratura no ombro após acidente de esqui durante suas férias de inverno na Áustria. Quando Cindy se levanta após a terapia, ela desmaia, sentindo muita dor no pescoço, tórax, costas e estômago. O fisioterapeuta suspeita que o ombro está quebrado novamente ou um nervo está comprimido.
Ele reage imediatamente, coloca sua paciente em seu carro e a leva algumas centenas de metros para o consultório de seu médico de família. Vai direto para a sala de tratamento. O médico de família examina Cindy e ao mesmo tempo avisa o marido. Como médico de família, ele conhece sua paciente, seu histórico familiar e isso provavelmente salvaria a vida dela.
Como as doenças cardíacas são mais comuns em sua família, o médico sabia que a mãe de Cindy teve um ataque cardíaco e dois tios morreram de doença cardíaca. Quando encontra uma grande diferença na medição da pressão arterial nas metades esquerda e direita do corpo, ele chama uma ambulância. Cindy Essl é levada ao Hospital Cantonal de Baden para confirmar o diagnóstico suspeito.
Após uma ultrassonografia do coração, fica claro que a aorta está rompida. A velocidade é essencial. É importante encontrar um lugar para Cindy Essl em um centro cardíaco especializado o mais rápido possível. Ela precisava de uma cirurgia urgente.
Vida Salva
Depois de tudo, parte dessa experiência traumática é a visita a Rega. Cindy Essl está ciente de que não apenas a tripulação, mas também o rápido transporte de helicóptero para um hospital adequado foram fundamentais para sua recuperação.
Em sua visita ao helicóptero na Base, Cindy Essl relembrou do momento do embarque. “Alex, antes de decolarmos, você me disse que teríamos um bom tempo de voo, quanto tempo seria e que eu deveria gostar. E eu com tanto medo de voar”, disse Cindy.
“Devo minha vida ao fato de que muitas pessoas fizeram a coisa certa, na hora certa. Do fisioterapeuta ao médico de família, ao ambulatório, ao hospital em Baden com tratamento inicial, a Rega e ao Hospital Universitário de Basileia (Basel). A interação entre os vários parceiros do sistema de saúde suíço funcionou perfeitamente”, disse Cindy Essl.
No final da primavera de 1969, um menino chamado Björn Steiger passava o dia na piscina em sua cidade natal, Winnenden, Alemanha. No caminho para casa naquela tarde, ele é atropelado por um carro. A polícia local e a Cruz Vermelha são acionadas, mas leva quase uma hora para que uma ambulância cheguasse ao local. Björn Steiger morreu a caminho do hospital.
Esta história e muitos outras eram a realidade dos serviços de emergência médica da época. Seja sofrendo um ferimento no topo de uma montanha ou no meio de uma rodovia, a falta de um sistema de atendimento pré-hospitalar fez com que muitas vítimas não recebessem os cuidados de que precisavam com a rapidez necessária.
Na Europa e nos EUA, os chamados sistemas de Helicopter Emergency Medical Services (HEMS) amadureceram muito e em diversos países ao redor do mundo, como o Brasil, o serviço vem se consolidando. A maior vantagem é que os helicópteros podem chegar em um local, três a cinco vezes mais rápido do que uma ambulância e, às vezes, é a única maneira de acessar um local inóspito. Os pacientes recebem tratamento médico mais cedo e a chance de sobrevivência em casos críticos aumenta significativamente.
HEMS para uso civil
A evacuação aeromédica começou sua história com aeronaves de asa fixa e foi nas guerras da Coréia e do Vietnã que o uso de helicópteros se tornou padrão para evacuação aeromédica (MEDEVAC). Com um impacto tão positivo, o HEMS logo foi introduzido na esfera civil.
Vários países abriram caminho na adoção do uso de helicópteros nessas operações. A Flight for Life tornou-se a primeira operadora HEMS civil dos Estados Unidos em 1972, com base no Hospital Central St. Anthony em Denver, Colorado.
A francesa Sécurité Civile começou missões de resgate em 1959, quando pela primeira vez resgatou um montanhista vítima de um ataque cardíaco no ponto de descanso mais alto do Monte Branco (e de fato o mais alto de toda a Europa), o refúgio Vallot, a 4.362 metros.
Na Alemanha, as autoridades tomaram a decisão de iniciar um período de teste com um helicóptero tripulado com um médico e um paramédico, a fim de encurtar o tempo de resposta aos acidentes, sendo pioneiro no conceito de levar o médico ao local do acidente. Esta abordagem forneceu cuidados primários dentro de 10-20 minutos após soar o alarme.
Helicópteros pioneiros
O Alouette III foi fundamental para o crescimento de HEMS e atividades de resgate de montanha em todo o mundo. Foi o helicóptero no qual a operadora suíça REGA, a austríaca ÖAMTC, a Flight for Life dos Estados Unidos, a Sécurité Civile da França e a DRF Luftrettung da Alemanha desenvolveram suas atividades.
Nas décadas seguintes, o Bo105 e o BK117, desenvolvidos no final dos anos 1970, foram alguns dos helicópteros de maior sucesso em HEMS. O design especial do Bo105, com recursos como piso plano da cabine, embarque traseiro e um rotor principal e de cauda altos, facilitou o embarque de pacientes e contribuiu para seu sucesso.
Quando a ADAC, clube automobilístico da Alemanha, montou sua primeira base HEMS permanente em Munique em 1970, um helicóptero Bo105, batizado de “Christoph 1”, foi usado para suas operações. O helicóptero foi desenvolvido pela empresa predecessora da Airbus Helicopters, MBB, e em estreita cooperação com a ADAC.
Hoje, 55% do total de 2.750 helicópteros que estão em operações HEMS em todo o mundo são helicópteros Airbus, dentre eles o H135 e o H145.
HEMS modernos
Muitos modelos diferentes para atividades HEMS existem em todo o mundo. Em alguns países, as operações são administradas pelo governo, em outros são baseadas em organizações sem fins lucrativos, empresas privadas, ou uma combinação de ambos. O nível de cobertura também difere, dependendo da geografia, dos recursos financeiros e do nível de maturidade da organização no respectivo país.
O sistema HEMS na Europa hoje oferece cobertura em quase todos os países da União Europeia. A maioria das bases do HEMS trabalha com o princípio de intervenção rápida com equipes de emergência especializadas para atendimento primário.
Geralmente, há uma proporção de 1 a 1,5 helicópteros por um milhão de residentes, mas em áreas onde as populações estão espalhadas por regiões montanhosas ou fiordes, como na Áustria ou na Noruega, a proporção pode chegar a cinco helicópteros por um milhão de residentes.
Nos Estados Unidos, existem mais de 1.000 helicópteros HEMS transportando cerca de 400.000 pacientes anualmente. Os modelos HEMS variam, incluindo operadoras sem e com fins lucrativos que oferecem opções de sistemas baseados em hospitais, onde eles operam o programa, a modelos de fornecedores independentes e programas administrados pelo governo. Em 2016, 86,4% da população dos EUA estava coberta por um serviço aeromédico, em uma área de resposta de 15-20 minutos.
Mercados emergentes para HEMS
O interesse pelas operações HEMS cresceu nos mercados emergentes. Malásia e China, entre outros, iniciaram com sucesso suas primeiras atividades HEMS. Como os programas continuam a ser lançados em mercados emergentes ao redor do mundo, os desafios iniciais precisam ser superados.
Antes de os helicópteros serem introduzidos, as autoridades devem garantir que a infraestrutura esteja pronta, como ter pessoal qualificado disponível e informar a população sobre os procedimentos de emergência. Países como Índia, Brasil, México e Indonésia são candidatos potenciais para um forte desenvolvimento de HEMS nas próximas décadas.
No Brasil, o serviço aeromédico possui características próprias e há muito espaço para o seu desenvolvimento. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o transporte aeromédico (transporte inter-hospitalar) é realizado por cerca de 40 empresas de táxi-aéreo(RBAC 135). São empresas privadas que possuem autorização do Estado para realizarem o transporte aeromédico, mediante remuneração.
Já o resgate aeromédico ou resgate aéreo (atendimento pré-hospitalar) é uma atividade gratuita e realizada por operadores públicos e que seguem regulamentação específica (RBAC 90), como os Corpos de Bombeiros Militares, SAMU, Secretarias de Saúde, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública. (saiba mais: Aeromédico do Brasil)
Melhorias futuras do HEMS
Uma série de inovações está em andamento para melhorar a segurança das missões HEMS. De sistemas de visão sintética a comunicações por satélite e algoritmos de inteligência artificial, todas essas tecnologias visam facilitar a carga de trabalho do piloto e melhorar a segurança operacional.
Plataformas de decolagem e pouso vertical (VTOL) estão sendo estudadas para o uso aeromédico e podem desempenhar um papel complementar no futuro das operações. As tecnologias e inovações para as operações aeromédicas são ilimitadas.
Esses equipamentos estão desenhando um futuro promissor para as operações que salvam vidas. (saiba mais sobre o eVTOL)
Suíça – Pesquisadores e equipes de resgate na Suíça fazem progresso no campo de drones autônomos. A polícia e os serviços de emergência em países como a Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália estão confiando cada vez mais em aeronaves não tripuladas, equipados com câmeras térmicas e outros sensores de alta tecnologia para monitorar suas costas, encontrar pessoas perdidas ou até mesmo resgatar animais em situações de risco, como incêndios florestais.
Na Suíça, a operadora de resgate aéreo Swiss Air-Rescue Rega já vem testando um drone que é capaz de encontrar pessoas desaparecidas ou em dificuldade nos Alpes. (Leia a matéria).
A Rega, organização sem fins lucrativos, sustentada por 3,5 milhões de doadores, é amplamente utilizado na Suíça e está cada vez mais sendo empenhada na medida em que as pessoas se aventuram nas montanhas. Ano passado realizaram o resgate de 31 pessoas por dia e que receberam assistência médica.
O novo drone de dois metros de comprimento da Rega está equipado com câmeras, sensores para detectar telefones celulares, sistema anticolisão e um algoritmo desenvolvido pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), que permite que o drone vasculhe amplas áreas e reconheça autonomamente pessoas no solo.
Operadores treinados pela Rega determinam a área exata onde o drone deve procurar e iniciam o aparelho manualmente. Assim que o drone detecta um humano no solo, ele manda um sinal aos operadores a quilômetros de distância, que decidem se mandam uma equipe de resgate.
A Rega é discreta sobre o custo do investimento e insiste que o aparelho não vai substituir seus serviços existentes. Ao contrário, servirá para expandir as operações convencionais. Por exemplo, será utilizado em casos em que o helicóptero precise permanecer em solo por causa de má visibilidade, ou então apoiar buscas realizadas por cães.
Vale dos Drones
A máquina voadora da Rega é um dos últimos – e mais concretos – exemplos de um drone que voou dos laboratórios para as operações do dia a dia. Ao longo dos últimos 15 anos a Suíça se tornou líder em pesquisa e desenvolvimento de drones. Um assim chamado “vale dos drones” emergiu entre Lausanne e Zurique, com mais de 80 empresas gerando mais de 2.500 empregos.
Para agregar as pesquisas suíças nessa área, foi fundado em 2010 o Centro Nacional de Competência em Pesquisa Robótica (NCCR na sigla em inglês), estabelecido pela Fundação Nacional Suíça de Ciências para desenvolver “tecnologia robótica nova, orientada aos humanos, para melhorar nossa qualidade de vida”.
Davide Scaramuzza da Úmbria, Itália, lidera as pesquisas do NCCR sobre robótica de resgate. A equipe dele na Universidade de Zurique criou algoritmos e desenvolveu drones autônomos equipados com câmeras e sensores muito menores do que os do drone da Rega e que não utilizam GPS. Isso significa que podem ser utilizados em situações como terremotos, onde podem entrar e rapidamente explorar prédios em busca de sobreviventes, tudo operado à distância.
Mas para que os drones de resgate se tornem mais amplamente utilizados, seus criadores ainda precisam solucionar alguns problemas-chave: como fazer que voem autonomamente mesmo sem ter a referência de uma linha de visão, serem mais reativos a obstáculos e também serem menos volumosos, enquanto carregam câmeras e sensores, o que consome muita energia.
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Mais rápidos e ágeis
Um dos maiores desafios é criar drones rápidos que cobrem longas distâncias, diz Scaramuzza, que coordena o grupo de robótica e percepção da universidade.
Drones tem uma bateria de vida limitada – de 20 a 30 minutos de tempo de voo – assim quanto mais área eles conseguem cobrir, maior a chance de sucesso da missão, ele explica. “Se você quer que um drone explore a usina nuclear de Fukushima, por exemplo, você provavelmente precisaria de um drone com uma bateria que durasse de três a quatro horas”.
Resistência e alcance ainda são um problema para o novo drone da Rega. O robô voador de 17 quilos é alimentado por uma bateria de duas horas de duração. Logo será substituída por um mecanismo interno de combustão, permitindo voos mais longos, e deverá estar operacional em 2021.
Para tentar melhorar a velocidade e agilidade dos drones, Scaramuzza e o seu time, baseado em Zurique, equiparam seus aparelhos com câmeras que percebem eventos, que são úteis para evitar obstáculos. Ao invés de gravar imagens ou vídeos em quadros, uma “câmera de eventos” produz um fluxo de pontos de dados sempre que um pixel da câmera detecta uma mudança na luminosidade do ambiente. Essas alterações correspondem a movimentos ou outras inquietações nos arredores.
E os resultados são ultrarrápidos. Nesse verão um pequeno drone com uma câmera de percepção voando à velocidade de dez metros por segundo conseguiu desviar de um objeto em apenas 3.5 milésimos de segundo.
“Câmeras de percepção podem ver as coisas 10.000 vezes mais rápido do que uma câmera padrão”, disse Scaramuzza. “A princípio isso significa que você pode voar dez vezes mais rápido do que com uma câmera padrão”.
Sua equipe desenvolve a agilidade dos drones de outras maneiras. Eles trabalharam com a gigante de tecnologia norte-americana Intel para construir um drone com um algoritmo de navegação que permite a ele fazer em alta velocidade retornos e truques usando apenas as referências dos sensores de bordo.
Os pesquisadores criaram até mesmo drones autônomos capazes de se “dobrarem” para passarem espremidos por espaços pequenos. “Tivemos um drone que era capaz de entrar em um quarto pequeno, parcialmente destruído, entrando pelo lado de fora através de uma pequena fresta e achar a saída usando câmeras”, disse. Esse equipamento foi demonstrado à Cruz Vermelha e a times de busca e resgate em Berna no começo do ano.
Como um pássaro e portátil
No Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne (EPFL) cientistas também estão trabalhando para melhorar a agilidade, tempo de voo e velocidade dos drones das próximas gerações.
Pesquisadores da EPFL recentemente apresentaram um drone com formato de pássaro inspirado no falcão açor, com asas móveis com penas e cauda, que permitem ao robô virar ou voar mais rápido e lentamente.
“Essa enorme agilidade permitiria voar em cidades e rapidamente ao redor de prédios ou em florestas. Isso é muito importante para missões de resgate ou de inspeção”, explicou Dario Floreano, chefe do laboratório de Sistemas Inteligentes da EPFL. No próximo estágio, o time planeja incorporar inteligência artificial para permitir que o drone voe parcialmente autônomo.
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Uma outra linha de pesquisa busca melhorar a utilização e segurança dos drones para mitigar acidentes. “Drones-gaiola” resistentes a colisões – comercializados pela Flyability, firma que surgiu da EPFL – já foram utilizados em operações de busca e resgate. Outra empresa, a Dronistics, está desenvolvendo drones como o “PackDrone”, que pode ser dobrado e carregado em uma mochila. Eles testaram-no nas montanhas da República Dominicana.
“Com o PackDrone comprovamos a capacidade de entregar um kit de emergência a alguém isolado no topo de um prédio”, disse Floreano, que também é diretor da NCCR robótica.
Da moda à aplicação
Em 12 anos, o programa da NCCR já investiu cerca de CHF 10 milhões (USD 11 milhões) em robôs de resgate desde o seu lançamento. Isso é dinheiro “bem gasto” se você olhar o número de subprodutos e de cientistas envolvidos, gerando “pelo menos cinco vezes mais dinheiro e empregos”, argumenta Floreano.
Mas especialistas reconhecem que por hora o mercado de drones de resgate permanece sendo um nicho complicado de se entrar. Apesar do grande número de novas companhias na Suíça, poucas se especializam em drones de resgate.
“O mercado mais rentável para os drones é primeiramente o de inspeção de pontes e linhas de transmissão elétrica, depois o de agricultura e segurança e vigilância – do qual busca e resgate é um subsetor – e entretenimento”, explicou Scaramuzza. “Nenhuma empresa se especializa em busca e resgate. É um projeto lateral para eles”.
Flyability se destaca nesse campo de especialidade. Ela se especializa na inspeção e exploração de espaços fechados e inacessíveis e tem centenas de clientes em mais de 50 países. A tecnologia drone recentemente ajudou cientistas a alcançar as profundezas de algumas das cavernas de gelo na Groenlândia. “Eles têm o produto mais apropriado para busca e resgate, mas é pilotado por humanos”, disse Scaramuzza.
Outra empresa suíça que alcançou sucesso comercial é a parceria suíço-americana sem fins lucrativos WeRobotics. Lançada em 2015, a rede de pesquisa Flying Labs auxilia comunidades de países de baixa-renda a obter acesso à tecnologia e ao treinamento necessários para utilizar drones em operações de defesa civil e esforços de desenvolvimento sustentável. A rede, que está presente em vários países da África, bem como da América Latina e Ásia, usa drones para mapear e monitorar território, entregar mantimentos e medicamentos e ajudar em esforços de busca e resgate.
O projeto Rega pode ser uma exceção, até porque, como Floreano admite, equipes de emergência e especialistas ainda não compreendem completamente a utilidade dos robôs de resgate, que podem parecer excessivamente complexos.
“Equipes de resposta a desastres têm que lidar com tantas coisas em um pouco espaço de tempo quando acontece um desastre, então ainda não é tão óbvio para eles utilizar drones, o que adiciona ainda mais complexidade”, complementou.
Ele também vê muita modinha e desinformação ao redor do que robôs podem fazer. “Busca e resgate e operações de defesa civil são aspirações nossas, certamente algo que almejamos até mesmo quando estamos desenhando os robôs. Mas é algo muito desafiador. Há uma grande lacuna e muito trabalho a fazer” ele adiciona.
Suíça – Em 2019, a Swiss Air-Rescue Rega transportou 11.167 pacientes em seus helicópteros e aviões. Isso equivale a uma média de 30 pacientes por dia que receberam assistência médica por via aérea na Suíça ou no exterior. Um total de 3.552.000 doadores permitem à Rega fornecer seus serviços de resgate aéreo na Suíça, um aumento líquido de 70.000 pessoas em comparação com o ano anterior.
Graças às contribuições de solidariedade de seus clientes que a Rega é capaz de fornecer assistência aeromédica a população suíça. Fundada em 1952, é um serviço de resgate aéreo privado, sem fins lucrativos, que fornece assistência aeromédica na Suíça e em Liechtenstein. Em 2019, seu Centro de Operações atendeu 16.782 missões.
As equipes dos dezenovehelicópteros da Rega realizaram em 2019 um total de 12.257 missões. As estatísticas das operações com os helicópteros estão sujeitas a flutuações naturais e refletem, por exemplo, as condições climáticas e as atividades de lazer da população suíça e dos turistas estrangeiros no país. Nem todas as missões com helicópteros de resgate ocorrem transporte de pacientes.
A Rega possui três jatos aeromédicos para transporte de pacientes suíços que estão em outros lugares do mundo. Em 2019, foram repatriados um total de 1.345 pacientes. Destes, 972 foram levados de volta para a Suíça em um dos três jatos da Rega e 373 pacientes foram transportados em outras aeronaves sob sua coordenação.
Suíça – Fundada em 27 de abril de 1952, a Swiss Air-Rescue Rega é um serviço de resgate aéreo privado sem fins lucrativos que depende de financiamento voluntário para manter suas operações. Sua sede fica em um hangar no Aeroporto de Zurique, no município de Kloten.
A Rega não recebe assistência financeira de nenhum governo. Tem como missão lidar com acidentes de inverno, acidentes rodoviários, ocupacionais e alpinos na Suíça e em Liechtenstein. Também realiza numerosos voos de transferência inter-hospitalares, transporte de órgãos, sangue, medicamentos e equipes médicas.
Além disso, são especialistas em resgates em avalanches e fendas de geleiras, evacuações em teleféricos, acidentes de mergulho, serviço de busca e salvamento de aeronaves (SAR), busca de pessoas desaparecidas, resgate em cavernas e combate a incêndios.
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Frota
A Rega trabalha 24 horas por dia, 365 dias por ano, e opera 19 helicópteros e 3 jatos ambulância. A frota de helicópteros compreende 7 helicópteros Airbus H145 nas bases de Zurique, Basileia, Berna, Lausanne e St. Gallen, e 11 helicópteros AgustaWestland (Leonardo) nas bases montanhosas de Untervaz, Locarno, Erstfeld, Samedan, Wilderswil, Mollis e Zweisimmen.
Além disso, a Rega opera um helicóptero Airbus H125 para treinamento. Possui três jatos ambulância Bombardier Challenger 650, com uma maca multifuncional especialmente projetada e uma cabine mais leve e melhor à prova de som. Os aviônicos de última geração no cockpit permitem que os pilotos da Rega selecionem rotas de voo que economizam tempo e combustível.
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Números
O Centro de Operações da Rega realizou um total de 17.124 missões em 2018, 7,3% a mais do que em 2017. Em média, isso equivale a cerca de duas missões por hora (dia e noite). As equipes da Rega atenderam 11.579 pacientes (+ 7,3%), o que corresponde a aproximadamente 32 pacientes por dia.
Com 980 missões (+10,8%), os jatos ambulância da Rega também voaram mais. Em média, a Rega realizou quatro missões por dia usando uma aeronave de asa fixa.
Doadores e Receita
A Rega recebeu 47.000 doadores adicionais no final de 2018, o que equivale aproximadamente à população da cidade de Thun. Atualmente, 3.483.000 doadores apoiam a Rega. Em 2018, a receita operacional da Rega totalizou CHF 166,2 milhões (Franco Suíço), enquanto as despesas operacionais atingiram CHF 164,1 milhões.
Isso deu um resultado operacional positivo de CHF 2,0 milhões. O resultado anual foi de CHF 2,8 milhões. No ano passado, a Rega investiu sobretudo na modernização da frota e em projetos de TI de grande escala. Em linha com seus objetivos estratégicos, a Rega é quase 100% autofinanciada e não precisa de capital externo para financiar seus investimentos.
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Drone para busca de desaparecidos
No último ano e meio, a Rega está trabalhando em seu próprio projeto de drone. No futuro, o drone Rega deverá ser utilizado em missões de busca de pessoas desaparecidas, feridas ou doentes para complementar os recursos convencionais – por exemplo, se o helicóptero tiver que permanecer no solo devido à pouca visibilidade.
Só no ano passado a Rega realizou operações de busca por pessoas desaparecidas em cerca de 160 ocasiões, porque havia boas razões para acreditar que uma pessoa precisava de ajuda.
Atualmente não existe um sistema de drone no mercado que atenda a todos os requisitos da Rega. Em particular, não é possível operar um drone relativamente pequeno, leve e flexível a uma distância de vários quilômetros e por várias horas sem contato visual com o piloto do drone, por isso iniciaram um desenvolvimento próprio em colaboração com parceiros adequados.
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Durante uma missão de busca, ele voa a uma altura de 80-100 metros acima do nível do solo e, usando a navegação por satélite, examina áreas de busca de maneira precisa e autônoma seguindo uma rota predefinida. Também é capaz de detectar e evitar, independentemente, outras aeronaves ou obstáculos, como helicópteros e cabos aéreos.
Isso é possível graças aos sistemas anticolisão, associados a inúmeros dados armazenados no computador de bordo do drone, como os modelos digitais dos bancos de dados de terreno e obstáculos. O drone não é implantado em regiões densamente povoadas ou nas proximidades de aeroportos ou aeródromos.
Vários sensores a bordo do drone permitem localizar pessoas desaparecidas. Os sinais das câmeras infravermelhas e da luz do dia são categorizados em tempo real a bordo do drone, com o auxílio de um algoritmo de autoaprendizagem. Este software está sendo desenvolvido em colaboração com o ETH Zurich.
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Se, com base no padrão de pixel das imagens, o algoritmo “presume” ter localizado uma pessoa, o drone imediatamente retransmite essa informação para o operador no solo. Também está prevista a utilização de uma função integrada de rastreamento de celulares para procurar pessoas feridas ou doentes. Isso permite que o drone Rega localize um telefone celular em uma área desabitada a uma distância de várias centenas de metros e, assim, muito provavelmente, também encontre seu dono.
O protótipo deste dispositivo está sendo testado em colaboração com a polícia, que são responsáveis por buscas de emergência por pessoas desaparecidas. Aqui é dada especial atenção à proteção de dados sensíveis.
O drone como um auxílio suplementar
Mesmo que o drone não seja tripulado e possa voar autonomamente, ele ainda precisa de uma equipe bem treinada, composta por um operador e um piloto, para coordenar a busca com as várias equipes de resgate e implantar o drone com eficiência.
Em certos casos, o drone será uma ajuda suplementar útil, mas nunca substituirá completamente o helicóptero Rega e sua tripulação. Se a busca por uma pessoa doente ou ferida for bem-sucedida, um helicóptero Rega ou outra forma de resgate ainda será necessária para recuperar a pessoa ou levar assistência médica para o local do incidente.
Suiça – A Airbus Helicopters entregou os dois primeiros H145, de uma encomenda total de seis helicópteros, à Swiss Air-Rescue Rega, em 21 de junho. Os novos helicópteros substituirão a frota atual de helicópteros EC145 da Rega, que será desativada até meados de 2019.
Espera-se que o primeiro helicóptero H145 seja implantado na base de Rega, em Berna, em outubro de 2018. Devido à sua cabine espaçosa e um peso máximo de decolagem de 3,7 t, o H145 é adequado para transportes aeromédicos especiais.
Os helicópteros são equipados com o conjunto de aviônicos digitais da Helionix para fornecer gerenciamento de dados de voo e um piloto automático de quatro eixos para reduzir a carga de trabalho do piloto durante as missões.
O operador suíço de resgate e transporte aeromédico REGA encomendou seis novos biturbinas Airbus Helicopters H145s como parte de um programa de renovação de frota.
A entrega dos helicópteros está programada para 2018, permitindo à REGA aposentar sua frota atual de seis EC145s mais antigos e menos potentes, que são usados para operações em altitudes mais baixas.
A REGA destinou a quantia de 51,1 milhões de dólares para a aquisição, que inclui ainda equipamentos médicos. “Com esta decisão em prol do H145, mantemos a frota da Rega com aeronaves de nova geração”, diz Ernst Kohler, presidente-executivo da Rega.
No entanto, o operador mantém sua estratégia em uma frota com dois tipos de aeronaves. Continuam operando sua frota de helicópteros de salvamento “Da Vinci” – aeronaves AW109 da Leonardo – em regiões montanhosas.
Estas aeronaves também serão renovadas em 2021 com a chegada de três novos biturbinas AW169, que serão especialmente configurados para operação em todas as condições climáticas, incluindo um sistema completo de proteção contra gelo.
A Rega também está renovando sua frota de asa fixa com três aviões Bombardier Challenger 650 em configuração aeromédica com previsão de entrarem em serviço em 2018.
Os helicópteros da Rega, a companhia de resgate e ambulância aérea da Suíça, foram chamados para transportar alguns dos feridos do local do acidente, no cantão do Valais (sudoeste) até os hospitais de outros estados. Todos as três aeronaves da organização foram usados depois para repatriar os alunos da escola belga de volta para casa. Essa foi uma das maiores e mais traumáticas operações nos 60 anos de história da Rega.
Poucas semanas depois, a ambulância aérea foi chamada novamente, desta vez na Turquia, onde 19 turistas suíços ficaram feridos em um acidente de ônibus – acidente que custou a vida de um dos suíços do grupo.
Um médico da Rega baseado no país conseguiu chegar no local do acidente em questão de horas e 14 feridos suíços voltaram para casa através do serviço de ambulância aérea em menos de dois dias.
O ano passado foi mais movimentado do que nunca para a Rega. Seus 17 helicópteros e três aviões a jato voaram em 14.240 missões de resgate de cidadãos suíços, no país e no exterior. Não é de se admirar que o serviço sem fins lucrativos tenha ganho status de ícone, citado por muitos suíços no mesmo nível da Cruz Vermelha – organização da qual a Rega também faz parte.
Acidente na geleira Gauli
O serviço de resgate aéreo suíço foi fundado em 27 de abril de 1952. Em seu primeiro ano de funcionamento, o serviço voou apenas em seis missões – no ano passado, os helicópteros voaram por dia só cinco vezes esse número.
Mas a ideia de um serviço de salvamento aéreo suíço nasceu a partir da queda de um avião militar dos Estados Unidos sobre o Glaciar Gauli, no cantão de Berna, em 1946. Após uma busca de quatro dias, dois aviões do exército suíço puderam pousar em uma geleira próxima e completar o resgate dramático da tripulação e dos passageiros do avião.
O salvamento demonstrou a eficácia do resgate aéreo nos Alpes e seis anos depois era formalmente criado o Resgate Aéreo Suíço (Rega), uma subdivisão da Associação Suíça de Resgate, sob a liderança de Rudolf Bucher.
Em seus primeiros anos, o serviço não só salvava pessoas em terrenos acidentados dos Alpes suíços, mas também participava de operações internacionais. Paraquedistas treinados pela Royal Air Force foram largados na Holanda para ajudar as pessoas presas em uma enchente em 1953. No ano seguinte, os socorristas suíços entraram em ação em um resgate de uma avalanche na Áustria.
Cooperação internacional
Em 1956, Rega participou na busca dos corpos das vítimas de uma colisão entre dois aviões de linha sobre o Grand Canyon, nos EUA. Outras operações foram realizadas nos anos seguintes na Turquia, Itália e Romênia. “Estamos orgulhosos de ver o nome do serviço Rega respeitado em todo o mundo.
Os serviços de resgate aéreo do mundo estão agora mais equipados, mas continuamos cooperando com outras organizações na formação e na transmissão do conhecimento em áreas como a voos noturnos”, disse à swissinfo.ch o diretor-geral Ernst Kohler.
Os turistas suíços podem ser resgatados em qualquer lugar do mundo em caso de doença ou acidente. Por exemplo, durante o tsunami na Ásia, no final de 2004, 60 turistas suíços foram repatriados pelo serviço.
Mas as operações no exterior estão diminuindo nos últimos anos. Em 2011, o serviço Rega agiu em 2114 emergências médicas no exterior, ou 19% a menos que no ano passado. “Em vinte anos, os serviços médicos de muitos países melhoraram, de modo que o repatriamento é cada vez menos necessário. Mas há sempre pessoas que preferem voltar para serem tratadas na Suíça”, diz Ernst Kohler.
Um socorro para o erário
A importância do serviço Rega pode ser medida pelos seus 2,4 milhões de doadores que contribuíram com 86,5 milhões de francos suíços no ano passado.
As contribuições também ajudam a evitar que os contribuintes paguem pelo serviço. Por outro lado, o Tribunal Federal (última instância) confirmou em novembro passado a decisão da Receita Federal suíça de que há de fato uma troca de serviços sujeitos ao IVA entre doadores e Rega. Números impressionantes para um país de 8 milhões de habitantes. Especialmente porque todos têm direito à assistência gratuita do serviço Rega, mesmo quem não é membro ou não paga uma cotização.
Consequentemente, este último teve que pagar 5,5 milhões de francos em impostos, o equivalente ao pagamento de 185.000 anuidades. “Não é justo arrecadar dinheiro de uma organização sem fins lucrativos”, protestou Ernst Kohler. “Este dinheiro deve ser usado para os aviões em vez de terminar nos cofres do Estado”, disse.
O debate agora está nas mãos dos políticos suíços, mas Ernst Kohler não espera que o problema seja resolvido tão cedo: “uma decisão política seria um bom presente de aniversário, mas é preciso tempo para mudar a lei”.
Frota
A Rega opera uma frota de 17 helicópteros e três aviões. A frota de helicóptero compreende em seis Eurocopter EC145, baseados em quatro bases nas cidade de Basel, Zurich, Berne e Lausanne, e 11 AgustaWestland AW109, baseados em oito bases localizadas em Erstfeld, Locarno, Samedan, St. Gallen, Mollis, Untervaz, Zweisimmen and Wilderswil. Assim, cinco dos helicópteros estão sempre na reserva, podendo estar sendo submetido a manutenção ou sendo usado para treinamento. A frota de aviões compreende em três aeronaves Challenger CL-604.
Adaptação: Fernando Hirschy / Fonte: Matthew Allen (swissinfo.ch), via Desastres Aéreos News.
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