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Ressonância em solo

Helicóptero e a ressonância em solo

Os rotores de um helicóptero, seu(s) motor(es) e outros componentes dinâmicos geram vibrações em sua estrutura. Esses componentes irão vibrar em uma frequência natural, que por sua vez faz com que outras partes do helicóptero, como trem de pouso, cone de cauda, cabine, etc, também vibrem. A frequência de cada peça irá variar de acordo com seu peso, rigidez, formato etc.

Sendo assim, um helicóptero tem um complexo conjunto de vibrações que se somam gerando uma vibração resultante na estrutura como um todo. Os engenheiros tentam de alguma forma reduzir essa vibração resultante por meio de ajuste na frequência natural de todos os componentes.

Quando um helicóptero está em voo, a frequência natural da estrutura (a soma de todas as frequências dos componentes) estão vibrando sem interferências. No entanto, quando o trem de pouso entra em contato com o solo, isso pode interferir com a capacidade da célula em vibrar em sua frequência natural.

Ressonância do solo acontece quando o contato com o solo altera a frequência natural do rotor principal. Esta condição desequilibrada provoca vibrações que aumentam com cada rotação da pá principal, causando um impulso reflexo, que aumenta em amplitude muito rapidamente.

Ressonancia no solo

Os únicos sistemas de rotores suscetíveis à ressonância do solo são os com três ou mais pás. Isto é devido à capacidade de cada pá de avançar e recuar (acelerar e desacelerar) de forma independente. Se alguma coisa fizer com que as pás se afaste de sua simetria, a mudança do centro de gravidade do rotor faz com que saia do equilíbrio, permitindo oscilações divergentes que podem se tornar rapidamente forte o suficiente para causar sérios danos ao helicóptero. Em alguns casos, pode ocorrer a destruição completa, com muitos componentes se soltando e sendo arremessado do helicóptero.

Os engenheiros projetam sistemas de amortecimento para o rotor principal e para o trem de pouso com o objetivo de absorver essa energia e evitar essas oscilações de aceleração. Ainda assim, um choque repentino na fuselagem, como um pouso brusco, pode desequilibrar o sistema do rotor principal além da capacidade de absorção do sistema de amortecimento e iniciar uma ressonância com o solo. Amortecedores com problemas ou mau manutenidos geralmente são a causa desse efeito.

A ressonância em solo acontece muito rapidamente, contudo se o piloto reconhece o problema a tempo e ainda possui potência e RPM suficiente para tirar o helicóptero do chão, as oscilações divergentes cessarão imediatamente. Esta é a maneira mais rápida de parar a ressonância e que resultará pouco ou nenhum dano à aeronave.

Se a situação é tal que não há mais potência suficiente para retirar a aeronave do solo, só resta a alternativa de reduzir totalmente a potência do sistema do rotor principal, contudo o resultado prático vai depender de quanto tempo vai levar para as vibrações desaparecerem, e assim poderá ocorrer danos significativos à aeronave.

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Resgate 01 do GRAESP do Pará faz pouso forçado e tripulantes passam bem – Confira o Vídeo

Um helicóptero da Coordenadoria de Operações Aéreas (COA) do Corpo de Bombeiros do Pará, integrada recentemente ao Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp), modelo AS350 BA, realizou na manhã desta quarta-feira um pouso de emergência no pátio do antigo Inca, km 12 da BR-316, região metropolitana de Belém.

A aeronave era tripulada pelo major Zell (Comandante da Aeronave), delegado da Polícia Civil Éder Mauro (Copiloto), um médico e uma enfermeira. O que se observa no vídeo abaixo é que a aeronave ao realizar o toque no solo, entra em processo de ressonância.

Os quatro ocupantes da aeronave sofreram ferimentos leves devido à ressonância em solo e foram encaminhados ao Hospital Metropolitano de Belém para avaliação física. O helicóptero sofreu avarias estruturais severas.

Segundo a Secretaria de Comunicação do Estado, o helicóptero decolou por volta das 10h20 do aeroporto de Belém, mas após sete minutos de voo o piloto detectou uma forte vibração na aeronave que obrigou o pouso de emergência. O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) vai investigar o caso para descobrir as causas do acidente.

O Relatório Final A-531 do CENIPA e as recomendações foram publicadas em 2015:

Fotos: Carlos Sodré / Agência PARÁ e Tarso Sarraf/AE.

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