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SAMU Norte Novo

Central integrada entre Corpo de Bombeiros e SAMU de Maringá otimiza recursos e salva vidas

Paraná – A Central Regional de Emergências (CRE), localizada em Maringá, região noroeste do estado, foi inaugurada em 2018 e integra profissionais do Corpo de Bombeiros Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A CRE é um ambiente físico onde ficam reunidos atendentes do 5° Grupamento de Bombeiros e os do SAMU Norte Novo.

Nessa central, os bombeiros militares recebem os chamados, monitoram as informações e despacham recursos. Já os profissionais de saúde compõem uma equipe formada por cinco Técnicos Auxiliares de Regulação Médica (TARM), que são constituídos por um enfermeiro, dois rádio operadores e três médicos.

Benefícios da Central Regional de Emergências

O SAMU tem como sua principal especialidade os atendimentos clínicos, enquanto que o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE) do Corpo de Bombeiros prioriza ocorrências de trauma. Nada impede, no entanto, que as equipes, em situações excepcionais, realizem atendimentos que são de atribuição do outro serviço.

Há cinco anos no desempenho da função como médico do SAMU, o Dr. Etore Moscardi Luziardi relata os benefícios das forças de emergências ocuparem o mesmo local. “Com essa integração, a Central do Corpo de Bombeiros junto com a Central de Regulação do SAMU no mesmo espaço físico, na mesma sala, todos sentados um ao lado do outro, temos a diminuição do tempo resposta para o atendimento da vítima grave”, salienta o médico.

Uma mesma ocorrência pode gerar vários acionamentos por parte da população, seja pela linha 193 (Bombeiros) ou 192 (SAMU). Portanto, com os operadores de ambas as centrais reunidos é possível otimizar os recursos empenhados.

Com mais de 10 anos de serviço, o 2° Tenente Alexandro Boni  do Corpo de Bombeiros destaca a otimização dos recursos com a central integrada. “Quando nós temos os operadores no mesmo espaço físico, nós conseguimos visualizar quando há uma duplicidade de atendimento, evitando o envio de dois recursos para uma mesma ocorrência. Isso reduz gasto público, otimiza recursos, pois eu deixo de aplicar um recurso que fica em condições para um novo atendimento”, evidencia o militar.

O bombeiro cita um exemplo da contribuição da CRE na prática. “Em uma instituição de ensino aqui em Maringá, em decorrência de uma obra civil, houve a queda de uma laje que acabou vitimando algumas pessoas. As ligações foram divergentes para a linha 193 e 192. Informações que foram unidas na central e otimizou-se quantas ambulâncias e quantos caminhões de fato eram necessários para aquele atendimento”, exemplifica o 2° Tenente Boni.

Rotina da central integrada

O Dr. Etore, que atua na coordenação médica do SAMU, explica que quando entra uma ligação através do 192, há informações primordiais que devem ser coletadas pelos atendentes como, por exemplo, local e motivo da solicitação.

Todas as ligações ao SAMU devem passar pelo médico regulador que, por sua vez, colhe mais informações. Na Central de Operações do Bombeiro (COBOM), atitudes similares são realizadas, o atendente coleta informações que serão importantes para disponibilizar os recursos necessários.

É nessa triagem de dados que as equipes se unem para o despacho necessários de recursos e equipes. “O atendente do Corpo de Bombeiros transmite a informação para o médico continuar a regulação para ver se há a necessidade de alguma outra orientação ou recurso a ser enviado”, frisa o médico.

Formação dos profissionais

O Corpo de Bombeiros do Paraná é uma instituição militar vinculada ao governo estadual e, para tal, só é possível ingressar na corporação através de concurso. Para o rádio operador, função atuante na central dos bombeiros é necessário, além do ingresso por meio de concurso, ter alguns anos de experiência na profissão.

O 2° Tenente Boni explica o motivo. “No telefone é onde já se inicia o atendimento, com diversas orientações. É importante ter um bom conhecimento das informações – chave que precisam ser levantadas através de perguntas ao solicitante. Ter calma, pois a maioria das pessoas que ligam para a emergência estão nervosas, então a gente tem que extrair as informações, muitas vezes, até de forma indireta”, relata o bombeiro.

Assim como no Corpo de Bombeiros, o SAMU possui diversas áreas para exercer além das funções na central de atendimento. A forma de ingresso também se dá por meio de concurso. A única exceção são os médicos, os quais são contratados como pessoas jurídicas.

O Dr. Etore salienta que alguns cursos são exigidos para realizar o cadastramento do profissional. “Alguns cursos específicos e tempo de experiências (são necessários) para poder engajar no serviço e iniciar a atuação médica no SAMU Norte Novo”, finaliza o médico.

Bombeiros e operações aéreas do SAMU Norte Novo resgatam vítima presa às ferragens em acidente na BR-376, PR.

Socorristas recebem instrução sobre atendimento aeromédico no Paraná

Paraná – A Direção de Urgência e Emergência do SAMU Norte Novo, com sede em Maringá promoveu nesta segunda-feira, uma tarde de instrução com o helicóptero Saúde (aeromédico), que presta serviços em toda a região Noroeste do Estado. Além de bombeiros militares do 3º Subgrupamento de Corpo de Bombeiros de Campo Mourão, Goioerê, Ubiratã e Roncador, participaram do treinamento socorristas da Viapar e integrantes do Samu de Campo Mourão e região, além de policiais do 11º Batalhão da Polícia Militar.

Socorristas participaram de simulação no atendimento de vítima sendo encaminhada ao helicóptero. (Foto: Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior)
Socorristas participaram de simulação no atendimento de vítima sendo encaminhada ao helicóptero. (Foto: Ricardo Borges)

A atividade foi realizada no Campo dos Amadores, ao lado do Aeroporto Municipal. O objetivo do treinamento, ministrado pelo médico Mauricio Lemos, Diretor de Urgência e Emergência do SAMU Norte Novo, foi demonstrar as características, indicações e restrições do emprego da aeronave no resgate aeromédico, especialmente nas situações de trauma.

Ao mesmo tempo, foi uma oportunidade para integração entre os entes de atendimento ao trauma da região. “O emprego correto da aeronave e a integração dos serviços, envolvendo Samu, Bombeiros, Polícia Militar e concessionária, como a Viapar faz toda a diferença, principalmente para darmos uma resposta rápida no encaminhamento do doente ao hospital. O tempo do atendimento pode salvar uma vida”, explica Lemos.

Segundo ele, Campo Mourão e região merecem o que há de melhor em termos de atendimentos a vítimas graves por acidentes. “É uma região em que ocorrem vários acidentes e a aeronave está à disposição de todos. Foi cedida pelo governo do Estado para prestar o atendimento, por isso é preciso que todos estejam preparados para atender bem a população na hora de uma emergência”, ressalta.

Lemos começou a instrução com exposição dos equipamentos de segurança usados no helicóptero e orientando sobre as formas corretas de aproximação do aparelho nos momentos de atendimentos de acidentes. “Se o socorrista não tiver conhecimento sobre os cuidados para trabalhar com o aeromédico pode estar sujeito a sofrer um acidente, principalmente na área do giro dos rotores de cauda e o rotor principal. Por isso fizemos essas orientações e aproveitamos também para pedir à população que ao presenciarem uma aeronave pousando nunca se aproximem. Se é perigoso para profissionais da área, imagine para a população leiga. Temos um protocolo rígido de segurança visando a segurança de todos.”

Socorristas participaram de simulação no atendimento de vítima sendo encaminhada ao helicóptero. (Foto: Ricardo Borges)
Socorristas participaram de simulação no atendimento de vítima sendo encaminhada ao helicóptero. (Foto: Ricardo Borges)

As rodovias do entorno de Campo Mourão e Goioerê têm apresentado elevados índices de acidentes graves de trânsito, principalmente com vítimas presas às ferragens, condição que reduz drasticamente a sobrevida das vítimas. O emprego da aeronave, oportunizando mais um suporte avançado de vida na cena e redução no tempo de transporte da vítima ao hospital é apenas um exemplo dos benefícios que o emprego da aeronave trará ao paciente.

O capitão João Paulo Bossoni Miosso, comandante do Corpo de Bombeiros de Campo Mourão participou do treinamento e falou sobre a importância para todo o efetivo. “Foi importante para que tenhamos um nivelamento sobre o transporte aeromédico, principalmente nesta região em que registramos muitos acidentes graves nas rodovias e que demandam o atendimento aeromédico. E por ser uma aeronave que envolve risco com suas hélices, o treinamento se faz necessários para todos os socorristas envolvidos, bem como as formas de acionamento e os cuidados que devem ser adotados para o transporte das vitimas”, disse Miosso.

Uma equipe do Pelotão de Trânsito do 11º Batalhão da Polícia Militar, comandada pelo Aspirante Jessé Pereira Barreto também participou do treinamento. Além do trabalho de segurança para facilitar o resgate pelo Corpo de Bombeiros e Samu, a PM também acaba auxiliando no atendimento de vítimas, principalmente quando envolve acidentes com múltiplos feridos. “Foi importante esse treinamento para nossos policiais também, pois estamos sempre auxiliando no resgate, como ocorreu no início do ano, quando um ônibus tombou no anel viário, deixando vários feridos. Os policiais passaram a madrugada ajudando no resgate para retirar as vítimas da ribanceira”, apontou.

Os policiais militares também auxiliaram Bombeiros e Samu recentemente, quando um menino de um ano caiu em um buraco de construção civil de quatro metros de profundidade em Campo Mourão. “Além de todo treinamento que o policial já recebe durante sua formação, esse tipo de instrução contribui muito, pois nem sempre as equipes do Samu e Bombeiros são suficientes para fazer o resgate das vítimas de acidentes.”

Após receberem instruções teóricas, os socorristas se dividiram em grupos de cinco e simularam atendimento a uma vítima que era colocada no helicóptero, mantido com o motor ligado e pronto para decolar. Doutor Mauricio os instruía sobre a forma segura de se aproximar do aparelho, sem o risco de acidentes.

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Fonte e Foto: Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior.

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