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Seripa II

Com apoio da CIOPAer, SERIPA II promove eventos de prevenção de acidentes aeronáuticos em Fortaleza

Ceará – Nos dias 28 e 29 de junho, o Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) desenvolveu em conjunto com a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas do estado do Ceará (CIOPAER-CE) dois eventos de prevenção de acidentes aeronáuticos na cidade de Fortaleza-CE.

Com apoio da CIOPAer, SERIPA II promove a prevenção em Fortaleza, CE
Com apoio da CIOPAer, SERIPA II promove a prevenção em Fortaleza, CE

A primeira atividade tratou-se de um ciclo de palestras voltadas para reforçar o treinamento de gerenciamento dos recursos da corporação, mais conhecido como Corporate Resource Management (CRM). Durante uma manhã, profissionais do SERIPA II discorreram ao quadro de tripulantes da CIOPAER-CE sobre temas relacionados ao CRM como Consciência Situacional, Processo Decisório, Comunicação, Trabalho em Equipe e Maintenance Resource Management (MRM).

No dia seguinte, foi realizada na Assembleia Legislativa do estado do Ceará, mais uma edição da Jornada de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do SERIPA II. O evento, voltado para a comunidade aeronáutica de Fortaleza e região, tratou de temas de segurança de voo e contou com palestrantes do SERIPA II, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortaleza (DTCEA-FZ).

O primeiro palestrante foi o Sr. Marcus Vinicius Fernandes Ramos, Gerente de Aviação Geral da ANAC. Em sua explanação, o Sr. Marcus apresentou como a Certificação e a Regulação da ANAC podem contribuir para a prevenção de acidentes aeronáuticos.

Em seguida, o Major Aviador Alan Elias Lemos Mattar, Comandante do DTCEA-FZ discorreu sobre o tema “As Características e a Segurança Operacional na Terminal Fortaleza (TMA-FZ)”. Foram apresentados dados estatísticos de movimentos e ocorrências de tráfego aéreo nos últimos anos, espaços aéreos condicionados e a perspectiva de reestruturação da TMA-FZ com a adoção do conceito de navegação baseada em performance (PBN).

Finalizando o evento, o Capitão Aviador Pedro Nolasco Duarte, do efetivo do SERIPA II, apresentou o “Panorama das Ocorrências Aeronáuticas na Região Nordeste”. Na palestra, foram discutidas estatísticas de ocorrências aeronáuticas no período entre 2008 e 2018, além de apresentados estudos de casos para a plateia compreender a dinâmica de uma investigação SIPAER.

Durante essas atividades, o SERIPA II reforçou a importância da segurança de voo, divulgando a prevenção de perdas humanas e materiais na atividade aérea e o Setor de Gerenciamento da Segurança Operacional da CIOPAER agradeceu a presença de todos.

Seripa II realizará VIII Seminário Regional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos em Pernambuco

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Pernambuco – O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA II realizará o VIII Seminário Regional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos nos dias 06 e 07 de outubro de 2017, no período de 12:30h às 17:40h e 07:30h às 12:40h, respectivamente.

O seminário acontecerá no auditório do CINDACTA III, situado na Avenida Centenário Alberto Santos Dumont, s/n Jordão Baixo – Recife – Pernambuco. Serão entregues certificados digitais e é facultativa a doação de 1kg de alimento não perecível. O material arrecadado seguirá para uma instituição de caridade.

O evento possui o objetivo de debater assuntos relacionados à segurança de voo e à prevenção de acidentes aeronáuticos na capital pernambucana e dentre os temas a serem discutidos está a operação de drones, cultura organizacional, manutenção e performance de aeronaves e agenda regulatória.

Para realizar gratuitamente a pré-inscrição no Seminário, clique AQUI.

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SERIPA II promove instrução sobre “Ação Inicial” ao Corpo de Bombeiros de Pernambuco

Pernambuco – No dia 17/05, o Segundo Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) promoveu, no Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (CEFOSPE), evento de prevenção de acidentes aeronáuticos.

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As palestras tiveram como público-alvo o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco. O objetivo das apresentações foi difundir a Lei Nº 12.970, de 8 de maio de 2014, “Lei do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER)”.

Além disso, esclarecer os procedimentos ao Corpo de Bombeiros na Ação Inicial, primeira fase da investigação, que consiste na coleta de evidências. Os investigadores fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos.

O ciclo iniciou com a palestra do Capitão Aviador Pedro Nolasco Duarte sobre o funcionamento do SIPAER. Discorreu sobre: as leis que criaram o SIPAER no Brasil; as responsabilidades dos órgãos no sistema; as ferramentas de prevenção e apresentou dados estatísticos sobre ocorrências aeronáuticas na região nordeste e, especificamente, em Pernambuco.

Logo após, o Coronel Aviador R1 José Roberto Mendes da Silva tratou dos procedimentos realizados na Ação Inicial. O profissional discorreu sobre as responsabilidades dos órgãos de segurança pública segundo a “Lei do SIPAER”, que tem como objetivo único de preservar vidas humanas, por meio da elevação da segurança no transporte aéreo.

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Expôs, ainda, os desdobramentos da investigação SIPAER e apresentou casos de acidentes, nos quais a atuação do Corpo de Bombeiros foi de grande valia para a eficiência na Ação Inicial.

Ao término do evento, o Coronel BM Clovis Fernandes Dias Ramalho, Diretor Integrado Metropolitano do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, agradeceu a presença dos palestrantes do SERIPA II e ressaltou que “somente com a boa coordenação entre os diversos órgãos públicos envolvidos num acidente aeronáutico é possível prestar excelência de serviço à sociedade brasileira”.

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SERIPA II realizará Jornada Itinerante de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos em Caruaru-PE

seripa2O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) realizará Jornada Itinerante de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos no dia 25 de março de 2017, no período de 08:30h às 12:00h. O evento acontecerá no auditório do Aeroporto Oscar Laranjeiras, situado na Rua Santos Dumont s/n, na cidade de Caruaru, Pernambuco.

Serão comentados assuntos como: estudo de caso envolvendo acidente com aeronave de instrução; consciência situacional e a tomada de decisão e RBAC 61 (Licenças, Habilitações e Certificações de pilotos).

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As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do e-mail: [email protected] , com as seguintes informações:

Nome completo:
Empresa/Instituição:
Cargo/Função:
E-mail:
Telefone:

Contato:
Seção de Prevenção do SERIPA II
Tel. (81) 21297303 / 21297277

Comunicado Seripa II

Integrantes do GTA/SE participam da Jornada de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

Sergipe – O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) realizou nesse sábado, 24 de setembro, a Jornada de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, em Aracaju/SE. O evento ocorreu no auditório da INFRAERO, no Aeroporto Santa Maria. A Jornada é voltada para a comunidade aeronáutica da região e tem por objetivo debater assuntos referentes à prevenção de acidentes aeronáuticos.

Pilotos e tripulantes do Grupamento Tático Aéreo, pilotos e operadores das empresas de offshore, além de convidados também marcaram presença no evento.

As palestras foram ministradas por representantes da Força Aérea Brasileira (FAB), Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

SERIPA II realiza evento de prevenção no GTA/PE

Pernambuco – Em parceria com o Grupamento Tático Aéreo (GTA) da Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco, o Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) desenvolveu, nos dias 9 e 10 de dezembro, treinamento operacional de tripulação voltado aos fatores humanos na aviação.

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O evento reuniu todo o efetivo do GTA, o qual é responsável pelas operações aéreas: policiais; busca e salvamento; resgates e remoções aeromédicas; ações em situações de calamidades públicas e de defesa civil; combates a incêndios florestais e urbanos, além do apoio às missões do Governador do Estado de Pernambuco.

O treinamento evidenciou a importância dos fatores humanos, presentes nas atividades aéreas, discutindo por meio de aulas expositivas, dinâmicas de grupos e estudo de casos, as seguintes temáticas: Cultura Organizacional; Comunicação; Consciência Situacional; Gerenciamento do Erro e Ameaça; Dinâmica de Equipe e Processo Decisório. A Equipe de Palestrantes foi formada pelo Major Wellington, Maj Humberto, Ten Pollyana e Dra. Conceição.

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O CRM é um treinamento específico do fator humano e visa elevar o desempenho técnico do profissional. “É necessário maior consciência dos pilotos em relação aos benefícios do CRM como ferramenta de melhoria do desempenho e da qualidade do serviço, incluindo a formulação de uma cultura de segurança de voo,” esclareceu a psicóloga, investigadora de fatores humanos e doutoranda em psicologia para aviação, Maria da Conceição Corrêa Pereira.

O CRM engloba todos os recursos disponíveis para aumentar a segurança e a eficiência da atividade aérea. As falhas de profissionais revelam situações nem sempre visíveis, como estresse, elevada carga de trabalho, desatenção, complacência ou distração. O primeiro passo é admitir a própria vulnerabilidade para assimilar e praticar seus conceitos.

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Ao final da Palestra todos os integrantes tiveram a oportunidade de Avaliar um Caso real de Acidente Aeronáutico. As equipes debateram as possíveis causas, levando em conta aspectos organizacionais como cultura, clima e tudo que foi ministrado durante o encontro.

“É Gratificante ter a certeza de “Missão Cumprida” no Ano de 2015. Iniciamos 2016 convictos que estamos no caminho certo , investindo continuamente em Segurança de Voo ”  – Disse o Cap. Giovanni ,  Gestor da Seção Técnica de Manutenção Aeronáutica.

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Fonte: GTA-PE.

Jornada Itinerante de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

seripa iiO Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA II é a Organização Militar do Comando da Aeronáutica responsável pelo planejamento, gerenciamento e execução das atividades de prevenção e de investigação de acidentes aeronáuticos na Região Nordeste do Brasil, a exceção do estado do Maranhão.

Esse fato indica que se faz necessária uma ação de prevenção por parte deste Serviço Regional, para que elevemos o nível de conscientização da comunidade aeronáutica em relação à Segurança de Voo.

Outrossim, faz-se importante destacar que nos últimos dois anos, no âmbito da aviação civil na referida região, houve um total de 40 (quarenta) acidentes / 1 incidentes graves, com 12 (doze) fatalidades.

Com essa finalidade, será realizada a JORNADA ITINERANTE DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS, no dia 25 de abril de 2014, no auditório da Escola Superior de Aviação Civil – ESAC, situada na Av. Luiza Bezerra Motta, 200 – Bairro Catolé – Campina Grande – Paraíba – PB.

No evento, previsto para ocorrer entre 09:00h e 12:00h, serão comentados, entre outros, os seguintes assuntos: Cuidados no Planejamento do Voo e Boas Práticas de Manutenção em Aeronaves.

Tendo em vista a importância dessa Jornada para a PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS, convido os profissionais que atuam como pilotos e mecânicos nos aeroclubes; nas escolas de formação profissional da aviação civil;
nas organizações aeropoliciais; nas empresas regidas sob o RBHA 121, 135 e 137; como operadores regidos sob o RBHA 91; e como profissionais da aviação civil em geral para participarem do evento.

Para realizar a pré-inscrição nesta Jornada, deverá ser enviado um e-mail constando o nome, o telefone, a organização/instituição/empresa e a profissão do participante para o endereço eletrônico [email protected].

Eventuais dúvidas e contatos que se fizerem necessários, contatar o Capitão Humberto Dorneles Santa Maria, por meio dos seguintes telefones: (81) 2129-7304 e (81) 2129-7303.

Fonte: SERIPA II

Peso e Balanceamento: Uma questão de segurança!

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PreviNE, edição No 11

aeroanveSe tivesse decolado, a aeronave da foto ao lado poderia ter se envolvido num grave acidente. Estando desbalanceada, não teria condições de prosseguir com o voo.

É responsabilidade do piloto certificar-se de que o carregamento esteja sempre dentro dos limites operacionais aprovados para cada modelo de aeronave. Contudo, perigosamente, por negligência ou deficiência em realizações de cálculos e interpretações gráficas, muitos pilotos não têm realizado o devido controle do peso e balanceamento.

“E o senhor? Tem realizado o controle do peso e balanceamento?”

Veja a seguinte situação hipotética:

Um piloto de 210 lbs de peso realizará um voo numa aeronave monomotora de quatro lugares (dois à frente e dois atrás). Ele transportará um passageiro pesando 200 lbs e duas caixas com 100 lbs e 50 lbs, respectivamente. O voo está previsto para durar 01:30h e a aeronave foi abastecida com 600 lbs de combustível.

Em relação ao controle do Peso e Balanceamento, levando-se em consideração os dados disponibilizados nas tabelas e gráfico de limite de peso e CG a seguir, poderíamos dizer que a aeronave estaria corretamente carregada?

Dados Gerais:

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Realizado o controle do peso e balanceamento? Tudo bem quanto ao carregamento de nossa aeronave? TEM CERTEZA?

Embora a aeronave ofereça grande flexibilidade de carregamento, a mesma deverá operar com o peso e o centro de gravidade dentro dos limites operacionais aprovados.

Antes de ser entregue para a operação a aeronave é pesada, sendo computados o peso vazio básico e a respectiva localização do centro de gravidade (CG).

Conhecendo-se o peso vazio básico e o respectivo CG, o piloto poderá determinar o peso e o momento totais, bem como a posição do CG para a aeronave carregada. Para isso, basta que realize cálculos envolvendo operações básicas de adição, multiplicação e divisão e, em seguida, plote os valores obtidos nos respectivos gráficos de limite de peso e CG.

Uma má distribuição de carga na aeronave poderá resultar em restrições quanto ao teto de operação, manobrabilidade, razão de subida, velocidade, aumento do consumo de combustível, interrupção ou cancelamento do voo ou, até mesmo,
contribuir para a ocorrência de acidentes que podem resultar em perdas de vidas humanas e de bens materiais.

Sendo assim, o desempenho e a eficiência da aeronave durante o voo são fatores que influenciam diretamente na segurança. Por isso, faz-se necessário que seja realizado o controle efetivo do peso e do balanceamento das aeronaves antes dos voos.

“O controle do peso e balanceamento é uma questão de SEGURANÇA!”

Exemplos práticos de falhas no controle do peso e balanceamento estiveram presentes nos acidentes envolvendo um Learjet 35A e um PA-28, ambos ocorridos em 2007, nas cidades de São Paulo-SP e Salvador-BA, respectivamente.

No dia 04//11/2007, ao decolar do aeródromo do Campo de Marte, após a realização de um reabastecimento, uma aeronave Learjet 35A tornou-se incontrolável, caindo, em seguida, sobre residências nas proximidades do aeródromo de partida.

O trecho a seguir, retirado do Relatório Final da ocorrência, evidencia o desbalanceamento de combustível nas asas após a decolagem.

“(…) Após a rotação, o copiloto comentou a percepção de que a roda estava torta e, em seguida, identificou a tendência de rolamento da aeronave (asa direita pesada), associando tal ocorrência à compensação. Neste momento, o piloto identificou o rolamento como sendo consequência de desbalanceamento de combustível e mandou o copiloto “arrumar o combustível”, aparentemente assumindo os comandos de voo.

As palavras pronunciadas pelo piloto foram:

“… tá desbalanceado. Arruma esse combustível pra mim.”

(…) A aeronave iniciou uma descida com o nariz aproado com o solo (quase na vertical), vindo a atingir uma área residencial localizada a uma milha náutica à noroeste do Campo de Marte”.

Seis pessoas faleceram no acidente: os dois pilotos e quatro pessoas em solo.

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Em 22/11/2007, após decolar do Aeroporto Internacional de Salvador, uma aeronave modelo PA-28 caiu a poucos metros da cabeceira oposta. Dos quatro ocupantes a bordo, dois faleceram e dois tiveram ferimentos graves. Durante a investigação, ficou constatada a recorrência da não utilização das tabelas e quadros utilizados para os cálculos do peso e balanceamento, conforme seção específica do Manual de Operação da Aeronave.

O trecho a seguir foi retirado do Relatório Final da ocorrência:

“O cálculo de peso e balanceamento deveria ter sido realizado pelo próprio piloto, todavia, conforme declaração dos demais pilotos que voavam essa aeronave, não era de praxe a utilização das tabelas e dos quadros previstos no Manual de Operação.

Considerando que o peso máximo de decolagem deveria ser de 2,150 lbs, constatou-se que havia 275 lbs (125kg) acima do envelope de peso, bem como um possível deslocamento do CG, em torno de 13% para trás da corda aerodinâmica
média (MAC)”

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E quanto ao nosso voo hipotético? Ocorreu sem maiores problemas?

Quem respondeu que a aeronave não apresentaria problemas em relação ao peso e balanceamento, está correto!! De fato a aeronave estaria carregada corretamente para a decolagem! Porém, apresentaria, aproximadamente, 84 libras de excesso de peso para pouso. Atentou para isso?

Para a verificação do peso e balanceamento, deve-se, sempre, proceder conforme o preconizado nas Seções de Peso e Balanceamento dos Manuais de Operação dos diferentes modelos de aeronaves. Baseado nisso, para o cálculo do peso e balanceamento de nossa aeronave, procederemos conforme a seguir:

– Somando-se ao peso vazio o peso de todos os itens a serem carregados, teremos 3,034 lbs como o somatório dos pesos.

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– Para determinação do momento total, multiplicando-se os pesos de cada item aos respectivos braços, realizando, em seguida, o somatório dos valores obtidos nas multiplicações, teremos o momento total como sendo 133,681.4 lb/in:

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– De posse do peso total e do momento total, determinamos o CG, dividindo-se o valor do momento total pelo valor do peso total.

Sendo assim, teremos:

Momento total = 133,681.4
Peso total = 3,034

133,681.4 / 3,034 = + 44.06 in/datum

– No gráfico limite de PESO x CG, traçando-se uma linha vertical vermelha para cima, a partir do ponto que representa o centro de gravidade (44.06 polegadas) e uma linha horizontal vermelha, a partir do ponto que representa o peso (3,034 libras), vemos que as mesmas cruzam-se na área interna ao “envelope”. Isso evidenciaria que a aeronave estaria corretamente carregada para a decolagem.

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– Em seguida, efetuando-se a diferença entre os valores encontrados para o peso total (3,034 lbs) e o peso máximo de pouso da aeronave (2,950 lbs) encontra-se 84 libras como diferença. Isso nos mostra que a aeronave estaria com excesso de peso para pouso de 84 libras. Nada de muito alarmante, haja vista este excesso poder ser consumido durante a operação da aeronave antes do pouso.

Prezado Comandante, o controle do peso e balanceamento é de suma importância para a segurança de voo. Portanto, não deixe sua consciência com EXCESSO DE PESO!

Antes do voo, atente para o controle do Peso e Balanceamento!

Bons Voos!


Fonte: PreviNE – Edição No 11. Boletim Informativo de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste.

SERIPA II.


REFERÊNCIAS
– Tópicos em Manutenção de Aeronaves, Instituto de Logística da Aeronáutica – ILA, 2010.
– Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – http://www.cenipa.aer.mil.br.


Estado do Vórtice (VRS)

AH-64D-ImageMuitas vezes considerado como o equivalente ao estol de uma aeronave de asa fixa, o estado de vórtice é uma condição de voo, com motor, em que o helicóptero ‘’perde’’ seu próprio fluxo de rotor. Como resultado, a razão de descida (ROD) aumenta rapidamente – em princípio pelo menos três vezes o ROD antes do surgimento do estado de vórtice – para uma mesma potência do motor.

CONDIÇÕES DO ESTADO DE VÓRTICE

Um estado de vórtice pode ocorrer na descida com motor, velocidade inferior a 30 kt e razão de afundamento próxima da velocidade de deflexão do rotor principal.

A velocidade de deflexão ou velocidade induzida é definida como a velocidade do fluxo de ar aspirado através do disco rotor. A velocidade induzida depende do tipo de helicóptero e de seu peso bruto.

Por exemplo, um helicóptero de três pás com um diâmetro de rotor de 10,69 m e um peso de 2250 kg teria uma velocidade induzida de 10 m/s (2.000 pés/min). Enquanto para um helicóptero de duas pás com um diâmetro de rotor de 11 m e peso de 1000 kg, a velocidade induzida é de 6,5 m/s (1.300 pés/min).

Atenção: embora o estado de vórtice dependa do tipo de helicóptero e de seu peso, a razão de descida é geralmente considerada como perigosa quando excede 500 pés/min.

EFEITO DO ESTADO DE VÓRTICE

1)  Vibrações no helicóptero quando os vórtices deixam as extremidades das pás.
2) Comandos de arfagem e de rolagem menos sensíveis (suaves).
3) Flutuações na demanda de potência.
4) Razão de descida elevada quando o vórtice está em desenvolvimento, podendo exceder a 3.000 pés/min.

RECUPERAÇÃO DO CONTROLE DO HELICÓPTERO EM ESTADO DE VÓRTICE

A recuperação do controle pode ser feita agindo sobre o cíclico e/ou coletivo. No entanto, de acordo com o sistema de rotor, uma ação somente no cíclico pode ser insuficiente para modificar a atitude do helicóptero e aumentar a velocidade.

Também é possível recuperar o controle do helicóptero reduzindo o coletivo para o passo mínimo. Contudo, a perda de altura durante a recuperação do controle pela redução do passo coletivo é superior à perda correspondente de altura pela ação do cíclico, tendo em vista que a razão de descida em autorrotação com baixa velocidade é muito alta .

Portanto, as ações seguintes, de recuperação do controle, devem ser executadas para minimizar a perda de altura:

1) Deslocar o manche cíclico efetivamente para a frente visando obter uma atitude de aceleração e aumentar a velocidade.
2) Se for impossível obter uma atitude de aceleração, diminuir o coletivo para entrar em autorrotação e depois deslocar o manche cíclico para a frente, visando aumentar a velocidade.

EVITAR O ESTADO DE VÓRTICE

Como as ações de recuperação do controle resultam em perda de altura considerável, é imperativo evitar o estado de vórtice, especialmente quando se está perto do chão. Portanto, uma razão de descida superior a 500 pés/min para uma velocidade inferior a 30 kt, em voo com motor, deve ser EVITADA.

As operações seguintes devem ser executadas com cautela:

1) Reconhecimento e aproximação de uma área restrita.
2) Voo pairado fora do efetivo solo (HOGE).
3) Paradas rápidas com vento de proa.
4) Fotografia aérea.

PARA SAIR DE UM ESTADO DE VÓRTICE

1) Deslocar o manche cíclico efetivamente para a frente, a fim de obter uma atitude de aceleração (aumentar a velocidade).
2) Se a velocidade aumentar: recuperar o controle do helicóptero quando a velocidade indicada atingir 40kt.
3) Se a velocidade não aumentar: diminuir o coletivo para entrar em autorrotação e em seguida deslocar o manche cíclico para a frente, visando aumentar a velocidade.


Fonte: Adaptado do European Helicopter Safety Team (EHEST).
Tradução: Área de Segurança Operacional da Helibras, setembro de 2012.


Publicado pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA II, na Edição nº 10 do PreviNE do Boletim Eletrônico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste.


Perda de eficiência do rotor de cauda em helicópteros – LTE

Em um helicóptero com um único rotor principal, uma das principais funções do empuxo do rotor de cauda é o de controlar o rumo do helicóptero. Se o empuxo do rotor de cauda for insuficiente, uma guinada inesperada e descontrolada pode ocorrer. Este fenômeno tem sido um fator preponderante em um determinado número de acidentes envolvendo helicópteros, sendo comumente chamado de LTE (Loss of tail-rotor effectiveness).

Pode-se definir LTE como um empuxo insuficiente do rotor de cauda associado a uma margem insuficiente de controle, pois isso pode levar a uma velocidade de guinada rápida não controlada. Esta velocidade de guinada não pode diminuir naturalmente e, na ausência de correção, ela pode causar a perda do helicóptero.

Quando uma LTE ocorre?

Uma LTE é mais provável de ocorrer quando o pedal de controle de guinada crítica está próximo de sua posição de fim de curso. O pedal de controle de guinada, que é considerado mais crítico, é o pedal direito para um rotor principal girando no sentido horário e o pedal esquerdo para um rotor girando anti-horário.

Uma LTE geralmente ocorre em uma velocidade baixa à frente, normalmente inferior a 30 kts, quando:

a) A deriva traseira tem uma baixa eficiência aerodinâmica;
b) O fluxo de ar e o efeito de deflexão gerados pelo rotor principal interferem com o fluxo de ar que entra no rotor de cauda;
c) Uma regulagem de potência elevada demanda uma posição do pedal de controle de guinada próxima do fim de curso, e
d) As condições de vento turbulento exigem comandos de guinada e coletivo importantes e rápidos.

A seguir estão listadas algumas das operações em que os pilotos podem geralmente se encontrar a baixa altura, velocidade baixa e potência elevada, e com uma velocidade de vento difícil de determinar, durante as quais o piloto está frequentemente preocupado com o posicionamento do aparelho para realizar a tarefa de:

a) Setores de patrulha de linhas de transmissão e gasodutos;
b) Carga externa;
c) Operações de guincho;
d) Combate ao fogo;
e) Reconhecimento do local de pouso;
f) Uso de câmera/fotografia aérea em baixa velocidade;
g) Polícia e serviço médico de urgência (HEMS);
h) Pouso e decolagem em Altitude Densidade (DA) elevada; e
i) Pouso e decolagem do convés de um barco.

Como evitar uma LTE?

Durante a preparação de um voo, os pilotos devem considerar o Manual de Voo do aparelho, mais especificamente no que diz respeito aos desempenhos em função dos azimutes de vento críticos, da altitude densidade em que voam, do peso bruto na decolagem do helicóptero e das características de voo.

Durante o voo, os pilotos devem estar sempre cientes das condições do vento e da margem de empuxo do rotor de cauda disponível, que é representada pela posição de pedal crítico.

Sempre que possível, os pilotos devem evitar uma combinação das seguintes condições:

a) Condições de ventos desfavoráveis em baixa velocidade.
b) Guinada não comandada.
c) Comandos de guinada e coletivo importantes e rápidos em velocidade baixa.
d) Voo em baixa velocidade em condições de vento turbulento.

Reconhecimento e recuperação do controle após uma LTE

Os pilotos devem estar cientes de que, ao se encontrarem em um regime de voo em que uma ou mais condições das acima ocorrerem, poderá haver situação de perda de eficiência do rotor de cauda, devendo ser capazes de reconhecer o início do fenômeno aerodinâmico e de começar imediatamente as medidas efetivas de recuperação do controle. As ações de recuperação do controle variam de acordo com as circunstâncias, se a altura permitir, atingir a velocidade à frente sem aumento de potência (se possível, através da redução de potência), geralmente resolve a situação.

Portanto, como essas ações podem implicar em perda de altitude considerável, é recomendado aos pilotos identificá-las de forma clara, antes de efetuar as operações mencionadas.

Para sair de uma LTE:

a) Pressionar totalmente o pedal oposto à direção da curva;
b) Adotar uma atitude de aceleração para aumentar a velocidade à frente; e
c) Se a altitude permitir, reduzir a potência.

Margem de impulso do rotor de cauda versus velocidade do rotor com torque máximo.
Edição nº 06 do PreviNE – Boletim Eletrônico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste; Programa de Segurança Operacional da HELIBRAS e Tradução do European Helicopter Safety Team EHEST, edição de setembro de 2012.

SERIPA II realiza 2º Seminário Regional de Segurança de Voo

O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) realizará em 31 de outubro do corrente ano, das 8h às 18h, no Park Hotel, em Recife (PE), o 2º Seminário Regional de Segurança de Voo.

O evento objetiva a transmissão de conhecimentos sobre temáticas voltadas à segurança operacional, que compreende o estado em que o risco de lesões às pessoas se reduz ou se mostra em um nível aceitável, ou abaixo deste, por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e gestão de riscos.

Tornando a atividade aeronáutica mais segura. As vagas são limitadas. As inscrições são gratuitas, podendo ser realizadas até o dia 26 de outubro. O formulário de inscrição deverá ser preenchido, e enviado, em anexo, para o endereço eletrônico [email protected]. Clique – Ficha de Inscrição.

Mais informações: (81) 2129-7277/ 2129-7303.

Fonte: Cesed, por Jerfferson Medeiros.


SERIPA II divulga Boletim Eletrônico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

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O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA II, no sentido de promover ações que contribuem para prevenção de acidentes aeronáuticos, divulgou a Edição nº 03 do PreviNE, o Boletim Eletrônico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste.

O Boletim aborda dois assuntos relevantes e atuais, o Raio Laser e o CFIT (colisão com o solo em voo controlado). Como forma de PREVENIR o uso indevido de equipamentos emissores de raio LASER no Brasil, o CENIPA disponibilizou, em seu site, um formulário de reportes de emissões de LASER, contendo um questionário sobre a exposição ao LASER, a exemplo dos padrões adotados pela FAA e ICAO, a fim de se manter um melhor controle das ocorrências e objetivando um combate preventivo mais efetivo.


Edição nº 03 do PreviNE


SERIPA II reúne órgãos públicos para tratar da segurança de voo no Carnaval

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O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), cumprindo a missão de gerenciar a segurança de voo na Região Nordeste, promoveu no dia 31 de janeiro, em Salvador, e no dia 2 de fevereiro, em Recife, duas reuniões com empresas e órgãos públicos operadores de helicópteros, envolvidos com atividades aéreas no Carnaval 2012.

O evento, que também contou com a participação de representantes do CINDACTA III, DTCEA-SV e DTCEA-RF, Unidade Regional da ANAC e INFRAERO, teve o objetivo de definir procedimentos específicos para os voos durante as festividades, bem como instruir os pilotos quanto aos aspectos operacionais.

O SERIPA II abordou os seguintes temas relacionados com a segurança de voo: peso e balanceamento, abastecimento – pane seca, cockpit estéril, procedimentos de emergência, ajuste de altímetro, orientação a passageiros, operação em área restrita, voo à ré e noturno, pairado fora do efeito solo, Regras e Procedimentos Especiais de Tráfego Aéreo para Helicópteros constantes da ICA 100-4.

Já o CINDACTA III falou sobre critérios e procedimentos para ativação de espaços aéreos condicionados. Por fim, a ANAC reforçou aspectos relativos à regulamentação, ao cadastro de aeronaves e tripulações, e apresentou detalhes sobre área de pouso eventual.

Fonte: Cenipa.

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