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Transfusão de sangue

Paraná inicia sistema de transfusão de sangue nos resgates aeromédicos

Paraná – O serviço aeromédico da Secretaria da Saúde (Sesa), base de Maringá, inicia na próxima segunda-feira (17) um projeto inovador e experimental para realização de transfusões de sangue em pacientes graves no local da ocorrência, mesmo antes de serem encaminhados ao hospital.

Trata-se, na prática, de um sistema que permite esse tipo de procedimento no local do acidente ou durante o voo. Foi instalada, dentro da base aeromédica de Maringá uma sala somente para o acondicionamento das bolsas de sangue tipo “O -”, considerado universal.

Esse sangue pode ser transfundido em qualquer pessoa. No momento do acionamento da aeronave, a bolsa será colocada dentro de uma caixa específica para seu transporte e levada até o local da ocorrência.

Segundo o projeto, as bolsas que não forem utilizadas no período de até quatro dias serão devolvidas ao Hemocentro para que sejam utilizadas por outros pacientes, como já é realizado rotineiramente. A validade desta bolsa de sangue é de até 42 dias.

A aquisição dos equipamentos e reforma na estrutura ficou sob responsabilidade da empresa Helisul Aviação, contratada pelo Governo do Estado para disponibilizar as aeronaves e o hangar, com recursos repassados mensalmente pela Sesa para manutenção do serviço.

Após o atendimento pelo serviço aeromédico esses pacientes transfundidos serão encaminhados necessariamente para o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), referência para a continuidade dos procedimentos.

A iniciativa visa dar maior sobrevida aos pacientes vítimas de acidentes graves, principalmente em casos de hemorragia. No Brasil, este serviço de transfusões fora da unidade hospitalar foi implantado inicialmente no município de Bragança Paulista, em São Paulo, que utiliza bolsas de sangue em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e, também no estado de Santa Catarina, que iniciou recentemente o sistema no helicóptero do Corpo de Bombeiros e do Samu.

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“O Paraná é o segundo estado e a terceira região a implantar essa modalidade, mas é o primeiro que disponibiliza este serviço aeromédico integralmente vinculado à saúde pública, seguindo critérios técnicos de qualidade internacionais e os protocolos de hemosegurança, que incluem desde o cuidado e controle no transporte, com monitoramento das bolsas por GPS, até a rastreabilidade deste sangue após a administração no paciente”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O projeto experimental estava sendo estruturado há dois anos e possui parceria com o Hemocentro Regional de Maringá, também vinculado à Sesa, e com o HUM. A ideia é expandir futuramente este serviço para as outras quatro bases aeromédicas do Estado, localizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel e Londrina.

A implantação do projeto respeita todas as legislações e protocolos necessários e exigiu uma reorganização de equipe na base, que conta atualmente com 21 profissionais, entre médicos, enfermeiros, pilotos e mecânicos. Todas as medidas são necessárias para a garantia da qualidade deste serviço, que é fundamental para a área de urgência e emergência.

“A maior causa de mortes precoces em traumas é o sangramento, e a reposição desse sangue por transfusão reduz significativamente o risco de agravamento do quadro clínico e óbito do paciente. Esta modalidade de tratamento é respaldada na literatura contemporânea do trauma e nos guidelines internacionais da especialidade”, complementou o diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak.

Paraná inicia sistema de transfusão de sangue nos resgates aeromédicos

“Nossas equipes treinaram esses profissionais do serviço aeromédico para capacitar e garantir que todo o processo transfusional seja realizado de acordo com os protocolos exigidos ,garantindo a rastreabilidade total e necessidade de cada paciente. Este protocolo também exige que uma unidade hospitalar seja a referência para os pacientes atendidos com o sangue, que neste caso será o Hospital Universitário da região”, disse a diretora do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Liana Labres de Souza.

DADOS

Desde o início da implantação do serviço aeromédico no Paraná, mais de 23 mil atendimentos já foram registrados. Só este ano, as aeronaves já realizaram 2,4 mil voos. A base de Maringá possui quase seis anos de atuação e registra 3,5 mil acionamentos em toda a história. Destes, a base avaliou que grande parte dos pacientes atendidos foi de acidentados graves que poderiam se enquadrar no novo protocolo de transfusão.

Cada base é responsável por uma área de atendimento de até 250 quilômetros do seu ponto de origem, com voos de até duas horas de duração para possibilitar ida e volta sem a necessidade de abastecimento.

Atualmente todo o Paraná é coberto pelas cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Somente a base de Maringá, por exemplo, atinge municípios de parte das macrorregiões Noroeste, Norte e Leste, num total de aproximadamente 2 milhões de paranaenses.

Projeto pioneiro de transporte de bolsas de sangue em operações aeromédicas inicia em Santa Catarina

Santa Catarina – Essa quarta-feira (20), marcou o início do projeto inovador de transporte de bolsas de sangue em operações aeromédicas, para que em casos de extrema urgência possam ser realizadas transfusões em pacientes durante o atendimento em cena ou durante o transporte aéreo nos helicópteros Arcanjos.

É o primeiro serviço aeromédico do Brasil a oferecer sangue para pacientes na cena, que garantirá maior possibilidade de sobrevida. Essa ação é uma parceria entre o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), juntamente com o Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação de Apoio ao HEMOSC/CEPON (FAHECE).

Projeto pioneiro de transporte de bolsas de sangue em operações aeromédicas inicia em Santa Catarina

O anúncio do início deste trabalho aconteceu durante solenidade de comemoração dos 35 anos do HEMOSC, por meio da assinatura do termo de cooperação para o fornecimento de bolsas de sangue entre o HEMOSC Florianópolis e o BOA/GRAU, para o atendimento de ocorrências de urgência no serviço aeromédico.

Este projeto iniciou no segundo semestre do ano de 2021, quando o HEMOSC foi procurado pelas equipes do BOA para uma possível parceria de fornecimento de sangue para uso nos atendimentos pré-hospitalares realizados pelo BOA.

O HEMOSC realizou pesquisas sobre o assunto para entender os requisitos deste tipo de fornecimento. Em dezembro de 2021 houve uma palestra com o Dr. Mark Yazer, da Universidade de Pittsburgh, EUA (vídeo abaixo), referência americana na área. Na oportunidade foi definida a parceria e iniciaram os trabalhos para concretizar o fornecimento.

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Após a definição da viabilidade houve várias reuniões para orientação, alinhamento de condutas e definições de responsabilidades. O HEMOSC fornecerá bolsas de sangue total O positivo com baixo título de hemolisina ou O negativo, conforme a disponibilidade do estoque.

As bolsas serão armazenadas na sede do BOA e acondicionadas em caixas térmicas para transporte quando houver acionamento da unidade para atendimento de intercorrências. Em caso de necessidade, o sangue total poderá ser transfundido no atendimento pré- hospitalar, mediante assinatura de termo de consentimento pelo médico do GRAU responsável pelo atendimento da ocorrência, autorizando a transfusão de emergência sem a realização dos testes pré-transfusionais.

O paciente será transferido para hospital de referência, em que serão realizados os testes transfusionais obrigatórios pela legislação e toda a rastreabilidade do processo será garantida, conforme o alinhamento.

As responsabilidades de cada unidade estão descritas no termo de cooperação assinado entre as instituições e as orientações técnicas referentes aos procedimentos hemoterápicos foram realizadas pelo HEMOSC, sempre levando em consideração o que indica a Portaria de Consolidação nº 5 de 2017 e RDC 34 de 2014 e demais padrões de qualidade que o HEMOSC é certificado.

O 3º Congresso Aeromédico Brasileiro, que acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de novembro, em São Paulo, receberá a médica do GRAU/SAMU, Daíse Esswein Müller, para uma palestra sobre “Sangue Total no Serviço Aeromédico: uma parceria GRAUSC/CBMSC/HEMOSC”, onde falará sobre a implantação do serviço e sobre seu desenvolvimento.

Desde 20 de janeiro de 2010, o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (GRAU/SAMU) prestam suporte avançado à vida, levando estrutura similar a uma UTI, com equipes médicas, medicamentos e equipamentos hospitalares aos mais diversos cenários de acidentes e para as pessoas que mais necessitam.

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