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Transplante de órgãos

Aeronaves apreendidas do tráfico são usadas pela primeira vez no transporte de órgãos

São Paulo – A Polícia Civil, por meio do Serviço Aerotático (SAT) do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), mobilizou-se em mais um voo pela vida e disponibilizou duas aeronaves para transportar órgãos destinados a transplantes. A ação ocorreu na segunda-feira (23) e resultou na condução de um coração e dois pulmões de Araçatuba até a cidade de São Paulo.

Os órgãos eram de um homem, de 30 anos, de Birigui, que teve morte encefálica após um acidente de trabalho e se encontrava internado na Santa Casa de Araçatuba.

O coração foi transportado por um helicóptero, modelo EC 130B4, que foi apreendido em setembro de 2019 durante a prisão de André do Rap, o qual era um traficante internacional e um dos principais líderes do comércio de drogas no Brasil. Na ocasião, ele foi detido em uma mansão em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Helicóptero apreendido com André do Rap e avião recolhido pela Dise de Americana levaram coração e pulmões de Araçatuba até a cidade de São Paulo.

Para o transporte dos pulmões, por sua vez, foi utilizado um avião, modelo Caravan 208B, apreendido no ano de 2018 pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Americana.

“Estou na polícia há 32 anos e, para mim, é muito gratificante ver algo que era usado no crime para servir à sociedade, para o bem do ser humano”, disse o delegado titular do SAT, João Eduardo Felipe, que autuou diretamente nesta ação, especificamente dentro do helicóptero. “As pessoas só veem a polícia pelo lado de prender criminosos, mas o lado humanitário também precisa ser destacado”, completou.

A necessidade de um transporte rápido dos dois órgãos se deu porque os pulmões necessitam ser transplantados entre 4 e 6 horas após serem retirados, enquanto o coração precisa ser transferido em no máximo 4 horas. A ação também envolveu equipes do Hospital Albert Einstein e do Instituto do Coração – Incor.

Outro voo pela vida

Em uma outra ação do SAT/Dope, no dia 5 deste mês, um helicóptero, modelo Esquilo AS350 B2, foi utilizada para o transporte de um coração de Santos para Campinas. A aeronave também foi apreendida em uma ação de combate ao tráfico de drogas.

Helicóptero apreendido com André do Rap e avião recolhido pela Dise de Americana levaram coração e pulmões de Araçatuba até a cidade de São Paulo.

Corpo de Bombeiros do MS transporta paciente para realizar cirurgia de transplante de rim em SP

Mato Grosso do Sul – O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), por meio do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), realizou na quarta-feira (02) mais um transporte. Uma paciente do município de Naviraí, MS, foi levada para São Paulo no avião do CBMMS para realizar cirurgia de transplante de rim.

Após o acionamento, em menos de uma hora, o avião Bombeiro 02 já estava preparado para efetuar o transporte. O Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo realizou o apoio terrestre com o transporte da mulher ao Hospital do Rim, na zona sul de São Paulo.

 

Grupamento Aéreo da PM transportou fígado, baço e linfonodo de Santo Antônio de Jesus para Salvador, BA

Bahia – O Grupamento Aéreo (GRAER) da Polícia Militar transportou fígado, baço e linfonodo, na tarde de sábado (7), para Salvador. Os órgãos, que estavam em uma unidade médica, na cidade de Santo Antônio de Jesus, serão usados em transplantes.

Os policiais militares foram acionados pela Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes. Imediatamente uma equipe decolou o helicóptero Guardião 02 com destino a Santo Antônio de Jesus. A aeronave pousou no 14° Batalhão da Polícia Militar.

Em seguida, em menos de 30 minutos, os órgãos chegaram em Salvador. Nesse tipo de missão a rapidez é fundamental para evitar os efeitos danosos da isquemia (falta de irrigação sanguínea) que podem reduzir ou inviabilizar as chances de utilização dos órgãos nos transplantes.

“A equipe pousou no Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde ambulâncias esperavam para transportarem fígado, baço e linfonodo para os respectivos hospitais”, explicou o comandante do GRAER, coronel Renato Lima.

Força Aérea Brasileira já transportou 170 órgãos para transplantes em 2020

Brasil – A qualquer hora do dia ou da noite uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pode ser acionada para transportar um órgão que vai salvar uma vida. Na sexta-feira (23), quando foi celebrado o Dia da Força Aérea Brasileira, a corporação também comemorou a marca de 170 órgãos transportados este ano.

A FAB mantém uma aeronave permanentemente disponível para o trabalho de levar os órgãos ou tecidos até local onde está o receptor. Em muitos casos, o transporte é fundamental para que o processo de transplante aconteça. O acionamento de uma aeronave ocorre de acordo com a demanda repassada pelo Ministério da Saúde, que coordena o Sistema Nacional de Transplantes.

A partir de então, é ativada uma cadeia de eventos. É preciso checar as condições de pouso no aeroporto de destino, acionar a tripulação e avisar ao controle de tráfego aéreo que se trata de um transporte de órgãos, o que dá ao avião prioridade para procedimentos de pouso e decolagem.

De acordo com a FAB, há tripulações de sobreaviso nos Esquadrões de Transporte, em tempo integral, em todo o Brasil. Assim que o Sistema Nacional de Transplantes recebe as informações iniciais para a captação de um determinado órgão, a FAB é acionada e aloca os meios mais próximos para cumprir a missão de transporte.

Só neste ano de 2020, de janeiro a setembro, a FAB já transportou 170 órgãos. Em 2019, foram 167 órgãos transportados. Nos últimos quatro anos de trabalho, a FAB já ajudou a salvar 933 vidas.

Comando de Aviação da PM é acionado para transportar coração para transplante em Botucatu, SP

São Paulo – O helicóptero Águia 02 da Polícia Militar foi acionado na terça-feira (29), em Bauru (SP), para um transporte de urgência de um coração que seria transplantado em um paciente internado me Botucatu, cidade que fica a 100 quilômetros de distância.

Segundo a PM, a solicitação foi feita a partir do Hospital de Base (HB) de Bauru, onde o coração, rins, córneas e fígado foram captados de um paciente de 30 anos. O coração foi levado para o Hospital das Clínicas (HC) em 30 minutos de voo, onde um paciente, de 36 anos, esperava pelo coração.

O Águia pousou no HC por volta das 12h, e o coração foi levado imediatamente ao centro cirúrgico. O paciente, que recebeu um novo órgão no dia em que foi comemorado o Dia Mundial do Coração, está estável, sob cuidados. Este foi o 20º transplante de coração realizado pela equipe do HC.

O rim captado do mesmo doador também foi transplantado no HC de Botucatu, considerado o maior centro transplantador renal do interior de SP. O paciente também está estável e sob cuidados, segundo a assessoria de imprensa do HC.  O fígado teve como destino paciente em São José dos Campos.

Estado da Bahia lidera número de transplantes de rim no nordeste e é o sétimo no Brasil

Bahia – Com 119 transplantes de rim realizados de janeiro a junho deste ano, a Bahia lidera o número de procedimentos no Nordeste e é o sétimo no Brasil. Setembro é mês de incentivo à doação de órgãos e este esforço de captação e transplantes será intensificado no Estado.

O sistema conta, sempre que necessário, com o apoio logístico de aeronaves, tanto da Casa Militar e do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (GRAER), quanto da Força Aérea Brasileira (FAB).

“Mesmo durante a pandemia de coronavírus (Covid-19), a Bahia não parou de realizar transplantes, pois montamos uma estrutura para captar com celeridade e realizar todos os testes necessários dentro do período máximo de cada órgão”, afirmou o Secretario de Saúde, Fábio Vilas-Boas, ao pontuar que neste período foram realizados, no total, 282 transplantes de fígado, rim, córneas, medula e pele.

Em 2015, a Bahia figurava entre os últimos estados do Brasil em número de doações e transplantes, além de altas taxas de negativa familiar. A coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Rita Pedrosa, diz que “progressivamente estamos reduzindo a taxa de negativa familiar, que já alcançou 76% e hoje está na casa de 50%. Dentre os motivos, as famílias alegam desconhecimento sobre processo de doação ou questões religiosas”.

Os resultados do Programa de Transplantes da Bahia é fruto da ampliação do número de equipes transplantadoras, ampliação do programa de educação permanente e a modificação dos critérios de aceitação de órgãos, incluindo os limítrofes.

Processo de doação

O processo se inicia com a identificação de um potencial doador que se encontra nas unidades hospitalares, geralmente em emergências ou unidades de Terapia Intensiva. Após criteriosa etapa de exames e avaliações, preconizados pelo Conselho Federal de Medicina através das Resoluções Nº 1480/97 e 2.173/17, é efetuado o diagnóstico de morte encefálica.

Confirmado o óbito, os familiares são informados e uma equipe especializada e treinada presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos. Com o consentimento familiar, procede-se a retirada dos órgãos e tecidos doados. A retirada de órgãos e tecidos doados é realizada por equipes treinadas e habilitadas pelo Sistema Nacional de Transplantes / Ministério da Saúde.

O mês de setembro é chamado de “Setembro Verde” em função do dia 27, dedicado aos santos gêmeos, Cosme e Damião, que são considerados patronos dos transplantes e apontados como responsáveis pelo primeiro transplante realizado no mundo – o transplante de uma perna, retratado por um pintor espanhol do século XVI, em tela que se encontra exposta no Museu do Prado, na Espanha.

Estado do Paraná mantém liderança em doações e transplantes de órgãos

Paraná – Apesar das dificuldades em meio à pandemia, o Paraná se mantém líder em doações e transplantes de órgãos no Brasil neste primeiro semestre. Os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que o Estado atingiu a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de população (pmp), ficando à frente dos demais estados brasileiros e muito acima da média nacional, que fechou em 15,8 pmp.

De janeiro a junho de 2020, o Paraná registrou 558 notificações de potenciais doadores e 252 doações efetivas, que corresponderam a 385 transplantes de órgãos. Além da liderança em doações, o Estado se mantém no topo da lista em transplantes renais e em segundo lugar em transplantes de fígado, com uma média de 45,7 e 19,2 pmp, respectivamente.

Os dados também mostram que o Estado teve queda das recusas familiares em doar os órgãos, nestes seis meses. Apenas 23% das famílias se recusaram a doação de órgãos, sendo este o índice o mais baixo já registrado na história do SET/PR.

No Brasil, as doações só ocorrem após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida o desejo de doar. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer as dúvidas e receberem orientações.

APOIO AÉREO

Doadores que estejam até 200 quilômetros de distância do receptor, o SET/PR faz o transporte dos órgãos e/ou tecidos por via terrestre. Além desta distância, é solicitado apoio aéreo para agilizar o procedimento. O Paraná conta com a ajuda da frota de aeronaves do Governo do Estado, que é formada por quatro aviões e um helicóptero.

De janeiro a junho deste ano foram 51 missões de apoio, para a captação de pelo menos 135 órgãos, perfazendo 59 horas de voo. O SET/PR também conta com a ajuda da frota de aeronaves do Governo do Estado, Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar, Grupo de Operações Aéreas da Polícia Civil do Paraná (GOA/PCPR), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA).

EQUIPE 

A Central Estadual de Transplantes, mantida pelo Governo do Estado, está localizada em Curitiba, mas há quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), na Capital, Londrina, Maringá e Cascavel.

Estes centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). São cerca de 700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros transplantadores de córneas e três bancos de córneas em atividade – Londrina, Maringá e Cascavel.

Aviões da Casa Militar do MS transportam pacientes que precisam realizar transplantes de órgãos

Mato Grosso do Sul – Quem está na fila de espera por um transplante no Brasil sabe que a qualquer momento o chamado pela cirurgia pode acontecer. E quando o telefone toca, o órgão do doador pode estar em qualquer parte do País.

Em Mato Grosso do Sul, só no mês de junho, cinco pessoas tiveram a sorte de encontrar doadores e contaram com o transporte aéreo da Casa Militar. Três pessoas foram para o Paraná e duas para São Paulo.

Como as companhias aéreas estão com horários reduzidos de voo, devido a pandemia de coronavírus, as viagens em aviões do Estado, sem custo ao passageiro, são a única opção para quem busca o transplante. A parceria da Casa Militar com a Central Estadual de Transplantes possibilita que essas viagens sejam organizadas e realizadas em poucas horas.

Desde 2018, quando teve início o transporte de pessoas e de órgãos pela Casa Militar, 30 operações foram realizadas. Chamadas de missões humanitárias, essas viagens contam com o serviço de 32 militares – entre pilotos, copilotos, mecânicos e administrativos.

Aviões da Casa Militar do Mato Grosso do Sul são peça chave em voos de pacientes que precisam realizar transplantes de órgãos. Foto: Edemir Rodrigues

“É uma grande satisfação poder colaborar para uma vida melhor de uma pessoa que precisa de um transplante”, definiu o comandante do Grupamento Aéreo da Casa Militar, tenente-coronel Adalberto Ortale Júnior.

Segundo a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Claire Miozzo, a distância entre as cidades de Mato Grosso do Sul e a distribuição de voos da malha aérea no Estado sempre foram condicionantes que dificultaram a realização de transplantes. Por isso, o serviço da Casa Militar tem sido satisfatório, devido à agilidade do transporte.

“Quando chamam o paciente para uma cirurgia ele tem que estar lá em poucas horas, em até 10 horas”, explicou.

Em MS, órgãos de doadores são coletados em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas para serem transplantados em pacientes daqui ou de outras unidades federativas, conforme listagem da Central Nacional de Transplantes (CNT).

De janeiro a maio de 2020, conforme dados da Secretaria de Saúde, três corações, 15 rins e 77 córneas foram transplantados em hospitais de Mato Grosso do Sul. Outros dois corações, nove fígados 12 córneas e 20 rins foram enviados para outros estados.

Corpo de Bombeiros e SAMU se destacam no transporte aeromédico neonatal em Santa Catarina

Santa Catarina – Na tarde de domingo (28), equipe integrada do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros e do Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU) do SAMU Estadual, foi acionada para mais um transporte aeromédico de criança.

Um menino de 03 anos, com transplante hepático realizado aos 10 meses de idade, precisava de tratamento, e foi transferido de avião do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, onde estava internado na UTI pediátrica desde o último dia 24, para o Hospital das Clínicas, em Porto Alegre.

Somente nos meses de abril, maio e junho, as equipes transportaram no avião Arcanjo 04 do Corpo de Bombeiros e no avião Carajá do Governo do Estado, 111 pacientes, sendo 36 neonatos e crianças.

Para o Ten Cel BM Sandro Fonseca, Comandante do BOA, “o transporte aeromédico garante rapidez, segurança, conforto e agilidade para o procedimento, já que o tempo conta bastante para o sucesso de cura do paciente”.

Na segunda-feira (29), um bebê de 26 dias de vida também precisou ser transportado no avião Arcanjo 04 de Criciúma para Joinville. O pequeno paciente apresenta problemas cardíacos e foi transferido do Hospital Santa Catarina, em Criciúma, ao Hospital Jeser Amarante Faria, em Joinville, para tratamento cirúrgico.

Nesses dois voos foram percorridos pelo avião em torno de 1.000 quilômetros, em um total aproximado de 5,1 horas de voo. “O transporte aéreo representa importante meio de auxílio nos transportes inter-hospitalares. Por meio dele é viável percorrer grandes distâncias em um espaço de tempo muito menor, em comparação com outros meios”, complementou o Ten Cel Sandro.

Por se tratar de uma criança menor de idade, que necessita de um responsável para a internação e a indisponibilidade de espaço na aeronave Arcanjo 04, os familiares se deslocam por meios terrestres antecipadamente, para a recepção do paciente. Quando o transporte é feito no avião Carajás do governo do Estado o transporte de acompanhante é possível.

Casa Militar do MS transporta pacientes para realizar transplante renal em Curitiba e São Paulo

Mato Grosso do Sul – Na noite de sexta-feira (12), a Coordenadoria de Transporte Aéreo da Casa Militar do Mato Grosso do Sul realizou o transporte de uma menina de 14 anos para Curitiba, PR. A jovem tem disfunção renal grave e foi comunicada que em Curitiba (PR) tinha a doação de um rim 100% compatível, porém a viagem até lá deveria ser rápida, pois o tempo isquemia do órgão é de 48 horas.

Como as companhias aéreas estão com horários reduzidos de voo, devido a pandemia de COVID-19, o Projeto Guardiões da Vida procurou apoio para realizar a viagem junto ao Governo do Estado, que já tem histórico de missões de transporte de pessoas e de órgãos Brasil afora.

Além de transporte da jovem, a Casa Militar também fez o transporte de um homem de 31 anos para São Paulo no mesmo dia. O rapaz também espera por um transplante de rim.

Ação rápida da Casa Militar do Mato Grosso do Sul possibilitou menina de 14 receber um rim em Curitiba. Foto: Divulgação

O comandante da aeronave, o tenente-coronel Adalberto Ortale Júnior, destacou que “é uma grande satisfação salvar uma vida ou poder colaborar para uma vida melhor de uma pessoa que precisa de um transplante”.

O tenente-coronel ainda explicou que a Casa Militar tem toda a estrutura voltada para o atendimento da comunidade. “Além do transporte de autoridades e de observação da fronteira, nosso serviço também é voltado para o social”, afirmou o militar.

No ano passado, foram realizadas 30 missões humanitárias de transporte de pessoas e de órgãos. A expectativa é de que esse número aumente neste ano, pois dois hospitais de Campo Grande foram habilitados pelo Ministério da Saúde para realizar transplante de coração.

Bombeiros e PM transportam materiais para transplante de órgãos de Florianópolis para Jaú, SP

Santa Catarina – O Batalhão de Operações Aéreas (BOA), em parceria com o Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU), realizou na manhã de quarta-feira (22), o transporte de materiais para transplante de órgãos.

Em apoio à SC Transplantes, o avião Arcanjo 02 transportou amostras de HLA (Antígeno Leucocitário Humano) e Quimerismo de pré e pós transplante de células tronco hematopoiéticas (transplante de medula óssea).

A aeronave decolou do Floripa Airport (SBFL) e depois de 5,5 horas de voo pousou no Aeródromo Municipal de Bauru – Comandante João Ribeiro de Barros (SBBU), interior de São Paulo. Em solo paulista, o material foi transportado com auxílio da Polícia Militar até a cidade de Jaú.

Aeronaves da Rede Paraná Urgência transportam pacientes, órgãos, vacinas e resgatam feridos

Paraná – O Estado do Paraná possui bases com aeronaves nas regiões de Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Londrina e Cascavel. O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e a Secretaria de Saúde do Estado (SESA), através de consórcios do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além do apoio ao combate da pandemia de COVID-19, continuam seu trabalho diário socorrendo pessoas, além do transporte de órgãos para transplante, materiais e insumos médicos.

Na manhã de domingo (12), equipe aeromédica do helicóptero Saúde 02 do Consórcio Intermunicipal SAMU Oeste (CONSAMU) foi mobilizada para fazer o transporte de um órgão para transplante. Foi captado em Paranavaí e transportado para Cascavel, onde um paciente já aguardava no Hospital Uopeccan (Hospital do Câncer de Cascavel) para o procedimento cirúrgico.

No mesmo dia uma equipe do Falcão 04 do BPMOA realizou duas remoções aeromédicas. A primeira, uma vítima com fratura de fêmur foi levada da cidade de Mafra para o Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba. A segunda, uma vítima de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), foi transportada da cidade de Guaraqueçaba para o Hospital do Rocio, em Campo Largo.

Além dos transportes de pacientes e de órgãos, aviões e helicópteros do BPMOA e da Casa Militar também estão sendo utilizados para levar equipamentos e insumos médicos, como vacinas contra H1N1 e testes de COVID-19. Na Segunda-feira (13) o helicóptero Falcão 03, em apoio a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná e CEMEPAR, transportou mais 80.000 vacinas contra H1N1.

Um profissional de saúde acompanhou o voo para manter o controle de temperatura e monitoramento das vacinas, que foram distribuídas nas cidades de União da Vitória,
Irati, Guarapuava, Francisco Beltrão, Pato branco, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Ivaipora e Telêmaco Borba.

No mesmo dia um recém-nascido precisou de transporte aeromédico após sofrer com falta de oxigênio (sofrimento fetal) durante o parto. O pequeno foi levado pelo Falcão 04 do Aeroporto de Guaratuba ao Aeroporto de Paranaguá, de onde seguiu para o Hospital Regional.

Ainda na segunda-feira, a equipe do Saúde 02 realizou o transporte de uma mulher de 37 anos de idade, vítima de queimaduras após um incêndio ocorrido na noite de domingo (12). Ela foi transferida da UPA de Marechal Cândido Rondon para o Hospital Bom Jesus, em Toledo. O embarque foi feito na Associação Atlética Cultural Copagril (AACC).

Enquanto aeronaves realizavam o transporte de pacientes e vacinas, outra realizava resgate aeromédico de vítima de acidente. Na terça-feira (14), a equipe aeromédica do helicóptero Saúde 10 do SAMU Regional Norte Novo/SESA resgatou um homem de 43 anos vítima de um grave acidente de trânsito na BR-487, entre Campo Mourão e Luiziânia.

O homem ficou preso às ferragens e depois de retirado por equipes do Corpo de Bombeiros foi levado de helicóptero à Santa Casa de Campo Mourão, diagnosticado com politraumatismo.

“O trabalho diário dos profissionais de saúde e das tripulações das aeronaves continua e se mantém ativo, com mais uma tarefa que é apoiar as ações de combate à pandemia de COVID-19. Para isso estamos mantendo procedimentos de segurança e uso de equipamentos para proteger ainda mais nossas equipes e os pacientes”, disse Vinícius Augusto Filipak, médico e gestor da Unidade Aérea Pública da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.

Arcanjo 03 transporta paciente para transplante de rim de Mafra para hospital em Joinville, SC

Santa Catarina – Por volta das 18h00 de segunda-feira (09) o helicóptero Arcanjo 03 do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros foi acionado para transporte emergencial de paciente para transplante de órgão.

O paciente de 59 anos, residente em Mafra, necessitava estar no hospital municipal São José, em Joinville, até às 19h00 para que pudesse receber o rim dentro do tempo de isquemia do órgão.

Diante da informação, o Arcanjo 03 iniciou voo até Mafra, onde embarcou o paciente e, imediatamente, sem corte do motor, dirigiu-se para a cidade de Joinville, entregando-o à equipe da SC Transplantes dentro do horário previsto, já no período noturno.

Helicóptero Arcanjo 03 transporta paciente para transplante de rim de Mafra para Hospital São José em Joinville, SC. Foto: Divulgação.

Centro de Transplantes do Hospital das Clínicas pretende atingir marca histórica de 3.000 transplantes em 2020

São Paulo – O Centro de Transplante do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP é pioneiro na América Latina. Foi lá o primeiro transplante de fígado, realizado há 50 anos. Agora, o Centro trabalha para atingir uma importante marca: chegar a 3.000 transplantes ao somar números do Instituto da Criança e do Instituto Central, ambos do HC. Em 2018, foram realizados 2.000 procedimentos.

A previsão é do professor Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, diretor do Serviço de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do HC. O Hospital das Clínicas também é o primeiro hospital público do Brasil a fazer cirurgia robótica. Atualmente o procedimento está sendo incorporado à rotina do aparelho digestivo, como pescoço, tórax, barriga e abdômen.

Transporte de órgão realizado pela Polícia Militar que beneficiou uma mulher que aguardava pelo transplante no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas.

“A gente pode fazer por via robótica com pequenas incisões e com o mesmo efeito terapêutico, facilitando muito a recuperação do doente. São as cirurgias minimamente invasivas”, explica D’Albuquerque em entrevista ao Jornal da USP. Outra novidade é a criação de um centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva dentro do HC.

Na área de transplantes, o HC também foi o primeiro a realizar um transplante de útero na América do Sul. Segundo o diretor da Divisão de Ginecologia do Hospital das Clínicas, Edmund Chada Baracat, essa modalidade mostra o papel inovador que a Faculdade de Medicina da USP tem. “O Brasil é um país já consagrado na realização de transplantes, e o transplante uterino coloca o País em condição de realce, tendo em vista que os dois casos já realizados de transplante de doadora falecida não foram bem-sucedidos”, conclui Baracat, também em entrevista ao Jornal da USP.

O complexo HC tem resultados similares a países do primeiro mundo, mas a doação é condição necessária para que ocorra transplantes. O profissional entende que, no momento de perda, é muito difícil decidir se vamos ou não doar o órgão. Por isso, recomenda que a conversa com os familiares para manifestar a vontade de doar órgãos seja feita com antecedência.

Segundo ele, é necessário aumentar o número de doações no Estado e para isso é importante a realização de campanhas de conscientização para incentivar as pessoas a doar.

De acordo com o professor, a maior demanda no Brasil é por rim e, em segundo lugar, pelo fígado. Novas medidas de suporte ao paciente, além de imunossupressores que controlam a rejeição, dão ao paciente transplantado uma sobrevida que chega a 90%

Doações em SP

Somente no primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram realizados 4.023 transplantes no Estado de São Paulo. Dados da Central de Transplantes estadual indicam que em São Paulo a cada dez transplantes realizados no Estado de São Paulo, seis são de córneas.

Atualmente, a doação de órgãos deve ser consentida. Quem quiser ser doador não precisa mais incluir a informação no RG ou na CNH. Basta comunicar familiares com até o 2º grau de parentesco. Por essa razão, é fundamental haver diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos.

Em setembro, 2.814 pessoas estavam à espera de córneas em no Estado. É a segunda maior demanda depois de rins (14.483), seguida por fígado (793), pâncreas/rins (400), coração (196) e pulmão (99).

SC Transplantes registra melhor mês de doações de órgãos em 20 anos de história

Santa Catarina – O mês de setembro foi o primeiro da história do SC Transplantes, unidade vinculada à Superintendência de Serviços Especializados e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde, em que foram registradas mais de 40 doações efetivas de órgãos.

É o recorde absoluto em 20 anos de existência. Os números mostram o avanço da unidade, especialmente no ano de 2019. Em setembro, justamente o mês de conscientização para doação de órgãos, foram contabilizados 43 doações efetivas.

“Com foco na educação dos profissionais de saúde e na organização do sistema estadual de transplantes temos evoluído constantemente e nos posicionamos como a melhor central de transplantes do Brasil em doação efetiva de órgãos em doze dos últimos 15 anos. Nos outros três anos apresentamos o segundo melhor desempenho entre todos os estados brasileiros”, ressalta o coordenador estadual da SC Transplantes, Joel de Andrade. “Nos quase 20 anos de existência, o SC Transplantes tem trabalhado para obter melhores resultados a cada mês”, complementa.

Helicóptero que era de uso exclusivo do governador faz primeiro transporte de órgão para transplante. Foto: Mauricio Vieira/Secom

Andrade destaque que 2019 vem sendo um ano mais do especial. “Registramos o melhor fevereiro da história, com 24 doações efetivas, o melhor mês de julho e o segundo melhor resultado já alcançado com 34 doações”, afirma. “E então, veio setembro, mês do doador, com uma recompensa aos esforços de todos os profissionais da Secretaria de Estado da Saúde e a solidariedade dos catarinenses. Contabilizamos 43 doações efetivas. É a primeira vez que rompemos a barreira das 40 em todos os anos de trabalho e apenas a quinta vez que ultrapassamos o número de 30 em um único mês”, comemora.

Os melhores desempenhos da SC Transplantes foram registrados nos últimos dois anos: em dezembro de 2017 (38 doações efetivas), outubro de 2018 (32), novembro de 2018 (31) e julho de 2019 (34). Para se ter uma ideia da evolução da SC Transplantes, nos primeiros cinco anos de atividade foram registrados menos doadores por ano que o total obtido apenas no último mês de setembro. Somente em setembro foram mais de 900 pessoas transplantadas no estado.

“A somatória desta atividade em duas décadas de trabalho contabiliza mais 16.300 transplantes. Números equivalentes a população da cidade de Palmitos, a octogésima sétima mais populosa de Santa Catarina”, compara Joel. “A melhor notícia é que estes resultados apontam tendências. Seguiremos trabalhando para que a população tenha as melhores chances ao necessitar de um transplante de órgão, tecido ou célula. Finalmente nossa gratidão às famílias doadoras, os verdadeiros protagonistas nessa lição de solidariedade”, finaliza.

SC Transplantes registra melhor mês de doações de órgãos em 20 anos de história. Foto: Divulgação

Paraná é líder em doação de órgãos para transplantes no Brasil

Paraná – A estrutura eficiente do Governo do Estado e a solidariedade dos paranaenses fazem do Paraná líder nacional em doação de órgãos. Nos primeiros oito meses de 2019 foram realizados 1.147 transplantes (órgãos e córneas). Em todo o ano passado foram 1.879 e no acumulado dos últimos oito anos (2011-2018) o Estado alcançou 9.206 intervenções.

O resultado é fruto do trabalho integrado da Secretaria da Saúde e do Sistema Estadual de Transplantes, que conta com apoio das aeronaves do Governo Estadual e foi destacado nesta sexta-feira (27), Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Com mais de dois mil paranaenses aguardando uma doação, o Estado registra neste ano o menor índice de recusas familiares em entrevistas para doação de órgãos no País, com apenas 24% que não aceitaram doar algum tipo de órgão de algum parente.

“Uma única pessoa doadora pode salvar até dez vidas. Possuímos cinco vezes mais chances de precisar de um órgão do que efetivamente conseguir um doador”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Falar sobre doação, comunicar os familiares sobre esse desejo, é um ato de amor ao próximo. O Governo do Estado está comprometido com a população paranaense em se manter líder no ranking de transplantes”, ressalta ele.

Paraná é líder em doação de órgãos para transplantes no Brasil. Foto: Divulgação

“Graças à generosidade da população paranaense, que se dispõe a autorizar a doação de órgãos, continuamos na liderança nacional de doações e temos como principal objetivo reduzir ainda mais o tempo de espera por um transplante”, complementa a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch.

MAIS QUE A MÉDIA

A média nacional de doações de órgãos é de 17 pmp (partes por milhão da população), enquanto o Paraná fechou o primeiro semestre deste ano com 41,1 pmp. O salto estadual entre 2010 e 2018 foi de 600%: o Estado tinha 6,8 doadores pmp no começo da década e atingiu 47,7 pmp no ano passado, liderando o ranking de doações no país.

O Paraná também liderou o ranking de transplante de órgãos (outro parâmetro de dados) em 2017 e 2018, com 81,5 pmp e 90,9 pmp, respectivamente. A média nacional é de 41,9 pmp. O Estado foi o campeão no transplante de fígado e de rim no último ano.

DOADORES E TRANSPLANTES

Nestes primeiros meses deste ano foram registrados 313 doadores efetivos, 495 órgãos e 581 córneas de doadores falecidos e 71 órgãos de doadores vivos, somando 1.147 transplantes realizados. Entre 2011 e 2018, o Paraná somou 1.530 doadores efetivos, sendo transplantados 3.710 órgãos e 5.496 córneas. No último ano foram 540 doadores efetivos, 949 órgãos e 839 córneas de doadores falecidos, e 91 órgãos de doadores vivos, totalizando 1.879 transplantes.

TRANSPORTE AÉREO

As cinco aeronaves à disposição do Governo do Estado têm a missão social de auxiliar todo o sistema estadual de transplantes. A frota é usada para o transporte de órgãos e ajuda a fazer do Paraná essa referência nacional. Somente neste ano foram 81 missões de apoio para o transporte de 191 órgãos, perfazendo 260 horas e 25 minutos de voo.

O Sistema Estadual de Transplantes atende com as aeronaves doadores que estejam a mais de 200 quilômetros de distância do receptor. As frotas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) também auxiliam essa logística.

A operação é fundamental porque entre o momento de retirada do órgão e/ou tecido há um intervalo de isquemia (entre a retirada do doador até o transplante no receptor): com relação às córneas, o tecido pode ficar até 14 dias entre um espaço e outro; rins, 36h; fígados, 12h; pulmões, entre 4h e 6h; e, o coração, 4h.

Paraná é líder em doação de órgãos para transplantes no Brasil. Foto: Divulgação

Plano Estadual de Doação e Transplantes – PEDT

O Paraná foi o primeiro estado do Brasil a concluir e aprovar um Plano Estadual de Doação e Transplantes, com planejamento até 2022. Tudo é controlado em uma Sala de Situação, que monitora o Estado 24 horas por dia e faz a análise dos dados para elaborar estratégias de ação. São quatro câmaras técnicas – coração, fígado, rim e córneas.

ESTRUTURA

O Estado conta com uma Central Estadual de Transplantes responsável pela área administrativa e plantão, localizada em Curitiba, além de quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPO’s), na Capital, Londrina, Maringá e Cascavel. Estes centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Ao todo são cerca de 700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros transplantadores de córneas e três bancos de córneas em atividade – Londrina, Maringá e Cascavel.

CAPACITAÇÃO

Entre 2018 e 2019 foram realizados mais de 100 cursos com cerca de dois mil profissionais de áreas críticas da saúde para capacitação em benefício da melhoria e continuidade na excelência do atendimento em transplantes. As capacitações são realizadas semanalmente pelo Sistema Estadual de Transplantes.

Confira informações sobre doações e transplante

Como ser doador – É bem simples: avise a sua família. Seus órgãos só poderão ser doados com autorização dos seus parentes mais próximos.

Quem pode doar – Qualquer pessoa, após a confirmação da morte e mediante autorização da família.

Quais órgãos podem ser doados – Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões. Ou seja, um doador pode ajudar muitas pessoas.

Doador falecido – Pacientes que foram diagnosticados em morte encefálica (ME), o que ocorre normalmente em decorrência de traumas/doenças neurológicas graves, podem ser doadores de órgãos e tecidos. Nos casos em que o falecimento decorre de parada cardiorrespiratória (PCR), podem ser doados tecidos.

Doador vivo – Qualquer pessoa saudável pode ser doadora em vida de um dos seus rins ou parte do fígado para um familiar próximo (até 4ª grau consanguíneo), porém quando a doação de um rim ou parte do fígado for para uma pessoa não aparentada é necessário autorização judicial.

Quem recebe os órgãos – Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.

A seleção de um paciente que aguarda por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes. Todo o processo de seleção dos potenciais receptores é seguro, justo e transparente.

Águia da PM transporta coração de Cotia para o Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo

São Paulo – A Polícia Militar se mobilizou na quinta feira (29) para levar um coração da cidade de Cotia (Hospital São Francisco) ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, na capital paulista. O Helicóptero Águia 13 foi acionado e realizou uma operação especial para que o órgão fosse transportado.

Nos primeiros momentos foi informado que o helicóptero iria pousar na Rodovia Raposo Tavares, altura do km 34. Os policiais da 3ª Cia do 33º Batalhão de Policiamento Metropolitano, cientes do grande fluxo de carros na Rodovia e diante da dificuldade que poderiam enfrentar, realizaram contato com os responsáveis do Shopping Poupa Cotia.

Rapidamente foi informado sobre a possibilidade do pouso no estacionamento. Dessa forma o órgão foi entregue pela equipe médica do Hospital São Francisco aos tripulantes do Águia que seguiram até o Instituto Dante Pazzanese, onde o órgão era aguardado.

Projeto de Lei em tramitação no Senado pretende facilitar transplantes de tecidos e órgãos humanos no país

Brasília – Um projeto em tramitação no Senado pode aumentar o volume de transplantes de tecidos, órgãos e partes do corpo humano no Brasil. É o que espera o senador Major Olímpio (PSL-SP). Ele propôs revisar a legislação que regulamenta a doação pós-morte (Lei 9.434, de 1997) e quer enquadrar os crimes ligados à remoção ilegal de órgãos na Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990).

O projeto de Major Olimpio (PL 3.176/2019) coloca a doação de órgãos e tecidos como sendo de consentimento presumido. Ou seja, caso a pessoa maior de 16 anos não se manifeste contrária à doação, ela é considerada doadora até que se prove o contrário.

Proposta do senador Major Olímpio torna toda pessoa doadora, salvo manifestação contrária. Foto: Pedro França/Agência Senado.

A retirada do material em menores de 16 e pessoas com deficiência mental sem discernimento depende de autorização do parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o quarto grau, inclusive. Até agora, essa autorização judicial para incapazes deveria vir expressamente do pai e da mãe ou dos representantes legais.

O projeto prevê que o Sistema Nacional de Transplante (SNT) seja informado sobre a vontade das pessoas que deixam a opção expressamente registrada no documento de identidade (RG). Além disso, o SNT deve ser consultado sobre uma possível manifestação contrária da pessoa pela doação antes da retirada do órgão.

Essa manifestação da não-vontade, ou seja, contrária à doação, pode ser feita a qualquer momento e em qualquer documento oficial de identificação, com a previsão de comunicação imediata do órgão responsável para o Sistema Nacional de Transplantes.

No caso de dois ou mais documentos legalmente válidos com opções diferentes quanto à condição de doador ou não, prevalecerá aquele cuja a manifestação for a mais recente.

Mudanças

O PL 3.176/2019 torna a lei de doação de órgãos mais flexível em relação à veiculação de anúncio ou apelo público por doação a uma pessoa determinada ou para arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em benefício de particulares.

Ao justificar o projeto, o parlamentar diz acreditar que essas medidas devem contribuir para o aumento nos índices de doadores potenciais e efetivos.

Se por um lado o texto facilita as campanhas por doação de órgãos, por outro, ele endurece as penas para os crimes relativos à remoção ilegal, e os coloca no grupo de crimes hediondos, contra os quais a punição é maior.

A pena para quem remove tecidos, órgãos ou partes do corpo passa dos dois a seis anos de reclusão previstos na Lei 9.434, de 1997, para de três a oito anos. Se o crime é cometido mediante recompensa ou motivo torpe, a reclusão mínima sobe de três para quatro anos, e a máxima vai de oito para dez anos.

Há previsão de aumento de pena especialmente se a vítima for pessoa ainda viva. Se o crime resulta em morte a pena mínima vai de oito para 12 anos e a máxima de 20 para 30 anos.

Se o crime resultar em incapacidade para o trabalho; enfermidade incurável; perda ou inutilização de membro, sentido ou função; deformidade permanente; ou aborto a pena de reclusão mínima sobe de quatro para seis anos, e a máxima, antes de 12 anos, sobe para 14 anos. Se a retirada do órgão, tecido ou parte levar à incapacidade das ocupações habituais; a perigo de vida; a debilidade permanente de membro, sentido ou função ou aceleração de parto, a pena mínima sobe de três para quatro anos e a máxima permanece em dez anos.

O tráfico do material tem a pena de reclusão aumentada de três para cinco anos (mínima) e vai até dez anos (máxima). Os supostos médicos que realizam o transplante ou enxerto podem ter sentença de três a oito anos, ou seja, mais que a de um a seis anos prevista na atual lei de doação de órgãos.

Em todos os casos, há valores em dia-multa, muitos deles também aumentados pelo projeto. A proposta aguarda relator na Comissão de Constituição em Justiça (CCJ), que deverá votá-la em caráter terminativo. Ou seja, se aprovada sem recurso para votação no Plenário ou em outras comissões, ela seguirá para a Câmara dos Deputados.

Força Aérea Brasileira transportou 81 órgãos para transplante em 2019

Amazonas – No dia 26 de junho, uma aeronave C-97 Brasília, do 7° Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA) – Esquadrão Cobra, localizado em Manaus (AM), foi acionada para cumprir mais uma missão de Transporte de Órgãos, Tecidos ou Equipes (TOTEQ).

A tripulação, composta por quatro militares da Unidade Aérea, decolou da capital amazonense com destino a Porto Velho (RO) para buscar a equipe médica responsável pelo órgão que seria transplantado em Brasília (DF). O pouso no destino final ocorreu às 23h10, com um novo fígado para um paciente.

Um dos pilotos da aeronave, o Tenente Aviador Rafael Felix Raposo da Costa Pereira, fala sobre a alegria ao concluir esse tipo de transporte. “Sinto-me lisonjeado por ter essa oportunidade ímpar de participar de missões que levam esperança a brasileiros que necessitam de uma segunda chance”, declara.

Só no ano de 2019, a Força Aérea Brasileira (FAB) já transportou 81 órgãos a brasileiros que necessitavam de transplante. A FAB mantém permanentemente disponível uma aeronave para o transporte de órgãos, de acordo com o Decreto nº 9175, Artigo 55, de 18 de outubro de 2017, em atendimento às necessidades do Ministério da Saúde.

Estado do Paraná tem os melhores índices do Brasil em transplante de órgãos

Ascom PR

Paraná – O Paraná apresenta números recordes em transplante de órgãos. Revista especializada no setor mostra que, em 2018, o Estado se posicionou como o primeiro em número de doadores, em transplantes realizados, em autorização das famílias e em busca por possíveis doadores.

Enquanto a taxa de doadores de no Brasil foi, no ano passado, de 17 por milhão de população (pmp), o Paraná fechou o ano com índice 47,7 doadores pmp, quase três vezes maior que o do País. E nos dois primeiros meses de 2019 o Estado já alcança 47,2 pmp.

“O Paraná tem um serviço bem estruturado e equipes capacitadas e realmente comprometidas com resultados de qualidade”, diz o secretário da Saúde, Beto Preto. Segundo ele, o governo trabalha para garantir os bons serviços prestados à população.

Com relação aos transplantes realmente efetivados, o Estado voltou a se destacar ao realizar 90,9 transplantes pmp, seguido à distância por Pernambuco (69,2 pmp) e São Paulo (67,4 pmp). No Brasil essa taxa foi de 41,9 pmp, bem distante da taxa prevista para 2021 de 60 transplantes pmp.

Estado do Paraná tem os melhores índices do Brasil em transplante de órgãos.

Os dados estão na revista Registro Brasileiro de Transplantes, publicação da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). “A doação e alocação de órgãos é um processo trabalhoso e delicado que depende da confiança da população no sistema e do comprometimento dos profissionais de saúde no diagnóstico de morte encefálica”, explica o editor da publicação, Valter Duro Garcia, que é médico chefe do Serviço de Transplante Renal da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

De acordo com dados da International Registry on Organ Donation and Transplantation (IRODAT 2017), o Brasil é o segundo país do mundo em números absolutos de transplantes. “Para consolidar essa conquista, é fundamental a atuação do Ministério da Saúde, dos governos estaduais, das entidades e profissionais de saúde em todo o processo de doação e transplantes”, avalia Garcia.

AUTORIZAÇÃO FAMILIAR

O Paraná também é destaque em outras áreas desse serviço que salva vidas. A taxa de não autorização familiar, por exemplo, manteve-se em 43% no Brasil em 2018. A meta de 35% – ou menos – só foi alcançada pelo Paraná (27%) e por Santa Catarina (33%). O Paraná também tem a comemorar a inexistência de fila quando se trata de transplante de córneas.

Estado do Paraná tem os melhores índices do Brasil em transplante de órgãos. Foto: Antônio de Picolli.

BUSCA DE DOADORES

O serviço de busca por possíveis doadores, por seu lado, é uma atividade da maior relevância, que merece realce: o Paraná é o único estado do Brasil a notificar 108,4 mortes encefálicas pmp, o que significa que todos os pacientes nesta condição são identificados e têm seu diagnóstico realizado conforme prevê a legislação. A performance do Paraná é seguida por Santa Catarina, com 83 pmp, e pelo Distrito Federal, com 80,6 pmp. Todos os outros estados ficam abaixo de 70.

“Quem autoriza a doação é a família”, explica a médica Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplante do Paraná (SET/PR). “Nossas equipes são capacitadas para esclarecer sobre o processo de doação após a morte do familiar”, completa ela, lembrando que sem doação, não há transplante. “Doar é um gesto de solidariedade que salva vidas”.

No Paraná, 1.800 pessoas aguardam na fila por um transplante; no Brasil, são mais de 33 mil pessoas à espera de um órgão.

ESTRUTURA

A estrutura paranaense para a realização de transplantes conta com 16 centros transplantadores de órgãos, onde atuam 23 equipes; sete centros transplantadores de medula, com oito equipes; 25 centros para transplantes de córnea; 23 centros transplantadores de tecido musculoesquelético, seis centros de válvulas cardíacas; cinco bancos de tecidos e seis laboratórios de histocompatibilidade.

Na coordenação desse conjunto, além da sede da Central Estadual de Transplantes (CET) em Curitiba, existem as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) em Cascavel, Londrina e Maringá.

REGIÃO SUL

Como um todo, a região Sul do Brasil, com 35,9 doadores pmp, obteve uma taxa duas vezes superior à do Brasil (17,0 pmp) e do Sudeste (18,3 pmp). De acordo com a revista do setor, a notícia triste é que a região Norte, que havia crescido de 0,6 doadores pmp em 2008 para 3,7pmp em 2012, estagnou nos últimos anos numa taxa cinco vezes inferior à média do Brasil.

NOTAer realiza transporte de órgãos para seis pessoas no Hospital Meridional em Cariacica, ES

Secretaria da Saúde

Espirito Santo – No último sábado (09), após a confirmação da morte encefálica de um jovem de 25 anos vítima de um grave acidente de motocicleta, os familiares autorizaram a doação dos órgãos do rapaz. A ação proporcionou um recomeço para outras seis famílias, que receberam coração, fígado, dois rins e córneas.

Os órgãos foram levados pelo helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer) para o Centro Transplantador de Referência do Hospital Meridional, em Cariacica. A coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo, Maria Machado, disse que o processo de doação e transplante é complexo.

“O transplante de coração, por exemplo, deve ocorrer em até 4 horas entre a retirada do doador e o transplante no receptor, por isso o apoio e o transporte pelo helicóptero do NOTAer são tão importantes. Queremos agradecer à família doadora por este ‘sim’ e a toda equipe que atuou neste processo”, disse.

Maria ainda destacou que este foi o segundo coração captado e transplantado no Espírito Santo em 2019. Atualmente aguardam por um transplante 1.109 pessoas no Estado do Espírito Santo.

Fila de espera em fevereiro de 2019

O Espírito Santo tem atualmente 1.109 pessoas na fila de espera por um transplante de órgãos. A maior demanda é por um rim, com 915 pessoas aguardando. Outras 147 pessoas esperam por córneas, 42 precisam de transplante de fígado e cinco pessoas aguardam por um coração. Os dados são da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo.

 

 

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