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Transporte Inter-hospitalar

BPMOA agiliza atendimento e salva vida de vítima de infarto agudo no miocárdio

Paraná – Na tarde deste domingo (29), o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) realizou remoção aeromédica em Contenda, região metropolitana de Curitiba. O paciente, que sofreu um infarto agudo no miocárdio, foi transportado até o Hospital do Rocio, em Campo Largo. O atendimento da aeronave foi solicitado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), após identificação da gravidade do caso.

“A rapidez do transporte de helicóptero, somada à correta e ágil intervenção médica, principalmente em cidades sem estrutura hospitalar, como é o caso de Contenda, faz muita diferença para salvar o paciente”, afirmou o comandante do BPMOA, Coronel Julio Cesar Pucci.

De acordo com ele, ainda nos primeiros minutos de atendimento ao paciente, a equipe aeromédica do Batalhão realizou a estabilização clínica e a infusão do medicamento tenecteplase, indicado especificamente para o tratamento trombolítico do infarto agudo do miocárdio.

A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA) investiu no tenecteplase e disponibilizou o medicamento às aeronaves do serviço aeromédico do Estado (BPMOA e SAMU). A Base Aeromédica do SAMU, em Maringá, foi a que mais administrou o medicamento. As Bases de Cascavel, Ponta Grossa e Londrina também dispõe do fármaco.

O tenecteplase, utilizado já nos primeiros atendimentos, atua nos vasos sanguíneos como um anticoagulante específico para o coração, reduzindo tanto a mortalidade quanto as possíveis sequelas resultantes do infarto. O medicamento é de alto custo e faz parte do Sistema Único de Saúde, administrado gratuitamente pelas equipes de Suporte Avançado do SAMU e do SIATE, quando há indicação.

O serviço aeromédico demonstra eficiente não apenas na agilidade do transporte, mas associada a isso, possui embarcada uma equipe médica preparada e equipada para atender pacientes graves, inclusive como nesse caso em especial, no Paraná, onde possui uma medicação altamente eficiente no atendimento de pacientes vítimas de infarto cardíaco, evitando complicações e até a morte.

Saiba como foi a participação dos helicópteros da Airbus na história do serviço aeromédico no mundo

No final da primavera de 1969, um menino chamado Björn Steiger passava o dia na piscina em sua cidade natal, Winnenden, Alemanha. No caminho para casa naquela tarde, ele é atropelado por um carro. A polícia local e a Cruz Vermelha são acionadas, mas leva quase uma hora para que uma ambulância cheguasse ao local. Björn Steiger morreu a caminho do hospital.

Esta história e muitos outras eram a realidade dos serviços de emergência médica da época. Seja sofrendo um ferimento no topo de uma montanha ou no meio de uma rodovia, a falta de um sistema de atendimento pré-hospitalar fez com que muitas vítimas não recebessem os cuidados de que precisavam com a rapidez necessária.

Na Europa e nos EUA, os chamados sistemas de Helicopter Emergency Medical Services (HEMS) amadureceram muito e em diversos países ao redor do mundo, como o Brasil, o serviço vem se consolidando. A maior vantagem é que os helicópteros podem chegar em um local, três a cinco vezes mais rápido do que uma ambulância e, às vezes, é a única maneira de acessar um local inóspito. Os pacientes recebem tratamento médico mais cedo e a chance de sobrevivência em casos críticos aumenta significativamente.

A frota global de helicópteros Alouette III acumulou mais de sete milhões de horas de voo, com muitos desses helicópteros ainda em serviço operacional.

HEMS para uso civil

A evacuação aeromédica começou sua história com aeronaves de asa fixa e foi nas guerras da Coréia e do Vietnã que o uso de helicópteros se tornou padrão para evacuação aeromédica (MEDEVAC). Com um impacto tão positivo, o HEMS logo foi introduzido na esfera civil.

Vários países abriram caminho na adoção do uso de helicópteros nessas operações. A Flight for Life tornou-se a primeira operadora HEMS civil dos Estados Unidos em 1972, com base no Hospital Central St. Anthony em Denver, Colorado.

A francesa Sécurité Civile começou missões de resgate em 1959, quando pela primeira vez resgatou um montanhista vítima de um ataque cardíaco no ponto de descanso mais alto do Monte Branco (e de fato o mais alto de toda a Europa), o refúgio Vallot, a 4.362 metros.

Na Alemanha, as autoridades tomaram a decisão de iniciar um período de teste com um helicóptero tripulado com um médico e um paramédico, a fim de encurtar o tempo de resposta aos acidentes, sendo pioneiro no conceito de levar o médico ao local do acidente. Esta abordagem forneceu cuidados primários dentro de 10-20 minutos após soar o alarme.

Em 1973, o primeiro helicóptero da DRF Luftrettung decolou: um Alouette III, construído pela Aérospatiale – empresa antecessora da Airbus Helicopters. (Crédito: DRF Luftrettung).

Helicópteros pioneiros

O Alouette III foi fundamental para o crescimento de HEMS e atividades de resgate de montanha em todo o mundo. Foi o helicóptero no qual a operadora suíça REGA, a austríaca ÖAMTC, a Flight for Life dos Estados Unidos, a Sécurité Civile da França e a DRF Luftrettung da Alemanha desenvolveram suas atividades.

Nas décadas seguintes, o Bo105 e o BK117, desenvolvidos no final dos anos 1970, foram alguns dos helicópteros de maior sucesso em HEMS. O design especial do Bo105, com recursos como piso plano da cabine, embarque traseiro e um rotor principal e de cauda altos, facilitou o embarque de pacientes e contribuiu para seu sucesso.

Quando a ADAC, clube automobilístico da Alemanha, montou sua primeira base HEMS permanente em Munique em 1970, um helicóptero Bo105, batizado de “Christoph 1”, foi usado para suas operações. O helicóptero foi desenvolvido pela empresa predecessora da Airbus Helicopters, MBB, e em estreita cooperação com a ADAC.

Hoje, 55% do total de 2.750 helicópteros que estão em operações HEMS em todo o mundo são helicópteros Airbus, dentre eles o H135 e o H145.

O pioneiro helicóptero Bo105 foi adquirido por mais de 300 operadores em todo o mundo, incluindo o serviço alemão de resgate aéreo ADAC.

HEMS modernos

Muitos modelos diferentes para atividades HEMS existem em todo o mundo. Em alguns países, as operações são administradas pelo governo, em outros são baseadas em organizações sem fins lucrativos, empresas privadas, ou uma combinação de ambos. O nível de cobertura também difere, dependendo da geografia, dos recursos financeiros e do nível de maturidade da organização no respectivo país.

O sistema HEMS na Europa hoje oferece cobertura em quase todos os países da União Europeia. A maioria das bases do HEMS trabalha com o princípio de intervenção rápida com equipes de emergência especializadas para atendimento primário.

Geralmente, há uma proporção de 1 a 1,5 helicópteros por um milhão de residentes, mas em áreas onde as populações estão espalhadas por regiões montanhosas ou fiordes, como na Áustria ou na Noruega, a proporção pode chegar a cinco helicópteros por um milhão de residentes.

Nos Estados Unidos, existem mais de 1.000 helicópteros HEMS transportando cerca de 400.000 pacientes anualmente. Os modelos HEMS variam, incluindo operadoras sem e com fins lucrativos que oferecem opções de sistemas baseados em hospitais, onde eles operam o programa, a modelos de fornecedores independentes e programas administrados pelo governo. Em 2016, 86,4% da população dos EUA estava coberta por um serviço aeromédico, em uma área de resposta de 15-20 minutos.

Lançado em 1982, o BK117 se tornou particularmente popular entre as operadoras dos Estados Unidos – incluindo o provedor de Helicopter Emergency Medical Services (HEMS), Boston MedFlight.

Mercados emergentes para HEMS

O interesse pelas operações HEMS cresceu nos mercados emergentes. Malásia e China, entre outros, iniciaram com sucesso suas primeiras atividades HEMS. Como os programas continuam a ser lançados em mercados emergentes ao redor do mundo, os desafios iniciais precisam ser superados.

Antes de os helicópteros serem introduzidos, as autoridades devem garantir que a infraestrutura esteja pronta, como ter pessoal qualificado disponível e informar a população sobre os procedimentos de emergência. Países como Índia, Brasil, México e Indonésia são candidatos potenciais para um forte desenvolvimento de HEMS nas próximas décadas.

No Brasil, o serviço aeromédico possui características próprias e há muito espaço para o seu desenvolvimento. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o transporte aeromédico (transporte inter-hospitalar) é realizado por cerca de 40 empresas de táxi-aéreo (RBAC 135). São empresas privadas que possuem autorização do Estado para realizarem o transporte aeromédico, mediante remuneração.

Já o resgate aeromédico ou resgate aéreo (atendimento pré-hospitalar) é uma atividade gratuita e realizada por operadores públicos e que seguem regulamentação específica (RBAC 90), como os Corpos de Bombeiros Militares, SAMU, Secretarias de Saúde, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública. (saiba mais: Aeromédico do Brasil)

Águia da PM em aproximação na Av 23 de Maio para resgate de vítima de acidente de trânsito. O Cmt da Aeronave era o Cel Ref PM Luiz Alves Júnior. (saiba mais)

Melhorias futuras do HEMS

Uma série de inovações está em andamento para melhorar a segurança das missões HEMS. De sistemas de visão sintética a comunicações por satélite e algoritmos de inteligência artificial, todas essas tecnologias visam facilitar a carga de trabalho do piloto e melhorar a segurança operacional.

Plataformas de decolagem e pouso vertical (VTOL) estão sendo estudadas para o uso aeromédico e podem desempenhar um papel complementar no futuro das operações. As tecnologias e inovações para as operações aeromédicas são ilimitadas.

Esses equipamentos estão desenhando um futuro promissor para as operações que salvam vidas. (saiba mais sobre o eVTOL)

Equipe aeromédica do Corpo de Bombeiros realiza transporte inter-hospitalar noturno em Brasília

Distrito Federal – Na noite de quarta-feira (22), equipe aeromédica do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) realizou transporte inter-hospitalar de criança, do Hospital Regional do Paranoá para o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). O garoto de 04 anos sofreu uma queda de bicicleta e havia suspeita de ruptura do baço.

A equipe foi acionada por volta das 22h00 via Central de Regulação Médica do SAMU. O pouso ocorreu em um campo de futebol nos fundos do HMIB e a criança foi entregue aos cuidados da equipe médica do Hospital.

O 1º Esquadrão de Aviação Operacional, Unidade do Comando Especializado do CBMDF, responsável pelas operações com helicópteros na Corporação empenhou uma aeronave e cinco bombeiros militares nessa ocorrência.

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Transporte de pacientes intra-hospitalar e inter-hospitalar

Márcio Augusto Lacerda
Marcos Guilherme Cunha Cruvinel
Waston Vieira Silva

INTRODUÇÃO

A busca da qualidade na medicina atual tem, entre seus objetivos, assegurar ao paciente cada vez melhores condições de assistência, diagnóstico e terapêutica. Isto provocou uma reorganização das estruturas médico-hospitalares, tornando-as mais especializadas e auto suficientes em suas funções, mas também as estratificando de acordo com sua complexidade, de forma que os recursos a elas alocados sejam mais bem aproveitados conforme a demanda de pacientes.

Com isto, o fluxo de pacientes modificou-se para que, em vez de os recursos chegarem ao local de internação, o paciente se desloque para estas áreas quando necessário, independentemente da gravidade de seu quadro clínico.

Para que esta filosofia pudesse ser implantada, houve a necessidade de promover meios para que o transporte destes pacientes pudesse ser feito sem prejudicar seu tratamento, ou seja, deve ser indicado, planejado e executado minimizando o máximo possível os riscos para o transportado.

Surgiu, então, como alguns autores já reconheceram, a “medicina de transporte”, que se tornou um segmento importante do setor produtivo de nosso país, onde provavelmente algum de nós já atuou, ou ainda atua. Este desenvolvimento, porém, surgiu sem que houvesse uma normatização específica, gerando durante anos distorções em sua prática, o que só foi corrigido recentemente. Portanto, neste capítulo abordaremos os conceitos, evidências clínicas, logística, normas e regulamentos do transporte de paciente, seja intra-hospitalar, seja inter-hospitalar.

Define-se transporte intra-hospitalar como a transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais de saúde dentro do ambiente hospitalar.

Define-se transporte inter-hospitalar como a transferência de pacientes entre unidades não hospitalares ou hospitalares de atendimento às urgências e emergências, unidades de diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de saúde que funcionem como bases de estabilização para pacientes graves ou como serviços de menor complexidade, de caráter público ou privado.

O ato de transportar deve reproduzir a extensão da unidade de origem do paciente, tornando-o seguro e eficiente, sem expor o paciente a riscos desnecessários, evitando, assim, agravar seu estado clínico. Já o objetivo precípuo destas intervenções é melhorar o prognóstico do paciente; portanto, o risco do transporte não deve sobrepor o possível benefício da intervenção.

Pelo fato de o período de transporte ser um período de instabilidade potencial, deve sempre ser questionado se os testes diagnósticos ou as intervenções terapêuticas prescritas alterarão o tratamento e o resultado do paciente, justificando os riscos da remoção. Os trabalhos clínicos demonstram uma mudança na conduta terapêutica em apenas 29% a 39% dos pacientes após exames diagnósticos, enquanto 68% deles tiveram sérias alterações fisiológicas durante o transporte.

Toda vez que o benefício da intervenção programada for menor que o risco do deslocamento, este não deve ser feito.

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