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Safran promove Seminário de Gestão de Frota e Segurança para a Aviação de Segurança Pública

Ceará – Na sexta-feira (26) aconteceu na cidade de Fortaleza (CE) o Seminário sobre Gestão de Frota e Segurança para a Aviação de Segurança Pública. O evento foi promovido pela empresa Safran e teve o apoio da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAer) do Ceará.

Abertura do evento com François Haas, Presidente da Safran no Brasil. Foto: Eduardo Alexandre Beni.
Abertura do evento com François Haas, Presidente da Safran no Brasil. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Participaram do evento cerca de 80 gestores da Aviação de Segurança Pública. François Haas, presidente da Safran no Brasil fez a abertura do seminário dizendo sobre a importância da integração entre os órgãos e agradeceu a participação dos gestores no evento.

Durante o evento foram programadas visitas ao CIOPAer para conhecer suas instalações, seu simulador de voo e suas aeronaves.

O seminário contou ainda com exposições de equipamentos, como os sistemas de optrônicos portáteis (binóculos multifunção) da Safran Electronics & Defense, G.P.U portátil (bateria de emergência leve) da StartStick fornecido pela empresa ATA-Equipamentos para Manutenção e o VANT Orbite 2 da empresa israelense Aeronautics.

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Exposição do VANT Orbite 2 da Aeronautics, empresa israelense. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

A primeira palestra do dia foi ministrada pelo Professor Roberto Pimenta da Fundação Getúlio Vargas e abordou o terma “Gestão Pública Moderna”. Em sua palestra falou sobre os modelos de gestão e deu destaque à organização em rede.

Durante sua apresentação disse que “o modelo de administração adotado vai depender da tarefa que irá realizar, ou seja, para os processos de manutenção de aeronaves, por sua complexidade, o modelo ideal é o burocrático, por isso não há modelo bom ou ruim, mas aquele que se adéqua melhor a sua tarefa. Foi uma brilhante exposição sobre gestão.

Roberto Pimenta da FGV em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.
Roberto Pimenta da FGV em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Na sequência foi ministrada palestra sobre “Metodologia de Gestão de Eventos Técnicos relacionados à Segurança de Voo” por Ronaldo Nogueira, engenheiro de serviços da Safran.

Roberto falou de alguns indicadores da Safran. A empresa possui 6.500 funcionários no mundo, 2.500 clientes em 155 países, 32% de participação no mercado mundial, 984 motores produzidos e 1.499 motores reparados.

Além disso, Ronaldo abordou que a Safran tem como objetivo reduzir em 50% a taxa de apagamentos não comandados de motor em voo até 2020 e que a empresa adota conceitos de segurança de voo desde 2005.

Ronaldo Nogueira em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.
Ronaldo Nogueira da Safran em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Logo em seguida ocorreu a primeira mesa de debate com a participação da Dra. Livia Azevedo da Safran, Maj PM Marcelo Hideki Nanya da Polícia Militar de São Paulo, Janaína de Cássia da Polícia Civil de São Paulo e como mediador Marcelo Madruga da Safran. O tema foi “Aspectos legais, financeiros e processuais na gestão pública de frota“.

As discussões giraram em torno do novo modelo de contratação, denominado SBH – Support by the Hourque consiste basicamente na contratação de serviços de manutenção dos motores Safran, gerenciados com medição por hora de voo, em detrimento do modelo tradicional que é o Time & Material (T&M), cuja característica do serviço é sua medição pelo valor do homem-hora e fornecimento de peças.

Foram abordadas as vantagens do modelo do SBH pois, segundo os participantes, ele propicia previsibilidade e aumenta a disponibilidade da frota. Esses serviços foram contratados pela Polícia Militar e pela Polícia Civil de São Paulo por inexibilidade de licitação, tendo em vista que a Safran é a fabricante dos motores e possui a exclusividade desse novo modelo de manutenção. Segundo a Safran o modelo SBH possui flexibilidade e pode adequar-se às necessidades do operador e da legislação.

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Mesa de debate sobre Aspectos legais, financeiros e processuais na gestão pública de frota. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

A manhã foi finalizada como uma apresentação do Delegado de Polícia Civil Aristóteles Tavares Leite, Coordenador da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas do Estado do Ceará (CIOPAer). Tavares falou sobre a história da CIOPAer, as aeronaves denominadas “Fênix” que operaram e sobre as vantagens e desvantagens da gestão integrada. A CIOPAer possui em sua frota um avião Cessna 210 Centurion II, dois AS350B2 (Esquilo), três EC145 e um EC135 e realizam manutenções até 150 horas.

A unidade possui, além de sua sede em Fortaleza, duas bases destacadas, uma em Juazeiro do Norte com um EC 145 e outra em Sobral com um AS350B2. Como o aeroporto de Fortaleza foi privatizado recentemente, a CIOPAer busca uma nova área para suas operações. Outra novidade é que a partir de março de 2018 devem receber as novas aeronaves adquiridas. São dois H135 Helionix e serão os primeiros helicópteros desse modelo no Brasil.

Delegado Tavares da CIOPAer em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.
Delegado Tavares da CIOPAer em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Os trabalhos foram retomados a tarde com apresentação do Cel Res PM Ricardo Gambaroni e do Cel PM Carlos Eduardo Falconi, comandante do GRPAe, sobre a experiência de São Paulo na “Gestão de Frota da PM”.

Abordaram a complexidade das operações realizadas pela Polícia Militar de São Paulo e da necessidade da frota possuir disponibilidade para apoiar as diversas operações realizadas no Estado. São 104 Batalhões territoriais que a PM possui e o Grupamento Aéreo apoia essas unidades. Em mais de 32 anos de operações aéreas já são mais de 120.000 horas voadas em cerca de 250.000 missões. O GRPAe conta com 11 Bases, 13 hangares, um efetivo de 513 policiais e mais de 100 pilotos.

Reafirmaram a importância do modelo SBH da Safran na manutenção dos 24 motores que equipam os 23 AS350 (esquilos) da PM, incluindo um motor reserva.

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Cel PM Falconi do GRPAe em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Em seguida mais uma mesa de debate com a participação do Ten Cel PM Renato, Comandante do GRAer da PM da Bahia, do Ten Cel PM Borges, subsecretário da Casa Militar do Espírito Santo, do Maj PM Moyses, chefe da manutenção do GRPAe da PM de São Paulo e do Ten Cel Res PM Gonçalves da PM do Distrito Federal  e como mediador Marcelo Madruga da Safran.

O tema foi “Gestão pública de frota“. Cada um deles fez uma apresentação sobre a gestão de suas frotas sob o enfoque do modelo SBH – Support by the Hour da Safran. Abordaram as dificuldades iniciais sobre o entendimento desse novo modelo e adequação dele a legislação e apresentaram os benefícios percebidos no dia-a-dia depois da contratação.

Confira a palestra: “Gestão pública de frota

Mesa de debate sobre Gestão de Frota. Foto: Eduardo Alexandre Beni.
Mesa de debate sobre Gestão de Frota. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Finalizando as palestras, houve apresentação de Roberto Pagano da empresa Safran sobre “O programa SBH no Brasil”.  Atualmente existem no país cerca de 274 motores Safran e 40 contratos no modelo SBH, sendo que destes, 9 contratos são com Organizações Aéreas de Segurança Pública com 51 motores.

Detran do DF, NOTAer ES, CTA do MA, GRPAe da PMESP, GRAer da PMBA, BPMOA da PMPR, GRAESP do PA, SAT da PCESP e BOA do CBMMG já possuem esse contrato de prestação de serviço. Pagano reafirmou que esse modelo propicia previsibilidade, gestão de mão de obra, redução de estoque e redução de custos logísticos.

Confira a palestra: “O programa SBH no Brasil

Roberto Pagano da Safran em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.
Roberto Pagano da Safran em sua apresentação. Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Ao final das palestras houve um momento de homenagens aos gestores da Aviação de Segurança Pública que adotaram modelos de gestão de frota que priorizam a segurança e a disponibilidade de suas aeronaves e em seguida o evento foi encerrado por François Haas, presidente da Safran no Brasil.

François agradeceu a presença dos gestores da Aviação de Segurança Pública e disse sobre a importância de uma melhor gestão nos recursos disponíveis para gerir uma frota em operações complexas e que necessitam de segurança e de disponibilidade.

Também abordou da importância desses eventos que reúnem profissionais da Aviação de Segurança Pública, por isso no dias 13 a 15 de setembro acontecerá o Encontro Nacional de Aviação de Segurança Pública na cidade de Goiânia (GO).

François Haas, presidente da Safran no Brasil, encerrando o evento: Foto: Eduardo Alexandre Beni.
François Haas, presidente da Safran no Brasil, encerrando o evento: Foto: Eduardo Alexandre Beni.

Texto e fotos por Eduardo Alexandre Beni.

Plano capixaba para manutenção de aeronaves é modelo no Brasil

A gestão eficiente de gastos públicos no Espírito Santo mais uma vez serviu de inspiração para outros estados brasileiros e para os países da América Latina. Na última semana, o subsecretário da Casa Militar e chefe do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), major Márcio Franco Borges, foi convidado para apresentar o plano estratégico de economia de manutenção das aeronaves do Estado no evento internacional Operators 2016 Symposium, que aconteceu em São Paulo.

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O plano prevê uma economia de mais de R$ 2 milhões em manutenção dos helicópteros do Estadousados para apoio policial, transporte de vítimas de acidentes e enfermos – no prazo de cinco anos.Isso representa uma economia de mais de 21% para os cofres públicos.

“O momento atual da economia nos motivou a buscar esta importante e inovadora solução de gestão orçamentária eficiente, pela qual são efetivadas ações focadas na responsabilidade gerencialNosso intuito tem sido de construir um processo sustentável, tendo como consequência redução de custos do serviço público, assim como a ampliação da produtividade e da qualidade das ações desenvolvidas por nossas aeronaves em prol da sociedade capixaba”, destacou o major Borges.

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A iniciativa do Espírito Santo foi pioneira no país entre os órgãos de aviação de Segurança Pública e está sendo adotada pelos estados de São Paulo e Maranhão, além de empresas privadas do setor de aviação do país. Com as ações de gestão eficiente de manutenção das aeronaves, o Estado foi convidado a integrar o Conselho de Clientes organizado pela empresa francesa Safran Group, fabricante dos motores dos helicópteros do Governo do Estado e responsável por gerenciarcontrato de manutenção das aeronaves capixabas.

A Secretaria da Casa Militar, seguindo o Planejamento Estratégico do Governo do EstadoES 2030busca empreender ações de eficiência na gestão governamental, por meio da otimização do emprego dos recursos orçamentários-financeiros, e tem estabelecido um planejamento direcionado ao controle de gastos, às melhorias continuadas e à gestão de processos, em particular, na qualificação do manutenção das aeronaves.

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Fonte: Governo do Espírito Santo.

Safran Helicopters Engines Brasil nas Olimpíadas Rio 2016

Desde o último dia 05 de Agosto, 90 aeronaves de diferentes modelos, cruzam o céu do Rio de Janeiro, garantindo a segurança e o bem estar de atletas e turistas que acompanham os Jogos Olímpicos do Rio.

São 145 turbinas, 03 famílias de motores ( Arriel, Arrius e Makila), mais de 2000 horas de voo, e um único fabricante: Safran Helicopters Engines (Antiga Turbomeca).

motor de Makila 2, Turbomeca Brasil fábrica

A Safran Helicopters Engines, instalada no Brazil há 39 anos, preparou um suporte especial para o evento. São 04 engenheiros, 05 Coordenadores de Suporte e 07 Representantes de Campo, atendendo 24 horas por dia, 07 dias por semana, de forma a garantir o sucesso da  operação.

Além do suporte direto, 05 centros de manutenção e um centro de reparo operam em regime especial, visando complementar esse atendimento.

O fornecimento de peças e motores em regime de urgência também faz parte dessa operação. Localizado em Xerém, Rio de Janeiro, um estoque dedicado com 21 motores e cerca de 200.000 itens (contabilizando cerca de cento e cinquenta milhões de reais), garante o atendimento de qualquer necessidade durante o período dos jogos.

Através dessas ações, a Safran Helicopters Engines expressa sua gratidão pela confiança depositada em suas turbinas e atender as expectativas de seus clientes e de todos aqueles que participam direta ou indiretamente do maior evento esportivo do mundo.

Vista geral das instalações e facilidades para Turbomeca Brasil fábrica

Conheça um pouco sobre a rotina da oficina de manutenção das aeronaves da PM de São Paulo

O Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo possui oficina de manutenção aeronáutica homologada pela ANAC desde outubro de 2008 e realiza, desde então, a manutenção de suas aeronaves. Ela realiza manutenção nos 23 esquilos AS350 da frota que estão distribuídos nas 11 bases do Águia no Estado.

O Grupamento Aéreo ainda possui contrato de prestação de serviço com fornecimento de peças com as empresas Helibras e Turbomeca. Essas empresas proporcionam qualidade e segurança nos serviços realizados.

Atualmente o Grupamento possui mecânicos de manutenção aeronáutica habilitados, todos policiais militares, para realizar nas oficinas do GRPAe manutenções de 7 dias, 10h até 150h. As inspeções de 600h, 12 anos, Inspeção Anual de Manutenção – IAM e Relatório de Condição de Aeronavegabilidade – RCA são feitos pela empresa Helibras.

Na semana passada foi a vez do Águia 06, onde mecânicos de manutenção aeronáutica da Divisão de Manutenção do GRPAe realizaram a terceira manutenção de 150h.

Na semana passada foi a vez do Águia 06, onde mecânicos de manutenção aeronáutica da Divisão de Manutenção do GRPAe realizaram a terceira manutenção de 150h em São Paulo. Essa ação dura em média 05 dias e segue diretrizes de aeronavegabilidade do fabricante da aeronave.

São verificados sistemas como os de combustível, de óleo e hidráulico, além de inspeções visuais e dimensionais de elementos que compõem o grupo motopropulsor, o rotor de cauda e o rotor principal.

Essa ação verifica também os acessórios utilizados em apoio ao policiamento e em missões de salvamento, como o gancho e o imageador térmico.

Essas manutenções são muito importantes para a segurança operacional do GRPAe e são realizadas em todas as aeronaves da Polícia Militar através de um planejamento rigoroso para manter a continuidade do serviço.

Na semana passada foi a vez do Águia 06, onde mecânicos de manutenção aeronáutica da Divisão de Manutenção do GRPAe realizaram a terceira manutenção de 150h.

Para ajudar nessa importante tarefa, o GRPAe possui a Base de Radiopatrulha Aérea de Bauru como uma “filial” da oficina de manutenção de São Paulo e realiza as manutenções nos helicópteros das Bases do interior – Araçatuba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Piracicaba, além de Bauru.

Para organizar tudo isso, o GRPAe também dispõe de um Controle Técnico de Manutenção (CTM), capaz de planejar toda a frota para que tenham mais disponibilidade. Nos dias atuais está sendo um grande desafio para os gestores de manutenção manter a frota disponível.

A PM mantém suas 11 bases com helicópteros em apoio ao policiamento, no salvamento e no resgate, e são esses profissionais que fazem a diferença.

São policiais militares que fazem voar – você pode confiar!!

Fotos: Divulgação.

Airbus Helicopters em busca de aprimorar as capacidades do H145

A Airbus Helicopters espera capitalizar com a entrada suave do seu novo H145 em serviço – anteriormente, a variante T2 do bimotor médio EC145 – e adicionar capacidades extras à aeronave de asa rotativa de referência.

A primeira entrega do novo Donauwörth, modelo fabricado na Alemanha – que ganha motores atualizados Turbomeca Arriel 2E de 900 cavalos de potência do eixo (671kW), um rotor anti-torque envolto e um novo cone de cauda de fibra de carbono – aconteceu em julho de 2014 ao fornecedor alemão de serviços médicos DRF Luftrerrung.

Desde então, 43 helicópteros foram entregues a 14 clientes, acumulando um total de 10.400 horas de voo, segundo o gerente do programa Dragos Grigorincu. Almeja-se uma disponibilidade de 85%, mas Grigorincu acredita ser possível atingir 90%. “As declarações gerais vindo das operadoras é de que a entrada em serviço tem sido bem suave,” disse ele, com manutenções não programadas “mantidas ao mínimo”.

Airbus Helicopters

Os trabalhos de expansão de envelope já começaram a ser realizados, com voos teste conduzidos em abril e maio deste ano, na Bolívia, para habilitar altitudes de densidade certificadas de 6,000 metros a partir deste ano.

Outros recursos também serão adicionados ao conjunto de aviônica Helionix no próximo ano, incluindo ADS-B Out, um sistema de visão sintética, mapas digitais e a abordagem de Localizador de Desempenho com Orientação Vertical.

Um acessório de voo eletrônico baseado em iPad com total conectividade também está sendo desenvolvido “para os próximos um ou dois anos”, disse Grigorincu.

Um sistema de monitoramento da integridade e do uso também será lançado este ano, que inclui um monitoramento da vibração do motor, algo amplamente solicitado pelas operadoras no segmento de transportação offshore, afirmou ele.

Apesar de 80% das entregas até agora terem sido feitas ao setor de serviços de emergência médica, as operadoras offshore estão gradualmente mostrando interesse pelo helicóptero de oito passageiros.

Isto foi salientado através de um acordo assinado em dezembro para o H145 do Transporte Aéreo Pegaso do México para uso nas operações de petróleo e gás. As entregas devem começar em 2017.

A lista de aeronaves pendentes está agora em 180, uma mistura de encomendas confirmadas e outras opções, disse Grigorincu. A produção da nova variante está aumentando, de 13, em 2014, para 40, em 2015, e crescendo a um máximo de 60 este ano.

Porém, os fabricantes de fuselagem continuam a trabalhar com seus modelos mais antigos, tanto com o helicóptero de base quanto com o EC145e – comercializado agora como o EC145 – com um total de 70 fuselagens ainda a serem fabricadas.

A grande maioria delas está destinada ao programa UH-72 Lakota do Exército dos EUA, com kits fabricados em Donauwörth transferidos a uma instalação em Columbus, no Mississippi, para a montagem final.

A Airbus Helicopters não revela quando retirará o modelo mais antigo de produção, mas provavelmente não estenderá para além de 2016.

Fonte: Flight Global/ Reportagem: Dominic Perry

Heli-Expo 2016: Vendas de turbinas declinam

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A desaceleração global da demanda por novos helicópteros atingiu os fabricantes, bem como fornecedores, incluindo os fabricantes de turbinas de helicópteros.

A francesa Turbomeca divulgou seus resultados esta semana mostrando uma nova queda de produção de motores no ano passado.

A empresa produziu 718 motores em 2015, uma queda de 16% em comparação com 858 em 2014 . Em comparação, a empresa entregou cerca de 1.000 motores de volta em 2013.

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Maxime Faribault, VP de vendas da Turbomeca, declarou que a indústria do helicóptero como um todo teve uma queda estimada de 27%.

“Nós tivemos esta redução em termos de produção, no entanto, eu diria que a atividade de manutenção tem sido menos afetado pela desaceleração do mercado”, disse Faribault.

Turbomeca manuteniu 1.650 motores no ano passado em comparação com 1.750 em 2014, representando uma queda modesta de 6% nesta área.

Grande parte da desaceleração do mercado pode ser atribuída à queda dos preços do petróleo, que atingiu seu nível mais baixo em uma década em janeiro, abaixo de US $ 30 o barril.

Isso afetou o segmento pesado, mas também tem havido repercussões para outras áreas do mercado.

“Eu acho que o preço do petróleo tem um impacto não só sobre as operações offshore, mas também nos países emergentes que dependem das receitas provenientes do petróleo, tais como Brasil, México e Malásia.”

Uma das vítimas da desaceleração do mercado foi a nova turbina da Turbomeca Makila 2B , um motor com mais de 2,000shp, planejado para equipar o H225e atualizado e que teve sua certificação adiada.

“O baixo nível de operações offshore e a venda de helicópteros pesados ​​significa que não há juros de curto prazo para a Airbus a desenvolver o Makila 2B”, disse Faribault.

“A certificação foi quase alcançado por isso vai ser fácil para Turbomeca para relançar a certificação Makila quando o mercado precisar dele”, acrescentou.

O destaque ficou para as venda da Turbomeca na Ásia , que contrariou a tendência e continuou a crescer no ano passado. A empresa prevê que as vendas nesse mercado também continuarão com sua trajetória ascendente este ano também.

“Em termos de dinâmica, eu diria que a Ásia é o melhor lugar do mundo para o mercado de helicópteros”, disse Faribault.

Três helicópteros não-ocidentais equipados com propulsores Turbomeca estão próximos de fazer seus primeiros voos este ano, incluindo o helicóptero russo Ka-62 , o helicóptero indiano utilitário leve HAL e o helicóptero chinês Avic AC352.

“Eu acredito que atualmente a Turbomeca é o fabricante de turbinas de helicóptero que está na posição mais forte”, disse Faribault. “Nós equipamos a maioria dos helicópteros em operação ou em desenvolvimento neste mercado, diretamente ou com alguma parceria.”

Em termos de desenvolvimento de motores, a Turbomeca revelou que atualmente tem 10 novas variantes de turbinas em desenvolvimento, incluindo uma nova família de motores de alta potência que se enquadram na gama de 2,500shp para 3,000shp.

Novos conceitos como a tecnologia de “sleeping mode”, onde uma turbina é desligada ou colocada em marcha lenta em cruzeiro para diminuir custos e consumo de combustível, também estão sendo explorados.

“Hoje, estamos projetando motores não para a potência que necessitam para cruzeiro, mas para situações de emergência. Então isso significa em modo de cruzeiro o uso de combustível não está otimizado, então o conceito de “sleeping mode” é uma boa solução “, Faribault concluiu.

Fonte: Shephard

BAVOP/PMDF Conclui Instrução de Motor Arriel 1D1

Distrito Federal – Policiais Militares, Bombeiros e Policiais Civis do Distrito Federal concluíram dia 11 de março de 2016 a primeira Instrução de Motor Turbomeca Arriel 1D1 nas instalações do Batalhão de Aviação Policial da PMDF.

Os alunos tiveram aulas do Motor Turbomeca Arriel 1D1 e seus diversos sistemas, documentação técnica, limitações e procedimentos de operação, procedimentos de manutenção, análises de faltas e pesquisa de panes.

Com esta instrução, o BAVOP/PMDF confirma sua capacidade de formação e treinamento dos profissionais de manutenção da aeronave AS350B2 dos grupamentos aéreos da capital do Brasil.

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Texto: ST Souza Lopes.

Investigação de acidente em Clutha/Escócia confirma que EC135 não apresentou falhas

As investigações do acidente resultaram em uma série de recomendações para as agências reguladoras europeias, incluindo do Reino Unido; após dificuldades para determinar o porquê de um EC135T2+ da Airbus Helicopters, que havia fornecido suporte para as operações da Polícia da Escócia em Glasgow, no dia 19 de novembro de 2013, ter seus dois motores em chamas e cair, matando 10 pessoas.

O incidente noturno foi atribuído inicialmente à falta de combustível, mas um novo relatório diz que não foi encontrada nenhuma resposta que explicasse o porquê do piloto da aeronave ter desligado as bombas de reserva durante o voo e ter falhado em pousar como previsto, depois de reconhecer avisos repetidos de nível de combustível baixo.

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“O helicóptero não pousou dentro dos 10 minutos especificados pelos Procedimentos de Mau Funcionamento e Emergência da Lista de Verificação do Piloto, seguindo a ativação contínua dos avisos de nível de combustível baixo,” disse a Agência de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) do Reino Unido em um relatório de 176 páginas no dia 23 de outubro.

A aeronave – G-SPAO – de propriedade e operada pela Bond Air Services, retornava ao heliporto da cidade de Glasgow, mas veio a solo em uma área urbanizada certa de 5 km de distância do seu destino pretendido.

“Os dois motores entraram em chamas devido à falta de combustível, com cerca de 32 segundos de diferença,” disse o relatório.

A aeronave caiu no teto de um estabelecimento público, Clutha Vaults, matando o piloto, dois observadores da polícia a bordo e sete civis e feriu outras 11 pessoas gravemente.

“Apesar da análise detalhada das evidências limitadas disponíveis, não foi possível determinar por que ambas as bombas de transferência de combustível no tanque principal permaneceram desligadas durante a última parte do voo; por que o helicóptero não pousou dentro do tempo especificado, seguindo a ativação dos avisos de nível de combustível baixo; e por que uma chamada de emergência não foi feita pelo piloto,” constatou o relatório.

“Além disto, não foi possível estabelecer por que o pouso e uma auto-rotação mais bem sucedida não foram atingidos, ainda que em circunstâncias especialmente demandantes.”

O radar altímetro da aeronave e a luz de pouso foram deixados desligados seguindo a perda do segundo motor, o que a AAIB cita como um fator contribuidor, devido à “perda das informações de altura e dos sinais visuais reduzidos”.

O relatório observa que “o sistema de transmissão, as pás do rotor principal e o Fenestron não foram usados e não estavam em rotação no momento do impacto.”

Segundo a investigação, “não foi identificada nenhuma falha técnica na aeronave antes do impacto nem nos seus sistemas”.

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Durante a avaliação subsequente, “nenhum dos motores [Turbomeca Arrius 2B2] apresentou qualquer evidência de danos antes do acidente, erro ou falha”, e nenhuma contaminação de combustível foi encontrada.

A aeronave levantou voo com cerca de 400kg de combustível e 73kg de combustível usável permanecia a bordo, pois as bombas de transferência haviam sido desligadas.

Sobre os desafios encontrados na obtenção de informações sobre o voo após o acidente, a AAIB disse:

“É recomendável que a Autoridade de Aviação Civil [do Reino Unido] exija que todos os helicópteros operando sob o Certificado de Operadores Aéreos da Polícia, e com um Certificado Individual de Navegabilidade Aérea emitido pela primeira vez antes do dia 1º de janeiro de 2018, sejam equipados com uma capacidade de registro que capture dados, áudios e imagens na memória doa acidentes que resultaram em sobrevivência.”

Ela também pede a integração dos gravadores de dados de voo em tais aeronaves e, para a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), a exigência das mesmas melhoras para aqueles helicópteros usados pelas organizações de Serviços de Helicópteros de Emergência Médica.

“A Airbus Helicopters revisou o relatório e destacou a ausência de fatores técnicos ligados a este trágico acidente,” disse a fabricante.

Ela acrescentou que “tem trabalhado incessantemente para fornecer às autoridades todas as informações e suportes necessários”, e disse que agora “revisará esse relatório detalhadamente e levará em consideração todas as recomendações”.

A empresa “continuará a trabalhar de forma incansável para garantir a segurança de nossas aeronaves”, disse.

Ao falar com a Flight International, o diretor global de segurança da Airbus Helicopters, Gilles Bruniaux, destacou a decisão da fabricante de instalar o sistema Vision 1000, como um equipamento padrão no cockpit de todas as suas aeronaves de asa rotativa comerciais encomendadas a partir de 2014, como uma “medida proativa”.

O equipamento registra as imagens do cockpit e as atividades de voz durante as operações junto com certos parâmetros de voo.

Bruniaux disse que a empresa também está buscando potenciais melhoras futuras, como a possibilidade de automatizar o sistema usado para transferir combustível dos tanques de reserva, assim o processo não necessitaria de “ação alguma por parte dos pilotos”.

A Bond Air Services observou que enquanto a AAIB não tem feito recomendações específicas para a operadora, “ela está estudando o relatório e continuará trabalhando em conjunto com a fabricante e as agências reguladoras para aprender com seus resultados”.

Fonte: Flight Global/ Reportagem: Craig Hoyle

Saiba mais:

Helicóptero da polícia cai sobre bar em Glasgow, na Escócia

Erro do piloto “não foi a causa” do acidente de Clutha/Escócia

Manutenção Aeronáutica “conforme” – Uma garantia para a Segurança

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RONALDO BARRETO DE OLIVEIRA

Manter
Manter a aeronavegabilidade
Manter seguro
Manter conforme certificação do produto aeronáutico
Manter e gerenciar o risco dentro de níveis aceitáveis

A Segurança de Voo ou Segurança Operacional e a Manutenção Aeronáutica trabalham com ações similares e com propósito final uníssono, qual seja, que para cada decolagem resulte ao final do cumprimento da missão um pouso seguro. Ambas caminham lado a lado, uma está fortemente atuante, com seus conceitos, dentro do outra.

Uma das primeiras garantias que uma aeronave possui em sua segurança para voar está alicerçada em seu processo de certificação, que foi conquistado em diversas fases, entre elas a fase de desenvolvimento e produção, com as campanhas de voos de ensaio pelo fabricante, para o cumprimento de rigorosos requisitos dos regulamentos, conforme a categoria da aeronave.

Juntamente com o principal produto final do processo, que é a aeronave propriamente dita, outros importantes e vitais instrumentos também nascem com o novo produto aeronáutico, os Manuais. Entre eles: de manutenção, de voo, ilustrado de peças, programa de manutenção e outros tantos.

Expedido pelo fabricante e aprovado pelos Órgãos Reguladores da Aviação Civil, o programa de manutenção conta com: tempo limite de vida dos componentes, tempo limite de operação dos componentes, tempo entre revisões de cada conjunto e subconjunto, inspeções necessárias com suas periodicidades, referência do cartão de trabalho necessário para cumprir cada intervenção, etc.

Através da Manutenção Aeronáutica almeja-se o cumprimento, de forma sistêmica, do programa de manutenção do fabricante, com o grande desafio de manter a aeronavegabilidade do produto aeronáutico conforme foi certificado. Parece simples e aprova de falhas essa nobre missão: sabe-se o que e quando deve ser feito (programa de manutenção), sabe-se como fazer (manual de manutenção, de práticas correntes e outros) e mesmo assim o fator contribuinte manutenção nos acidentes e incidentes aeronáuticos está presente.

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Em análise as ocorrências envolvendo manutenção de aeronave constata-se que o Fator Humano na Manutenção foi o principal determinante do evento, foi o homem que trabalha na manutenção que, na maioria das vezes por erro, outras poucas por violação, contribuiu com sua ação ou omissão para o evento danoso. A evolução tecnológica e a consagração dos projetos aeronáuticos fizeram com que erros de projetos, materiais e/ou sistemas fossem cada vez menores no universo da manutenção aeronáutica.

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Trabalhar Conforme

Certa oportunidade, no Curso de Coordenador de Manutenção, realizado no Centro de Treinamento Helibras, um instrutor utilizou repetidamente e com muita ênfase a expressão conforme: a tarefa deve ser cumprida conforme, cumprir o cartão conforme, a ferramenta tem que estar conforme, conferir a execução do cartão de trabalho conforme, registrar os serviços conforme, entre outras assertivas.

Trabalhar conforme significa basicamente executar a tarefa com o Manual requerido aberto ao lado do executante. Simples demais? Sim, porém negligencia-se demais no simples, que se transforma num dos maiores perigos latentes que envolvem a Manutenção Aeronáutica, a rotina.

O técnico de manutenção aeronáutica está tão familiarizado com aquele serviço, por exemplo, uma simples troca de um arranque gerador, fez inúmeras vezes,  ensina frequentemente aos auxiliares, ou seja, virou uma rotina, que passa a desconsiderar a necessidade de fazer o serviço com o manual aberto ao seu lado e cumprindo rigorosamente as ações preconizadas, o serviço está fadado a não-conformidade.

Agindo conforme, mesmo sabendo o que fazer, o profissional responsável irá abrir o manual e executará de forma sistemática e orientada o mais simples trabalho, dessa forma, com certeza, o mais experiente mecânico, eventualmente, irá se surpreender, com o novo valor de torque que o manual trouxe para certo parafuso, com o novo procedimento incorporado por uma recomendação oriunda de uma investigação de acidente aeronáutico, enfim, estará com certeza executando seu trabalho baseado naquilo que de mais novo está vigente sobre o assunto, é o trabalho conforme, no estado da arte.

arteAlém da preocupação em executar com a técnica vigente as tarefas, empregando manuais atualizados, trabalhar conforme ainda abrange tudo aquilo, relacionado com a atividade de manutenção aeronáutica, que possua legislação, regulamento, manual ou, quando sem previsão normativa, a adoção de uma prática recorrente, eficaz e comprovadamente segura, como exemplo:

– Ter um ambiente adequado de trabalho – o ambiente deve ser limpo, arejado, iluminado, ter local para consulta dos manuais (biblioteca técnica para os impressos e/ou terminal para acesso on-line),terem os equipamentos necessários (talhas, compressores, bancadas, etc.). RBAC 145:

145.103 Requisitos para instalações e recursos

(a) Cada organização de manutenção certificada deve prover: (1) instalações que abriguem recursos, equipamentos, ferramentas, materiais, dados técnicos e pessoal compatível com suas certificações, especificações operativas e, quando aplicável, lista de capacidades;

– Possuir pessoal qualificado e treinado para as intervenções requeridas–o mecânico deve ter o perfil adequado para a atividade, senso de responsabilidade, treinamento e reciclagem, capacidade de leitura dos manuais no idioma apresentado, etc. RBAC 145:

145.155 Requisitos do pessoal de inspeção

(c)-I O pessoal de inspeção deve ser capaz de ler e entender o(s) idioma(s) em que são apresentados os dados técnicos e as instruções para aeronavegabilidade continuada necessárias para a realização dos serviços constantes em suas especificações operativas

– Possuir as ferramentas básicas e especiais conforme a homologação da oficina – RBAC 145:

145.109 Requisitos de equipamentos, ferramentas, materiais e dados técnicos

(a) Cada organização de manutenção certificada deve ter equipamentos, ferramentas e materiais necessários para a execução da manutenção, manutenção preventiva ou alteração em conformidade com seu certificado, especificações operativas e com o RBAC 43,

– Manter e certificar-se das validades de aferições e calibrações das ferramentas.

– Cultuar uma Doutrina de Manutenção Aeronáutica – doutrina como conjunto de regras que regem as condutas dentro da oficina, com consciência de todos e fiscalizações mutuas e sem “melindres”. Ações, atitudes e condutas que não foram, necessariamente, abordadas nas legislações,mas que foram adquiridas pela expertise, pelos ensinamentos dos erros do passado e trazidas pelas boas práticas de manutenção, sabendo o porquê e a importância de cada conduta. Por exemplo: ter como doutrina que os mecânicos não devem fazer uso de anéis, pulseiras e adornos que podem,numa intervenção no motor da aeronave, se desprender e atingir partes críticas do motor resultando em acidente, incidente ou uma intervenção fora de fase no motor.

fodOu ainda, a doutrina de se manter limpo o hangar de manutenção e o pátio, eventualmente pelo próprio auxiliar de mecânico que deverá varrê-lo consciente que aquela missão tem seu porque e sua importância evitando que algum FOD, atinja um pneu, por exemplo.

Livre de improvisos, achismos e “jeitinhos”, assegurada uma doutrina deve consolidada em um Regulamento de Conduta, numa Nota de Instrução, num Procedimento Operacional Padrão, seja lá qual for o nome do documento normativo, qualquer novo integrante da Oficina de Manutenção quando chegar novo na Organização, do auxiliar mais inexperiente ao inspetor mais antigo, do controlador técnico ao Gerente Responsável, do soldado ao major, todos que chegam terão a cartilha que os levará a trabalhar conforme.

Como base para criação de doutrinas e boas práticas de gestão para a Manutenção Aeronáutica um ponto de partida interessante, que leva ao aprendizado com velhos erros, é o conhecimento das Dirty Dozen.

The Dirty Dozen é um estudo desenvolvido por Gordon Dupont, em 1993, trabalhando na Transport Canada, que passou a fazer parte de programa de formação elementar do desempenho humano na Manutenção Aeronáutica, o conceito abriu discussões sobre o erro humano nas empresas, organizações e locais de trabalho, não só na manutenção aeronáutica, mas também para os pilotos, trabalhadores de rampa, controladores de tráfego aéreo e tripulação de cabine.

Os aspectos que Gordon Dupont expõe complementam a idéia de trabalhar conforme. Expomos que trabalhar conforme irá auxiliar na segurança de voo, sem dúvidas, e bastaria somente o cumprimento das regras, porém ele enfatiza o descumprimento inconsciente da regra, resultado de uma das Dirty Dozen, que levará aos erros, por exemplo: o trabalho foi conforme – ambiente adequado, manual atualizado, ferramenta apropriada e aferida, porém, por causas diversas, o técnico trabalha além da sua jornada de trabalho, resultando em fadiga, que, consequentemente, resulta em falta de atenção. Nesse caso não se observa os pontos negativos que se iniciaram quando se decidiu prolongar a jornada e sim os pontos positivos: aeronave ficará pronta no prazo, ou antes, terminará a pressão da chefia, serei elogiado pela dedicação, iremos para casa hoje e não precisaremos voltar amanhã, por exemplo.

dupobtConcluímos então que trabalhar conforme em Manutenção Aeronáutica poderá ter dois contextos, com recursos humanos e metas diferentes: técnico: afetando, sobretudo, o mecânico executor, o suprimentista, o controlador técnico, o inspetor e demais envolvidos que atuaram dentro das normas e doutrinas de manutenção vigentes; administrativo: trabalhando nos bastidores, como por exemplo, em processos de compra de componentes.

Administrativamente ainda os gestores têm papel muito importante no acompanhamento, supervisão e implantação de política organizacional que monitore, evite e/ou mitigue o aparecimento de alguns das Dirty Dozen, contribuindo ativamente com a segurança operacional, conforme apresentado no quadro: 1. Falta de Comunicação; 2. Complacência; 3. Falta de Conhecimento; 4. Distração; 5. Falta de Trabalho em Equipe; 6. Fadiga; 7. Falta de Recursos; 8. Pressão; 9. Falta de Assertividade; 10. Stress; 11. Falta de Consciência; e12. Normas (não escritas, fruto de práticas corriqueira, porém não- conforme, “a forma de como fazemos as coisas por aqui”, improviso perigoso).

A Manutenção Aeronáutica no GRPAe

Para manter conforme os seus helicópteros modelo AS 350 “Esquilo” o Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo – GRPAe, através de processo licitatório, mantém contrato de manutenção de célula com a empresa Helibras e de manutenção de motor com empresa Turbomeca.

Todavia, estrategicamente, possui no seu organograma uma Divisão de Manutenção Aeronáutica, onde funciona a Oficina de Manutenção Aeronáutica do GRPAe. Certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil- Anac e regida pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil- RBAC 145, a Oficina do GRPAe está habilitada para executar as inspeções requeridas pelo fabricante da aeronave, realizando comumente inspeções de 150 horas, onde a aeronave permanece uma semana baixada. Diariamente trabalha-se em eventuais panes, instalações de acessórios e componentes, pré, entre e pós-voo e serviços de pátio (abastecimento, balizamento, liberação de aeronaves para missões, etc.).

Para a Organização de Segurança Publica é muitíssimo importante ter seu pessoal de manutenção aeronáutica. A segurança de voo é aumentada pela atuação diária na aeronave do técnico qualificado, o emprego em missões policiais é possível por se tratar de um policia militar, ganha em autonomia nas inspeções no caso de uma eventual greve de empresa contratada, por exemplo, e possibilita a atuação em campo em meio às ambientes diversos de missão.

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Autor: Ronaldo Barreto de Oliveira é Capitão da Polícia Militar de São Paulo, Comandante de Aeronave e Instrutor de Voo do Grupamento de Radiopatrulha Aérea – “João Negrão” e atua na Divisão de Manutenção Aeronáutica da unidade.


A dosagem eletrônica do combustível nos helicópteros Airbus H125 e H130 (Motores Arriel 2D) por meio do sistema digital FADEC

FÁBIO CASTILHO

Os helicópteros da Airbus Helicopters H125 e H130 – designações comerciais dos consagrados helicópteros da família ESQUILO AS350 B3e e EC130 T2, respectivamente – , são equipados com uma turbina Arriel 2D, da Turbomeca, que possui um avançado controle eletrônico (FADEC).

A principal vantagem deste sistema digital é permitir uma melhor utilização da potência disponível, por meio de uma dosagem de combustível ótima. O FADEC (Full Authority Digital Engine Control), além de calcular a quantidade exata de combustível a ser introduzida na câmera de combustão, gerencia outras funções, tais como: apresentação de dados à tripulação por meio do VEMD (Vehicle and Engine Multifuntion Display), sistema automático de partida, controle dos limites dos parâmetros primários do motor, EPC (Engine Power Check), cálculo de ciclos das turbinas, controle de desgaste da turbina geradora de gases, etc.

O conceito FADEC aplicado nesses helicópteros isenta o piloto da dosagem de combustível, mesmo em situações de emergência, como uma pane total do FADEC. Seja qual for a fase do voo, os canais A e B irão realizar a regulação de combustível baseados em leis programadas em suas memórias e em informações oriundas de sensores instalados no próprio motor e na célula.

Na impossibilidade de a dosagem ser realizada por um desses canais, um sistema de comando de emergência EBCAU (Emergency Backup Control Ancillary Unit) é acionado automaticamente. Caso essa pane pouco provável ocorra, luzes GOV âmbar e GOV vermelha irão alertar à tripulação sobre a necessidade de trabalhar as variações de potência com mais suavidade. O piloto, então, irá preocupar-se somente com a pilotagem e com o pouso, uma vez que a dosagem será garantida pelo cartão de circuito impresso EBCAU.

Embora não possua a mesma capacidade de dosagem do FADEC, esse sistema de emergência foi projetado para não deixar o motor apagar ou extrapolar seus limites, garantindo a dosagem do combustível até que o pouso seja praticável e o corte do motor comandado pelo piloto.

Para qualquer outra forma de dosagem eletrônica do combustível, onde o piloto seja solicitado a dosar combustível na eventualidade de uma emergência, deve ser empregado o termo EECU (Eletronic Engine Control Unit), ou DECU (Digital Engine Control Unit). O conceito FADEC, tendo na sigla o termo FULL, deve ser reservado para sistemas totalmente gerenciados eletronicamente: partida, voo, emergência, corte, reacendimento.

Além das informações recebidas pelo FADEC através de seus sensores, potenciômetros instalados na cadeia de comando enviam aos computadores sinais elétricos que indicam com exatidão a posição do comando coletivo e do pedal direito, este último utilizado pelo piloto para oposição ao torque de reação (Cr) – tendência do nariz do helicóptero girar no sentido oposto ao do giro do rotor principal, quando ocorre aumento de potência -.

As localizações destes potenciômetros estão descritas na tabela 1, abaixo:

tabela1

 

fadec1

A tabela 2, abaixo, apresenta de forma resumida as funções dos potenciômetros XPC e XPA, com sinais validados e considerados pelo FADEC proporcionais à atuação do piloto nos comandos de voo. Este Modo Proporcional é utilizado normalmente para a dosagem do combustível em condições normais.

tabela2a
Se os dois canais do XPC (XPC1 e XPC2) falharem, a posição do coletivo não será mais conhecida pelo FADEC. Porém, estando o XPA funcionando normalmente, o sinal enviado por ele será validado e o Modo Integral-Proporcional será adotado. Neste modo, será considerada a posição do pedal direito (DDN) e a altitude pressão (Zp), proporcionalmente (variável) e fixado um valor para o XPC (sem sinal válido), integralmente (fixo), na definição da potência em cada fase do voo.

tabela3

No voo à frente, com velocidade indicada acima de 40kt, o pedal direto está mais próximo do neutro, pois um vetor força é gerado na deriva superior, de mesma direção e sentido do empuxo gerado pelo rotor de cauda, diminuindo a necessidade do acionamento daquele rotor.

No pairado, no entanto, o pedal direito estará bem avançado, pois não há sustentação na deriva capaz de manter a aeronave estabilizada no eixo de guinada. O potenciômetro XPA tem a importante função de solicitar ao FADEC mais rotação (NR) para o rotor principal, para aumentar as chances de realizar uma autorrotação com sucesso, caso ocorra apagamento do motor no voo pairado.

Se o potenciômetro XPA falhar, o Modo Integral será adotado pelo FADEC. A N2 será mantida alta (102% N2) para qualquer posição do coletivo, com a finalidade de atender às necessidades de todas as fases do voo, mesmo as mais críticas.

tabela4

Considerações finais

Independentemente do modo de dosagem adotado pelo FADEC ou mesmo se o pouso precisar ser realizado com a dosagem sendo efetuada pelo EBCAU, por exemplo: se os sinais do XPC e do XPA forem considerados inválidos simultaneamente, o piloto deverá continuar pilotando a máquina normalmente, porém, sem variações bruscas de potência.

Fora do Modo Proporcional, o FADEC estará dosando com degradação (abaixo de sua capacidade plena) e variações bruscas de potência serão respondidas com menos eficiência nessas condições. Para todos os modos de dosagem, os procedimentos previstos no manual de voo (FLM) devem ser integralmente considerados pelos pilotos. Seja em situações normais ou situações de emergências, nos H125 e nos H130, a dosagem do combustível será sempre digital (FADEC ou EBCAU).


Autor: Fábio Castilho é ex-militar da FAB, formado pela Escola de Especialistas de Aeronáutica. Tem mais de 15 anos de experiência com a manutenção de helicópteros da linha Airbus. Atualmente é instrutor do Centro de Treinamentos da HELIBRAS, em Itajubá-MG e graduando bacharel em Ciências Aeronáuticas na UNISUL.


ANAC certifica novo modelo de helicóptero – EC145 T2

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) emitiu, no dia 30 de novembro de 2015, o Certificado de Tipo para a aeronave MBB-BK117 D-2, fabricada pela Airbus Helicopters Deutschland (AHD), comercialmente denominada EC145 T2. Com a emissão do certificado pela Agência, a aeronave já pode ser comercializada e operada em todo o território brasileiro.

EC145T2

O EC145 T2 é o mais novo modelo de helicóptero da família MBB-BK117 e foi originalmente certificado pela Agência Europeia de Segurança para a Aviação Civil (EASA) em abril de 2014. De acordo com a fabricante, o aparelho foi desenvolvido com foco específico nas operações policiais e modelado num trabalho conjunto com pilotos de corporações, visando a atender as necessidades operacionais do segmento.

Com capacidade para transportar nove passageiros a uma velocidade de cruzeiro de 150 knots e altitude de 20.000 pés com MTOW de 3.700 kg, a aeronave é equipada com dois motores turbo-eixo Turbomeca Arriel 2E, cada um deles controlado por um sistema de gerenciamento computadorizado (FADEC) duplicado, que entrega à caixa de redução principal uma potência de 490 kW (710 shp).

Uma das principais inovações do modelo foi a substituição do rotor de cauda convencional por um do tipo Fenestron que, dentre outras características aerodinâmicas, proporciona considerável redução do nível de ruído na cabine. A nova suíte de aviônicos Helionix, da Airbus Helicopters, vem integrada com piloto automático de quatro eixos e displays com novas funcionalidades.

O processo de certificação da aeronave na ANAC empregou 350 horas e envolveu seis servidores da Agência (coordenador do programa e cinco engenheiros).

Fonte: ANAC

AC312C: O novo membro da família

A empresa Harbin Aircraft Industry Group (HAIG) apresentou, com ostentação, sua família em maquete na Exposição de Helicópteros da China, em Tianjin, incluindo as versões atualizadas do AC312.

Baseado na família Dauphin da Airbus Helicopters que essa subsidiária da Aviation Corporation of China (AVIC) tem fabricado desde 1981, o AC312 é o modelo de base original da família.

O porta-voz da AVIC HAIG disse que a sucessiva variante AC312A, que possui um alcance de 641km, foi desenvolvida com uma nova aviônica e um motor mais poderoso para obter um desempenho melhor ainda em alta altitude.

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O AC312A está em processo de produção há ‘alguns anos’, segundo o porta-voz, e já foi ‘exportado para vários países’.  Ele é equipado por dois motores WZ-8F, uma versão licenciada do motor Arriel 2 da Turbomeca.

Houve também um grande interesse na apresentação de um modelo do AC312C 4t, o qual, apesar de ainda ser baseado na família Dauphin, recebeu mudanças drásticas no design da fuselagem.

Ele mantém o rotor de cauda Fenestron característico do Dauphin, embora um design apresentado dois anos atrás ter um rotor de cauda convencional com quatro pás.

A revisão preliminar do design do AC312C foi concluída em junho e a revisão crítica do design ocorreu algumas semanas atrás.  A sua meta para obter a certificação da Administração de Aviação Civil da China (CAAC) é 2018, um ano depois do AC312E.

A maquete na exposição em Tianjin apresentou o AC312C em configuração para serviços de emergência médica (EMS), com uma porta em formato de concha na parte traseira da fuselagem, permitindo o acesso de duas macas. No entanto, o representante de vendas da AVIC disse que a aeronave bimotor é voltada para o mercado geral de aviação.

O AC312C foi especialmente desenvolvido para operar em ambientes altos e quentes, tais como aqueles encontrados nas regiões montanhosas e de planaltos da China, explicou ele.

O AC312E é uma outra variante atualmente em desenvolvimento e sua certificação está planejada para 2017. Essa versão é descrita como uma evolução tecnológica simples do AC312A.

Baseado no contrato concedido no primeiro trimestre deste ano, Rockwell Collins é responsável pela aviônica tanto do AC312C quanto do AC312E, que ficará baseada no sistema Proline 21 da empresa.  Porém, o motor específico não foi divulgado ainda. Ele será capaz de voar 500km e carregar uma carga útil de 600kg após decolagem a uma altitude de 4.500m.

Diferentemente das rodas retráteis do AC312A, o novo design utiliza patim.  O tubo de cauda é mais alto para que possam caber as portas traseiras da cabine.

Turbomeca entrega primeira produção de Arrius 2R

A fabricante francesa Turbomeca entregou a primeira produção do motor Arrius 2R à empresa Bell Helicopter para o helicóptero Bell 505 Jet Ranger X em desenvolvimento.

O evento aconteceu em agosto, seguindo a montagem do turboélice de 505shp (380kW) na instalação de Bordes, no sul da França.  No entanto, a produção futura dos motores ocorrerá em Dallas, no Texas (EUA).

Jean-François Sauer, vice-presidente do programa Arrius 2R, disse que está a caminho de conseguir a certificação da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) para o motor até o fim do ano.

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“O cumprimento do programa Arrius 2R está entre as maiores prioridades da Turbomeca.” A entrega do motor aconteceu durante a abertura da linha de montagem final da Bell para o Jet Ranger X, no dia 27 de agosto, em Lafayette, Lousiana (EUA).

A nova instalação de 82.300ft² (7.640m²) no Aeroporto Regional de Lafayette representa um investimento de $26.3 milhões de dólares.

Espera-se que as operações de montagem comecem esse ano com entregas para 2016, seguindo a certificação das aeronaves no fim de 2015. Até hoje, mais de 3.000 motores Arrius foram vendidos pela Turbomeca, para 430 clientes em 60 países.

Até o momento, a Bell já acumulou mais de 350 encomendas para o Bell 505. Os testes de voo continuarão com dois protótipos.

Fonte: Flightglobal/ Reportagem: Dominic Perry

Mecânicos da Turbomeca realizam manutenção em aeronave do GRAER/PMAM

Amazonas – Na sexta-feira, dia 28 de agosto de 2015, os mecânicos Ronaldo Rego e Ronei Soares, representantes da empresa Turbomeca, realizaram manutenção no motor da aeronave Esquilo PR-EAM, referente ao constante no boletim de serviço A292722849. A Turbomeca é uma empresa do Grupo SAFRAN e desenvolve e produz turbinas de pequena e média potências para helicópteros.

O serviço consta no controle de vibração do pinhão 41 dentes. Os dados coletados são encaminhados em tempo real para os técnicos na França, onde após análise encaminham o resultado, que atesta as condições do motor.

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Fotos:

Fonte: GRAER/PMAM

A evolução do AS350 Esquilo

Traduzindo livremente as ideias de Darwin, não é o mais forte, nem o mais inteligente que sobrevive, mas o que melhor se adapta às mudanças.

Ao que parece, a Aérospatiale levou em consideração esta ideia, nos anos 70, quando projetou o seu AS350 Ecureuil. Também conhecida como o Squirrel, ou AStar na América do Norte, esta linha de modelo continua evoluindo e crescendo, assim como a sua popularidade.

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Um dos mais novos AStars (acima) está a caminho da Índia e da Heritage Aviation, que receberá outro no início deste mês. As aeronaves H125 da operadora baseada em Nova Deli voarão em voos fretados, missões de utilidade pública e viagens de peregrinação. Foto: Airbus Helicopters/ Eric Raz

Da mesma forma que o nome deste helicóptero tem evoluído, o nome da sua mãe também tem. Através de uma série de fusões, a empresa francesa Aérospatiale tornou-se a renomada Eurocopter. Em julho de 2000, a Eurocopter tornou-se parte da Empresa Europeia de Aeronáutica, Defesa e Espaço (EADS). Após um realinhamento, em 2014, a EADS passou a operar como AirbusGroup, com três divisões de negócios: Airbus, Airbus Defesa e Espaço e Airbus Helicopters.

A reformulação da empresa trouxe ainda uma evolução das designações dos seus modelos. Mas, as operadoras de longa data não tiveram receio. Os modelos “que carregam um legado” não mudarão os seus nomes.

Uma rápida olhada no site da divisão mostrará as designações “H” recentemente adotadas. A ideia tem seu valor, já que as pessoas, agora, podem rapidamente colocar a frota da Airbus em ordem de tamanho/peso, em virtude apenas dos novos números dos modelos. Esta lógica competentemente coloca o modelo AS350 B3e (a única variante AStar a ser renomeada) como H125, diretamente depois do H120 (antigamente EC120), mas antes do H130 (antigamente EC130). Consegue ver como isso funciona?

Independente de como a sua variante em particular é chamada, uma coisa talvez seja verdade, agora mais do que nunca: o AS350 permanece sendo um dos helicópteros monomotores mais populares, eficazes e leves. A sua popularidade é compartilhada por muitos setores, como de turismo, coleta eletrônica de notícias, serviços de emergência médica, busca e resgate, utilidade pública, aviação policial e transporte VIP, só para citar alguns.

Embora o seu design básico, tamanho e forma tenham permanecido os mesmos, a aeronave tem passado por atualizações no motor, no sistema de rotor e aviônicos, o que têm elevado o seu desempenho e garantido o seu lugar como uma plataforma sólida e como carro-chefe para os próximos anos. O crescimento do modelo pode ser atribuído tanto ao fabricante quanto às atualizações pós-venda que continuam desenvolvendo e impulsionando esta aeronave para ser uma das melhores da sua categoria.

Apesar de mais de uma dúzia de variantes ter entrado em serviço no mundo todo em um momento ou outro, o AS350B2 e B3 lideraram entre os mais vendidos nos últimos anos. O B3e/H125  “é a variante AStar mais comumente vendida no mercado americano e tem superado nas vendas o B2 em todos os mercados durante os últimos anos”, disse o gerente de vendas para aviação policial da Airbus Helicopters, Ed Van Winkle.

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A frota do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles ilustra a flexibilidade das opções que o AS350 oferece. Ele provê um equipamento de detecção de radiação de ampla cobertura via uma Plataforma de Operações Especiais Tyler, que permite o uso eficiente e rápido do equipamento em qualquer AStar na sua frota. O departamento conduz operações de verificação de radiação várias vezes por mês como medida de proteção contra as ameaças radiológicas. Foto: Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles/ Sargento Mick Kelleher

Embora a maior parte do êxito do H125 seja devido ao seu alto e excelente desempenho, Van Winkle disse que, os B2 são equipados normalmente com um pacote de seis instrumentos de medição de vapor, enquanto o H125 vem equipado com um conjunto de aviônicos Garmin G500H, incluindo os aviônicos de navegação/comunicação GTN650 e GNC255A de apoio. O Controle Digital de Motor com Autoridade Total (FADEC) com novo canal duplo é um equipamento padrão assim como o motor Turbomeca Arriel 2D.

O Indicador Multifunção de Célula e Motor (VEMD) com Indicador de Primeiro Limite (FLI) é um equipamento de reserva tanto no B2 como no B3e. Van Winkle definiu o sistema VEMD/FLI como “o melhor equipamento de segurança” no AS350.

A melhor maneira de sentir a versatilidade desta aeronave seria conversando com aqueles que a operam e descobrindo como estão equipando os seus modelos para um melhor desempenho do seu trabalho. Foi o que fizemos.

Se você viajar para lugares que são populares entre os turistas, verá AStars voando pelos céus, oferecendo aos turistas paisagens únicas, seja na Índia ou em Nova Iorque.  As operadoras de viagem gostam da configuração e do desempenho do AStar, como afirma o diretor executivo da Heritage Aviation em Nova Deli, Rohit Mathur.

Por sete anos, a Heritage tem alugado vários tipos de helicópteros monomotores para levar os turistas a locais de peregrinação na Índia, como em Amarnath, Badrinath, Kedarnath e Vaishno Devi. O feedback de clientes e pilotos levou a Heritage a adquirir as suas próprias aeronaves.

“O H125 tem sido uma das aeronaves mais populares, principalmente para visitas a templos em terrenos altos”, disse Mathur. Os passageiros acham os voos estáveis e confortáveis e “os pilotos gostam da tranquilidade dos voos em altas altitudes e em áreas montanhosas.”

A Liberty Helicopters de Nova Iorque gosta da cabine ampla e das opções de porta para passeios do AStar, assim como das suas configurações para quatro a seis passageiros.

(Acima: à esquerda e à direita) As características do AStar fazem-no popular entre vários tipos de operadoras de aeronaves. A operadora de viagem Liberty Helicopters gosta da opção da aeronave para condução à esquerda que mantém o manete de aceleração e os controles coletivos longe de interferências inadvertidas, como das alças das câmeras dos turistas. Foto: Liberty Helicopters/ John Romano. (Abaixo) A configuração do AStar também é adequada para a coleta eletrônica de notícias. Foto: Roy Taylor
(Acima: à esquerda e à direita) As características do AStar fazem-no popular entre vários tipos de operadoras de aeronaves. A operadora de viagem Liberty Helicopters gosta da opção da aeronave para condução à esquerda que mantém o manete de aceleração e os controles coletivos longe de interferências inadvertidas, como das alças das câmeras dos turistas. Foto: Liberty Helicopters/ John Romano. (Abaixo) A configuração do AStar também é adequada para a coleta eletrônica de notícias. Foto: Roy Taylor

“A opção de condução à esquerda é ótima, principalmente no B2, já que ela mantém a manete de aceleração e os controles coletivos completamente longe das interferências inadvertidas, como das alças das câmeras dos turistas ou de outros movimentos dos passageiros”, disse John Romano, piloto da operadora de turismo, que voa nove B2 e três AS355 Twin Stars. “Operamos com pás de alta visibilidade e patins de tungstênio, que também são muito importantes para uma operadora de viagem.”

As operadoras de coleta eletrônica de notícias (ENG) normalmente equipam as suas aeronaves com uma pletora de equipamentos eletrônicos para transmitir as imagens das últimas notícias. Elas geralmente operam em ambientes de alto tráfego em grande proximidade com outros helicópteros.

Matt Murphey do Departamento de Polícia de Garland, Texas, é um piloto experiente, consultor de muitas aeronaves que também voa ENG na área de Dallas.  Ele citou o VEMD e o FLI como alguns de seus equipamentos preferidos.

“No auge do calor de 100 graus do verão daqui de Dallas, é claro que é bom ter que tomar conta de apenas um indicador para que fique longe de problemas”, disse Murphey. Ele acrescentou que gostaria de ver o G500 no seu B2. “Com todos os rádios na aeronave ENG, eu também gostaria de ter os painéis de áudio digitais mais novos, como aqueles da Becker e Geneva Aviation, porque com eles, de fato, dá para economizar 14-16 kg em peso.”

Murphey também é um grande fã das portas corrediças à esquerda (padrão) e à direita (não-padrão). “ Elas são realmente práticas.”

O Garmin 530 no B2 do canal de televisão News 12 Long Island agrada bem a Ed Cilmi, piloto sênior com 14 anos de experiência na operadora de Nova Iorque. “Sou da época em que nos virávamos com gráficos seccionais” e a unidade “é uma dádiva de Deus, realmente é muito bom tê-la no espaço aéreo Classe B na cidade de Nova Iorque e seus arredores”, disse. “É muito para mim.”

Entre todas as missões que poderiam definir o AS350, a aviação policial e o serviço público são provavelmente os setores que adquirem a maior parte da atenção quando se trata de atualizações.

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Um AStar joga água sobre incêndio. Foto: Airbus Helicopters

Kevin Means aposentou-se, recentemente, após mais de 30 anos trabalhando com o Departamento de Polícia de San Diego. Ele trabalhou por mais de duas décadas como piloto instrutor e treinador de voo tático na unidade de aviação deles.

“Tudo que fazemos para apoiar as ações de patrulhamento se baseia no dispositivo de visão frontal infravermelha (FLIR)”, disse Means, acrescentando que a sua unidade foi um cliente de lançamento do FLIR Star SAFIRE 380-HDc. Quando ele viu as suas capacidades, Means disse, “fiquei de queixo caído o voo todo. Isso realmente muda o rumo das coisas.”

Means acrescentou, “Também utilizamos o nosso sistema Power Sonix PA o tempo todo. A 1,000 pés acima do nível do solo, as pessoas podem nos ouvir tão claramente quanto um sino a duas milhas de distância.”

Os quatro AS350B2 operados pelo Departamento do Xerife do Condado de Hillsborough, na Flórida, são equipados de maneira semelhante. Eles operam, principalmente, em patrulhamento, mas também voam em missões táticas e de combate a incêndio.

O Cabo Kevin Langiotti disse que a maioria das suas grandes atualizações tem sido na forma de equipamentos de missão. O departamento vem substituindo, aos poucos, a Avalex pela última versão de um sistema de navegação da Aerocomputers e integrando-o a um FLIR 230-HD (atualização de um FLIR 8500), que tem “funcionado melhor”.

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O AStar é o modelo preferido entre as operadoras cujas missões as levam às altas altitudes, sobretudo quando a entrega de carga a tais áreas é necessária. Foto: Airbus Helicopters

Langiotti, veterano do Escritório do Xerife com 25 anos de experiência e 16 anos na unidade de aviação, disse que o departamento está mudando o sistema de transmissão de imagens de analógico para digital, em tempo real, e as antenas retráteis para um estilo fixo reclinável. “Isso vai tirar uma certa carga de trabalho da tripulação por não ter que se preocupar com a extensão ou retração da antena”, disse ele. “Pequenas coisas como essa ajudam em grande medida.”

O Condado de Hillsborough pode ajudar o Corpo de Bombeiros com o seu dispositivo de balde (Balde Bambi) e um dos seus B2 tem até um guincho, caso necessário, disse Langiotti. “Para missões de busca e resgate mais simples na área de Tampa Bay, funciona bem.”

O AStar merece o mesmo respeito, se não maior, nas regiões montanhosas do Oeste.

As aeronaves B2 e B3e da Polícia Rodoviária de Utah lidam com missões que incluem aviação policial, busca e resgate e utilidade pública. O Capitão Luke Bowman, comandante e piloto-chefe da Polícia Rodoviária, elogiou a capacidade de desempenho do H125 em terrenos com picos que chegam a 14,500 pés. “Ser capaz de pousar a 12,000 pés e realizar o resgate de não apenas uma mas, às vezes, até duas pessoas é absolutamente incrível”, disse. Muitas vezes, eles usam amarrações no piso para proteger a maca de resgate com a pessoa ferida ao longo da extensão da parte traseira do piso da cabine.

O novo B3e da Polícia Rodoviária foi atualizado com assentos Lifeport na parte de trás, que podem ser individualmente embutidos ao longo da parede traseira. “Isto realmente amplia o que pode ser feito nas partes traseiras durante as missões”, disse Bownman. Puxar os assentos traseiros de modo seletivo permite às equipes K-9 ou SWAT realizar as missões táticas de uma melhor maneira.

O painel do B3e ostenta um mapeamento de visão sintética XM que exibe as condições do tempo e informações sobre o terreno. Também tem o console central “Multibloc” da Airbus. Isto permite que os rádios sejam montados no pedestal, economizando num reequipamento pós-venda.

Bowman disse que gostaria muito que acrescentassem um guincho às suas aeronaves. “Fazemos muitos resgates nas fendas dos canyons e o guincho facilitaria o acesso do pessoal de resgate às vítimas.”

No Condado de Los Angeles, Califórnia, o Departamento do Xerife ainda encontrou uma outra utilidade para os seus 15 AStar, incorporando, talvez, o exemplo mais comovente de um mundo em evolução. O departamento opera equipamentos de detecção de radiação de ampla cobertura a partir de uma plataforma aérea para a proteção contra ameaças radiológicas.

O Sargento Mick Kelleher, veterano com 29 anos de experiência e oficial responsável pelo gerenciamento de substâncias perigosas do departamento, disse que o equipamento é embutido na aeronave via uma Plataforma de Operações Especiais Tyler, permitindo o uso eficiente e rápido e compatibilidade com qualquer aeronave da frota.  O departamento conduz operações de limpeza de radiação várias vezes por mês.

Basta dizer que a lista de opções de atualizações para o AStar é longa e diversificada.

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A operadora suíça Air Glaciers usa os seus três AS350 para diversas missões, incluindo passeios turísticos, transporte VIP e operações como ambulância aérea. Foto: Airbus Helicopters

Para aqueles que buscam uma plataforma mais estável, mas não possuem os recursos para comprar uma máquina maior para adquirir o benefício do aumento de estabilidade, existem outras alternativas. Bryan Smith, representante do Escritório do Xerife do Condado de Seminole, na Flórida, disse que ama o sistema de aumento de estabilidade Cobham HeliSAS (agora vendido como Genesys Aerosystems) instalado no H125.

“Este sistema é realmente impressionante e faria uma enorme diferença na capacidade de uma tripulação sobreviver a entradas inadvertidas em Condições Meteorológicas por Intrumentos (IMC)”, disse Smith, piloto instrutor e oficial de segurança do Escritório do Xerife. As operadoras de transporte VIP e aeromédico também poderiam compartilhar o benefício de um sistema de aumento de estabilidade como este. Mathur da Heritage Aviation disse que adquiriu as suas duas aeronaves em parte porque “os passageiros acham que os voos são estáveis, confortáveis e inspiram confiança.”

A lista de opções continua: sistemas de alerta de tráfego, atualizações de aviônicos, conjuntos de maca, colisão contra fios elétricos, giro de carga e etc. Há uma opção a ser explorada em praticamente cada nicho. As operadoras nos EUA geralmente concordariam que o AS350 AStar faz jus ao seu nome (adotado quando o fabricante disponibilizou a aeronave no mercado americano pela primeira vez). De fato, é uma “Estrela Americana”.

Fonte: Aviation Today/ Reportagem: Frank Lombardi

Airbus Helicopters lança campanha de ensaio em voo do H160 e apresenta novidades em tecnologia limpa

Após os primeiros voos realizados pelo H160, anunciados durante a Paris Air Show, feira de aviação europeia que se encerrou no domingo (21), a Airbus Helicopters lançou a campanha de ensaios em voo do modelo.

O H160 é o primeiro helicóptero a incorporar uma série de inovações de tecnologia limpa apresentadas pela empresa durante o Paris Air Show, e que fazem parte da estratégia de pesquisa e desenvolvimento da empresa para fornecer no médio e longo prazo soluções inovadoras sustentáveis, que possam reduzir os custos operacionais e de manutenção, melhorando a proteção ambiental, segurança, qualidade e desempenho.

H160_Airbus Helicopters

Nos primeiros sobrevoos próximos ao solo do H160, por cerca de 40 minutos, a equipe de testes pode verificar o comportamento geral da aeronave e fazer algumas métricas. “Foi um início muito promissor em termos de estabilidade, vibrações e níveis de ruído”, disse Olivier Gensse, piloto de ensaios em voo. A partir daí, a campanha de testes vai avaliar todo o envelope de voo do helicóptero e suas novas tecnologias.

O H160 já utiliza o sistema Eco Way do Airbus Group que garante à aeronave eficiência energética de 15 a 20% superior em relação aos demais modelos graças à nova geração de motores Arrano da Turbomeca. Essa eficiência, combinada ao uso da aerodinâmica inovadora e sua fabricação com materiais mais leves, como os compósitos, refletem na redução do consumo de combustível e melhor desempenho ao operador.

As emissões de CO2 do H160 também foram calculadas em 20% menores por passageiro em relação aos níveis da gama atual e o índice de ruídos poderá ser reduzido em até 50%, em relação aos já silenciosos helicópteros do grupo, e 70% a menos do que o índice permitido pelas agências reguladoras. Essa diminuição tão significativa é possível com o emprego da tecnologia Blue Edge® nas pás do rotor principal e no Fenestron®.

Com uma iniciativa chamada Inovação Aberta, a Airbus Helicopters avalia novas tecnologias apresentadas por empresas e laboratórios externos em projetos cooperativos que estejam alinhados às necessidades dos clientes do grupo. Por isso, a empresa vem participando de uma série de testes em vários setores da aviação.

Um deles é de um novo tipo de motor a pistão de alta compressão, em apoio à iniciativa de um helicóptero verde, organizado pelo programa de pesquisa do instituto Clean Sky. Após os bem sucedidos testes em solo com um H120 do instituto nos últimos meses, a Airbus Helicopters entra agora na fase de testes de voo com o primeiro voo previsto nas próximas semanas. O protótipo do H120 com o motor a pistão de 4,6 litros e de alta compressão incorpora tecnologias já aplicadas aos motores de autoignição de automóveis.

Outra tecnologia apoiada pela companhia é o trabalho inovador do uso de compósitos nas pás dos helicópteros e a fabricação da lâmina em tecnologia Blue Egde, que já foi incorporada no H160.

O objetivo da Airbus Helicopters é desenvolver tecnologias maduras e processos que redefinirão o futuro de suas aeronaves, aumentando também a sua eficiência operacional.

Fonte: Airbus Helicopters.

Pronto para servir: H145M recebe certificação EASA

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Helicóptero militar produzido a partir da versão civil começa a ser entregue ainda este ano

O H145M da Airbus Helicopters foi certificado neste mês de maio pela autoridade de aeronavegabilidade europeia EASA (European Aviation Safety Agency), abrindo caminho para a homologação militar e duas entregas iniciais do helicóptero biturbina multifunção nessa versão antes do final do ano.

O primeiro cliente a receber a aeronave será a Bundeswehr (Forças Armadas Alemãs), que encomendou 15 H145M para serem operados pela Força Aérea do país. O segundo cliente, a Royal Thai Navy, da Tailândia, começará a receber os helicópteros em 2016.

H145M__Airbus Helicopters_Charles_Abarr

“O H145M é adaptado para uma ampla gama de operações militares – incluindo transporte, reconhecimento, busca e salvamento, apoio ao combate a incêndios e resgate de feridos. Usando como base a certificação civil já obtida, buscamos uma abordagem de baixo risco e baixo custo para os nossos clientes, evitando uma dupla e cara qualificação para a versão militar. Este processo se beneficiou da própria certificação civil do H145 no ano passado, garantindo que os mais recentes padrões de segurança e aeronavegabilidade sejam cumpridos”, disse Manfred Merk, diretor do programa do H145.

O H145M traz uma capacidade ainda maior que o mesmo modelo em versão civil e governamental. Ele apresenta um aumento do peso máximo de decolagem, dispondo agora de 3,7 toneladas e pode ser equipado com instrumentos de missão que incluem um suporte para armas montado na porta e a capacidade de transportar armas sobre os pilares externos. Conta também com sensores ópticos infravermelhos com capacidade de mira, bem como aviônicos militares para comunicações, navegação e gerenciamento de voo.

Um sistema de fast rope está disponível para operações especiais, e a segurança total da tripulação é reforçada pela proteção balística do H145M, tanques de combustível autovedantes e um sistema de contramedidas eletrônico para proteção contra ameaças de mísseis.

Beneficiando-se da robustez, baixo custo operacional e alta disponibilidade operacional já comprovada pela família EC145/ H145 da Airbus Helicopters, o novo H145M possui motores Turbomeca Arriel-2E com controles digitais de dois canais com capacidade total (FADEC), um rotor de cauda tipo Fenestron®, juntamente com a atualização das caixas de transmissão dos rotores principal e de cauda. O peso máximo de decolagem bruto foi elevado em 50 kg, enquanto o seu excelente desempenho – mesmo em situações com um motor inoperante – é crucial para a segurança do voo e o sucesso da missão, especialmente durante tarefas de operações especiais e de busca e salvamento em combate.

Convergência Comunicação Estratégica.

Bell e Turbomeca vão oferecer Suporte por Hora de Voo para o motor Arrius 2R do Bell505 Jet Ranger X

As empresas Bell Helicopter e Turbomeca estão trabalhando em colaboração para oferecer o programa Suporte por Hora de Voo (SBH) ao motor Arrius 2R do helicóptero Bell 505 Jet Ranger X.

A colaboração complementa o programa Suporte de Missão Crítica (MCS) da Bell Helicopter para o helicóptero Bell 505 – um modelo ‘pague à medida que voar’ para custos de manutenção estáveis, maximizando a disponibilidade da aeronave e oferecendo cobertura para transmissões, lâminas do rotor, sistemas hidráulicos e aviônica, com níveis de cobertura personalizáveis.

As empresas Bell Hicopter e Turbomeca estão trabalhando em colaboração para oferecer o programa Suporte por Hora de Voo (SBH) ao motor Arrius 2R do helicóptero Bell 505 Jet Ranger X.

Barry Kohler, vice-presidente executivo de serviços e suporte ao cliente da Bell Helicopter, disse: “O nosso programa MCS para a aeronave Bell 505 é um programa de suporte por hora. A opção adicional de adquirir a cobertura de serviço por hora para o motor Arrius 2R preenche as nossas ofertas de  serviço e fornece aos clientes um programa abrangente para o Bell 505.”

O programa SBH para a Turbomeca oferece um custo fixo por motor e por hora de voo para as remoções programadas e não programadas e cobre as modificações recomendadas e obrigatórias, além do suporte para as situações de aeronaves inoperantes em solo (AOG).

Trata-se de um serviço personalizado com várias opções. Os clientes da Bell 505 recebem todos os módulos e trocas padrão das Unidades de Manutenção de Helicópteros (HMUs), serviços de manutenção de Nível 3 por um ano e frete grátis por um ano também, sem custo extra.

Maxime Faribault, vice-presidente executivo de vendas da fabricante de aeronaves, disse: “Esta parceria com o programa SBH foi construído através de um esforço conjunto entre as nossas empresas. Ela fornecerá aos operadores acesso a um programa SBH personalizado para o motor Turbomeca Arrius 2R, promovido pela Bell Helicopter, a partir do momento que eles adquirem a sua aeronave.”

Fonte: Shephard News

Grupo Safran participa da LAAD, feira internacional de Defesa e Segurança

Africa21_Q Vers2Presente em 57 países e há quatro décadas no mercado brasileiro, o Grupo Safran participará da LAAD Defence and Security 2015, maior feira de Defesa e Segurança da América Latina, que será realizada de 14 a 17 de abril no Riocentro.

A LAAD reúne fabricantes e fornecedores de tecnologias, equipamentos e serviços para Marinha, Exército, Força Aérea, forças policiais, forças especiais, segurança interna, gestores de segurança de grandes corporações, concessionárias de serviços e infraestruturas críticas. A feira é um grande palco de fóruns, debates e apresentações do estado da arte em Defesa e Seguranças pública e corporativa.

“Para a Safran, o momento de crise que o Brasil vive é passageiro e o governo e a sociedade brasileira saberão como superá-lo. A Safran acredita no Brasil, em investir no país, compartilhar sua tecnologia, contribuindo para a base industrial de Defesa brasileira”, destaca Michel Provost, da Direção Geral Internacional da Safran no Rio de Janeiro.

As quatro empresas brasileiras do Grupo Safran — Turbomeca, Safran Aeronáutica, Morpho e Optovac — estarão presentes no estande da multinacional na LAAD, que terá entre os destaques um painel mostrando a participação das empresas do grupo no KC-390, novo avião de transporte militar da Embraer.

Haverá ainda a demonstração de produtos de ponta da Sagem / Optovac, como centrais de navegação inercial (Sigma 30 e Sigma 40), usadas em barcos da Marinha; binóculo de visão noturna com infravermelho (JIM LR) e equipamentos de identificação visual em aeronaves (Euroflir 350).

A Turbomeca vai apresentar suas turbinas de helicópteros Arriel 1 e Makila. Esta última, que equipa os helicópteros EC-725 usados pelas três Forças Armadas brasileiras, é montada em Xerém (RJ), única linha de montagem existente fora da França. O estande está localizado no Pavilhão 3, nº Q39.

O grupo francês tem 80% do seu negócio composto de sistemas aeronáuticos, sendo metade dessa fatia de sistemas de propulsão e motores de avião, fornecidos para todas as empresas aéreas brasileiras. Metade de todos os helicópteros em operação no país é acionada por motores turboélice do Grupo Safran.

O Grupo Safran enxerga grandes oportunidades a serem exploradas no Brasil devido a sua relevância internacional, às perspectivas de crescimento do tráfego aéreo, aos grandes programas da Defesa, aos investimentos governamentais programados na área de segurança e à sucessão de grandes eventos internacionais, como as Olimpíadas de 2016.

O Grupo Safran

Com presença consolidada em todos os continentes, o grupo tem um quadro de 69.000 funcionários e receita de 15,3 bilhões de euros. Desenvolve produtos de alta tecnologia com destaque no mercado internacional nos setores Aeroespacial, de Defesa e Segurança, com intensiva atuação no setor de tecnologia de ponta.

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As empresas do Grupo Safran no Brasil:

Safran Aeronáutica

Localizada em São José dos Campos (SP), a empresa fornece soluções de engenharia de alta tecnologia em Aeronáutica. Trabalha para a Embraer no design da fuselagem central e do caixote central da asa da nova família de jatos E-Jet E2. Para a Helibras, fornece serviços de integração de sistemas como parte do programa de modernização de helicópteros do Exército Brasileiro.

Optovac

Concebe e executa projetos inovadores em óptica e optrônica para aplicações nas indústrias de Defesa, Segurança e Aerospacial. Fornece manutenção e suporte técnico desses produtos no Brasil, atendendo o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, a Força Aérea Brasileira, as polícias brasileiras, as forças especiais e as integradoras de sistemas.

Turbomeca do Brasil

A empresa é a principal fabricante de motores de helicópteros no mundo. Já produziu mais de 70.000 turbinas desde a sua fundação, em 1938. Atualmente, atende aproximadamente 2,5 mil clientes em 155 países. Na América Latina são 1,8 mil motores de helicóptero em operação, com 500 operadores.

Morpho

A Morpho produz anualmente mais de 100 milhões de cartões inteligentes em sua unidade fabril em Taubaté, São Paulo. No mundo, fabrica e personaliza documentos altamente seguros, como carteiras de identidade, passaportes, carteiras de motorista e cartões de saúde para o setor público. A empresa participou da criação do banco de dados biométricos da Polícia Federal e do mais importante programa biométrico de segurança de transações bancárias do mundo para o Banco Itaú.

A Morpho volta agora seu foco para o fornecimento do sistema de controle de acesso das Olimpíadas 2016 do Rio de Janeiro e novos projetos de identificação e controle de acesso no Brasil. No Chile e na Índia, a empresa fornece os cartões oficiais de identidade civil, já tendo cadastrado mais de 400 milhões de pessoas na Índia.

Insight Comunicação.

Helibras destaca tendência de uso de helicópteros biturbina na segurança pública durante Interseg

Modelos como o EC145 já estão sendo utilizados para serviços de segurança e atendimento médico em diversos estados brasileiros

O mercado de segurança pública vem apresentando uma nova demanda de helicópteros com o passar dos anos. Especialmente para as corporações que já possuem aeronaves, mas querem renovar a frota ou elevar a potência de seus serviços aéreos, tem sido crescente a procura por helicópteros biturbina multimissão para atividades de segurança, polícia e transporte aeromédico no Brasil.

EC145 Ciopaer CE 1

Essa tendência observada pela Helibras fez com que o modelo EC145 ganhasse destaque em diversos estados do país. As vantagens da aeronave e sua alta capacidade serão um dos atrativos da Helibras durante a participação na Interseg 2014 – Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública, que será realizada entre 9 e 11 de setembro, em Florianópolis (SC).

Por oferecer amplas portas corrediças e entradas traseiras tipo concha, o acesso à cabine é bastante ágil e facilita o transporte de pacientes em macas e de equipamentos médicos ou policiais. Além disso, maior potência do motor, alcance e autonomia de voo oferecem mais segurança e precisão para as operações de risco. “O uso de helicópteros leves de duas turbinas nesse tipo de missão é um caminho sem volta que já havíamos observado em outros países do mundo, e que só tende a crescer no Brasil”, disse François Arnaud, Vice-Presidente Comercial e Marketing da Helibras.

O EC145 da frota de Segurança Pública do Estado da Bahia, por exemplo, passou por customização e inclusão de equipamentos e acessórios na fábrica da Helibras para tornar-se uma aeronave capaz de realizar também atendimentos médicos. Entregue ao estado em 2012, o helicóptero desempenha diversas missões de segurança, com capacidade de voar por instrumentos de dia e de noite e possibilidade de transportar tropas com dois pilotos e nove policiais equipados.

O modelo apresenta alcance de mais de 650 km e dimensões que possibilitam manobrabilidade em espaços restritos, como em determinadas áreas de grandes centros urbanos, estradas e clareiras em mata fechada. A velocidade máxima de 145 knots e os mais modernos sistemas de navegação também são importantes aliados em missões de segurança.

O EC145 é um biturbina utilizado em todos os segmentos do mercado – civil, governamental e offshore – em diversos países. No Brasil, iniciou suas operações policiais na configuração multimissão no estado do Maranhão, em 2011.
“É uma aeronave altamente versátil e atende a muitos requisitos que podem servir, futuramente, até os segmentos mais complexos, como o militar”, comentou Arnaud, referindo-se à versão EC645, utilizada pelo Exército dos EUA.

O modelo já opera em segurança pública e atendimento médico na Bahia, Maranhão e Ceará. Recentemente, em Minas Gerais, o EC 145 configurado exclusivamente para o transporte aeromédico foi adquirido pela Secretaria de Saúde e será operado por meio de uma parceria entre o Corpo de Bombeiros Militar e o SAMU – Serviço de Atendimento Médico de Urgência, o que possibilitou a utilização do primeiro biturbina dedicado a operações médicas com suporte avançado de vida no estado.

Serviço

Interseg – Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública
Data: 9 a 11 de setembro
Local: Centro de Convenções Centro Sul – Florianópolis, SC

Ficha técnica EC145 (T2)

Capacidade
1 piloto + 9 ou 10 passageiros
2 Pilotos + 8 ou 9 Passageiros
1.500 kg de carga no gancho

Pesos
Peso máx. de decolagem: 3.650 Kg
Peso máx. de decolagem com carga externa: 3.650 Kg
Peso vazio: 1,919 kg

Motorização
2 turbinas TURBOMECA ARRIEL 2E
Potência máx. de decolagem por motor: 894shp

Desempenho (com peso máximo de decolagem)
Velocidade máx. (VNE): 268 km/h
Velocidade de cruzeiro rápido: 248 km/h
Razão de subida: 9,3 m/s
Teto de serviço: 18.000 ft
Autonomia com tanque standard: 3 horas 35′
Alcance máximo com tanque standard: 670 km

Dimensões
Comprimento (com rotor girando): 13.6 m
Comprimento da fuselagem (incl. rotor traseiro): 11.65 m
Altura das Pás do Rotor principal: 3,10 m
Diâmetro do rotor principal: 11,00 m

Fonte: Convergência Comunicação Estratégica.

Primeiros testes da nova turbina Arrius 2R

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O primeiro teste em bancada da nova turbina Arrius 2R da Turbomeca ocorreu em abril de 2014 na fábrica da empresa em Bordes, no sudoeste da França.

Turbomeca Arrius 2R

A mais recente variante da família Arrius é destinada para equipar a nova versão do Jet Ranger da Bell Helicopter, o Bell 505 Jet Ranger XTM, e primeiros testes foram presenciados por Paul Watts, Diretor do Programa do 505 da Bell Helicopter e pela equipe de desenvolvimento do novo helicóptero.

O Arrius 2R foi projetado para oferecer desempenho e potência dentro da faixa de 500 cavalos, adicionando melhorias na segurança e reduzindo o trabalho do piloto através de um novo sistema de controle do motor (FADEC). A configuração da turbina de módulo duplo irá reduzir o consumo de combustível e diminuir seus custos operacionais.

Mais de 3.000 motores Arrius foram vendidos pela Turbomeca, acumulando 6,6 milhões de horas de voo em 430 clientes de 60 países. Esta comprovada confiabilidade está agregada a nova versão 2R que deverá proporcionar um TBO (Time-Between-Overhaul) inicial de 3.000 horas. O novo motor também será beneficiados com a estrutura de serviço e suporte de renome da Turbomeca.

Lançado em 2013, o desenvolvimento do motor Arrius 2R está programado para ter sua certificação no final de 2015. O novo Bell 505 Jet Ranger X foi revelado em fevereiro passado na Heli-Expo 2014 e já possui cerca de 200 cartas de intenção de compra assinadas, indicando um alto nível de aceitação no mercado.

Fonte: Turbomeca

AS350 Ecureuil / AStar / Esquilo – evolução

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Protótipo AS350 de 1974No final da década de 70, a Aerospatiale introduziu no mercado o AS350B como um substituto de seu helicóptero Alouette II. Chamado de Ecureuil (Esquilo), estava equipado com um motor Turbomeca Arriel 1B que desenvolvia 641 shp.

Para o mercado dos EUA, a Aerospatiale lhe deu o nome de AStar e a denominação de AS350C. Ambos os modelos tinham um peso máximo de decolagem de 1950 kg, no entanto, o modelo C utilizava um motor Lycoming LTS 101-600A que desenvolvia 592 cavalos de potência do eixo (shp) para a decolagem.

Seis meses depois, o helicóptero foi atualizado para o modelo D com a instalação de motores Lycoming LTS 101-600A-2, aumentando a sua potência de decolagem para 615 shp.

Em 1987, a Aerospatiale interrompeu a fabricação dos modelos D e atualizou o modelo B para a B1. Esta nova versão tinha um motor mais potente, o Arriel 1D (684 shp), e um peso máximo de decolagem de 2.200 kg.

O sistema de rotor principal foi modernizado por um com pás assimétricas de maior inércia e com a RPM do rotor principal ligeiramente aumentada. Isso resultou em um melhor desempenho e melhores características de autorotação.

A empresa também produziu o modelo BA, que tinha as novas pás maiores, mas mantinha o motor Arriel 1B do modelo B.

Três anos mais tarde, o B1 foi substituído pelo modelo B2, usando um motor mais potente,  Arriel 1D1 (712 shp), com peso máximo de decolagem de  2.250 kg e com velocidade de cruzeiro em potência máxima contínua de 133 nós.

Em 1992, a Aerospatiale fundiu-se com a MBB para formar a Eurocopter.

Primeiro voo do AS350 Ecureuil (1974) - Foto EADS

No final da década de 90, a Eurocopter apresentou a versão B3 para altas altitudes. Era alimentado por um motor Arriel 2B equipado com um sistema de canal único DECU (Digital Engine Control Unit) e com um sistema de backup mecânico. Embora o peso máximo de decolagem permanecesse o mesmo, a potência máxima de decolagem aumentou para 747 shp.

Seguiu-se uma variante usando o motor Arriel 2B1, agora com um sistema de canal duplo FADEC (Full Authority Digital Engine Control). Esta versão tem um sistema hidráulico duplo disponível como opcional, que quando combinado com os esquis altos, também opcional, permite um aumento do peso máximo de decolagem para 2.370 kg.

A última versão, o B3e, foi introduzida no final de 2011 e é equipado com um sistema FADEC dual channel equipado e um motor Arriel 2D. A potência máxima de decolagem saltou para 847 shp,  aumentando sua velocidade de cruzeiro com potência máxima contínua de até 137 kt e adicionando capacidade extra de carga externa.

Fonte: AOPA Hover Power, por Tim McAdams

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