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Macacão de Voo e Luvas de Voo Antichama – Conheça algumas especificações técnicas dos tecidos

Eduardo Alexandre Beni

Esse artigo foi publicado originalmente em 29 de outubro de 2009, mas como a tecnologia dos tecidos melhorou e alguns fabricantes mudaram algumas especificações de seus produtos, atualizamos o texto.

O Tecido

O tecido Nomex ®, uma marca DuPont™, foi utilizado pela primeira vez pelos militares em 1965, quando a Marinha EUA utilizou o macacão de voo feito de fibra de Nomex ® brand. Hoje, a fibra Nomex ® é uma parte integrante dos trajes de voo militares, policiais, de bombeiros, além das balaclavas, coletes e luvas de voo. Seus benefícios são inúmeros. O principal é a segurança.

Além de outros tipos de tecidos, o Nomex® Comfort, Nomex® IIIA e Nomex® Flight Suit (N303) são utilizados na confecção dos macacões de voo para a Aviação de Segurança Pública e Aviação Militar no Brasil e no mundo.

Proteção Térmica Militar - Dupont
Proteção Térmica Militar – Dupont

DuPont™, detentora da marca Nomex ®, produzem uma gama de tecidos de meta-aramida para utilizações diversas. Importante dizer que também produz fibras de meta-aramida a empresa Kermel, inclusive em vestimentas especiais utilizadas para os serviços de bombeiros, exército, polícia, indústria, etc. (Clique e leia o catálogo da Kermel)

Outra empresa que fabrica esses tecidos é a americana Westex by Milliken, que no final de 2015 adquiriu a Springfield LLC. Esta aquisição ampliou a presença global nos mercados de vestuário industrial e tecido militar.

Especificamente sobre a fibra Nomex®, esta possui diversas configurações e gramaturas, pois para cada tipo de utilização será usado um material específico. A DuPont™ possui uma página que apresenta todas as características técnicas do tecido desejado (Pesquise), mas fique atendo pois existem diferenças entre aqueles de aplicação industrial e de aplicação militar/segurança.

Como regra geral, o Nomex® Comfort e o Nomex® IIIA são utilizados como vestuário de proteção e possuem a composição de 93% meta aramida, 5% para aramida e 2% fibra antiestática de carbono. A gramatura também pode variar, podendo ter peso de 203 g/m², 153 g/m² ou ainda 165g/m². Aqui existe um ponto controverso em licitações públicas – a gramatura. Elas são variadas e vai depender daquilo que pretende adquirir. Veja que os catálogos da DuPont™ no Brasil ainda não apresentam a opção dos tecidos com gramatura de 165g/m², muito embora sejam produzidos por empresas licenciadas pela Dupont.

macacao
Macacão de voo padrão

Outro tecido muito utilizado no mundo é o Nomex® Flight Suit N303classificado como vestuário de proteção militar, muito utilizado pelas tripulações americanas. Ele possui composição diferente: 92% meta aramida, 5% para aramida e 3% fibra antiestática de carbono, porém, como via de regra, apresenta gramatura de 153 g/m².

Todos eles possuem ótimas gramaturas e composições, pois são leves e confortáveis, entretanto, importante alertar que se for comprar um macacão de voo, atente para as especificações, especialmente para a composição, gramatura e performance térmica e mecânica (peeling, resistência a tração e alongamento).

As gramaturas e composições mantém certo padrão, porém são dinâmicas e sempre há uma atualização tecnológica, assim os órgãos públicos que realizam licitações para compra desses equipamentos de proteção individual devem atualizar essas informações, tendo certeza do que realmente querem comprar e se há no mercado empresas que forneçam.

A tecnologia utilizada no Nomex® protege contra o calor extremo, especialmente quando há arco de explosão súbita. Este material é composto por uma mistura de fibras que ajudam a ter mais resistência térmica, além de oferecer leveza e conforto ao usuário, oferecendo extrema durabilidade.

Além desses materiais, há também disponível no mercado outros produtos, mas produzidos para uso industrial (Empresas de Energia Elétrica, Brigadas de Incêndio), para pilotos de carros de corrida, aviação desportiva, aviação civil, etc.

Sabe-se que em algumas atividades de risco é recomendado o uso de fibras que possuam propriedades antichama, assim, podemos dizer que a composição do Nomex® esta diretamente ligada ao tempo de exposição ao calor e a temperatura.

O nível de proteção elevado da fibra de aramida Nomex ® está na sua estrutura molecular e, portanto, não requer nenhum tratamento químico, isto significa que a resistência das roupas de proteção feitas com essa fibra é inerente e permanente, não sendo removida com lavagens, uso ou armazenamento.

As Cores

Quanto às cores dos macacões de voo, como regra para a aviação militar e policial, o verde sávia (sage green-padrão 100%) é o mais utilizado, conforme a norma MIL-C-83429B e MIL-C-83429B (Amendment 2). Para os Bombeiros e Defesa Civil, o laranja é o padrão internacional do salvamento, porém outras cores são possíveis de encontrar no mercado, como a preta, azul, cinza, vermelho, caqui, etc. Algumas cores são utilizadas para aplicação industrial e outras para aplicação militar.

Recentemente, a Força Aérea Americana pediu a transição do Sage Green para o chamado Freedom Green. O Freedom Green é um protótipo desenvolvido para corrigir um problema de metamerismo (Muitas vezes, duas cores parecem idênticas à luz do dia, mas diferentes debaixo de outra fonte de luz) que a Força Aérea tem experimentado com o atual Sage Green. Um longo estudo da Força Aérea dos Estados Unidos identificou que o Sage Green tem muito menos refletividade solar do que o novo.

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Tinto em massa

No processo de fabricação da fibra Nomex® é feita a tintura, denominada “tinto em massa”, onde é definida a cor e dada a proteção UV, cujo objetivo é evitar que o tecido desbote e mantenha a cor por muito tempo.

Neste processo, o fio é colorido com pigmentos especiais adicionados na massa antes de o fio ser fiado. Os fios tintos em massa apresentam maior uniformidade de cor, melhor solidez à luz, sublimação e lavagem, assim o tinto em massa elimina o processo de tingimento posterior.

Estima-se que os macacões de voo com tecido Nomex®, tinto em massa, e com proteção UV, iniciem processo de descoloração após o oitavo ano de uso, entretanto, não tira a validade do tecido, pois são processos diferentes, ou seja, a tintura é somente um processo “estético” na produção final do tecido.

Validade

Pode-se dizer que o tecido Nomex® NÃO possui prazo de validade, ou seja, suas propriedades antichama não se degradam com o tempo ou uso, desde que não haja exposição ao calor extremo.

O que há de recomendação do fabricante é quanto a estocagem, pois pode, conforme o caso, danificar o tecido. Assim o tecido estocado por mais de 2 anos deverá ser analisado, mas isso não significa que não possa ser utilizado, pois, como dito, vai depender de sua estocagem e análise.

Oportuno lembrar que na confecção do macacão de voo estão incluídos os zíperes, velcro® e a linha, que também devem receber tratamento antichama.

Importante dizer que o macacão de voo que desbota é aquele que não passou pelo processo de proteção UV ou foi tingido após a fabricação do tecido, e, por isso, com o tempo e lavagens sucessivas, ele pode ficar acinzentado ou amarelado, mas também, NÃO tira a validade da proteção antichama que o tecido proporciona, pois, como dito anteriormente, são processos diferentes.

Retardante à chamas Pyrovatex (pirovatex)

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Macacões de uso industrial

O que ocorre e causa certa confusão aos desavisados é o processo denominado: Pyrovatex, que consiste num banho químico (sal especial) dado em qualquer tecido (algodão, sarja, brim, etc), com o objetivo de evitar a propagação do fogo e retardar as chamas.

Esse tipo de banho é dado, cumprindo normas de segurança, em cortinas, carpetes, uniformes industriais, macacões em geral (pode-se encontrar no mercado macacões de voo), etc, mas NÃO são certificados para uso na aviação policial ou militar.

Esse material, SIM, possui vencimento, pois com o uso e lavagens sucessivas (média de 100 lavagens industriais) vai perdendo suas propriedades de proteção, além de descolorir.

Luvas de Voo

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Luvas de voo. Algumas tem a ponta dos dedos com Touchscreen.

Em todo o mundo, as luvas de voo são fabricadas de acordo com as especificações militares dos EUA, norma MIL-DTL-81188C de 2001, a qual substituiu a norma MIL-G-81188B de 1979.

Essas luvas são elaboradas, em sua maioria em tecido Nomex® e oferecem excelente sensibilidade tátil, além de suportarem a chama. Seus tamanhos são padronizados, ou em letras (XS, S, M, L, XL ou XXL) ou em números (6 a 11 – curto e longo)

A confecção de luvas de voo militares seguem padrões pré estabelecidos na norma MIL-DTL-81188C e, dentre outras coisas, apresenta a seguinte composição: 92% meta aramida, 5% para aramida e 3% fibra antiestática de carbono. Portanto, fique atento na especificação do seu edital. Evite recursos desnecessários.

Considerações

Assim, o tecido de fibra Nomex® que compõem os macacões de voo utilizados pelas Unidades da Aviação Pública ou Militar no Brasil e no mundo não possuem prazo de validade, claro que deve ser considerado seu estado de conservação em razão do uso e acondicionamento. Esse é o seu limitador como qualquer outra vestimenta e vai depender, única e exclusivamente, dos cuidados que a pessoa tem com seu equipamento de proteção individual (EPI).

Podemos dizer então que não há prazo de validade às suas propriedades de proteção, o que poderá ocorrer é o desgaste natural da vestimenta em razão do uso e armazenamento.

A forma de aquisição ou confecção dos macacões de voo será definida pela Administração, lembrando que é possível adquirir macacões prontos (importados) através de representantes, entretanto, como viu-se, a especificação técnica desse equipamento precisa ser bem analisada, conforme os modelos apresentados no mercado.

Você precisa saber se realmente eles atendem as especificações de composição, gramatura, performance mecânica e térmica e se realmente utilizam o tecido que anunciam. Por isso, o teste laboratorial pode ser uma boa solução. Comprar um tecido sem realizar esses testes pode colocar em risco pilotos, tripulantes e mecânicos.

Como dado histórico e relevante, o Grupamento de Radiopatrulha Aérea de São Paulo no final da década de 90 desenvolveu seu primeiro macacão de voo utilizando o tecido Nomex® e o modelo adotado pela histórica norma MIL-C-83141-A USAF de 1.969 e MIL-C-83141-A (Amendment) de 1977 – Força Aérea dos Estados Unidos da América.

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Modelo de macacão de voo desenvolvido pelo GRPAe.

Essa norma definiu esse modelo de macacão de voo e dele surgiram muitas variações. Lembre-se que além do modelo, há no mercado outros tecidos, como por exemplo o Kermel e outros modelos de macacão. Existem muitas empresas que vendem macacões de voo com esses e outros tecidos. A melhor forma de saber se está comprando um material certificado é pesquisando com o fabricante dos tecidos. Pesquise!

Com o passar dos anos outras Organizações de Aviação de Segurança Pública e Militar adotaram esse modelo de macacão, entretanto, o macacão de voo tem padrão internacional, pois o que muda de um para outro são detalhes de bolso, costuras, zíperes, tecido, cor, etc, conforme as necessidades dos usuários, o que os tornam muito parecidos e confiáveis.

É importante ressaltar que antes do início do processo licitatório a Administração Pública tem a total liberdade na escolha do modelo, podendo alterá-lo, substituí-lo, dependendo apenas dos interesses da própria Administração na escolha do modelo que melhor se adéqua às suas necessidades.

Há alguns exemplos de editais de licitações, contratos e regulamentos de uniformes que tratam, além do macacão de voo, de luvas de voo, capacete de voo e calçados de voo. Esses documentos estão publicados na Internet e é possível perceber uma certa padronização dos objetos (macacão de voo, luvas, capacete e calçados) especificados nas licitações e contratos, bem como a preocupação das Organizações de Aviação de Segurança Pública do Brasil com a segurança de seus Aeronavegantes.

Um alerta aos Aeronavegantes

Os tecidos melhoraram e alguns podem ter mudado suas especificações, então, antes de publicar seu edital certifique-se com os fabricantes do tecido se eles ainda são produzidos ou se mudaram sua gramatura, composição, performance, etc, tanto para luva, como para o macacão de voo. Pense também na possibilidade de realizar teste laboratorial, ele vai ajudá-lo na escolha do melhor produto – aquele dê proteção térmica, mecânica, conforto e durabilidade.

Hoje, como exitem no mercado diversos tecidos, cada um com sua gramatura e composição, preocupe-se com a correta especificação do produto que pretende adquirir, pois editais estão sendo impugnados por conta desses motivos, gerando muitos recursos desnecessários. Nessa onda de ficar copiando especificações técnicas de editais, muitos transtornos são causados. A especificação de um produto é dinâmica e deve ser estudada.

FIQUE ATENTO !

Bons voos, boa gestão, com segurança!

Com mercado em ascensão, drones já substituem trabalhadores dentro de empresas no Brasil

Eles não têm carteira assinada, mas pegam no batente em grandes empresas no Brasil. Fazem barulho. Não por melhores condições de trabalho, mas com suas hélices. Podem se locomover a 110 km/h, fazendo o trabalho de dois ou mais homens. Os veículos aéreos não tripulados, ou drones, começam a ser recrutados para executar funções antes realizadas por pessoas.

Da mineradora Vale à companhia de energia AES Tietê, empresas ouvidas pelo G1 afirmam que os empregados substituídos não são demitidos, mas realocados para tarefas “mais nobres”. Gastam até R$ 500 mil com os robozinhos, mas economizam outros milhares com mão de obra.

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Mercedes-benz mostra drone para entregas rápidas (Foto: REUTERS/Edward Taylor)

Ganham ainda em eficiência e precisão. E isso antes de o governo finalizar a regulamentação das maquininhas voadoras. Lá do alto, elas já vigiam plantas industriais, entram em minas e encontram falhas em telhados. A tendência é que o avanço de robôs, não só dos drones, e de outras tecnologias mude a dinâmica no mercado de trabalho.

Tanto é que o estudo “A Revolução das Competências” do ManpowerGourp, apresentado no Fórum Econômico de Davos, aponta que 45% das atividades feitas por humanos no ambiente de trabalho podem ser automatizadas dentro de dois ou três anos.

Saem funcionários, entram drones

Todas as vezes que tinha de monitorar suas 12 usinas hidrelétricas, a AES Tietê montava uma operação de guerra. Levando equipamentos, um carro conduzia uma equipe que checaria as áreas verdes do entorno da represa e suas margens. Barcos iriam para a água medir a vasão e o acúmulo de material. O fundo do reservatório era averiguado por um mergulhador. Hoje, essas três atividades são executadas por drones aéreos, aquáticos e subaquáticos.

“Gerenciar borda de reservatório é algo bem difícil. São quase 4 mil km de borda”, diz Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê. O uso de drones não só permite cobrir grandes espaços, mas coletar dados com precisão cirúrgica. Drones registram imagens de alta resolução enquanto voam por uma rota predeterminada. “Se você não tiver uma tecnologia que inove nessas inspeções, pode até inspecionar, mas não com essa qualidade”, diz Freitas.

Na Vale, os drones são os responsáveis pelo levantamento topográfico das minas a serem exploradas e das rochas que foram rejeitadas. Ao processar as fotos aéreas em um software, a empresa consegue determinar o relevo de uma região e a quantidade de material rejeitado. Os drones gastam um terço do tempo de um scanner, o equipamento mais moderno, e custam metade do preço.

“Há mais segurança, porque não expõe pessoas ao risco”, diz Eunírio Zanetti, pesquisador do Instituto Tecnológico da Vale (ITV). Um drone no ar significa que um ser humano não terá de ficar com um olho na rocha e outro em equipamentos gigantes, como caminhões com a altura de prédios de quatro andares – só o pneu tem 4 metros de altura – e capazes de transportar 400 toneladas.

Antes dos drones, os funcionários da Manserv, empresa de manutenção e limpeza, tinham de percorrer o telhado antes de iniciar os reparos. Após as máquinas decolarem e passarem a averiguar do ar possíveis danos nas estruturas, eles só entram em ação para colocar a mão na massa. “O aumento de produtividade é de 70%”, afirma Ricardo Moreira, diretor-geral da área de facility da empresa.

Na Flex, fábrica de eletrônicos, os drones agem como seguranças: fazem rondas. Mas com a vantagem de olhar tudo de cima e captar qualquer objeto suspeito automaticamente. O projeto foi criado pelo instituto de pesquisa FIT.

“Quando o drone observa alguma coisa diferente no perímetro do campus, ele manda essa informação para a central, que é o bunker, que avisa a portaria ou área de segurança que começa a pilotar o drone. Entende se é uma pessoa ou um animal. Identificando ser uma pessoa, faz um acesso da polícia local”, explica Marcos Bregantin, diretor de novos negócios da FIT.

Localizada de um lado da Rodovia José Ermírio de Moraes enquanto, do outro, está a Penitenciária 2 de Sorocaba, a fábrica já teve em seus arredores um sujeito identificado pelos drones. O homem foi prontamente preso pela polícia.

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E os trabalhadores?

Após a Vale empregar drones para mapeamento topográfico, caiu “em torno de 70% do efetivo antes utilizado”, estima o pesquisador Eunírio Zanetti, do ITV. “Um levantamento convencional envolve três pessoas”, diz. “Só que as pessoas que operam o drone têm grau de especialização maior, porque também têm que operar o software”. Os funcionários que não trabalham mais com topografia foram transferidos para outras áreas.

“É muito mais barato ter drones do que ter toda uma operação de barco e carro, equipamento e pessoas”, diz Ítalo Freita, presidente da AES Tietê. Todo o programa, diz ele, não passou de R$ 500 mil. “Só de salário de pessoal, já comia isso aí”, conta, acrescentando que funcionários substituídos foram deslocados para exercer outras funções.

Na Manserv, não houve substituição. “O maior impacto é na mão de obra. Eles foram capacitados para deixar de serem inspetores e serem operadores de drone”, diz o diretor Ricardo Moreira. Mesmo após gastar R$ 30 mil em cada um dos sete drones utilizados, a empresa economiza até 40% nos processos de manutenção. Na Flex, as rondas, antes feitas por dois seguranças, agora precisam de apenas de um.

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Futuro

As companhias ouvidas pelo G1 estão em diferentes etapas. “Estamos na fase da melhoria do uso”, diz Freitas, da AES Tietê. Quando começou a usar drones, entre 2011 e 2012, a geradora de energia adotou um modelo simples, que ficava meia hora no ar. Hoje, usa um tipo mais robusto, que voa por 2 horas e 40 minutos e é colocado no ar com um estilingue.
A Vale começou a usar em 2015 na mina de Burucutu, perto de Itabira (MG).

Até o fim de 2017, levará a tecnologia ao recém-inaugurado Projeto Ferro Carajás S11D, na Serra dos Carajás (PA). Em uma área de 400 mil hectares (ou 40 campos de futebol), os drones terão a tarefa de monitorar as áreas de preservação ambiental, além da região de lavra. “Há uma tendência forte de usar o drone em todas as minas que a Vale atua, principalmente em grandes levantamentos”, afirma Zanetti.

A Manserv aderiu à onda das máquinas voadoras há dois anos e estuda ampliar seu uso para inspeções de áreas de risco.

Regulamentação no Brasil

Apesar de já haver normas brasileiras que permitam o uso corporativo de drones, ainda há lacunas que deixam empresas interessadas receosas.

A regulamentação brasileira ainda restringe algumas aplicações vistas no exterior, como a entrega de produtos feita pela Amazon no Reino Unido – drones não podem sobrevoar sobre pessoas – e o monitoramento de túneis de obras do metrô no Japão – não podem voar em ambientes fechados.

Essas regras de voo foram publicadas no fim de 2015 pela Força Aérea Brasileira. Falta ainda a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) criar um sistema de registro de drones, o que só deve sair quando a Casa Civil propuser uma emenda constitucional que trará, entre outras deliberações, uma forma simplificada de registro de pilotos. Hoje, os interessados em se cadastrar têm de passar pelo mesmo processo de quem for pilotar um Boeing.

Ainda assim, já há companhias que modificaram suas estruturas para oferecer serviços com drones. É o caso da firma de segurança Impacto, que passou a oferecer a seus clientes monitoramento aéreos. Já há multinacionais interessadas, que apenas aguardam que todas as regras brasileiras estejam em vigor, explica Alexandre Silva, diretor comercial.

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Fonte: Departamento de Controle do Espaço Aéreo/Comando da Aeronáutica (Foto: Arte/G1)

Mercado

A venda de drones deve crescer 39% em 2017 e chegar a 3 milhões de unidades em todo o mundo, indicou a consultoria Gartner, especializada em tecnologia. O salto ocorrerá devido a uma queda do preço, sobretudo entre os veículos aéreos não tripulados usados por empresas, o que faz analistas arriscarem a dizer que esse pode ser o ano em que os drones se tornarão realmente populares.

Se em 2016 os drones custavam em média US$ 2.093, em 2017 os valores de venda devem cair para US$ 2.022, estima a Gartner, segundo previsão divulgada nesta sexta-feira (10).

Enquanto o custo das aeronaves para uso pessoal deve cair pouco e ficar em US$ 835, aquelas mais caras, usadas no ambiente corporativo, ficarão 16,5% mais baratas. Ainda assim, serão vendidas a US$ 21.178.

“O mercado de drones corporativos começa a se expandir com regulamentações estáveis, pressão adicional no mercado baseada no número crescente de fabricantes, pressão do mercado premium para uso pessoal e esforços rumo à produção em massa”, explica Gerald Van Hoy, analista de pesquisas do Gartner, ao G1.

A estimativa é que os drones de uso pessoal continuem mais populares. A estimativa é que a venda desses modelos seja de 2,8 milhões. Já a previsão de comercialização de aeronaves para uso comercial é de 174 mil unidades.

Apesar de representar 5,8% do total das vendas, os drones corporativos, por serem mais caros, somam 61% da receita com a comercialização de todas as aeronaves autônomas, estimada em US$ 6 bilhões neste ano, segundo a Gartner.

Fonte: G1

Corpo de Bombeiros do DF apresenta drone “Inspire 1” adquirido para operações de monitoramento

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal exibiu, na manhã do dia 03/02, na Praça do Relógio, o primeiro drone da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal. O drone é capaz de armazenar informações e transmiti-las em tempo real ao operador, o que possibilita diminuir ainda mais o tempo resposta em ocorrências dos bombeiros.

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A ideia da utilização do drone foi do Cabo BM Rodrigo. A demonstração do equipamento aéreo foi realizada no local pela Capitão Lorena.

O equipamento será utilizado em pesquisas da Corporação e em ações onde os bombeiros não tiverem acesso, como por exemplo:

  • Atividades de busca;
  • Monitoramento de incêndio florestal;
  • Monitoramento de reservas ambientais;
  • Monitoramento em incêndio estrutural;
  • Atividades envolvendo produtos perigosos;
  • Atividades de levantamento de riscos, e
  • Apoio em prevenções.

Esse equipamento é o Inspire 1 produzido pela empresa chinesa DJI. Eles possuem diversos modelos de drones. O mais conhecido é o Phantom. O Corpo de Bombeiros realizou a licitação (clique e leia o Pregão) para compra de um equipamento em abril de 2016. A empresa catarinense ULTRAMAR venceu o sistema (drone, controle e monitor) pelo valor de 20.394,00.

Esse drone tem cerca de 3 quilos, tem velocidade máxima de 20 m/s e tem uma autonomia de 18 minutos. A empresa ULTRAMAR é pioneira na venda de drones com câmeras para uso diurno e noturno (visão termal) para uso policial, bombeiro e militar,

Segundo o edital “A utilização de VANTs oferece grande vantagem estratégica para a Corporação e consequentemente para o GDF. O baixo custo operacional e a versatilidade desses equipamentos possibilitam o monitoramento de várias situações em tempo real de forma ágil e barata.”

Diversos países, inclusive o Brasil, já empregam este tipo de tecnologia em ações de fiscalização e monitoramento, operações militares e também em atividades de segurança pública.

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Fonte: CBMDF e ComprasNet.

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