- Anúncio -
Início Tags WELTON APARECIDO PEREIRA CHAGAS

WELTON APARECIDO PEREIRA CHAGAS

Investir em TI valoriza seu patrimônio

2

WELTON APARECIDO PEREIRA CHAGAS

O capital investido na fabricação, operação e manutenção de aeronaves é alto, o que justifica o valor cobrado pela hora de vôo e manutenção dessas máquinas, então por que economizar tanto na preservação desse patrimônio, comprometendo, em alguns casos, a qualidade e rastreabilidade das informações existentes nesse processo, visto ser o principal item de verificação nas vistorias realizadas pela ANAC, além da SEGURANÇA é claro!

Em meio a uma infinidade de componentes controlados que compõe a estrutura de uma aeronave, aliado ao grande número de documentos envolvidos, tornou-se necessária a utilização de ferramentas tecnológicas de apoio para acompanhamento e controle de vencimentos, planejamento, realização de operações e uma variedade de cálculos.

O número de empresas dispostas a desenvolverem software de controle de manutenção aeronáutica cresce a cada dia, as quais utilizam as mais variadas linguagens de programação, adotando lógicas perfeitamente combinadas com a melhor filosofia na área de desenvolvimento, porém são inúmeras as dificuldades de introduzir esses produtos no mercado, por quê?

A grande resistência de alguns proprietários e empresas em acreditar ou “enxergar” que esse tipo de investimento só traz vantagens para o seu negócio, atrasa o crescimento das empresas ligadas ao setor, pois grande parte das ferramentas desenvolvidas oferecem inúmeras funcionalidades com alta precisão nos cálculos e 100% de qualidade nas informações, gerando assim grande economia de recursos.

Alguns anos atrás fui convidado a participar do projeto de uma grande empresa aérea, tendo na fase de laboratório a oportunidade de provar o quanto é possível economizar, pois ao implantar as aeronaves no sistema de gerenciamento encontrei as mais variadas discrepâncias, as quais ocorreram em mapas de controle de componentes ocasionados em sua grande maioria por erro humano.

Tal fato não teria ocorrido com o uso de um sistema capaz de avaliar e corrigir erros comuns que envolvem falhas de consistência e análise de dados, preenchimento incorreto de campos, erros de cálculo, digitação e outros; falhas essas que custaram caro por não serem detectadas a tempo,  causando grandes prejuízos.

Imagine você indisponibilizar uma aeronave para realização de um tipo de inspeção sendo que na verdade sua manutenção seria de outro tipo, aumentando dessa forma o período de parada e o custo da manutenção, ou substituir um componente antes do tempo e até mesmo ter sua aeronave interditada pela inobservância de um documento vencido. Tudo isso dá-se ao fato de que, dependendo da aeronave e do tamanho de sua frota torna-se humanamente impossível controlar e acompanhar todos os vencimentos e gerar relatórios sem um sistema eficiente para auxiliá-lo num ótimo planejamento.

Portanto, é importante, antes de comprar ou contratar esse tipo de serviço, verificar se realmente o software atende as suas necessidades, se possui interface amigável e avalia com coerência a entrada e saída de dados, dentre inúmeras características fundamentais.

Bom seria se as grandes montadoras ou indústria aeronáutica incentivassem as empresas desenvolvedoras de sistemas, já que através dessas parcerias e vínculos a sua logística seria melhor elaborada.

Imagino que relevante é o fato de que, estamos nos aproximando ainda mais do que a realidade nos exige, tornando as empresas de software principais personagens deste grande cenário, pois o ambiente existente e é favorável, já que nos dias de hoje temos acesso ao que há de melhor em tecnologia de informação.

Isto posto, com a abertura desse mercado, em pouco tempo, estaremos trabalhando em total sintonia e a pergunta é, quando? Há quem diga que estamos muito próximos, por isso sugiro que multipliquem essa idéia e revejam alguns conceitos, pois a disponibilidade SEGURA para emprego operacional de uma aeronave não tem preço.


O autor é 2º Sargento, trabalha no CTM do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PMESP e é o Responsável Técnico pela Manutenção do GRPAe/SP.


CTM – Controle Técnico de Manutenção Aeronáutica

14

Hoje é dia do mecânico, 20 de dezembro, e em sua homenagem publicamos um artigo sobre CTM e escrito por um Mecânico de Manutenção Aeronáutica. Nada como brindarmos esse dia tão importante com um pouco de conhecimento.

Parabéns a todos os Mecânicos pelo dia de hoje e por tornar nossas dias mais seguros.


WELTON APARECIDO PEREIRA CHAGAS
Inspetor de Manutenção Aeronáutica

Controle Técnico de Manutenção Aeronáutica – CTM, uma atividade da aviação, desconhecida por muitos e amada por poucos, um setor de extrema importância, que define-se na responsabilidade do Controlador Técnico de Manutenção Aéronáutica, o qual zela pela “Vida e Saúde” de uma aeronave, entre inúmeros pousos e decolagens.

É comum encontrar empresas onde o Controlador Técnico de Manutenção atua simultaneamente na Seção de Registro de Manutenção, sendo ambas distintas, podendo ser desenvolvidas em conjunto ou separadamente, porém, para isso existem regras pré-estabelecidas nos regulamentos expedidos pela ANAC ( Agência Nacional de Aviação Civil), publicadas em Diário Oficial e disponíveis na internet, definindo claramente todos os procedimentos necessários para o desempenho em ambas.

Você deve estar se perguntando – Como controlar a “Vida e a Saúde” de uma aeronave? Para responder essa questão faremos analogia com outro tipo de máquina…o seu automóvel.

Vamos começar com um simples carro de passeio Zero KM. Para que esse veículo circule em perfeitas condições e com toda segurança, desde a sua fabricação até a utilização diária, muitos profissionais são envolvidos, observando, avaliando e reparando possíveis falhas em sua estrutura, validade de documentos e procedimentos operacionais.

Quando falo em estrutura, refiro-me a parte física do veículo, a documental refere-se a fabricação, onde foram respeitados todos os critérios exigidos em lei e projeto de engenharia, desde a produção de peças, acessórios, montagem até sua comercialização, bem como a parte operacional ligada diretamente ao seu condutor e local a ser conduzido, tudo regulado e fiscalizado pelo Código Nacional de Trânsito.

Após um determinado tempo aquele seu carro Zero KM já não o é mais, e devido ao desgaste provocado pelo tempo ou quilometro rodado passará por revisões periódicas, substituindo e reparando alguns de seus componentes.

Agora podemos nos voltar para uma aeronave, considerando sua complexa diferença operacional, controle geral e filosofia de manutenção.

Considerando uma aeronave nova ou usada, deverá o profissional em CTM ter o controle direto da sua manutenção, vencimento dos documentos exigidos para sua aeronavegabilidade, acompanhando de forma precisa a situação geral de seus componentes, conhecendo o tempo de vida útil ou revisões de cada um, avaliando também os conjuntos ou a aeronave em si.

Para que uma aeronave possa operar, deverá estar em perfeitas condições de vôo, pois qualquer falha pode ser fatal. Para isso os controladores atualizam e consultam uma infinidade de manuais, seguindo determinações diretas existentes na relação entre fabricantes de aeronaves e Órgãos responsáveis pelo sistema de aviação, seja em nível Regional ou Mundial, formando uma rede padronizada de procedimentos que garantem sua qualidade, segurança e eficácia em serviço.

Além disso, o controlador está ligado diretamente ao que ocorre, durante e depois de cada vôo, através de informações registradas no diário de bordo de cada aeronave, tornando este, peça primária e fundamental para que se tenha noção do quanto uma aeronave esta sendo ou ainda poderá ser utilizada.

Existem várias unidades utilizadas para calcular esse desgaste, e o controlador é responsável direto pelo seu resultado.

Por exemplo, imagine que o fabricante de um automóvel determine que o amortecedor deste deve ser substituído a cada 60.000KM, 35.064 horas ou 4 anos de uso. Em algum momento o veículo irá atingir um desses valores, sendo o controlador de manutenção aeronáutica responsável direto por esses cálculos, utilizando-se das informações registradas no diário de bordo que o piloto preenche voo a voo, tudo de forma cumulativa, onde a partir daí extraem-se resultados e as ações de manutenção são definidas.

Devemos levar em conta que um helicóptero de médio porte possui em média até 450 itens controlados, desde o vencimento de vida útil dos componentes até a validade de seus documentos tais como, seguro, inspeções anuais, certificado de aeronavegabilidade, etc…

Digo, por experiência própria, que controlar a vida de uma aeronave é uma arte, e se você pretende atuar nesse quadro saiba que o show está só começando pois, com a crescente ascensão no mercado da Aviação muitas oportunidades estão surgindo a esses profissionais, tornando-os diferentes na essência de sua capacidade, responsabilidade e complexidade em suas decisões.

Boa sorte e espero vê-los atuando nesse mercado um dia!!!


O autor é 2º Sargento, trabalha no CTM do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PMESP e é Inspetor de Manutenção Aeronáutica .


Receba notícias por e-mail

Receba por e-mail novidades do

RESGATE AEROMÉDICO

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Não compartilhamos seus dados com terceiros.

OBRIGADO

por se inscrever !

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.