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Rio de Janeiro – Um estudo brasileiro pioneiro foi aceito para apresentação no World Conference on Drowning Prevention 2025 (WCDP 2025), a mais importante conferência mundial sobre prevenção de afogamentos, que ocorrerá no Egito entre os dias 21 e 23 de novembro de 2025.

O artigo intitulado “Use of Unmanned Aircraft in Drowning Prevention: Innovations, Applicability, and Operational Impacts” foi desenvolvido por equipe multidisciplinar, reunindo especialistas em operações aéreas e salvamento aquático do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ), da Superintendência de Operações Aéreas da Saúde do Rio de Janeiro, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

A pesquisa conduzida no âmbito da Coordenadoria de Operações com Veículos Aéreos Não Tripulados (COVANT) do CBMERJ propõe o uso de drones equipados com sistemas de áudio (alto-falantes) como ferramenta preventiva em áreas de risco, permitindo alertar banhistas sobre correntes de retorno, costões e outras situações de perigo antes que o incidente ocorra.

Foram realizados voos experimentais nas praias de Copacabana e Leme, totalizando cinco horas de operação preventiva, com apoio de guarda-vidas e pilotos do CBMERJ.

A análise, baseada em questionário aplicado a 60 militares, demonstrou que 96,67% dos participantes reconhecem o alto impacto do uso de drones com áudio para a prevenção de afogamentos e 90% consideram essencial a formação específica de guarda-vidas para operar essa tecnologia.

Segundo um dos autores, Capitão BM Diego Carelli, “o estudo mostra que o drone pode evoluir de uma ferramenta de observação para um agente ativo na comunicação preventiva, orientando banhistas e ampliando o alcance das equipes de guarda-vidas em tempo real”.

Essa aplicação inovadora de drones equipados com alto-falantes, especificamente voltados à prevenção de afogamentos, representa, segundo os autores, um marco para a aviação não tripulada no salvamento aquático, consolidando o CBMERJ como instituição pioneira no emprego operacional de sistemas não tripulados voltados à segurança aquática.

A pesquisa demonstra que o emprego coordenado de drones e guarda-vidas pode redefinir os protocolos de prevenção e resposta, otimizando recursos, reduzindo o tempo de reação e ampliando a segurança de banhistas em áreas extensas.

O artigo aceito pela WCDP 2025 reflete o avanço técnico e científico no desenvolvimento de soluções inovadoras que salvam vidas. Além disso, esse reconhecimento reforça a importância de investir em tecnologia e capacitação de pessoal.

Autores da pesquisa: Tarcíso Salles, Fábio Braga, Rodrigo Medina, Alexsander Delgado, Evelin Perez, Rodrigo Buxbaum, Diego Carelli e Michele Xavier.

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