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Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros de SC celebra 9 anos com passagem de comando e homenagens

Ascom CBMSC e Defesa Civil

Santa Catarina – Na manhã de quarta-feira (30) foi realizada a cerimônia alusiva ao 9º aniversário do BOA – Batalhão de Operações Aéreas do CBMSC, comemorado oficialmente em 2 de fevereiro. A solenidade também contou com a passagem de comando do Batalhão, entrega de medalhas e homenagens aos militares e vítimas socorridas pelo serviço de resgate aeromédico especializado.

Homenagens

Os Cabos BM Gianotti, Juliano, 2º Sargento BM Rubens Ataíde de Aguiar e 3º Sargento Jonas Valmiro Martins receberam referencias elogiosas por atendimentos em ocorrências de afogamento.

Em dezembro de 2018, a equipe da aeronave Arcanjo 01 foi acionada para atender uma ocorrência com vítima de choque elétrico. O paciente Marcos Aurélio Nunes foi eletrocutado e lançado ao chão numa altura de três metros, devido ao forte impacto do choque elétrico. A vítima sofreu parada cardiorrespiratória e ficou durante 40 minutos sob manobras de ressuscitação, mas reagiu bem aos estímulos e hoje se recupera sem sequelas.

Isabeli recebeu o coração e foi homenageada durante a solenidade. Foto: Soldado BM Jackson Jacques.

Isabeli foi diagnosticada em 2009 com miocardiopatia hipertrófica, doença do músculo cardíaco que provoca deficiência funcional do coração. Em 2017, a jovem apresentou insuficiência cardíaca e necessitou do transplante de órgão. A paciente foi convocada em 2018 para a cirurgia, dando início a uma corrida contra o tempo na coleta e transporte do coração compatível.

Duas aeronaves foram empenhadas para levar o órgão ao Hospital Santa Isabel, em Blumenau. Isabeli recebeu o novo coração e passou por 6 horas de cirurgia, recuperou-se e hoje passa bem. O sucesso da ação foi alcançado graças ao envolvimento das equipes do Corpo de Bombeiros Militar e SAMU.

  • Se você quiser saber mais sobre a história de Isabeli, clique aqui.

Assunção de Comando de Aeronave

Após mais de 500 horas de voo, distribuídas em dois cursos de formação teórico e prático e cinco estágios de especialização no período de quatro anos, o 1º Tenente BM Fábio Fraga cumpriu os requisitos e concretizou o sonho da assunção de comando de uma aeronave de salvamento. A partir de agora, o Tenente passa a integrar o grupo de comandantes de aeronave do BOA do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Assunção de Comando de Aeronave. Foto: Soldado BM Jackson Jacques.

Passagem de Comando

Durante a celebração de 9 anos do Batalhão de Operações Aéreas, o Tenente Coronel BM Diogo Bahia Losso passou o Comando da Corporação ao Tenente Coronel BM Giovanni Matiuzzi Zacarias.

O Comandante substituído deixou o cargo após um ano no exercício da função e foi homenageado pela corporação. Após realização da revista à tropa, o Tenente Coronel Matiuzzi assumiu oficialmente o cargo de comando do Batalhão de Operações Aéreas do CBMSC.

BOA celebra 9 anos com passagem de comando e homenagens. Foto: Flávio Vieira Júnior.

Entrega de medalhas

Foram entregues medalhas de mérito de aviação do CBMSC aos militares estaduais e federais, civis e instituições que tenham contribuído significativamente com a corporação, além de prestar relevantes serviços à causa da aviação do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

O Comandante-Geral do CBMSC, Coronel BM João Valério Borges, foi agraciado e fez a entrega de medalhas aos militares e autoridades presentes. O Cel PMESP RR Eduardo Alexandre Beni, editor do site Resgate Aeromédico, foi um dos agraciados com a medalha.

Estiveram presentes o Comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Secretário de Estado da Segurança Pública e Comandante-Geral da PM, Coronel PM Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior, Coronel BM João Valério Borges, Subcomandante-Geral do CBMSC, Coronel BM Edupércio Pratts, além de autoridades militares e civis, familiares e imprensa local.

BOA celebra 9 anos com passagem de comando e homenagens. Foto: Flávio Vieira Júnior.

Parceria aérea entre Corpo de Bombeiros e SAMU completa 9 anos em Santa Catarina

Ascom CBMSC

Santa Catarina – 2014, a vítima estava em uma embarcação numa área de difícil acesso em Bombinhas quando o helicóptero do Arcanjo foi acionado. Com dificuldades de pousar e muito vento na região, um dos bombeiros da aeronave conseguiu descer de rapel até o barco para avaliar o homem que passava mal, com um rádio na mão, recebendo instruções da equipe médica.

Quando a vítima entrou em parada cardiorrespiratória, o médico pulou na água e nadou em direção aos dois, enquanto o resto da equipe levou os materiais necessários numa lancha.

Situações de resgastes como essa já não são mais incomuns para tripulantes do Serviço de Resgate Aeromédico Especializado, os Arcanjos, que provém de uma parceria entre SAMU e Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina – a qual completou nove anos no dia 20 de Janeiro.

Parceria aérea entre CBMSC e SAMU completa nove anos. – Foto: Divulgação

As aeronaves Arcanjos, que hoje correspondem a duas asas fixas (aviões) e duas rotativas (helicópteros), passaram a ser referência não apenas estadual, como também nacional. O atendimento pré-hospitalar de urgência oferecido pelas bases aéreas localizadas no Estado atende uma média de mil ocorrências por ano.

Embarcados nas aeronaves estão um piloto, um copiloto, um tripulante, um enfermeiro e um médico. Foi esta integração, por exemplo, que culminou num atendimento singular no mês de setembro, quando uma partida entre Avaí e Figueirense pela Série B do Campeonato Brasileiro foi interrompida para prestar socorro a um jovem de 25 anos que caiu de uma altura de cinco metros – de uma arquibancada.

O paciente, na ocasião, chegou a ser entubado no gramado por um médico do SAMU e, mais tarde, transportado até o Hospital Governador Celso Ramos, onde foi atendido e sobreviveu sem complicações.

“É um serviço que une as melhores referências dos Bombeiros e do SAMU: a consciência logística e o pensamento médico, de regulação. Há especificações que são atendidas por nossos profissionais, os quais treinam para isso. Hoje, na área médica do serviço, nós trabalhamos com cerca de 25 médicos e 20 enfermeiros, de segunda a segunda, atendendo as quatro aeronaves”, acrescenta o Coordenador Médico do Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU) de Santa Catarina, Bruno Quércia Barros.

“Por ter âmbito de abrangência estadual, as aeronaves podem ser requisitadas por qualquer central de regulação de Santa Catarina. Há duas situações e há dois tipos de aeronaves – os helicópteros, que são utilizados para o atendimento primário, de risco iminente de morte, e os aviões, os quais atendem mais casos de transportes de pacientes clinicamente estáveis. E essa regulação se tornou vital para a eficácia do socorro e de sua agilidade”, concluiu.

O Major BM Sandro Fonseca do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) de Santa Catarina destacou que as aeronaves são acionadas para atendimentos considerados de difícil/impossível acesso via terrestre e que elas são equipadas para darem uma assistência equivalente a que uma vítima receberia em uma UTI móvel.

“Nossa aeronave, hoje, voa a uma velocidade de 200 a 250 Km/h. Isto nos dá a possibilidade de atender um raio de 100 km em cerca de 25/30 minutos. O tempo resposta, por consequência, é percebido rotineiramente pelos catarinenses. Tornou-se sinônimo de confiabilidade e esperança”, avalia.

O futuro Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Coronel BM Edupércio Pratts, que atuou na integração aérea das duas Instituições, analisou os últimos nove anos como produtivos e de agregação de conhecimentos e protocolos para as duas Corporações.

“Se temos um sistema de atendimento pré-hospitalar integrado e fortalecido, nos dias atuais, deve-se bastante as experiências de sucesso anteriores, como a dos Arcanjos, que foram uma construção propositiva para o fortalecimento do APH de hoje. É a minha percepção. A parceria otimiza os recursos em cena e direciona o procedimento com especialização avançada. Fomos pioneiros no Brasil. Naquele mesmo ano, por exemplo, outros Estados iniciaram uniões aéreas similares, neste sentido.”, finalizou.

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