Pará – Após a descentralização do serviço de transporte aeromédico da capital paraense para o oeste paraense, agora o serviço passa a ser regulado pelo município de Santarém. Os detalhes para a mudança foram acordados na quarta-feira (3), durante reunião na Secretaria Regional de Governo do Baixo Amazonas.
Com isso, será possível aumentar o número de voos e reduzir, inclusive, o tempo de espera de atendimento. O serviço abrange 29 municípios, nas regiões do Baixo Amazonas, Tapajós e Xingu. A equipe já trabalha em regulação e o aeromédico será mais um instrumento de apoio que terão.
Como vai funcionar a regulação?
O processo de regulação do serviço aeromédico ficará sob responsabilidade da 9ª Regional de Saúde em Santarém. A coordenadora de Urgência e Emergência, Andrea Luz, explicou como será a operacionalização do serviço na região.
“O serviço de resgate aeromédico será feito diretamente pela equipe de médicos reguladores da 9ª Regional da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), através da solicitação da unidade ao qual o paciente se encontra. Esse contato é feito por telefone e e-mail. Ao receber a solicitação, o médico regulador atualiza o quadro clínico do paciente e aciona o transporte aéreo. Via terrestre esse resgate demorava muito, colocando em risco a vida das pessoas que precisavam de um atendimento mais urgente, então esse transporte significa uma nova chance para cada paciente que precisa de atendimento”, detalhou.
COVID-19
O serviço se tornou essencial para reduzir o tempo de atendimento e salvar vidas dos pacientes com suspeitas de Covid-19 no interior do estado. Desde o dia 22 de abril, o serviço está disponível em Santarém.
Até o final de maio, 18 pessoas precisaram de transferência via UTI aérea na região, sendo 15 com suspeitas de Covid-19 e outras três com outras enfermidades. Santarém já recebeu pacientes de Óbidos, Juruti, Terra Santa, Alenquer, Monte Alegre, Prainha e Itaituba.
Os helicópteros estão aptos para o atendimento de pacientes e possuem equipamentos para realizar o transporte com segurança médica, como respirador, monitores cardíacos e bombas de infusão; além dos profissionais de saúde: um piloto, um enfermeiro e um médico.