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Aniversário de 27 anos

Dia da Aviação de Busca e Salvamento – Conheça a história do C- 47 FAB 2068

26 de Junho – Dia da Aviação de Busca e Salvamento

A origem da atividade de busca e salvamento na Força Aérea Brasileira remonta aos tempos da criação do ministério da aeronáutica, na década de 1940, sendo efetivamente estruturada nos anos 50. Desde então, incontáveis missões foram realizadas e inúmeras vidas foram salvas.

Uma missão, no entanto, marcou para sempre a história do SAR no Brasil: as buscas ao C-47 FAB 2068. Comemora-se hoje 54 anos da sua localização.

Sua triste saga teve início no dia 15 de junho de 1967, quando o destacamento de Cachimbo, ao sul do Pará, recebeu informes de que um ataque indígena era iminente e poderia tomar o campo. Reforços urgentes foram pedidos à primeira zona aérea.

O 2068, ainda que a meteorologia desaconselhasse o voo naquela noite, após decolar de Belém e pousar em Jacareacanga para reabastecimento, seguiu rumo ao seu destino. Entretanto, ao não encontrar o campo, mesmo tentando várias vezes o avistamento e com uma sequência dramática de mensagens, às 4 horas e 52 minutos da madrugada silenciou-se na imensidão da floresta amazônica.

Após 7 horas e 55 minutos, os possantes motores do C-47 começaram a falhar. Todos a bordo sabiam que aquilo poderia acontecer a qualquer momento: o combustível estava se esgotando.

Voando muito próximo ao topo da floresta, a aeronave começou a perder altura e a curvar-se lentamente. Em seguida, houve um leve roçar dos galhos na fuselagem, seguido do toque brusco sobre as grandes árvores e, por último, da inevitável colisão das asas contra os troncos maiores. Rapidamente a aeronave guinou e mergulhou na floresta.

Teve início, então, a maior operação de busca e salvamento da história da aviação brasileira e, no dia 26 de junho DE 1967, após serem voadas cerca de 1.100 horas por diversas aeronaves, o Albatroz 6539 decolou para aquela que seria a derradeira e marcante missão.

Investigando uma revoada de urubus, intencionalmente espantados com um tiro de pistola disparado pelo 2º Sgt. Botelho, sobrevivente do FAB 2068, o Albatroz avistou os destroços nas proximidades do município de Tefé e logo fez ecoar, vibrantemente, pela frequência do rádio de comunicação:

“Achamos o 2068!”

A euforia pelo sucesso da missão contagiou todos que estavam engajados naquela difícil tarefa.

No entanto, assim que o SH-1D FAB 8530 lançou por rapel a equipe de resgate no local do sinistro, a alegria se confundiu com a dor de um cenário desolador. Das vinte e cinco pessoas a bordo, apenas cinco conseguiram sobreviver até aquele momento.

Em meio às grandes dificuldades do acidente, destacou-se a abnegação do Cabo Barros que, com o corpo totalmente queimado, abastecia os sobreviventes com água, sem lamentar-se de absolutamente nada. Às vésperas da chegada do socorro, o Cb Barros, depois de cumprir mais uma vez o ritual de saciar a sede dos companheiros, deitou-se silenciosamente ao chão. O derradeiro suspiro do Cb Barros totalizou em vinte a quantidade de mortos.

No momento do socorro, o Ten Esp CTA Luiz Velly conseguiu traduzir em uma única frase todo o sentimento que expressa a certeza do resgate e que passou a permear a vocação e o espírito SAR daquele momento em diante:

“Eu sabia que vocês viriam!”

A tragédia do FAB 2068 escrevia, então, a história da maior operação de busca e salvamento da aviação brasileira até então. Participaram dessa missão trinta e três aeronaves. Foram voadas mil e cinquenta e três horas e cinquenta minutos.

Coube ao Presidente da República, Arthur da Costa e Silva, dimensionar a tragédia e a vitória da aviação de busca e salvamento da Força Aérea Brasileira com as seguintes palavras: “o resgate dos sobreviventes do avião 2068 transcende a história e a atmosfera da força aérea brasileira, impregnada do espírito heroico de nossa juventude, para sugerir-nos um símbolo de bravura, da energia e da perseverança de todo povo brasileiro, no desbravamento da selva amazônica e na afirmação cada vez mais vigorosa, de nossa soberania, em uma das mais vastas e fabulosas regiões da terra. é um episódio que nos enche de emoção, como seres humanos, e de orgulho, como habitantes deste país”.

Passados 54 anos deste episódio, a busca e salvamento continua mostrando-se imprescindível. As missões humanitárias proporcionam a alegria do reencontro a tantas vítimas de catástrofes naturais no Brasil e no exterior, auxiliando irmãos compatriotas e de nações amigas em suas dificuldades.

Dessa forma, homens e mulheres da busca e salvamento, um novo e ainda mais promissor horizonte se aproxima! Para tanto, é imprescindível que:

A convicção do Ten Velly, expressa na frase: “eu sabia que vocês viriam!” continue viva nos corações e nas mentes de todos que, diuturnamente, labutam na nobre missão de salvar vidas!

Se olhe para o futuro confiando, a exemplo do memorável 26 de junho de 1967, que novos cenários estão sendo descortinados na incessante labuta pela excelência de nossas atividades.

Se honre nossos antecessores, pois, brava e heroicamente, conduziram a bandeira do SAR, não importando o destino, mas sim a constante força interior. O tempo, que avança ligeiro, traduzirá sempre a premência do compromisso que…

 “Por uma vida é preciso lutar!”
“lutar!”
“Para que outros possam viver”!

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Edição feita por Eduardo Alexandre Beni com o texto elaborando em comemoração ao DIA DA AVIAÇÃO DE BUSCA E SALVAMENTO. Palavras do então Comandante de COMGAR, Ten Brigadeiro Ar Nivaldo Luiz Rossato e do Ten Brigadeiro Ar, Gerson Nogueira Machado de Oliveirs, Comandante-Geral de Operações Aéreas.

Leia também:

Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PMESP completou 27 anos

Atualmente o Grupamento de Radiopatrulha Aérea – “João Negrão” atua nos céus de São Paulo com 24 helicópteros e 6 aviões . “É uma amplitude de atuação que existe em poucos países do mundo”, disse o comandante do GRPAe, Tenente Coronel Marco Antonio Severo Silva, durante a solenidade do 27º aniversário da unidade, na tarde desta segunda-feira (15/08).

Neste evento estavam presentes diversas autoridades civis e militares e dentre elas o Comandante Geral da Polícia Militar, Cel PM Alvaro Batista Camilo e o Delegado Geral, Marcos Carneiro Lima.

Segundo o Ten Cel PM Severo, o Grupamento Áereo auxilia a Polícia Militar em diversas situações, desde incêndios urbanos e florestais ao transporte de órgãos para transplante. “A presença do Águia é diária, fazendo parte do cotidiano de São Paulo, estando presente em todo o estado e auxiliando a Polícia Militar nos mais diversos tipos de ocorrência”.

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Atualmente, o GRPAe da Polícia Militar conta com 30 aeronaves, sendo 24 helicópteros e seis aviões. A última aquisição foi em maio deste ano, com a inauguração da base de Araçatuba.

O helicóptero Águia da Polícia Militar está, no máximo, a 15 minutos de distância de 85% da população do Estado de São Paulo, o que equivale a 35 milhões de pessoas.

No ano passado, foram comprados sete helicópteros. Além da Capital, as aeronaves ficam instaladas nas bases de São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Praia Grande, Sorocaba, Presidente Prudente, Piracicaba e Araçatuba.

Para operar essa esquadrão aéreo, o Grupamento conta com o trabalho de 470 policiais militares. Com isso, são feitas operações de apoio ao policiamento urbano, de trânsito, choque, florestal e rodoviário, além do auxílio ao Corpo de Bombeiros. Com todo esse aparato, o Grupamento Aéreo fez só, neste ano, 14 transportes de órgãos para transplante e 6.266 resgates em todo o Estado.

Em comemoração, O Cb PM Edvaldo Soares da Silva recebeu a medalha Valor Militar em grau prata e a 2º Sgt PM Carla Cristina Martins da Silva Souza recebeu a medalha Valor Militar em grau bronze.

A medalha de “mérito militar”, é conferida aos policiais como forma de reconhecimento do Estado pelos bons serviços prestados, com lealdade, constância e valor.

Prosseguindo a solenidade, 55 policiais tiveram seu trabalho reconhecido ao receberem Láureas de Mérito Pessoal, honraria concedida aos policiais que, por méritos pessoais, se destacaram no cumprimento de suas atribuições, atuando com abnegação, profissionalismo e amor à causa pública.

No evento, além dos policiais militares, foram homenageados pelos bons trabalhos realizados em prol do GRPAe, personalidades de diversos setores, dentre eles, o Cel Aviador Jorge Tebicherane, Comandante Hamilton Rocha, Eduardo Marson Ferreira, Zaul Favoreto e François Haas. Também foi homenageado José Luiz Datena, através da presença do Ten Cel PM Carlos Eduardo Falconi, diretamente do estúdio do Brasil Urgente.

Homenageados:

“Aeronave high tech”

Para desempenhar suas missões com excelência, os policiais do grupamento contam com um aparato tecnológico. Os equipamentos que mais se destacam são o Olho de Águia e o Flir. Além desses, o helicóptero conta com equipamentos de resgate e combate a incêndio.

O Olho de Águia é um sistema de captação e retransmissão de imagens em tempo real, utilizado para auxiliar em operações.

O Flir (sigla inglesa de Forward Looking Infra-Red – sensor de visão frontal infravermelha) é um dispositivo que detecta a radiação infravermelha emitida por objetos “quentes”. Assim, com a energia térmica emitida e a ajuda de um processador digital, são projetadas imagens tridimensionais. O sensor é usado para ajudar os pilotos na localização de objetos e pessoas na escuridão da noite ou em meio a uma névoa.

Momentos marcantes

Equipamentos modernos, aliados ao treinamento e aperfeiçoamento constante de pessoal. A junção desses fatores faz com que o atendimento tenha agilidade e contribui para que muitas vidas sejam salvas.

Nos 27 anos de grupamento, muitas missões já foram recebidas e vencidas. As mais recentes foram as enchentes em Santa Catarina, em 2008, em São Luís do Paraitinga, em 2010, e na região serrana do Rio de Janeiro, neste ano.

Na região serrana do Rio, entre 15 e 23 de janeiro deste ano, foram realizados 162 voos para auxiliar nos resgates às vítimas atingidas pelas fortes chuvas. Também estiveram presentes no apoio o GRAer do Paraná, GTA do Maranhão, Força Nacional, IBAMA e Polícia Rodoviária Federal, além das aeronaves da Forças Armadas.

Em Paraitinga, o grupamento fez um total de 96 voos e socorreu 15 vítimas. Foram mobilizados 20 pilotos e 17 tripulantes, tendo uma média de duas aeronaves por dia de operação – de 2 de janeiro a 3 de fevereiro de 2010.

Polícia Civil de São Paulo

Nesta mesma data comemorou-se também o 27º aniversário do SAT – Serviço Aerotático da Polícia Civil do Estado de São Paulo, chefiado pelo Delegado Roberto Bayerlein. O SAT da Polícia Civil conta atualmente com quatro helicópteros (SAT 01: AS350B; SAT 03: AS355F2; SAT 04: AS350BA e o SAT 05: AS350B2).

Fonte: Assessoria de Imprensa da SSP/SP com edição do Piloto Policial.
Fotos: Piloto Policial.

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