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Após 1 ano, policiais e parentes falam da saudade dos guerreiros do Fênix 04, acidentado em 2016 no Rio

Rio de Janeiro – No dia 19 de novembro de 2016, o helicóptero Fênix 04, modelo AS350B3+, matrícula PR-IDR, acidentou-se às margens da Avenida Ayrton Senna, próximo ao acesso à Linha Amarela. Os policiais foram ao local para auxiliar colegas que faziam uma operação na Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Lá ocorriam confrontos entre traficantes e milicianos, numa disputa pelo controle da região.

Os tripulantes, Major Rogério Melo Costa, Capitão William de Freitas Schorcht, Subtenente Camilo Barbosa Carvalho e Sargento Rogério Felix Rainha faleceram no acidente.

Capitão William de Freitas Schorcht, a esquerda, a bordo do helicóptero Fênix do GAM da PMERJ.
Capitão William de Freitas Schorcht, a esquerda, a bordo do helicóptero Fênix do GAM da PMERJ.

O trabalho dos policiais do Fênix 04 era, do alto, com o auxílio do imageador aéreo instalado no helicóptero, monitorar e orientar as equipes que faziam ações em terra. Um mês após a queda, foram analisadas imagens do acidente que sugerem falha no rotor de cauda, pois o aparelho caiu girando em torno do seu próprio eixo.

Um ano após a queda do helicóptero Fênix 4 do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar (GAM), o relatório final do acidente que matou os quatro militares, sob responsabilidade do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-3), ligado ao CENIPA, ainda não foi publicado.

O documento vai dizer quais foram os fatores contribuintes que deram causa ao acidente e se houve problema técnico durante o voo. No momento do acidente, a aeronave voava a uma altitude de 1,5 mil a 2 mil pés — de 500 a 600 metros de altura, aproximadamente.

Até setembro, a Delegacia de Homicídios ainda estava aguardando a finalização do documento. Em pesquisa no site do CENIPA, o relatório ainda não foi divulgado. Um relatório preliminar de dezembro de 2016 afirmou que a fuselagem do aparelho não foi atingida por tiros.

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Neste domingo (19), familiares e a Polícia Militar prestaram homenagens aos quatro ocupantes da aeronave, Major Rogério Melo Costa, Capitão William de Freitas Schorcht, Subtenente Camilo Barbosa Carvalho e Sargento Rogério Felix Rainha.

“Hoje faz um ano do acidente com a Fênix 4 do GAM. Esta é uma pequena homenagem e lembrança aos nossos policiais, que deram a vida no cumprimento do dever”, publicou a Polícia Militar em suas redes sociais – @gamoficial.pmerj.

Familiares dos militares mortos no acidente também prestaram homenagens, como o primo do Capitão PM William de Freitas Schorcht: “Podemos vencê-los para sempre, nós podemos ser heróis apenas por um dia. Um dia nos encontraremos na presença do nosso Deus e mataremos essa saudade que aperta nossos corações. Te amo!”. No post, dezenas de amigos também lamentaram a perda.

O filho do Sargento PM Félix Rainha, Ruan Félix, também prestou sua homenagem emocionado, relembrando os momentos que passaram juntos.

“Um ano sem o meu meu melhor amigo, um ano sem meu herói, um ano sem correr com o senhor, um ano sem sair com o senhor, um ano sem um abraço do senhor, um ano sem o beijo do senhor, um ano sem a proteção do senhor. Ó, meu pai, quantas saudades eu tô do senhor, daria tudo pra ver o senhor nem que seja apenas um segundo. É tão ruim ficar sem o contato do senhor, queria muito dizer o quanto eu amo o senhor olhando nos seus olhos, queria tanto da uma úlltima corrida com o senhor, queria tanto me despedir do senhor. Pai, eu nunca vi um o homem igual o senhor, um cara que nunca teve inimizade com ninguém, um cara que era amigo e querido por todos, nunca vi uma pessoa se quer falar mal do senhor. Pai, o senhor é meu maior orgulho, minha maior inspiração e meu herói preferido. Oro a Deus que um dia eu te encontre em um lugar que não haverá tristeza e nem dor, e vamos viver felizes pra sempre. Pai tenho certeza que existe uma terra santa, tenho fé que ainda irei te encontrar. Tenho muito orgulho de ser filho do senhor, sou feliz por ser conhecido como filho do Rogério ou filho do Félix. Quanta honra e felicidade por ser filho do senhor, o cara que que foi o heroi e exemplo de muitas pessoas. Eu te amo muito meu guerreiro. O Senhor combateu o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé. Herói não morre, herói sempre será lembrado”.

Um dia triste para ser relembrado! Somos GAM!

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Com informações de Extra e redes sociais.

Laudos preliminares indicam que helicóptero do GAM/RJ não foi atingido por tiros, diz secretário

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou neste domingo (20) que, até agora, os laudos feitos pelo IML e informações preliminares do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) indicam que nem os corpos dos quatro policiais mortos, nem o helicóptero da Polícia Militar que caiu na Cidade de Deus, foram atingidos por disparos de arma de fogo.

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Segundo o secretário, os laudos do IML ficaram prontos neste domingo. Já a análise do Cenipa ainda não tem prazo para ser concluída. “A Aeronáutica também não encontrou, até o momento, perfurações no helicóptero. Temos que aguardar a perícia deles, que vai levar tempo, mas será conclusiva”, disse Sá.

“A PM sangra, são heróis morrendo de forma anônima, Então eu venho me solidarizar com as famílias. Não aguento mais entregar quepe e bandeira para a mãe de um policial morto”, disse Sá, que participou do velório coletivo dos PMs.

Questionado sobre a possibilidade de falta de manutenção na aeronave, o secretário afirmou que tudo é possível, mas reforçou que apenas a perícia afirmará a real causa do acidente. “A PM garantiu que não levanta voo sem a documentação da aeronave em dia. Em tese, está tudo correto. Só assim a aeronave pode voar”, disse o secretário.

O helicóptero que caiu não era blindado. O coordenador de comunicação social da Polícia Militar, major Ivan Blaz, afirmou que o modelo Esquilo é uma aeronave leve destinada à observação e transporte de tropa.

“Por natureza, esta aeronave não é blindada. Ela trabalha em uma grande altitude com equipamento ótico de monitoramento. Esse é o objetivo. Nós tínhamos também uma aeronave blindada destinada ao apoio das equipes de solo. Isso não é nada inédito no emprego de aeronaves pelas polícias no Brasil e no mundo”, disse Blaz.

O major afirmou que toda a documentação de manutenção do helicóptero está com o comando da PM e em dia. “É muito preliminar que venhamos falar agora sem que ter em mãos a perícia da Aeronáutica. Ela é fundamental para identificar as causas do acidente”, disse.

Perguntado sobre a possibilidade de ter ocorrido algum tipo de falha humana, já que os policiais estavam sob forte pressão, o major afirmou que os PMs tinham experiência neste tipo de voo. “Estamos falando de policiais que trabalhavam há vários anos em operações aéreas. Falar isso neste momento seria até um desrespeito com esses agentes”, disse.

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Fonte: UOL

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