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Paraná – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) mais que dobrou o número de cobertura de atendimentos no Paraná. Uma série histórica levantada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que em 2010, apenas 43,83% da população paranaense era atendida pelo serviço. Atualmente 90,25% da população e 85,96% dos municípios do Paraná recebem o atendimento do SAMU.

De janeiro a novembro deste ano foram mais de 679 mil ligações acionadas pelo canal de atendimento 192. A maioria, cerca de 35,8%, é de homens acima de 80 anos. Os atendimentos variam entre urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e causas externas (acidentes, violências). As linhas de cuidado prioritárias são: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) e trauma. A estrutura do serviço é realizada por regiões, visando integrar, hierarquizar e aperfeiçoar o fluxo dos pacientes, buscando uma assistência resolutiva e de qualidade.

“A alta cobertura do SAMU e a excelência nos atendimentos é resultado dos investimentos em equipamentos e em educação permanente que a Sesa propicia para a área. Entre 2018 e 2019 realizamos mais de 30 cursos de urgência e emergência, beneficiando aproximadamente 800 profissionais. Nosso objetivo é continuar investindo e capacitando para mantermos a qualidade no serviço”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

90% da população e 86% dos municípios do Paraná recebem atendimento do SAMU. Foto: Ascom Paraná.

INVESTIMENTOS

Com intuito de fortalecimento da rede e suporte em ações estratégicas de qualificação, o Paraná pautado pela Resolução nº 497/2017, repassa recursos na modalidade Fundo a Fundo para o custeio de equipamentos. Além disso, a Resolução nº 965/2017 da Sesa contempla incentivos estaduais de custeios para apoio às ações estruturais e de assistência do Samu nas regiões nesta mesma modalidade. Em 2019, mais de R$ 64 milhões foram investidos.

INOVAÇÃO

A Sesa adquiriu recentemente uma medicação inovadora de alto custo para uma maior resolutividade no tratamento de infartados. O Trombolítico é um remédio que impede que o músculo cardíaco pare de funcionar. O custo de cada ampola é de R$ 5,7 mil, ao todo foram mais de R$229 mil investidos na aquisição.

“O infartado tem que chegar até uma hora e meia no serviço destino, e conforme a localização que esse paciente se encontra, ou o tempo que levou para acionar esse serviço de emergência, já se passou um tempo. O helicóptero leva a medicação e aplica no local, para que então possa levar o paciente até uma unidade para dar continuidade no atendimento. Esse procedimento é inovador e de extrema importância, pois salva vidas”, explicou Beatriz Monteiro Oliveira, coordenadora da Rede de Atenção às Urgências.

Paciente com Infarto Agudo do Miocárdio é salva após utilização de trombolítico pela equipe aeromédica do BPMOA, PR

AEROMÉDICO

O serviço aeromédico é um componente de alta relevância considerando a redução do tempo/resposta para atendimento e o acesso precoce do paciente ao serviço destino para as medidas terapêuticas definitivas.

As aeronaves ficam sediadas em Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Cascavel e Curitiba. Regulados integralmente pelo Complexo Regulador, através das Centrais de Regulação Médica de Urgência e de Leitos Especializados.

O serviço também conta com a aeronave asa fixa voltada à transferência inter hospitalar de pacientes que necessitam de serviço de maior complexidade. Cada helicóptero tem raio de atuação de 250 km em média, cobrindo todo território do Estado. Acima de 250 km, o avião com total disponibilidade para a rede de urgência é utilizado. O atendimento corresponde a 3,3% do total diário de pacientes críticos.

A demanda pelo serviço é crescente. A série histórica mostra que em dez anos, o número de atendimentos aeromédicos subiu de 338 para 2.819 em 2018, uma média de 7,6 atendimentos/dia, 25 atendimentos por 100 mil habitantes/ano. Dados de 2019, até novembro, mostram que o serviço já atendeu 2.602 pacientes.

FROTA

Implantado em 2004, o Samu possui 12 Centrais de Regulação no Paraná – 10 regionais, uma micro-regional e uma municipal. As Centrais são o principal instrumento de gestão da Rede Estadual de Atenção à Urgência e atuam como estrutura ordenadora do fluxo de pacientes.

A equipe possui 177 Unidades de Suporte Básico (USB) distribuídas em maior número e atuando com técnicos de enfermagem e condutores e 55 Unidades de Suporte Avançado (USA) com médico e condutor, localizadas em pontos estratégicos à disposição de chamados para cuidados mais específicos, além de cinco helicópteros e uma aeronave asa fixa.

90% da população e 86% dos municípios do Paraná recebem atendimento do SAMU. Foto: Ascom Paraná.

IMPLANTAÇÃO

A Sesa busca implantar Complexos Reguladores Macrorregionais com integração das Centrais de Regulação de Urgência dos SAMUs com as Centrais de Acesso à Regulação do Paraná (CARE) em Maringá, Curitiba, Cascavel e Londrina.

O objetivo é estabelecer um processo de trabalho uniforme com a integração operacional das duas Centrais (Urgência Samu e Leitos). Além disso, proporcionar um gerenciamento efetivo de todos os recursos pré-hospitalares (ambulâncias e serviço aeromédico), dos serviços de referência e buscar efetividade na resposta, economicidade e garantia de acesso qualificado a grade de referência pactuada.

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