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José Lúcio de Souza Macêdo
Operador de Suporte Médico – Enfermeiro

Conseguir atuar no meio aeroespacial é o objetivo de muitos enfermeiros. Não é uma trajetória fácil. Haverão muitos obstáculos e desafios que fortalecerão o profissional, favorecendo alcançar esse objetivo de forma consolidada.

Como pré-requisitos básicos, é necessário ser graduado em enfermagem por alguma universidade reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e ser registrado no Conselho Regional de Enfermagem, conforme preconiza a Lei 7.498/86, que regulamenta o exercício da profissão.

A experiência profissional em serviços de Urgência e Emergência e APH (Atendimento Pré-hospitalar) são fundamentais para desenvolver atividades em aeronaves, pois a maioria dos pacientes transportados se encontram em estado grave de saúde e exigem atendimento profissional de alta complexidade. Cursos de protocolos internacionais e específicos de resgate e transporte aeromédico são muito bem vindos nesse sentido.

Para se adequar aos efeitos da altitude, o enfermeiro deve manter um bom preparo físico. Isso implica também no bom rendimento em ocorrências de resgate, pois a demanda de força e resistência será exigida. Não estar apto na parte física pode comprometer a missão, aumentando riscos operacionais de voo também. Boa ergonomia dentro da aeronave é fundamental.

Conforme a Resolução COFEN N° 660/2021, é necessário que o enfermeiro possua diploma de pós-graduação lato sensu em enfermagem aeroespacial reconhecida pelo MEC. Existem algumas exceções para profissionais que possuem experiência comprovada em atividade aeroespacial em período anterior a publicação da resolução.

Outro ponto importante, é saber se o enfermeiro deseja atuar no setor privado ou no público. Deve-se buscar compreender os pré-requisitos exigidos pelo serviço em especial. No setor privado, a exigência é baseada no que foi descrito até aqui, contemplando em alguns casos, um treinamento interno de adaptação às condições da empresa.

Já no setor público, além do que foi dito, geralmente é realizado um Curso de Formação de Operador de Suporte Médico, em caráter seletivo e eliminatório, ao qual o profissional deverá receber treinamento em várias situações de operações aéreas, que exigirão aptidão para o resgate (aquático, em altura e terrestre), transporte inter-hospitalar e atividades de tripulação em geral.

Se esse é o sonho do profissional, é importante ser consciente que esse será um caminho a ser seguido. Ter paciência e resiliência são fundamentais nesse processo. Manter o foco e a determinação deverão ser hábitos diários. Desistir e desmotivar não serão opções. Siga sempre em frente.

Sucesso!

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