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Secom CBMSC

Santa Catarina – Para agilizar o atendimento das ocorrências catarinenses, a Divisão de Tecnologia da Informação (DiTI) do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina está investindo cada vez mais na inovação por meio de aplicativos desenvolvidos dentro da própria corporação. Com os sistemas FireCast CBMSC e FireCast Comunidade o tempo de resposta para atendimento a ocorrências foi reduzido em cerca de dois minutos.

A capitão Juliana Kretzer explica que o app interno, o FireCast CBMSC, faz integração direta com o sistema de emergência 193, permitindo que a guarnição receba todas as informações da ocorrência por meio de um dispositivo móvel. Em um momento anterior, eram recebidas apenas por rádio. “Trouxemos com isso uma diminuição no tempo de atendimento à comunidade porque antes diversas informações precisavam ser repetidas e algumas acabavam se perdendo.”

Corpo de Bombeiros de Santa Catarina investe em tecnologia e diminui tempo de resposta em ocorrências. Foto: Secom

Juliana Kretzer, que trabalha há cinco anos na DiTI, destaca que, atualmente, pelo menos 60% das viaturas de serviço dos bombeiros já utiliza os aplicativos para a comunicação interna. Para a população, o aplicativo FireCast Comunidade está ativo e disponível gratuitamente para usuários de Android.

Os aplicativos desenvolvidos no Estado foram criados a partir de softwares livres e com códigos abertos para que outros locais possam se beneficiar da tecnologia catarinense. Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe, atualmente, também utilizam o app para o atendimento de ocorrências, com suporte da equipe de tecnologia da informação do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

Firecast CBMSC

Com o aplicativo, a equipe de plantão faz o cadastro, tornando a viatura disponível para os atendimentos. Quando é solicitada para a Central de Operações do Bombeiro Militar (Cobom), a ocorrência é gerada automaticamente no sistema e imediatamente soa um sinal sonoro, informando no aplicativo todos os dados, além do mapa indicando o caminho mais rápido até o local.

A equipe também informa pelo aplicativo a situação da ocorrência, como os deslocamentos feitos durante o atendimento. Esta versão é a operacional, de uso exclusivo dos Bombeiros Militares.

Corpo de Bombeiros de Santa Catarina investe em tecnologia e diminui tempo de resposta em ocorrências. Foto: Secom.

FireCast Comunidade

O aplicativo alerta sobre as ocorrências que estão em atendimento ou foram atendidas. Basta o usuário escolher a região de interesse e verificar as informações. “Este app também é integrado ao sistema de emergência e ele permite que a comunidade seja notificada em tempo real de todos os chamados de emergência do Corpo de Bombeiros de SC. O que pretendemos, com isso, é que o compartilhamento da informação permita a prevenção de outros acidentes e até mesmo que as pessoas possam se ajudar”, justifica Kretzer.

O Firecast Comunidade rendeu para a corporação um prêmio de Boas Práticas, em 2016, com a primeira colocação na categoria “Tecnologia da informação para a comunidade”.

Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina investe em tecnologia e diminui tempo de resposta em ocorrências. Foto CBMSC.

Tecnologia presente também no ar

A rotina do trabalho do Corpo de Bombeiros inclui situações de grandes proporções e que exigem estratégias precisas, rápidas e confiáveis, criadas a partir da análise da dimensão da ocorrência e de um mapeamento prévio. Para isso, Santa Catarina utiliza as aeronaves remotamente pilotadas (RPA), conhecidas popularmente como drones.

O estudo de viabilidade da utilização foi o tema do trabalho de conclusão do curso de formação de oficiais do Tenente Pedro Cabral Reis, em 2015, e passou a ser aplicado na prática. “Além de resguardar, em muitas situações, a integridade física dos próprios bombeiros, os drones têm um custo operacional baixo quando comparado a outros equipamentos e permitem acessar e visualizar com agilidade as áreas de difícil acesso”, diz.

Pioneiro

Os primeiros testes com aeronaves remotamente pilotadas começaram em 1999, com uso de um aeromodelo particular criado pelo Subtenente BM RR Ben-Hadade Farias e seu irmão Benoni Farias. À época, o Subtenente utilizava aeromodelos de asa fixa para patrulhar e monitorar, de forma preventiva, praias de Florianópolis que não dispunham do serviço de guarda-vidas, em um projeto chamado “test fly”.

Hoje, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina é uma das primeiras instituições a utilizar estes equipamentos. Conta com 17 drones e 15 bombeiros militares capacitados para pilotar remotamente. Os equipamentos são utilizados na busca e resgate, mapeamento de áreas em situações de risco ou levantamento de informações para ocorrência, trazendo um panorama preciso por meio de imagens.

Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina investe em tecnologia e diminui tempo de resposta em ocorrências. Foto: CBMSC.
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