Drone cruza rota de helicóptero aeromédico em Maringá e assusta tripulação

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Paraná – Se por um lado os drones são um grande avanço tecnológico para as atividades policiais e de bombeiro, por outro ele pode ser um perigo para as aeronaves aeromédicas e da segurança pública, além é claro para a aviação geral.

Mais um caso aconteceu. Dessa vez foi na cidade de Maringá com um helicóptero aeromédico. Já tivemos situações perigosas envolvendo drones e aeronaves da segurança pública, como em Nanuque, MG, onde a Polícia Civil realizava uma operação. Como regra geral, em ocorrências policiais e aeromédicas, essas aeronaves voam abaixo de 400 pés, mas em Maringá o drone estava voando alto.

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No dia 23 de abril, por volta 12h30min, a equipe aeromédica (formada por um piloto, médico e enfermeiro) do helicóptero Esquilo (AS350) da Secretaria de Saúde do Estado (SAMU Maringá) foi acionada para uma ocorrência de resgate na cidade de Astorga, onde havia ocorrido uma colisão entre uma motocicleta e um caminhão. A equipe, coincidentemente, testava uma câmera durante o trajeto, pois é utilizada durante o atendimento.

No descolocamento, sobre a cidade de Maringá, a mais de 500 pés, o piloto Raphael Chiossi avistou um drone a sua frente, rapidamente informou a tripulação e conseguiu desviar para a direita, quando o médico de bordo, Maurício Lemos, conseguiu gravar o momento em que o drone passou em alta velocidade pelo lado esquerdo do helicóptero.

A equipe plotou as coordenadas geográficas e prosseguiu para o atendimento aeromédico, pois a vítima aguardava para ser socorrida. Assim, não foi possível identificar o piloto do drone. Em Astorga o motociclista foi atendido e conduzido de ambulância para o hospital local. No retorno a base, a equipe do helicóptero não avistou mais o drone. O incidente foi reportado através de um Relatório de Prevenção para o CENIPA.

Segundo informações das equipes, muitos drones estão voando acima de 500 pés, trazendo muito insegurança para quem voa helicópteros e aviões na região de Maringá. Para voar um drone nessa altura, dentre outras coisas, é preciso de autorização do DECEA e o piloto precisa possuir licença (habilitação).

Esse tipo de operação irregular de RPA é passível de consequências administrativas, como multa e apreensão, a serem adotadas pela ANAC ou DECEA, além de sanções penais, como expor a perigo aeronave ou dificultar a navegação aérea.

As regulamentação da ANAC (RBAC-E Nº 94) completou um ano, porém, muito embora seja um novo mercado, com muitas oportunidades, o uso irregular desses equipamentos traz muitos riscos para a aviação tripulada e para a população. Essa insegurança é real e pode ser confirmada no vídeo gravado pela equipe do helicóptero.

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