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Acre – Tudo começa na central de atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), quando o soar do toque telefônico acende o alerta de mais uma missão para salvar vidas. Durante o último fim de semana, pelo menos três dos chamados registrados na central vieram de localidades de difícil acesso, onde só se chega por meio de um barco ou aeronave, ou então, após horas de estrada.

“Parceria de uma grandeza inestimável”, define o coordenador do SAMU, Eduardo Formiga, que ainda destaca a logística empregada em cada uma das operações, que exigem, além da estrutura do SAMU, a da Casa Militar e do CIOPAER, com a disponibilidade de aeronaves de asa fixa, o contato direto com a Central de Regulação de Leitos da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e as unidades de saúde, a fim de garantir a assistência eficaz e imediata ao resgatado.

Criança de 7 anos é moradora de Marechal Thaumaturgo. Foto: CIOPAER.

Na segunda-feira (28), após solicitação do SAMU, equipe da aeronave do CIOPAER decolou em direção a Marechal Thaumaturgo para realizar o transporte de uma criança de 7 anos que sofreu fratura no fêmur para o Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul.

No sábado (26), foi realizado o resgate de uma paciente de Cruzeiro do Sul para Rio Branco e no domingo (27), gêmeos recém-nascidos prematuros e a mãe tiveram rápida assistência das equipes.

Segundo as equipes, o serviço causa emoção nos moradores da comunidade. O comandante do CIOPAER, o tenente-coronel Samir Freitas conta que, em uma das missões, uma moradora abraçou a médica e começou a chorar.

“Ela acompanhou as complicações no nascimento das crianças, e quando viu a chegada da aeronave e a equipe médica levando o suporte necessário, ela se emocionou e emocionou também a todos que assistiram à cena”, relatou.

De acordo com dados do CIOPAER, pelo menos 33 resgates aeromédicos já foram realizados por suas tripulações e pelos profissionais do SAMU, de janeiro até esta segunda-feira (28). “Entre os maiores desafios, a comunicação precária é um dos pontos de dificuldade, como no caso do resgate dos gêmeos que moravam em uma comunidade sem sinal”, relatou Samir Freitas.

Paciente de Cruzeiro do Sul precisou de transferência para a capital. Foto: CIOPAER.
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