O Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo, através da Base de Radiopatrulha Aérea de Sorocaba desenvolveu em conjunto com as empresas Luk Embalagens e Rolamentos e Tecsis Pás Eólicas uma plataforma de treinamento elevatória semelhante às aeronaves utilizadas pela unidade aérea da policia militar. Esse projeto foi elaborado pelo engenheiro Rui da empresa Luk.
O projeto começou a ser desenvolvido em 2011 e todo equipamento é avaliado em R$ 1 milhão. A manutenção semestral do equipamento será feita gratuitamente pela própria Luk e de maneira permanente à base de Sorocaba.
As duas empresas que projetaram o simulador vão doar o equipamento para o governo estadual. O projeto vai ser patenteado antes de ser doado à Polícia Militar de São Paulo. Segundo o comandante da Base, major Rinaldo Rodrigues Rachide, esse é o segundo equipamento do gênero projetado no mundo. O primeiro equipamento desenvolvido está na Alemanha. Estados como Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso já mostraram interesse pelo projeto.
O simulador foi inaugurado em fevereiro deste ano pelo governador Geraldo Alckmim. A cabine do simulador pesa uma tonelada e meia e é feita em fibra de vidro. Ela é semelhante a uma cabine do helicóptero AS350 – Esquilo.
A ideia da torre foi dos Tripulantes Operacionais do Grupamento Aéreo e, após gestão, tornaram a ideia uma realidade. Quem fez a pintura automotiva foi a empresa Fulco pinturas. Todas as empresas que desenvolveram a torre são de Sorocaba. A cabine chega a ficar cerca de 8 m do solo. A torre trabalha com sistema de contrapeso, ou seja, um motor alivia o contrapeso, assim, ele desce e a cabine sobe.
É um sistema semelhante a portão basculante, mas ela trabalha com corrente. Caso aconteça qualquer problema a torre sobe, mas nunca cai, em razão do contrapeso. Nessa torre pode ser simulado rapel, mcguire, bamby bucket, carga em gancho, desembarque e embarque a baixa altura e fraseologia de cabine.
Os tripulantes que atuam nas 11 bases destacadas do Águia do Estado de São Paulo vão passar por treinamentos em Sorocaba. Além de não tirar as aeronaves de operação, o simulador proporciona uma economia de cerca de R$ 3 mil por hora. O GRPAe da Polícia Militar possui cerca de 190 tripulantes operacionais e serão divididos em turmas de 10 policiais, sendo um curso a cada 15 dias.
Esse curso desenvolvido pelo GRPAe terá duração de 36 horas-aula, equivalente a 3 dias de estágio, cujo objetivo será aprimorar os conhecimentos do tripulante operacional do GRPAe, visando a atualização profissional constante e a padronização operacional nas atividades aéreas específicas, através de instruções teóricas e práticas na plataforma de treinamento e englobará, entre outros assuntos, as seguintes matérias:
- Padronização e segurança de voo;
- Material operacional;
- Rapel;
- Maca de montanha;
- Exfiltração pelo gancho;
- Operação com cesto;
- Bambi bucket;
- Operação com puça;
- Ações em área restrita.
Para o major PM Rachide, o simulador é uma grande conquista para o policiamento aéreo nacional. “Trata-se de um sonho realizado, porque agora conseguimos treinar e repetir quantas vezes forem necessárias para então conseguirmos desenvolver um bom trabalho. O homem faz o que treina e com o treinamento vem o aperfeiçoamento”, relata.