Helicópteros da Polícia Civil de São Paulo estão sem voar por falta de contrato de manutenção

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São Paulo – Os quatro helicópteros da Polícia Civil de São Paulo não podem voar porque estão com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida, informou o SPTV nesta sexta-feira (9). As manutenções não foram feitas, e, sem ela, o certificado de aeronavegabilidade é suspenso pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Helicópteros da Polícia Civil de São Paulo estão sem voar por falta de contrato de manutenção

Essenciais em investigações e resgates, as aeronaves estão paradas por falta de contrato de manutenção. Uma delas não voa há um ano. A Anac suspendeu os certificados de aeronavegabilidade dos quatro helicópteros porque as Inspeções Anuais de Manutenção (IAM) estão vencidas. Os helicópteros AS350-Esquilo, PP-EIE, PP-OCZ, PR-SMV e o helicóptero biturbina AS355, PP-EOH, pertencem ao Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado – DEIC da Polícia Civil e são operados pelo Serviço Aerotático (SAT).

Chamados de “Pelicanos”, nenhum deles pode sair do chão. Os voos estão proibidos pela Anac porque não foi feita a manutenção na época correta em nenhum deles. Sem a manutenção, o certificado fica suspenso.

Os quatro estão enfileirados em um hangar particular no Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo. O governo paga aluguel pelo espaço do hangar para deixar os helicópteros guardados e para os setores operacionais e administrativos do SAT.

Um dos helicópteros (PP-EOH) era usado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele transferiu para a polícia porque o serviço é essencial. A manutenção era feita em um hangar em Barueri, na Grande São Paulo. Todos os helicópteros foram retirados do hangar no começo do ano.

Por mais de dez anos a mesma empresa fez a manutenção dos Pelicanos da Polícia Civil. O contrato venceu em outubro de 2015. O dono da empresa, Carlos Roberto de Oliveira, disse que podia prorrogar o contrato por mais um ano, mas desistiu porque não concordava com a forma de pagamento pelos serviços. “Depois que eu comprava as peças eu teria que ser ressarcido disso num prazo contratual de mais ou menos uns 35 dias. E acontecia de eles devolverem em seis meses.”

O Serviço Aerotático é considerado essencial em operações de combate a roubos, tráfico de drogas e resgates. Os Pelicanos também deixaram de transportar órgãos para transplante.

O secretário adjunto da Segurança Pública, Sérgio Turra Sobrane, disse que a manutenção no solo é feita e que os voos devem voltar ano que vem. “Creio que no primeiro trimestre do ano que vem já devemos ter essa situação definida”, disse. “Mas nós temos também os helicópteros da Polícia Militar que conseguem suprir de certa forma esses serviços que estavam sendo operados pela Polícia Civil.”

O secretário adjunto disse ainda que o contrato para este tipo de serviço é bastante complexo e envolve muitas análises jurídicas.

Com informações de: G1, por César Galvão e Robinson Cerântula.

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