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Minas Gerais – Pouco mais de um ano após ser implantado em 26 cidades da macrorregião norte do Triângulo Mineiro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguarda a publicação por parte do Ministério da Saúde da homologação e qualificação do sistema na região, o que garantirá um repasse mensal de R$ 600 mil por parte da União.

Atualmente, os municípios que integram o consórcio responsável pelo SAMU repassam R$ 0,30 por habitante (com base no último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), enquanto o Governo de Minas Gerais financia outros R$ 1,62 milhão. Após a qualificação, o valor de repasse do estado diminui para R$ 1 milhão.

“A qualificação foi aprovada pelo Ministério da Saúde e aguarda a publicação da habilitação. A promessa é que em breve será feita a habilitação. Será um aporte em torno de R$ 600 mil mensais. Hoje esse valor quem banca é o Estado, totalizando R$ 1,620 milhão. Quando habilitar, a União repassa os R$ 600 mil e o Estado R$ 1 milhão”, explicou o secretário executivo do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião do Triângulo Norte (CISTRI), Rodrigo Alvim.

Mulher de 65 anos sofre infarto em Araxá e Arcanjo 06 realiza o Suporte Aéreo Avançado.

O município de Belo Horizonte (MG) solicitou a habilitação da Central de Regulação de Urgências Triângulo Norte em Uberlândia e suas Bases Descentralizadas do Samu. A área responsável pela análise no Ministério manifestou parecer favorável à habilitação de uma Central de Regulação das Urgências (CRU), três Unidades de Suporte Avançado (USA) e 18 Unidades de Suporte Básico (USB) da central e bases descentralizadas da regional Triângulo do Norte, com sede no município de Uberlândia. Neste momento, a área analisa o valor para custeio. Não foi informado prazo para a homologação.

SAMU

Iniciado em junho do ano passado, o SAMU efetivou e organizou a regulação dos atendimentos de urgência e emergência em cidades da região. Em 2019, foram mais de 66 mil chamadas atendidas, que geraram 7.464 orientações médicas, outras 22.516 orientações não-médicas e 16.620 saídas da unidade até o fim de julho.

Em maio, o SAMU recebeu um reforço, a aeronave Arcanjo 06 do Corpo de Bombeiros. O helicóptero, modelo Esquilo B3, já realizou 20 atendimentos na região. Fazem parte da equipe três oficiais do Corpo de Bombeiros (piloto, copiloto e tripulante) e um médico e enfermeiro do Samu. A aeronave fica na base aérea da 4ª Companhia do Batalhão de Operações Aéreas, em Uberaba.

Dados do primeiro ano, de julho de 2018 a julho de 2019.

PARCERIAS

Para garantir qualificação às equipes de atendimento, o CISTRI tem fechado parcerias com instituições educacionais. Uma delas é a IMEPAC Araguari, que cede o espaço para treinamentos enquanto seus alunos atuam no SAMU. “Em março, nós fechamos parceria com o Imepac Araguari onde os estudantes de medicina do internato tripulam as Unidades de Suporte Avançado (USAs), enquanto nossas equipes farão treinamento no maior centro de simulação realística da América Latina, recém-inaugurado na instituição”, disse Rodrigo Alvim.

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também deve fazer um convênio de aprimoramento. Segundo o Cistri, a universidade está redigindo um contrato para formalizar a parceria em breve.

Desde sua implantação, o SAMU ajudou a reduzir o número de encaminhamentos para o HC-UFU. “Apenas 4% foram encaminhados para o Hospital de Clínicas da UFU, contrariando o que diziam anteriormente, que iríamos inundar de pacientes. Pelo contrário, conseguimos organizar o fluxo de pacientes dentro da rede hospitalar residente na região”, disse Rodrigo Alvim.

Atualmente, 173 Unidades de Saúde compõem essa rede de assistência.
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